quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ótima notícia para os marítimos: decisão do governo pode criar milhares de empregos

Ótima notícia para nós brasileiros a de que o governo pretende construir em nosso país navios modernos de pesquisa oceanográfica e importar outros tantos (ver reprodução de reportagem abaixo). O conhecimento de nossa vasta “Amazônia Azul” é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

O domínio de modernas tecnologias de pesquisa e investigação oceanográfica está no mesmo patamar, e deixaria nossos estaleiros ainda mais competitivos nesse acirrado mercado internacional, que é a construção naval. Se utilizados marítimos e trabalhadores brasileiros na operação de tais embarcações, o País teria maior domínio dessas tecnologias e estaria ainda mais soberano para a posterior exploração e uso dos recursos encontrados.

Com a possibilidade de criação de ainda mais alguns milhares de empregos que exigem alto nível de treinamento e conhecimento técnico em nossa zona de exploração econômica exclusiva, o blog exalta a iniciativa do governo brasileiro e mais uma vez lembra que as riquezas de nosso país devem prioritariamente criar riqueza e desenvolvimento internos.

Press Guide – Reportagem - 28/06/2011

Governo brasileiro quer construir navios de pesquisa para explorar a plataforma continental do país

O Brasil pretende construir “modernos” navios de pesquisa nos estaleiros do país para integrar a frota que será usada no mapeamento da plataforma continental brasileira. A informação foi dada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, depois de reunião com representantes da Marinha hoje (21/06) no Rio de Janeiro.

A ideia do Ministério da Ciência e Tecnologia é conhecer os 4,5 milhões de quilômetros quadrados do mar territorial brasileiro e da zona econômica exclusiva do país, a fim de identificar potenciais econômicos, conhecer a biodiversidade e estudar os efeitos das mudanças climáticas e da poluição no mar brasileiro.

“Esta é a última fronteira do conhecimento estratégico do Brasil, assim como a Amazônia foi ao longo dos anos recentes um grande desafio para o país. A plataforma continental é uma área semelhante à Amazônia brasileira, com 4,5 milhões de quilômetros quadrados”, disse.
O mapeamento ainda está sendo planejado, em parceria com a Marinha, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a estatal petrolífera Petrobras e a mineradora privada Vale. O ministro não deu prazo para a compra dos navios ou para o início do programa de pesquisas da plataforma continental.

“Nós deveremos construir navios de pesquisa bem modernos no Brasil e também adquirir navios para dar conta desse desafio. Estamos na última etapa desse processo. E a parceria com essas instituições nos dá as condições de viabilizarmos um grande programa de pesquisa com navios que vão ser laboratórios para todas as escolas de oceanografia”, disse.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Mercantes no Futebol: esse ano vai ser igual aquele que passou

No último final de semana tivemos a sexta rodada do Brasileirão, que não contou com nenhum resultado surpreendente, tirando a goleada do Corínthians sobre o São Paulo, e que terminou com sonoros 5x0, e é o jogo que merece um rápido comentário. Um pouco abaixo disso a goleada do Flamengo sobre o Atlético MG.

A vitória dos Mosqueteiros foi mais enfática, não só por ser mais elástica, como também por ter sido sobre o líder isolado (e continua assim), com 100% de aproveitamento, e que muitos comentaristas especializados já comemoravam como o virtual campeão do Brasil, versão 2011.

O jogo em si foi daqueles em que tudo dá certo para um time e errado para o outro. Não há como escapar da derrota; e estrondosa. Paciência! O resultado vai entrar para as estatísticas, mas não é nenhum fim de mundo para os são-paulinos. E ainda podem tirar um ótimo proveito da derrota, se conseguirem perceber que nada está ganho e que não podem relaxar num campeonato equilibrado como esse.

Rogério Ceni tem muito crédito junto à torcida, até porque a impressão é que ele estava coletando penas para a fantasia de carnaval.


Ilustração publicada no blog do jornalista Milton Neves

Este início tem sido equilibrado como tem sido os últimos Brasileiros. Existe um bolo de times que brigam, se alternando nas primeiras colocações, até próximo do final do certame, quando finalmente dois ou três se separam e seguem a disputa até a última ou penúltima rodada. Tem sido assim, e parece que continuará assim por mais esse ano.

Nas últimas posições temos a presença dos dois representantes paranaenses. Uma pena, já que são dois campeões brasileiros. Não acreditamos que caiam os dois, e vemos o Coxa com mais time e condições de sair da situação incomoda que o Furacão.

E quando a maré está boa, os peixes se jogam na rede. Foi o que ocorreu na vitória do Vascão, que fez 1 a 0 no primeiro minuto de jogo, e teve que aguardar outros 90 para levar os 3 pontos para casa. Se não convenceu, ao menos venceu.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Transporte aquaviário, a saída para o Brasil

As palavras do deputado federal Júnior Coimbra fazem eco imediato no Blog dos Mercantes. O artigo veiculado esse mês na Folha de S. Paulo (ver íntegra abaixo) é importantíssimo quando alerta, mais uma vez, para a necessidade de o país mudar seu padrão de transporte e abrir mais espaço para os transportes ferroviário e hidroviário.

O transporte hidroviário, que apresenta os menores custos, é o menos agressivo ao meio ambiente. Possibilita ainda o transporte de grandes partidas de carga de uma só vez, além de ser aquele que necessita de maior crescimento relativo, praticamente necessitando dobrar sua participação no transporte de carga até o ano 2023. Se pensarmos que a quantidade de cargas deverá continuar crescendo até lá, podemos também projetar que o crescimento absoluto desse modal seria de mais de 100% nesse período.

Faltou ao deputado mencionar a melhora dos portos brasileiros, e a falta de um incentivo maior à nossa Marinha Mercante, como forma de tirar melhor proveito das mudanças feitas no transporte “in land”. Quem sabe o Brasil não consegue realmente entrar no século XXI, no setor do transporte, lá pelo ano 2025?

Eis a íntegra do artigo publicado na Folha:

Com dimensões continentais e grande rede hidrográfica, o país deve construir malha hidroviária mais compatível com essas características 
 
O modelo de desenvolvimento nacional, adotado durante muitas décadas, privilegiou o sistema rodoviário para a movimentação de cargas, em detrimento de outros modais com enorme potencial a ser explorado em um país com a extensão territorial e com as condições geográficas do nosso.

Por essa razão, hoje, apesar de seus notórios problemas, as rodovias brasileiras concentram quase 60% do trânsito de cargas, enquanto ferrovias e hidrovias recebem só 25% e 15% desse trânsito, respectivamente, em números aproximados. É essa situação de desequilíbrio que precisa ser revertida.

Segundo as análises apresentadas no plano nacional de logística e transportes, a participação do modal rodoviário deveria cair, até 2023, para 33%, ao passo que o ferroviário deveria crescer para 32% e o hidroviário para 29%. Assim, a eficácia do sistema de transporte, em seu conjunto, seria maximizada pela contribuição de cada modal, de acordo com as distâncias e perfis de carga que lhes sejam mais adequados.

Tal eficácia, evidentemente, teria reflexo direto sobre os custos, barateando não apenas os produtos direcionados ao mercado interno mas também aqueles destinados à exportação. Embora a pauta de exportações brasileiras venha se diversificando, é inegável a importância do papel desempenhado pelo binômio agroindústria-mineração, que tem impulsionado o desenvolvimento das regiões norte e centro-oeste nos últimos anos.

Mesmo assim, por exemplo, a maior parte dos produtos agrícolas colhidos nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Pará e Tocantins precisa ser transportada por caminhões até os portos do sudeste, com elevados custos de frete.

Vindos no sentido inverso, os insumos agrícolas também são encarecidos pelo transporte. Assim, os agricultores sofrem duplamente com o preço do frete, perdendo competitividade tanto para produzir quanto para escoar a produção.
Grande parte dessa movimentação de carga poderia ser feita pelos portos do norte e do nordeste, como Belém e São Luís, se já estivessem em plena atividade os multimodais e as hidrovias, como as do Araguaia-Tocantins e a de Tapajós.

Além disso, na viagem de retorno dos trens e dos barcos, haveria a possibilidade de trazer combustíveis e fertilizantes a custo menor que o do transporte em carreta, como é feito hoje em dia.

Os dados apresentados nos fazem refletir sobre o quanto nosso país perde em termos de recebimento de divisas, em geração de renda e em arrecadação de impostos por não ter condições, ainda, de competir em padrão de igualdade em um mercado pelo qual circula us$ 1 trilhão ao ano.

Pelas razões expostas, acredito que um país de dimensões continentais como o nosso e possuidor de uma das maiores redes hidrográficas do mundo tem até o dever de investir na construção de uma malha hidroviária compatível com tais características.

* Júnior Coimbra, jornalista, é deputado federal e vice-líder do PMDB na Câmara.

sábado, 25 de junho de 2011

O que é bom é pra sempre. Uma boa música, por exemplo: "Viva la vida", Cold play

Em homenagem à Cidade Maravilhosa e ao Coldplay, uma viagem de helicóptero que todos gostariam de fazer. Com esta música de carro-chefe, a banda britânica ganhou três prêmios Grammy em 2009: canção do ano, melhor álbum (de mesmo nome) e melhor performance vocal pop (por Duo). Viva la Vida é a música-título do álbum premiado e considerada a melhor do ano. As cenas são lindas.

Para ver, clique aqui.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mercantes no Futebol – Parabéns Santos

Neymar comemora (foto da agência Reuters)

Não pude ver o jogo, mas acompanhei alguns lances pela internet, e o título me pareceu muito bem entregue. Há dois anos o Santos tem o melhor time do Brasil. Um time com jovens valores, mesclado com jogadores mais experientes, e não apresenta nenhuma posição aonde possamos dizer que o time é carente.

Claro que manter um time desse nível não é barato, mesmo com a sobrevalorização do real, assim que, alguns desses jogadores devem deixar o Peixe. Só esperamos que a diretoria consiga manter o elenco até o mundial do final do ano. Seria um jogo muito interessante Santos x Barcelona, com amplo favoritismo do Barça, mas é só lembrar que contra o Inter o Barça também era amplo favorito.

Com o resultado o Brasil ratifica uma certa supremacia no cenário sul americano, que vem com excelentes participações de suas equipes nos torneios continentais, e vários títulos da Libertadores. Também com isso já temos dois brasileiros definidos para a Libertadores 2011: Vasco e Santos.

As outras vagas vão ser disputadas a tapa por São Paulo, Cruzeiro, Corínthians, Fluminense, Internacional, e Palmeiras. O Atlético MG corre por fora devido ao técnico que tem, o Flamengo entra na briga se conseguir colocar em campo o que tem no papel, e o Botafogo se acertar a boa equipe que parece estar montando. Para quem gosta de futebol ainda teremos muita coisa boa esse ano.


Blog dos Mercantes na Cultura: maior pirâmide do mundo não fica no Egito


Você se impressiona com a pirâmide de Gisé, no Egito? Se sua resposta foi sim, imagine uma pirâmide 1/3 maior que a maior pirâmide egípcia, e tão misteriosa quanto. Pois é, foi encontrada na Europa a maior pirâmide do mundo.

Chamada de “a Pirâmide do Sol de Bósnia”, a mesma impressiona pelo tamanho, além de se assemelhar bastante com as egipsias em alguns aspectos. Mas o mais impressionante é que, com todo esse tamanho, e localizada a apenas 30 km de Sarajevo, esse monumento só tenha sido descoberto agora.

Realmente o planeta ainda tem muitas surpresas reservadas aos homens.

Quer ver mais fotos, quer saber mais, clique aqui.


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mercantes ajudam a desafogar as estradas - Parte 2

Para quem se interessar segue abaixo o texto completo da reportagem de Ernesto Páglia.

Globo Mar– Reportagem - 09/06/2011

Cargueiro ajuda a desafogar estradas e rodovias

Para mostrar o que é navegação de cabotagem, transporte marítimo em que os navios pegam e levam cargas entre os portos de um mesmo país, o repórter Ernesto Paglia e a equipe do Globo Mar embarcam a bordo de um cargueiro que acaba de sair do estaleiro: o Log-In Jacarandá. Cada viagem que ele faz pelos mares, ele tira das estradas 2,8 mil caminhões.
  
Começamos essa viagem no Terminal de Vila Velha do Porto de Vitória, e nós embarcamos em um navio junto com 2,8 mil contêineres. Quando vemos um navio porta-contêineres de fora, o que mais chama a atenção são as pilhas de contêineres que estão no convés. São às vezes seis contêineres empilhados que ocupam toda extensão do navio, mas o que a gente desconhece é que embaixo deles, nos porões, tem espaço para muito mais. Em alguns navios, a maior da carga vai mesmo no porão. Nosso destino é o Porto de Santos.

Quando o navio está pronto para zarpar, chega uma lancha com um passageiro especial: o prático Carlos Alberto Rodrigues Barcellos. A partir do momento em que ele entra no navio, a responsabilidade pela manobra é do prático. E nós vamos acompanhar o trabalho dele. “O comandante e eu estamos juntos. Como o comandante não conhece o local, porque ele vem a cada mês ou a cada três meses aqui e toca outros portos do mundo, então, quem basicamente conhece o local e tem sensibilidade local é o prático”, comenta Carlos.

Ao lado do comandante Jacir, o prático dá as coordenadas para dois auxiliares indispensáveis: os rebocadores São Luis e Victório têm força a agilidade para ir empurrando o navio para ir empurrando o navio para o bom caminho e vão ajudar a desatracar. É uma operação espetacular essa manobra. O navio, com seus mais de 200 metros, precisa girar 180º. Ele precisa virar em direção ao mar, para poder sair pelo canal do Porto de Vitória.

Com o navio no mar aberto, começa oficialmente a primeira viagem do Log-In pelo litoral brasileiro. É um feito e tanto. Há 15 anos, o Brasil não construía porta-contêineres.  A construção do navio durou dois anos, empregou três mil trabalhadores e custou US$ 50 milhões. “Identificamos hoje das cargas que têm características para ser transportadas por cabotagem só um quarto desse volume já está na cabotagem. Quer dizer, o potencial de crescimento é quadriplicar o volume da cabotagem”, afirma o gerente comercial Fábio Siccherino.

Quase todo o espaço do porta-contêineres é para a carga, no convés e nos seis porões. Fora isso, tem a casa de máquinas, um motor gigante que ocupa quatro andares, e a torre de quatro andares, onde ficam o refeitório, cabines da tripulação e a sala de comando. De comprimento, ele tem quase 220 metros.
Nele, caberiam dois campos de futebol, um na frente do outro.

Na Marinha Mercante, não existe o mesmo rigor da Marinha de Guerra, mas navio de carga também tem gente a postos 24 horas por dia. No moderno navio, tudo é automatizado, mas o oficial de serviço não pode dormir no ponto. O comandante José Djacir Gonçalves explica quem pilota o navio: “hoje em dia, os oficiais de navegação ficam aqui quatro horas checando os equipamentos, e são os equipamentos que conduzem o navio”.

Nesta primeira viagem, o navio surpreendeu. A uma velocidade de 36 km/h cruzamos os 900 quilômetros entre Vila Velha e Santos em 25 horas, sete a menos do que o previsto. Mesmo já tendo chegado ao Porto de Santos, não podemos desembarcar, porque ainda não chegou a hora da janela de atracação, aquele momento que já foi reservado para que o navio possa entrar no porto mais importante do país.

Log-In Jacarandá recebe homenagem ao atracar no Porto de Santos pela primeira vez

Junto ao Log-In Jacarandá, dezenas de navios vindos do mundo todo e também de outros portos brasileiros esperam para atracar e descarregar e carregar de novo. Isso acontece com quem não fez uma reserva prévia, como nós que temos uma janela. “A nossa janela, por exemplo, é das 7h às 13h. Eu tenho esse tempo para entrar. Eu já tenho negociado”, explica o gerente de frota Nicolas Szwako.
Contêiner foi inventado pela década de 40 e levou um tempo para as pessoas se acostumarem. Mas hoje em dia, ele domina o transporte internacional. Cada caixa por carregar até 40 toneladas de qualquer tipo de carga, como automóveis, peças, eletrônicos.

Mas como achar um contêiner esse mundo de contêineres? O segredo está no computador da sala do imediato André Maia Carneiro. “Hoje, nós temos uma equipe em terra que faz o planejamento da distribuição dos contêineres dentro do navio”, ressalta.

Quando amanhece, o navio prepara a estreia do velho Porto de Santos. Em terra, o prático Fábio Mello Pontes, presidente da Praticagem  de São Paulo, recebe as instruções e dispara na lancha até o navio. Aos 72 anos, ele é o mais antigo prático do Porto de Santos, um recordista com 27,5 mil manobras.

“É um porto de muita complexidade, tráfego muito intenso. O canal de Santos é um canal estreito, raso e sinuoso, com muita curva, muita instalação, muita ferramenta de navio. Então, é um porto em que a gente tem que estar atento.

Eu me sinto a bordo de um navio tão a vontade como estivesse na minha sala de visitas pela quantidade de manobras”, destaca Fábio.
Como é a primeira vez que o log-In Jacarandá entre no porto mais importante do país, ele é recebido com festa e ganha ainda uma homenagem. Até que, enfim, o navio atraca no Porto de Santos.

Atracado, sem sustos, o cargueiro começa a enfrentar os problemas de terra firme. No Terminal de Santos em que atracamos, os guindastes não são específicos para contêineres, o que atrasa a operação em cerca de 30%. A saída do porto é caótica, o trânsito de carretas continua sendo um problema nas vias de acesso.

A carga que viaja pelo mar desafoga estradas e rodovias, mas o aumento da navegação de cabotagem expõe mais um gargalo da nossa infraestrutura: o país precisa de portos mais modernos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mercantes ajudam a desafogar as estradas

Todos os mercantes têm exata noção daquilo que foi constatado por Ernesto Paglia, repórter da Globo; ou seja, a Marinha Mercante é o meio de transporte mais eficiente e barato do mundo, desafoga estradas e é o menos poluente. Agora resta ao nosso governo promover, com ainda mais força, o reerguimento de nossa frota mercante, seu fortalecimento e criar a infraestrutura necessária para que este meio de transporte possa ser utilizado em sua plenitude, trazendo todos os benefícios a ele atrelados.

Abaixo comentário extraído do site “Porto Gente”.


Para ver o vídeo, clique aqui.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Os Mercantes brasileiros e os sindicatos globais

No mundo temos 13 federações internacionais de sindicatos ou sindicatos globais, como são modernamente conhecidos. A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes é um desses sindicatos globais. E é aquele que integra e representa os trabalhadores da área de transportes no mundo todo. Uma das mais atuantes global unions, está sempre buscando melhorar e intensificar as relações entre sindicatos de trabalhadores do setor de transportes no mundo inteiro.

Assim como descrito abaixo, essa foi a forma que a ITF (e os outros sindicatos globais) encontrou de minimizar os efeitos danosos da globalização sobre os trabalhadores.  E isso se dá por um motivo simples: hoje em dia, excetuando-se alguns casos pontuais, os sindicatos não se embatem mais com empresas nacionais, de alcance e poderes limitados. O embate hoje se dá com empresas que têm poder e alcance em nível mundial.

Esse processo é bem claro em nosso setor, quando tivemos a quebra das empresas brasileiras de navegação, e sua substituição por grandes conglomerados internacionais, que exercem atividades também na navegação. A maior e mais representativa dessas é a Maersk, que tem negócios na aviação, supermercados, linhas férreas, portos, só para ficar no mais conhecido.

Nessa nova ordem implantada no Brasil, aonde os armadores nacionais são minoria absoluta e vão a reboque dos estrangeiros, é pena vermos o papel subserviente que algumas empresas genuinamente brasileiras representam nesse processo, na tentativa absurda e despropositada de acabarem com as nrs 70 e 80, tentando implantar em nossa casa, relações que são abomináveis e levam frequentemente a distorções nas relações de trabalho, sempre danosas ao trabalhador.

Esse método utilizado pelos sindicatos costuma ser bastante eficaz, e é frequentemente utilizado pela ITF em apoio a seus afiliados. Mas o blog espera que nós brasileiros sejamos capazes de resolvermos nossos próprios problemas, através da mobilização maciça de nossas bases e da ação e liderança eficientes e organizados de nossos sindicatos.

Para mais informações sobre os sindicatos globais, clique aqui.

Leia o que foi publicado no "Mundo Sindical":

Globalização obriga sindicatos a se organizar de forma mundial

Com a globalização das empresas, o movimento sindical sentiu a necessidade de se organizar também desta forma. Nasce assim as redes sindicais, tema abordado no visão trabalhista em debate desta semana, que conta com a participação de Everaldo dos Santos, diretor do sindicato e integrante da rede de trabalhadores da Arcelormittal.


O representante da categoria explica que a ideia deste tipo de mobilização é garantir a todos os funcionários, seja de uma multinacional ou transnacional, igualdade de direitos. “senão, a mesma empresa está gerando disparidade entre os trabalhadores”, explica.

Tendo isso como ponto de partida, a rede de trabalhadores de uma determinada empresa é constituída por dirigentes sindicais situados onde há uma fábrica da mesma. “De preferência, que esses representantes sejam também funcionários”, avalia.

Para se comunicar, esses sindicalistas utilizam a internet. “A informação flui de uma forma tão eficaz, que determinada ocorrência numa unidade na Europa, em poucas horas a gente já tem conhecimento aqui”, conta. É na web que acontece as discussões que geram encaminhamentos de articulações que podem ser, por exemplo, uma manifestação ocorrida em uma planta da empresa.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Blog dos Mercantes na Cultura: "Os sete sapatos sujos"

Recebi de um amigo um power point com o título: “Os Sete Sapatos Sujos”. Reenviei, e de outro recebi o texto completo de Mia Couto, escritor moçambicano, que foi orador na aula inaugural de uma universidade de seu país - ISCTEM.  Os sete sapatos a que se refere são:
1-      a ideia que os culpados são sempre os outros e nós somos sempre vítimas
2-      a ideia de que o sucesso não nasce do trabalho
3-      o preconceito de quem critica é um inimigo
4-      a ideia que mudar as palavras muda a realidade
5-      a vergonha de ser pobre e o culto das aparências
6-      a passividade perante a injustiça
7-      a ideia de que para sermos modernos temos que imitar os outros
Mia Couto termina seu texto com os seguintes dizeres:
Temos que gostar de nós mesmos, temos que acreditar nas nossas capacidades. Mas esse apelo ao amor-próprio não pode ser fundado numa vaidade vazia, numa espécie de narcisismo fútil e sem fundamento. Alguns acreditam que vamos resgatar esse orgulho na visitação do passado. É verdade que é preciso sentir que temos raízes e que essas raízes nos honram. Mas a auto-estima não pode ser construída apenas de materiais do passado.
Na realidade, só existe um modo de nos valorizar: é pelo trabalho, pela obra que formos capazes de fazer. É preciso que saibamos aceitar esta condição sem complexos e sem vergonha: somos pobres. Ou melhor, fomos empobrecidos pela História. Mas nós fizemos parte dessa História, fomos também empobrecidos por nós próprios. A razão dos nossos actuais e futuros fracassos mora também dentro de nós.
Mas a força de superarmos a nossa condição histórica também reside dentro de nós. Saberemos como já soubemos antes conquistar certezas que somos produtores do nosso destino. Teremos mais e mais orgulho em sermos quem somos: moçambicanos construtores de um tempo e de um lugar onde nascemos todos os dias. É por isso que vale a pena aceitarmos descalçar não só os setes mas todos os sapatos que atrasam a nossa marcha colectiva. Porque a verdade é uma: antes vale andar descalço do que tropeçar com os sapatos dos outros.“
O texto de Mia Couto é longo e vem de um país africano, mas é envolvente e oportuno e cabe exatamente em nosso bolso atual. Para quem quiser conhecer o texto inteiro, basta visitar o atalho abaixo. Tirando o português de Moçambique, que é diferente do nosso, o texto nos traz muitas familiaridades.

Quem quiser saber mais, clique aqui.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Marinha Mercante e o aquecimento global

As emissões de CO2 são o grande vilão do aquecimento global, e não há decisão no sentido de mudarmos fundamentalmente nosso estilo de vida para evitá-la. Sabemos que não é uma decisão pessoal ou política fácil, mas é a forma que vemos e acreditamos que teria mais chances de dar certo em reduzir e até mesmo reverter o quadro a níveis aceitáveis.

O combate aos efeitos do aquecimento global é importante, e não podemos deixar de considerá-lo. As consequências de nossas ações nos últimos séculos serão sentidas e precisam ser minimizadas.

Embora a taxa proposta abaixo tenha a aparência de algo muito humanitário e altruísta, não passa de um paliativo enquanto soluções sérias e definitivas não são tomadas, além de penalizar o setor que menos emite CO2 no transporte, que é a Marinha Mercante.

Leiam a reportagem abaixo, publicada no site da Portos e Navios:


Banco Mundial sugere taxa de CO2 na aviação e na marinha mercanteImprimirE-mail

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Noticiário cotidiano - Navegação
Seg, 06 de Junho de 2011 08:53
O Banco Mundial vai sugerir a criação de uma taxa global sobre o combustível da aviação e da marinha mercante. Esta será uma das recomendações que a instituição fará aos países do G20 na preparação da cimeira das Nações Unidas, em Durban, na África do Sul, sobre o combate às emissões de gases com efeito de estufa e ao aquecimento global.

Os países em desenvolvimento já afastaram a possibilidade de um novo pacto vinculativo sobre o controlo de emissões de CO2 que suceda ao Protocolo de Quioto, cuja vigência termina em 2012. O Banco Mundial aposta assim na fixação de uma nova taxa global sobre os sectores da aviação e da marinha mercante, de acordo com um relatório para os países do G20 (grupo que reúne as economias mais poderosas do mundo). A União Europeia já decidiu impor um corte nas emissões de CO2 de todos os voos com destino e origem na Europa em Janeiro de 2012.

"Estamos a equacionar uma taxa sobre as fontes emissoras de CO2, incluindo os combustíveis usados pelos navios e aviões, que seria coordenada a nível internacional, embora fosse cobrada a nível nacional", adiantou Andrew Steer, o representante do Banco Mundial para as alterações climáticas, à agência Reuters. O banco estima que a factura adicional de ajudar os países em desenvolvimento a lidar com secas, inundações e a subida dos oceanos atinja os 100 mil milhões de dólares anuais. No entanto, várias fontes estimam em 200 mil milhões o custo de cortes adicionais na emissão de CO2.

Apesar de não estar em cima da mesa um acordo em Durban, Steer tem esperança de que seja possível fazer progressos importantes em algumas áreas. O tema vai estar em discussão entre hoje e 17 de Junho na nova ronda de negociações que vai decorrer em Bona, na Alemanha.

Nuclear divide europa A energia nuclear vai ser discutida amanhã e quarta-feira, em Paris, pelos ministros de energia dos países do G20. O acidente na central japonesa de Fukushima pôs a segurança nuclear no centro da agenda mundial, mas os países estão divididos.

Enquanto a Alemanha travou a fundo no nuclear, ao rejeitar prolongar a vida das suas centrais, França e Reino Unido vão manter a sua política energética. A Rússia vai mais longe: não só garante a segurança das suas instalações nucleares, como defende o desenvolvimento desta forma de energia.

Para além da segurança, a energia nuclear tem sido considerada fundamental para garantir o controlo das emissões de CO2, em particular na Europa. O fim das centrais nucleares na Alemanha e em outros países, como Suíça e Bélgica, compromete os objectivos de redução de CO2, já que pode ser necessário recorrer a mais centrais a gás e carvão, grandes emissores de dióxido de carbono, para compensar a produção de energia. A Europa tem 143 reactores nucleares a operar.

Fonte:i Informação/Ana Suspiro

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Blog dos Mercantes na Cultura: como surgiu a cachaça?

Já vi isso no Museu da Cachaça em Paty do Alferes (RJ), em Miguel Pereira (RJ), e em outras partes. Agora vem do Museu do Homem do Nordeste. Sempre há uma ou outra mudança na história, mas a essência é exatamente a mesma. Lenda com cheiro de verdade, vale a pena saber a origem de nossa caninha.

Você sabia?

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.

O que fazer agora?

A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.


Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool puro que, aos poucos, foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.

Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'.

Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo. (História contada no Museu do Homem do Nordeste).

Não basta beber, tem que conhecer!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

E o Brasil? Onde Fica?

Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.
Não é de hoje que o blog vem defendendo uma Marinha Mercante Nacional forte e suficiente para garantir nosso comércio e nossa soberania nos mares. A duplicação do Canal do Panamá mostra a evolução da navegação no mundo, e a importância cada vez maior que o comércio tem na economia dos países.
Nos últimos anos o Brasil vem reativando e aumentando sua indústria naval, renovando sua frota de petroleiros, aumentando e modernizando a de apoio marítimo, renovando e aumentando a de contenedores. Faltam graneleiros, mas com certeza estes virão.
Precisamos no momento acabar de consolidar nossa navegação de cabotagem e garantir a presença de brasileiros a bordo de nossas embarcações, já que sem brasileiros é impossível garantir a operação de uma frota genuinamente brasileira.
O incentivo para a presença de marítimos brasileiros é fundamental, através da oferta de boas condições de permanência a bordo, salariais e sociais. Isso passa pela manutenção das NR 72 e NR 80, assim como outras ações do governo, que venham garantir as condições citadas acima.
O Brasil tem gente capacitada, tem recursos e tem potencial. Agora basta querer e podemos consolidar como realidade o que no momento é uma promessa. Uma Marinha Mercante forte, ocupando nossa cabotagem, e empregando brasileiros. É o que o blog defende e apoia. Talvez voltemos a ver nossa bandeira atravessando o Canal do Panamá com frequência.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Mercantes no futebol: Vascão campeão! Agora eu quero comemorar


Vejam o post abaixo. Bem que eu disse que íamos ter um grande jogo. Bem que eu disse que o Coritiba, precisando da vitória, ia partir para o ataque e pressionar o Vascão desde o princípio, abrindo espaços para o contra ataque vascaíno, que é muito bem executado por Éder Luiz. Não deu outra. O resultado: Vascão campeão. O título está em boas mãos. Volto a falar mais sobre o jogo depois. Agora eu quero comemorar. 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mercantes No Futebol: quarta sai o primeiro classificado da Libertadores 2012

Deveremos ter um grande jogo. O Coritiba precisando da vitória deve partir para o ataque e pressionar o Vascão desde o princípio, abrindo espaços para o contra ataque vascaíno, que é muito bem executado por Éder Luiz. Seja qual for o resultado do jogo as duas equipes terão dado um verdadeiro show, e já provaram que realmente passam por excelente frase. O título estará em boas mãos.

No Brasileirão até o momento nenhum resultado surpreendente, fora o placar elástico do time misto do Coritiba, contra os reservas do Vascão. Costumo dizer que futebol é jogo de fazer gols, não de criar oportunidades, e o time Coxa foi muito eficiente: quatro chutes, quatro gols. Acabou com o jogo em 20 minutos e depois ficou esperando uma tentativa de reação que não veio. Não dá para entender o que passou na cabeça de alguns jogadores do Vasco, mas metade do time não entrou em campo, tal a lentidão e desleixo com que disputavam as jogadas e se moviam em campo. Ao contrário, disposição não faltou em campo.

Em outro jogo interessante o Flamengo pressionou o Corinthians de todas as formas, mas não houve jeito e o jogo terminou mesmo 1x1, com a equipe mosqueteira saindo na frente, e o Fla empatando num golaço de Renato Abreu. Coitada, acertou a coruja.

De resto nenhuma surpresa. América MG, Bahia e Atlético Go devem começar a abrir o olho, porque vêm se tornando sérios candidatos a uma estada na Segundona. Nas primeiras posições o Corinthians é o novo líder, pelo menos até quarta, quando São Paulo e Atlético MG disputam a primeira colocação em outro bom jogo.

No sábado o Brasil empatou com a Holanda em jogo morno. A partida serviu para ver o time de Mano Menezes contra um adversário mais forte, mas não teve nenhum clima de revanche. Os jogadores que atuam na Europa estão em clima de férias, no final da temporada, e jogo amistoso jamais vai substituir uma partida oficial de Copa do Mundo. Devagar o Brasil vai pegando uma cara, um jeito. Vai chegar na Copa mais uma vez como favorito.

E nuestros hermanos perderam da Polônia.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Portos Também com Problemas

Vamos fazer uma pequena pausa em nossos comentários sobre o setor marítimo, e falar um pouco dos portuários. Como já disse, trabalhei algum tempo nesse setor, aprendi muito nessa época, e ainda fiz muitos amigos.

Já há alguns anos os portuários vêm sendo atacados e suas condições deterioradas pelos portos do Brasil. Demissões, substituições por trabalhadores mais baratos, sem treinamento e sem sindicatos. Algo que a ITF assumiu chamar de Portos de Conveniência, numa clara alusão às nossas já famosas Bandeiras de Conveniência da navegação.

O caso relatado pela reportagem do site “Porto Gente” ocorre em todos os portos do Brasil, desrespeitando a legislação vigente e os convênios internacionais ratificados pelo país. No caso, o Convênio 137 sobre trabalho portuário, que está inserido na lei 8.630, de modernização dos portos, de 25/02/1993.

Assim como na Marinha Mercante, os empresários do setor portuário buscam atribuir a culpa por seus problemas aos trabalhadores, alegando uma série de inverdades, como incapacidade, incompetência profissional, idade avançada para o trabalho, etc. E assim como conosco o objetivo é substituir trabalhadores sindicalizados por outros não sindicalizados, normalmente muito menos capacitados para o trabalho, mas que são muito mais baratos.

Por tudo isso o Blog dos Mercantes se solidariza com os companheiros portuários, e estará atento para denunciar, criticar e sugerir mudanças positivas para o setor.

Porto de Pecém enfrenta mais um protesto dos trabalhadores

Os trabalhadores do Porto do Pecém, no Ceará, paralisaram as atividades reivindicando o pagamento de 30% de adicional de risco de vida, no dia 20 último. Quase 800 funcionários participaram do movimento, foram três horas de paralisação alertando para a falta de condições de trabalho seguras no terminal portuário.
Além do adicional de risco de vida, os trabalhadores protestaram contra o assédio moral, a demissão de um funcionário após o primeiro protesto no começo deste mês e querem, também, a realização urgente de concurso público para suprir a demanda do portão de entrada e saída.
O funcionário da empresa Terminais Portuários Ceará (Tecer), Estenio Ribeiro dos Anjos, foi demitido um dia depois da manifestação do dia 5. Ele conta que a justificativa da empresa foi por ele ter tido má conduta ao falar na manifestação.
Já o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (Mova-se) e funcionário da Companhia Cearáportos, Hernesto Luz, não houve nenhuma negociação junto ao Governo do Estado. “Como o governador não deu nenhuma resposta, a gente voltou para dizer que o Fórum (dos sindicatos) vai continuar esse tipo de ação até o governador se sensibilizar e atender às nossas reivindicações”.
Ele ainda diz que o sindicato entrou com ação na Justiça do Trabalho pelo adicional de risco de vida e ganhou a causa, mas a Cearáportos entrou com um pedido de embargo. “Na semana passada, a juíza julgou improcedente o pedido e um dos objetivos da manifestação é impedir que a Cearáportos entre com um recurso e que ela pague o adicional de risco de vida de 30% baseada na decisão da Justiça”.
A paralisação do último dia 20 teve alguns problemas, como relata o presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes Aquaviarios e Operadores Portuários do Estado do Ceará (Settaport), Antônio Carlos da Costa: “Quando cheguei no Porto estava atracando um navio para operar, quando houve uma explosão dentro do Porto de um cabo com alta tensão. Houve um tumulto de princípio de incêncio e tiraram as pessoas do Pier. E isso nada foi dito para nenhuma operadora, o que acontece no Porto é a discriminação do trabalhador”.
As acusações de agressões foram negadas pelo assessor da presidência da Cearáportos, Luciano Arruda, para quem as operações foram normais e “não houve qualquer tipo de paralisação de atividade nem incêndio. Não temos essa informação, o que houve apenas foi uma queda de energia normal”.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

A autoridade marítima se pronunciou

É preciso dar um NÃO à manobra espúria
que visa retirar brasileiros de bordo

A posição do almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, diretor da DPC, publicada no "Monitor Mercantil", é bem clara, e suas colocações são bastante lúcidas quanto ao quadro do mercado de trabalho apresentado na Marinha Mercante Brasileira nos últimos tempos. Não há escassez nem ameaça de escassez de tripulantes para os navios brasileiros, e nem aos navios estrangeiros que operam em nossas águas. Isso com ou sem a manutenção dos artigos e cláusulas das NR 70 e NR 82.

A única coisa que a supressão dessas normas irá garantir é a não necessidade de tripulantes brasileiros a bordo, e consequentemente a não garantia de direitos sociais, econômicos e de habitação a bordo para aqueles que decidam por se aventurarem no mar, com condições muito aquém das que se oferecem hoje. Em outras palavras, haverá diminuição sensível das condições ora oferecida.

Isso já se faz notar de forma clara na intransigência das empresas em assinar um Acordo Coletivo de Trabalho decente e negociado, já que nenhum avanço é oferecido e buscam que as condições se nivelem por baixo.

A preocupação das empresas não é, de nenhuma maneira, garantir tripulantes para suas embarcações, mas pura e simplesmente aumentar enormemente seus lucros, explorando tripulantes com salários e condições de navios de Bandeira de Conveniência, em um mercado doméstico, restrito e com fretes garantidos e altos.

É preciso dar um NÃO à manobra espúria que visa retirar brasileiros de bordo, ou diminuir seus salários e condições ao nível dos praticados nos piores setores marítimos.

Para que possamos dizer que o Brasil é realmente nosso, é preciso que a exploração de suas riquezas se reverta em benefícios e condições melhores de vida a nós brasileiros, não a armadores estrangeiros.

O blog só faz uma ressalva quanto à posição do Diretor da DPC no que toca o nosso sindicato. Que eu saiba o SINDMAR não afirmou que o mercado de trabalho está tranquilo, mas apenas que está equilibrado quanto à oferta e procura de tripulantes brasileiros. Quanto à tranquilidade, todas as notas dos armadores atacando a legislação brasileira, e o terror que tentam impor à sociedade com um inexistente “apagão marítimo”, mostram claramente que ela está longe de nosso setor.

Leia abaixo na íntegra:

Marinha e marítimos 

O titular da Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, em depoimento à coluna, dá sua opinião sobre a polêmica do mercado de trabalho. O Sindicato dos Armadores (Syndarma), apresentou estudo da USP, indicando falta de pessoal, com possível "apagão no mar" e, em resposta, o Sindicato dos Oficiais de Marinha (Sindmar) divulgou análise da Uerj, em sentido contrário, indicando haver equilíbrio no mercado.

Comentou Leal Ferreira: "Não há tanta escassez como aponta o Syndarma nem tranquilidade, como destaca o Sindmar. Acho que há uma pequena carência, mas nada estrondoso". Lembra Leal Ferreira que, em 2005, foram formados 264 oficiais e, em 2011, serão graduados 772 profissionais. Em 2012 o total anual irá superar 800 e, a partir de 2015, serão mais de mil por ano. Declara que a formação é muito boa e o oficial de marinha brasileiro é internacionalmente elogiado.

- Embora não sejam militares, saem da escola com boa disciplina.

Segundo Leal Ferreira, a Marinha continua a fazer sua parte e a questão polêmica está com o Ministério do Trabalho, através das resoluções 70 e 82. Uma delas trata do uso de mão-de-obra brasileira em navios estrangeiros em operação no país, e a outra se refere à utilização de estrangeiros em navios brasileiros, o que é parcialmente permitido pelas leis em vigor, mas nunca foi aplicado.

Leal Ferreira lembra que a vida no mar é dura e, com o afastamento da família e o isolamento, muitos deixam a profissão. Um problema, segundo ele, é que, após formado, um bom oficial precisa de sete anos para poder ser elevado a comandante. O dirigente da DPC lamentou que, devido à formação educacional do país, há dificuldades em se transmitir noções de tecnologia - atualmente essenciais - ao pessoal subalterno.


Mercantes: como sobreviver com a pensão do INSS?

Se para a grande maioria da população a troca entre o salário e a pensão do INSS não altera muito a rotina financeira da família, para aqueles que têm um salário um pouco mais alto, essa troca pode afetar sensivelmente o padrão de vida.

Sobre isso foi feita a pesquisa abaixo, e que no fundo não deixa de chamar a atenção: a maioria não se preocupa, mas a aposentadoria é alcançada por cada vez mais brasileiros, e o velho problema reaparece sempre: como sobreviver com a pensão de nosso bravo INSS?

Se “vestir o pijama” não faz parte de seus planos, tudo bem e boa sorte. Mas se ao contrário, você pensa em um dia jogar damas na praça com os amigos, e sem depender de filhos e caridade alheia, ao menos vale o lembrete.

DCI – Reportagem - 01/06/2011

Aposentadoria traz temor para brasileiros

Um quarto dos brasileiros não sabe qual será a sua principal fonte de renda na aposentadoria. A constatação parte de levantamento efetuado pelo banco HSBC e divulgado ontem.
De acordo com a pesquisa, 25% dos entrevistados afirmaram que não sabem de onde virá sua renda depois que pararem de trabalhar. Já para 10% dos pesquisados, o dinheiro para esta época da vida será obtido por meio de economias e investimentos. O apoio financeiro dos filhos e descendentes também foi citado por 10% dos entrevistados como fonte de renda na aposentadoria. Ainda segundo a pesquisa do HSBC, para 8% dos pesquisados, a renda será garantida pelo recebimento de aluguéis, enquanto 7% acreditam que terão condições financeiras por conta de herança. Investimento em ações foi citado por 5% dos entrevistados, mesmo percentual que respondeu que deverá viver de salário e da venda de ativos atrelados a um determinado negócio.
Nos outros países participantes da pesquisa, o percentual de pessoas que não sabem qual será sua fonte de renda na aposentadoria também foi alto (19%).
Para 16% das pessoas, o dinheiro para esta época da vida virá da previdência social. Já 11% dos entrevistados responderam que deverá ter uma renda proveniente de economias e investimentos, enquanto 9% esperam receber pensão individual e pessoal.
O relatório divulgado ontem revelou ainda que o salário de emprego pago também foi citado por 9% dos entrevistados como possível fonte de renda quando deixarem de trabalhar, ao passo que os investimentos em ações e a renda de aluguel foram citados por 6% das pessoas, cada.
A pesquisa do HSBC foi efetuada com mais de 17 mil pessoas em 17 países. No Brasil, foram ouvidas 1.027 pessoas para o relatório O Poder do Planejamento.