sábado, 28 de junho de 2014

Radiohead - Creep

A banda de Rock Alternativo Radiohead foi formada em 1985, em Oxford na Inglaterra. Mas ainda que tenha iniciado em meados da década de 80, somente em 1982 começou a fazer sucesso, quando gravou seu primeiro single, Creep. No ano seguinte Creep virou um hit internacional, e a partir daí a banda ganhou fama e a década de 90, tendo atingido o auge de seu sucesso na virada do século, quando lançaram os álbuns Kid A (2000) e Amnesiac (2001). Nesse período houve uma mudança no som produzido pela banda, que passou a incorporar a sonoridade do Jazz e da música eletrônica. As mudanças foram controversas entre críticos e fãs.

Após o auge do sucesso, a banda continua ativa, lançando novos álbuns e fazendo suas excursões, e sempre inovando, seja no estilo musical, seja nas estratégias de venda, que chegaram ao ponto de o comprador pagar o quanto queria por um disco (inusitado, não?).

Creep foi seu primeiro sucesso internacional, é uma baladinha romântica e ótima para relaxar, ainda mais num dia de jogo mata-mata envolvendo Brasil e Copa do Mundo.

Então foi Creep que escolhemos para hoje.




quinta-feira, 26 de junho de 2014

Blog dos Mercantes saúda Crea do Acre pela iniciativa em prol de hidrovias

Há pouco tempo publicamos aqui, no Blog dos Mercantes, post onde falamos das vantagens de termos um sistema de transporte integrado, e da necessidade de incentivarmos e desenvolvermos mais o modal aquaviário de transporte. Na ocasião nos referíamos especificamente à Cabotagem Marítima, mas tais argumentos podem ser estendidos também às hidrovias.

E nossa afirmação acima fica muito clara quando observamos os problemas pelos quais vem passando o estado do Acre, que sofre com desabastecimento, devido à estrema dependência do sistema rodoviário para o recebimento de cargas.

Temos a tecnologia, temos profissionais capazes, temos hidrovias potenciais com nossos grandes rios, basta vontade política, investimentos bem pensados e estudados, e abriremos ainda mais as oportunidades para esse setor específico e para a economia brasileira como um todo.



Crea discute construção de hidrovias em audiência pública no AC

Membros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Acre (Crea-AC), juntamente com representantes públicos e sociedade civil, debateram, nesta última sexta-feira (11) em audiência pública, a possibilidade da construção de hidrovias no estado. De acordo com o conselho, a medida é uma forma de resgatar o abastecimento do estado através do transporte fluvial. O encontro foi feito em uma das salas da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

"Debatemos a possibilidade de ter a implementação da hidrovia no Rio Purus e deixá-la trafegável por todo o ano para que as mercadorias possam chegar ao estado também pela embarcação no rio. Nesta sequência, também discutimos a construção de dois portos. Um em Boca do Acre (AM) e outro nas proximidade de Sena Madureira", explica o conselheiro do Crea-AC, William Bittencourt.

O Crea, de acordo com o conselheiro, agrega mais de 300 modalidades de profissionais. "Tecnicamente falando, não há possibilidade de construir essa hidrovia sem a presença, fiscalização e projeto do Crea, então nosso posicionamento é, se a população assim quiser, nossos engenheiros estarão prontos para assumir essa construção", destaca.

De acordo com Bittencourt, a ideia partiu devido ao momento em que o Acre vive, com a BR-364 interditada, devido à cheia do Rio Madeira, e a dificuldade no abastecimento do estado diante da única via de acesso terrestre ter tido o transporte suspenso. "A gente só começa a agir quando o sapato aperta. O Acre está preocupado e temos que viabilizar alternativas, senão vamos sofrer futuramente com isso. Temos que cuidar dos modais de transporte para depois começarmos a pensar em outras coisas", salienta.

O encontro também contou com a participação de vereadores da cidade de Boca do Acre (AM) que acompanharam a discussão e também salientaram a dificuldade que o município amazonense também está passando devido à cheia do Rio Madeira. "Boca do Acre tem sofrido muito, porque apesar de fazer parte do Amazonas, está diretamente ligada ao Acre, depende do estado para também manter seu abastecimento", explica Bittencourt.

Calamidade Pública

O governador Tião Viana (PT-AC) decretou situação de calamidade pública no Acre, na última segunda-feira (7). O estado já estava em situação de emergência desde o dia 26 de fevereiro. Segundo o governador Tião Viana, o decreto deve tornar mais fácil o apoio do governo federal e a adoção de medidas para auxiliar a população e o setor empresarial, que tem sido bastante afetado pelo problema.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Blog dos Mercantes mostra o comércio exterior brasileiro

Mais precisamente mostramos como anda o comércio exterior do Brasil com a China, mas de modo geral, podemos considerar essa perspectiva para nosso comércio internacional com as nações desenvolvidas, principalmente com nossos maiores parceiros comerciais. E pela lista de principais produtos exportados pelo país, podemos ter uma ideia de nossa situação, e principalmente de nossa pauta de exportação.

- Ainda que tenhamos nos desenvolvido economicamente a partir de meados do século passado e diversificado nossas atividades econômicas (incluindo aí serviços), nosso comércio exterior segue baseado principalmente em produtos primários, seja de extração (minerais), seja oriundos da agricultura.

- Com essa pauta de exportação deixamos de criar inúmeros empregos no país,

- Com essa pauta também agregamos pouco valor à nossa pauta de exportação,

- Há necessidade, sempre, de conquistar novos mercados para produtos de alto valor agregado.

Isso em primeira análise significa que exportamos muitos milhões de toneladas a baixo preço, e importamos poucos milhões de toneladas a alto preço. Ora, Bê-á-bá do comércio internacional e que já estamos todos cansados de ouvir e saber.

O problema nisso tudo é que não existe país que consiga distribuir riqueza de forma adequada, nem mesmo criar empregos e um crescimento econômico de forma realmente sustentável, se não diversificar sua economia e, principalmente, aumentar a participação de produtos de alto valor agregado e de serviços de alta complexidade em sua economia e em suas exportações.

A melhoria nessa equação com a China é muito importante, mas ela deve ser estendida ao comércio com outros países também.

Lembrando sempre que uma Marinha Mercante forte pode auxiliar, e muito, no processo de abrir novos mercados e melhorar a competitividade de nossos produtos.

E claro, sem deixar nunca de privilegiar a mão-de-obra nacional, pois sem isso nenhum movimento no sentido de fortalecer nossa economia faz sentido.


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Brasil vai usar visita chinesa para vender carne e avião
FLÁVIA FOREQUE
RENATA AGOSTINI
DE BRASÍLIA

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O governo quer aproveitar a visita de Estado do líder chinês Xi Jinping, em julho, para fechar negócios e destravar temas da pauta econômica entre os dois países.

Há hoje uma preocupação em diversificar as vendas para o gigante asiático, principal destino das exportações do país desde 2009, quando a China desbancou os Estados Unidos como maior comprador de produtos brasileiros no exterior.

"Há concentração na venda de commodities [produtos básicos]. Com muitos ovos numa cesta só, o país fica sujeito a flutuações", diz o embaixador Francisco Brasil de Holanda, diretor do departamento da Ásia do Leste no Itamaraty e responsável por parte dos preparativos para a visita da comitiva chinesa.

Soja e minério de ferro representaram mais de 70% do que o Brasil vendeu para a China no ano passado.

Por isso, além de estreitar as relações diplomáticas com o parceiro, uma das prioridades é enfim viabilizar a venda de 40 aviões da Embraer para o mercado chinês.

Os contratos foram firmados ainda em 2011, mas até hoje não houve autorização oficial para que a operação fosse concretizada.

O governo quer ampliar o contato entre o empresariado dos dois países. Espera-se que a comitiva de Xi Jinping traga também executivos chineses "de peso".

"O produtor brasileiro ainda olha muito para o próprio umbigo. Até 2020, mais de 100 milhões de chineses sairão da pobreza. É um mercado enorme", disse o embaixador brasileiro.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress       

POTENCIAL

Uma das áreas que o Brasil vê grande potencial de crescimento é o da indústria criativa, com aumento das vendas das indústrias gráfica, de audiovisual, de design e moda.

Segundo o Itamaraty, entre os tópicos que também devem ser tratados durante a visita, está a liberação da venda de carnes bovinas, bloqueada desde o fim de 2012 diante das notícias de um caso da doença conhecida como "vaca louca" no Paraná.

Apesar de ter sido um caso isolado e fruto de uma mutação genética, o que afastou o risco de contágio em outros animais, a China manteve a barreira desde então.

O mercado chinês de carnes bovinas ainda é pequeno, mas o aumento das vendas para Hong Kong no ano passado, que funciona como porta de entrada para a Ásia, mostra quão lucrativo pode ser o fim do embargo, afirma Brasil de Holanda.

SIMBOLISMO

Há a expectativa ainda de que haja a confirmação de investimentos brasileiros no país asiático. A fabricante de caminhões Marcopolo, por exemplo, aguarda autorização para instalar fábrica de veículos na China.


A vinda de Xi Jinping, que participará da cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) e deve assistir a final da Copa do Mundo no Maracanã, tem grande caráter simbólico. A visita, a primeira dele no posto de líder, marcará os 40 anos das relações entre Brasil e China.

sábado, 21 de junho de 2014

Oasis - Wonderwall


O Oasis, banda inglesa de Manchester, foi fundada em 1991 e alcançou grande sucesso nos anos 90 do século passado, emplacando vários sucessos. Além da qualidade musical, o Oasis também ficou conhecido pelos desentendimentos de seus integrantes com a mídia, e também internamente, tendo seu auge com a briga entre os irmãos Liam e Noel Gallagher. A banda acabou em 2009, deixando órfãos uma legião de fãs.

Mas apesar dos desentendimentos, o Oasis também é uma das bandas britânicas mais bem sucedidas de todos os tempos, tendo vendido mais de 74 milhões de cópias, e emplacado uma série de sucessos, como Morning Glory, Don't Go Away, Stand by Me, Live Forever, Don't Look Back in Anger ou Champagne Supernova, e outras, mas todas músicas dos anos 90.

Nessa década também lançaram Wonderwall, tida por muitos como o melhor Rock dos anos 90, e por alguns o melhor de todos os tempos. Na opinião desse blogueiro, ambas as escolhas são exageradas, embora seja uma grande música.

E por ser uma grande música foi nossa escolhida para aparecer pela banda.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Problema sendo solucionado com ajuda do Sindmar

Falta de estágio é problema que aflige os novos Praticantes formados nas Escolas de Marinha Mercante. Mas isso vem sendo equacionado, não apenas com a mobilização da Marinha do Brasil, mas também pela ação do Sindmar que assinou Protocolo de Entendimento com o Ministério do Trabalho e Emprego, que abrirá mais vagas para Praticantes cumprirem seus períodos de treinamento a bordo, e concluírem assim o curso que iniciaram em um dos locais de treinamento em terra.

Para aqueles que se interessarem, é só clicar aqui para ter acesso a revista Unificar e ao texto do Protocolo, que se encontra na página 68 da dita revista.

Problema sendo solucionado com ajuda do Sindmar.

De qualquer forma gostaríamos de lembrar que, como vimos avisando há mais de dois anos, o aumento na formação de Oficiais Mercantes, baseado em premissas erradas, iria fatalmente criar o desemprego no setor, e de quebra a queda nas remunerações e condições sociais dos trabalhadores.

Tal fato já vem ocorrendo, apesar da resistência da classe e seu órgão representativo.


Falta de estágio preocupa Marinha/ Formação de pessoal está em alta

Por Sergio Barreto Motta

O diretor de Portos e Costas da Marinha (DPC), almirante Cláudio Portugal de Viveiros, considera que a formação de oficiais de Marinha Mercante – a cargo da Marinha do Brasil – está sendo bem executada. Em 2013, foram lançados no mercado 774 oficiais. Mas o almirante Portugal vê, na falta de estágios, um problema.

Apesar do êxito na qualificação e no preparo dos oficiais, ainda persiste uma importante exigência, que é a realização de um indispensável estágio embarcado, tanto para oficiais como para subalternos. As empresas de navegação e as do setor de apoio marítimo apresentam limites de disponibilidade para embarcar, a cada ano, os profissionais que concluíram os cursos para cumprirem tal requisito. Esta restrição acaba por retardar o imediato emprego de uma qualificada força de trabalho.

Segundo o almirante, esse desafio tem de ser vencido. No mais, persiste polêmica. Os armadores sempre preveem apagão marítimo, defendem uso de estrangeiros e lamentam escassez de pessoal. Do outro lado, o presidente do Sindicato dos Oficiais de Marinha (Sindmar), Severino Almeida, afirma que a demanda por pessoal ficou abaixo de todas as previsões dos últimos anos, pois houve atraso na encomenda efetiva de navios e que, ao contrário, teme desemprego entre seu pessoal.


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Blog dos Mercantes na Copa do Mundo

Como todos sabem, na última quinta-feira tivemos o início da Copa do Mundo no Brasil. Entre aqueles que apoiam, os que são contra, e os que estão no meio termo, fato é que o evento começou, e se não tem sido um exemplo de organização e eficiência, tem sido muito bom no quesito esportivo e de assistência aos estádios (nunca vi estádios tão cheios em uma Copa do Mundo).

E em meio a isso tudo vamos fazer algumas considerações. Aqueles que nos acompanham podem ou não concordar com elas, mas isso faz parte do jogo democrático, e é através dele que avançamos como país e sociedade.

- O primeiro ponto é que, quando tivemos a escolha do Brasil como sede da Copa 2014, pouquíssimas foram as vozes que se levantaram contra. Ao contrário, boa parte da população foi às ruas comemorar o “feito” brasileiro. Ora, claro que podemos mudar de opinião, mas também devemos aprender a assumir e cumprir compromissos. Então, mesmo que tenham percebido tardiamente o erro de sediar uma Copa, que ao menos colaborem para que ela ocorra da melhor forma possível, já que a decisão de sediá-la foi amplamente apoiada;

- As manifestações são um processo válido e democrático. É isso mesmo, mas existem coerências e incoerências, assim como momentos. Pedir por melhor educação, transporte, saúde, segurança, etc. é não apenas direito dos cidadãos brasileiros, como dever do Estado. E isso sempre. Manifestar-se contra a realização da Copa é um ato de absurda incoerência. Esse momento passou, e foi há cerca de 8 – 9 anos atrás, quando o Brasil começou a se mover para candidatar-se a sediar o evento;

- Estádios e obras de entorno inacabadas, superfaturadas, etc. Isso ocorre em todos os lugares do mundo. Desculpa? Não, fato. Mas no Brasil ocorreu em percentual maior que em outras partes do mundo, e revoltou boa parte da população. Direito dos cidadãos ser contra isso; obrigação de nossos governantes.

- Isenções fiscais à FIFA, seus patrocinadores, e aos envolvidos com a realização da Copa; desapropriações e problemas trabalhistas.  Só no âmbito federal já foram cerca de R$ 1,1 bilhão de impostos que não foram arrecadados, mas as isenções se estendem a estados e municípios. Entre o disse-me-disse entre FIFA e Governo Brasileiro, fato é que a FIFA teve seu maior lucro da história (cerca de R$ 11 bi, podendo ser ampliado), e que se não cumprimos leis brasileiras, se nosso Governo foi exageradamente generoso nas isenções fiscais,

Além disso, fizemos remoções forçadas e exageramos em muitas coisas, que em alguns casos nem foram completadas, isso é problema nosso, e exclusivamente nosso. A FIFA não tem nada a ver com isso, e não pode ser responsabilizada pelos excessos cometidos por nós mesmos. Querer, agora, imputar à FIFA e à Copa do Mundo todos os nossos males é risível e infantil, ainda que boa parcela da população tenha abraçado essa ideia tosca de corpo e alma.

Como vimos nosso problema não é exatamente a FIFA ou a Copa do Mundo, e sim nós mesmos, que seguimos com a cultura de “nossa incompetência”. Nelson Rodrigues chamou isso de “complexo de vira-latas”, eu chamo apenas de cegueira política e social.

Porque uma vez mais dizemos que só através do jogo democrático iremos melhorar e aperfeiçoar as formas de prevenção, fiscalização, e punição a esses tipos de problemas.

E fazem parte do jogo democrático as manifestações, assim como instituições fortes e voltadas a proteger o interesse público e o cidadão, e não apenas a interesses de pequenos grupos econômicos ou políticos.

Mas não fazem parte do jogo democrático os golpes militares e os estados de exceção, que não servem para nada mais do que perpetuar o que disse três parágrafos acima, através do mascaramento de problemas e da censura àquilo que não convém aos governantes de momento.

A Copa do Mundo da FIFA 2014 vem sendo apenas usada como forma de disputa política interna. Isso também faz parte do jogo democrático, mas cabe à população ter o mínimo de discernimento para compreender esse processo, e a fazer suas escolhas de forma inteligente e perceber onde estão os interesses.

Estou defendendo o governo e a Copa do Mundo? Não, de forma alguma. Mas acontece que, apesar de eu ser contra a Copa, ela está aí, e nós devemos fazer dela a melhor possível. Nos gramados ela vem sendo muito superior às últimas, agora também devemos fazê-la superior nas ruas. Para isso não é necessário pintar muros e calçadas, mas apenas parar de atacar a FIFA. Ela é uma instituição capitalista, veio aqui para ganhar dinheiro, e isso era sabido desde o início do processo que culminou com a realização da Copa.

Nosso governo errou? Então cobremos dele. Aproveitar a Copa para fazer pressão sobre o Governo é uma decisão inteligente, boicotar a Copa nesse momento não passa de demagogia barata.


sábado, 14 de junho de 2014

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Blog dos Mercantes concorda que a Navegação é solução

Intermodalidade inteligente é solução- imagem da internet

E podemos dizer que ela é solução, desde que seja integrada a um sistema de transporte mais inteligente, que integre hidrovias, ferrovias, rodovias, a Cabotagem, e até o setor aéreo. Porque os meios de transporte são complementares, e por mais que as rodovias sejam imprescindíveis, pois permitem a entrega de produtos na porta de diversos consumidores, o uso excessivo delas causa uma série de transtornos à sociedade, ao meio ambiente, e à economia em geral, pois na longa distância se torna o modal mais caro dentre os citados acima, além de outros problemas.

Claro, o modal aéreo ainda é mais caro, mas ele trabalha com cargas específicas, e não é um concorrente direto a nenhum dos outros, mas complementar apenas, porque oferece muito mais velocidade que os outros, com exceção dos trajetos de curta distância.

E para termos tal sistema de transporte inteligente, precisamos de mais incentivos e investimentos no setor aquaviário, para que este possa assumir a posição que lhe é devida dentro dessa organização do transporte nacional.

De mais, o artigo veiculado no Diário do Litoral, e que se referiu especificamente ao “Seminário Desafios e Perspectivas da Navegação Marítima de Cabotagem no Brasil, que ocorreu na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), dá um monte de informações que tratamos frequentemente aqui no Blog dos Mercantes, e que vêm apenas corroborar com tudo aquilo que nós, e o próprio mercado, vêm falando acerca do Setor da Navegação de Cabotagem. Mas, mesmo sendo repetitivo, vale a pena relembrar tais argumentos, ler o texto e ver que o setor se movimenta para ganhar mais espaço no transporte de cargas no país.





Diário do Litoral – Reportagem - 14/05/2014

Cabotagem é a solução para os gargalos logísticos?

Representantes do setor de transportes se reuniram em Brasília para discutir os gargalos e as ações que podem alavancar a navegação marítima de cabotagem no país, modalidade de transporte marítimo feito na costa brasileira. O Seminário Desafios e Perspectivas da Navegação Marítima de Cabotagem no Brasil ocorreu na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT) na semana passada.

Segundo dados mais recentes levantados pela CNT, na Pesquisa de Cabotagem 2013, em 2012 foram transportadas 201 milhões de toneladas de cargas por cabotagem, navegação apontada como importante alternativa para o transporte interno de produtos em distâncias maiores. “O Brasil tem uma costa navegável invejável. Teria tudo para ter uma eficiência geoeconômica em transporte. Além disso, a cabotagem impacta de maneira menos significativa o meio ambiente, pelas baixas emissões de gases poluentes e é até nove vezes mais eficiente que o rodoviário”, reforçou o presidente da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), Cleber Cordeiro Lucas.

Os especialistas reforçam que essa modalidade não colide com o transporte rodoviário, que é mais eficiente e vantajoso para as curtas distâncias. Mais que isso, os modais devem trabalhar de forma integrada, como destaca o vice-presidente de Transporte Aquaviário, Ferroviário e Aéreo da CNT, Meton Soares Júnior: “A cabotagem é parte de um sistema de transportes integrado, que depende dos modais aéreo, rodoviário e ferroviário, assim como eles dependem da cabotagem e dos portos. É isso que defendemos”.

Conforme o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), apenas 9% do transporte de carga no país é feito por cabotagem. Na União Européia, o índice chega a 37% e a 48% na China. Apesar disso, o segmento tem crescido, especialmente com investimentos do setor privado. A expectativa é que, nos próximos dois anos, a cabotagem cresça 36%, segundo levantamento do Instituto Ilos.

Desafios No entanto, uma série de dificuldades ainda representa desafios para esse crescimento acelerado. Soares cita, entre eles, a burocracia — são exigidos mais de 40 documentos para o transporte por cabotagem — a fiscalização feita pela Anvisa, que ocorre em cada porto, em cada estado, “como se a carga estivesse sendo importada”, a necessidade de cais especiais e o elevado custo do combustível.

Segundo o vice-presidente da CNT, é preciso deixar o valor mais baixo para reduzir o custo operacional do transporte. Conforme o Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), o combustível representa quase 40% desse gasto. Além disso, o valor do combustível de navegação é referenciado em dólar, o que provoca variações diárias de preços.

O secretário executivo do Ministério dos Transportes, Anivaldo Juvenil Vale, reconhece a importância desse tipo de transporte e, também, as dificuldades enfrentadas. Segundo ele, entre as medidas que estão sendo desenvolvidas para solucionar os entraves estão o financiamento da indústria naval, o Plano Nacional de Dragagem, a ampliação de acessos aos portos e o Programa de Investimentos em Logística.


Também foi formado um grupo de trabalho interministerial para definir ações que melhorem as condições das companhias Docas e a instituição da Comissão Nacional das Autoridades nos Portos (Conaportos), há aproximadamente um ano e meio, criada com o objetivo de criar estratégias para ampliar o desenvolvimento do setor. No entanto, representantes do setor reclamam da baixa efetividade e da demora na percepção de resultados das ações debatidas no governo.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Blog dos Mercantes traz duas matérias para se pensar

Nesses dias que antecedem a abertura da Copa do Mundo no Brasil, o Blog dos Mercantes traz duas matérias veiculadas pelo site Uol. Uma através de sua parceria com a Folha de São Paulo, e se trata de uma entrevista com o editor da revista Norte-Americana “Foreign Policy”.  Essa entrevista trata basicamente das relações Brasil-EUA, e suas eternas rusgas, entremeadas de momentos de dissenções.

A outra é retirada da Coluna de Noam Chomsky, linguista, filósofo e ativista político norte-americano, que analisa a caçada promovida pelo governo de seu país ao novo inimigo público nº 1 de seu governo (não da população), Edward Snowden, que retirou e tornou públicos documentos da Agência Nacional de Segurança (NSA), que tem pro propósito espionar e acompanhar não só cidadãos e governos estrangeiros, mas também a própria população estadunidense.

Esses textos, de certa forma, nos dão dicas para respondermos perguntas que permeiam as mentes de muitos de nós. Como os chamados governos democráticos administram a base de seu poder, a democracia? Ela existe? Existe real perigo externo? E interno? Se o real poder emana do povo, porque tanta repressão às manifestações populares? Governos respeitam suas leis?

Podemos fazer muitas outras perguntas, simplesmente lendo esses dois textos. Deixamos essas com vocês.


Brasil e EUA vivem hoje uma relação de paranoia mútua
RAUL JUST ELORES
DE WASHINGTON
02/06/2014  02h00
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Brasil e EUA precisam resolver suas "paranoias" recíprocas se quiserem ter uma parceria mais produtiva. "Hoje, quando os dois presidentes se encontram, só falam de ninharias", diz o publisher da revista "Foreign Policy", influente publicação americana sobre assuntos internacionais, David Rothkopf, 58.
Crítico duro do governo Barack Obama, apesar de ser democrata, Rothkopf acha que Brasil e EUA têm visões "caricaturais" um do outro e que a memória da Guerra Fria tem peso excessivo.
"Se a China desacelerar, se houver uma seca de capitais rumo aos emergentes, o que [a presidente Dilma Rousseff] vai fazer?", pergunta.
Seu próximo livro, a ser lançado em outubro, será sobre a política externa de Bush e Obama "na era do medo".
Ele recebeu a Folha em seu escritório em Washington.

Para ler a entrevista completa clique aqui.


Edward Snowden é o "criminoso mais procurado" do mundo
Noam Chomsky
02/06/201400h02 Atualizada 02/06/201415h36
Reprodução/NBC News/Reuters - 28.mai.2014
O ex-funcionário da NSA (Agência Nacional de Segurança, dos EUA) Edward Snowden concedeu na última quarta-feira (28) entrevista à rede norte-americana NBC, direto da Rússia, onde Snowden obteve asilo político
Nos últimos vários meses, recebemos lições instrutivas sobre a natureza do poder do Estado e as forças que conduzem a política de Estado. E sobre uma questão intimamente relacionada: o sutil e diferenciado conceito de transparência.
A fonte da instrução, é claro, é o grande número de documentos sobre o sistema de vigilância da Agência Nacional de Segurança divulgados pelo corajoso combatente da liberdade Edward Snowden, peritamente resumidos e analisados por seu colaborador Glenn Greenwald em seu novo livro, "Sem Lugar para se Esconder".
Os documentos revelam um projeto notável de expor ao escrutínio do Estado informação vital sobre cada pessoa que caia nas garras do colosso - em princípio, todas as pessoas ligadas à sociedade eletrônica moderna.
Nada tão ambicioso foi imaginado pelos profetas distópicos de tristes mundos totalitários do futuro.
Não é de pequena importância o fato de o projeto estar sendo executado em um dos países mais livres do mundo, e em radical violação da Carta de Direitos da Constituição dos EUA, que protege os cidadãos de "buscas e revistas irracionais" e garante a privacidade de suas "pessoas, casas, papéis e objetos".
Por mais que os advogados do governo tentem, não há como reconciliar esses princípios com o assalto à população revelado nos documentos de Snowden.
Para ler o artigo completo clique aqui.

sábado, 7 de junho de 2014

A dança que conta a história de uma vida e uma sociedade!

Hoje não apresentaremos nossa tradicional música de sábado, mas não deixaremos de compartilhar um vídeo, e o vídeo vem do programa "Britain's Got Talent". Alguns talentos saíram do programa, como Susan Boyle e Paul Pott, mas não são os únicos que passaram por lá. O vídeo abaixo apresenta a coreografia pouco tradicional, mas muito bem executada e bonita. Vale a pena dar uma olhada.


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Blog dos Mercantes apoia intercâmbio para gestores portuários

Uma das melhores maneiras de se fazer um setor avançar é com o intercâmbio. A série de 6 seminários ministrados por especialistas belgas, iniciados no último mês de março, e que tem por objetivo o aperfeiçoamento de gestores portuários brasileiros, nada mais é do que isso: intercâmbio.

E esperamos sinceramente, que tenhamos real aprendizado por parte de nossos gestores e das autoridades que estarão participando da série de seminários. A primeira delas talvez seja modernizar as ideias de porto, e não tentar "modernizar" os portos atuais, já que, por incrível que pareça, a segunda opção é mais barata.

E isso não significa que os portos atuais devam ser deixados de lado, apenas que não têm mais condições de continuar sendo os protagonistas no setor, pois foram construídos para receber uma Marinha Mercante que não existe mais, estão localizados (em muitos casos) em áreas de difícil acesso de cargas, devido à grande concentração populacional, e também de difícil acesso dos grandes navios atuais, devido a geografia do local, que não permite grandes calados.

Isso é básico e é relativamente antigo, mas até hoje vem sendo relegado a um segundo plano devido pressões políticas dissonantes com o progresso do país. Já está na hora de investirmos bem e adequadamente.


Especialistas belgas capacitam gestores portuários no Brasil

Começa na próxima segunda-feira, dia 24 de março, às 14 horas, no Centro de Excelência Portuária (Cenep), localizado em Santos (SP), o primeiro seminário de capacitação para gestores que atuam nos portos brasileiros. O secretário-executivo da Secretaria de Portos, Eduardo Xavier, fará a abertura.

O curso, do qual participarão gestores da SEP, de companhias docas, portos delegados e companhias privadas operadoras dos portos, será administrado por quatro especialistas belgas.

Este primeiro evento, que se estenderá até o dia 28 de março, dá início ao ciclo de seis seminários programados para ocorrer no Brasil até 2015, conforme previsto no Acordo de Cooperação firmado no ano passado entre a SEP e o Centro de Treinamento Portuário de Antuérpia, Bélgica (Apec).

A iniciativa faz parte das ações desenvolvidas pela SEP com o objetivo de capacitar o setor portuário brasileiro e envolverá, além de Santos, os portos de Vitória, Fortaleza, Paranaguá, Salvador e Belém, onde serão tratados temas distintos em seminários de cinco dias. São eles: gestão portuária; serviços portuários; aspectos comerciais do porto; aspectos financeiros do porto; infraestrutura e obras portuárias e navegação interior.

Antes de iniciarem o curso em Santos, os especialistas belgas, que chegaram ontem, 19 de março, ao Brasil, farão visitas aos portos do Rio de Janeiro e de Vitória (onde acontecerá, em maio, o segundo seminário) para examinar os simuladores nacionais utilizados para treinar trabalhadores portuários avulsos (TPAs) que manobram equipamentos de grande porte, como guindastes.

O objetivo é verificar se os simuladores brasileiros são compatíveis com os simuladores que 12 instrutores brasileiros irão utilizar na Bélgica durante curso que será realizado naquele país em maio. Esses dozes profissionais, que serão selecionados pelo sindicato e federações dos trabalhadores, serão multiplicadores das técnicas junto aos TPAs brasileiros. A ação também faz parte do acordo bilateral SEP/APEC.

Com a proximidade do início da Copa 2014, os representantes da Bélgica aproveitarão o início do ciclo de seminários para promover um evento que visa esclarecer que a relação com o Brasil não se limita ao futebol. Na oportunidade, entre outras ações, será detalhada a parceria com a APEC, em que está prevista também a criação da APEC-Brasil.


O auditório do Cenep fica na Rua Otávio Correia, nº 147, bairro do Estuário.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Blog dos Mercantes e a boa notícia na navegação?

 Barcaças sem propulsão

Vimos há algum tempo colocando na mesa a mudança de rumo da Petrobrás quanto a sua frota mercante. Hoje descobrimos que, ainda este ano, ano a estatal brasileira estará lançando mais 3 embarcações. Ai está uma boa notícia não é mesmo?

O problema é que são apenas barcaças, não são projetos novos e não gerarão grande quantidade de empregos diretos de suas operações, principalmente para aquaviário e trabalhadores diretos do transporte.

Precisamos de novos projetos, da conclusão do Promef e da volta de uma política gigante de petróleo brasileira, que privilegie a mão de obra nacional, a produção nacional, e o aumento e melhoria da frota da empresa, tanto do transporte de petróleo e seus derivados, quanto na produção e apoio à produção de petróleo em nossa zona de exploração econômica exclusiva.



Mais três navios em 2014


A Transpetro, subsidiária da Petrobras que atua na área de transporte e logística de combustível, lançará mais três navios do tipo barcaça – de fundo chato, para transportar grandes quantidades de cargas e que pode ser puxado por rebocador – ainda neste ano. Dessa forma, a empresa quer completar o número de dez embarcações entregues em 2014, segundo informou o presidente da subsidiária, o cearense Sérgio Machado, que embarcou de volta ao Rio de Janeiro após passar o fim de semana na Capital cearense.


JOSÉ MARIA MELO