sábado, 29 de março de 2014

Blog dos Mercantes - Caetano Veloso - Reconvexo

Mais Caetano Veloso. Como dissemos esse grande compositor da música brasileira vinha sendo muito pouco explorado pelo Blog dos Mercantes, e uma de nossas intenções é rever essa e outras "injustiças". Assim hoje voltamos com Caetano e seu "Reconvexo".



B

quinta-feira, 27 de março de 2014

Blog dos Mercantes: Cabotagem segue crescendo

E a Cabotagem continua com um viés de crescimento no país, muito acima de outros setores. Como mostra o texto do Jornal do Commercio abaixo, são vários os fatores que levam a esse desenvolvimento acelerado e robusto de nosso comércio marítimo costeiro. Alguns são devido a necessidades do próprio mercado brasileiro, que está amadurecendo e começando a buscar melhores opções para a composição de seus custos e planejamento de sua produção. Outros fatores são simplesmente resultados inesperados de investimentos em outros setores.

Mas existe um fato que não está relatado abaixo, e é o incentivo que foi dado ao setor, principalmente no primeiro governo Lula. A reativação de estaleiros e as políticas para melhorias nos portos, iniciadas nesse governo, são certamente insuficientes para que esse subsetor da Marinha Mercante desenvolva todo o potencial latente que tem, mas fizeram com que desse um bom empurrão inicial, até pela euforia que atingiu o setor no começo desse processo.

Mas precisamos de mais. Precisamos atacar uma série de entraves que ainda dificultam o crescimento, não só da Cabotagem, mas da Marinha Mercante como um todo. Tarifas mais altas para os combustíveis, que as praticadas em outros modais de transporte; problemas burocráticos; alfandegários, etc., estão ainda presentes e podem e devem ser resolvidos para que a Marinha Mercante brasileira atinja o tamanho e extensão, para que possa definitivamente posicionar o país como “player” nesse setor econômico, e para que ela ajude a alavancar outros setores da economia nacional.

Com boa vontade política todos ganham; principalmente o país.







Cabotagem cresce no País

Mesmo com a economia brasileira patinando, um setor desenvolve-se de forma vigorosa, com taxas “chinesas”: a cabotagem. O transporte interno de cargas pelo mar avançou 7,7% só nos primeiros nove meses de 2013, frente ao mesmo período de 2012. O incremento é mais sentido na área nobre do segmento de cargas, os produtos transportados por contêineres, nos quais está o maior valor agregado. No período, a taxa de expansão desse campo foi de 28%. E, segundo analistas, esse crescimento tende a ser de cerca de 10% ao ano até 2020, em busca de reduções de custos de logística que atualmente chegam a 15%.

Em décadas passadas, a cabotagem já foi próspera no Brasil, mas o modal foi perdendo força com a queda da indústria naval e o sucateamento das Companhias Docas, que tornaram os portos públicos ineficientes. Entre os anos de 1990 e a década passada, o setor ficou restrito ao transporte de líquidos (como petróleo e gasolina) e alguns granéis (grãos e minérios).

Mas, a recente modernização dos portos mudou o cenário. Nos últimos três anos, estima-se que o governo e o setor privado tenham investido, juntos, cerca de R$ 30 bilhões nos portos do País — em melhoria no acesso, dragagem dos canais e construção de novos terminais. Os aportes foram para a operação em geral dos portos, mas acabaram abrindo espaço para o progresso da cabotagem.

O transporte pelo litoral ganhou impulso também devido aos custos dos pedágios nas rodovias, a nova lei dos caminhoneiros (que exige mais paradas dos motoristas) e a saturação nas estradas, aliados à quase inexistência de ferrovias que façam transporte de carga industrial no Brasil. O sócio da Mind Estudos e Projetos, Ricardo Sproesser cita ainda outra razão: 70% da população brasileira vive a até 100 quilômetros da costa. “A movimentação na cabotagem cresce, também, pela maior segurança nesses tempos de aumento de roubo de cargas nas estradas”, constata Sproesser.

O presidente da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), Cleber Lucas, acrescenta outro fator: o crescimento de renda do Norte e do Nordeste, que amplia as rotas entre as regiões e o Sul-Sudeste. Já o especialista em logística do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) João Guilherme de Araújo espera que a cabotagem de contêineres continue expandindo mais de 9% ao ano até 2020.

“Apesar de retirar caminhões das estradas, isso não é ruim para o setor rodoviário, que deixará de fazer ligações de grandes distâncias e vai se especializar em trajetos menores, na ligação do porto com os clientes e no comércio porta a porta”, argumenta Araújo. Em distâncias acima de 1,5 mil quilômetros, a cabotagem é imbatível, sustenta o especialista.

O presidente da Logz Logística Brasil, Nelson Carlini, afirma que o setor já ultrapassou a movimentação de 1 milhão de contêineres por ano, contra cerca de 200 mil contêineres anuais no início da década passada. “O crescimento é tal que os navios estão maiores”, frisa o dirigente. Antes, as embarcações transportavam no máximo 800 contêineres. Agora, começam a operar navios com capacidade entre 3,8 mil e 4 mil.

Carlini diz que o avanço da cabotagem é um sinal de amadurecimento das empresas brasileiras, que só podem contar com esse modal se houver um bom planejamento. Além da redução dos custos e de maior segurança, ele cita outra vantagem. “Se uma empresa precisa ampliar rapidamente seu transporte, é mais simples no navio, que tem espaço e pode receber mais contêineres sem muitas complicações.” Já no transporte rodoviário, a companhia depende de mais caminhões e motoristas, explica o presidente da Logz, que estima em 15% a redução média de custos das empresas que adotam a cabotagem.

Outro elemento que favoreceu a cabotagem foi o avanço do uso de contêineres, comenta o presidente da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), Sérgio Salomão. “O contêiner virou um padrão, é simples. Até arroz gaúcho enviamos ao Nordeste dessa forma”, informa. O gerente de cabotagem da Aliança Navegação e Logística, Gustavo Costa, acredita que, após a atração das fábricas de motocicletas para a cabotagem, o próximo desafio são as cargas fracionadas. “Já conseguimos transportar tudo, até frios, mas ainda faltam as pequenas cargas, quando colocamos produtos de 20 clientes em um mesmo contêiner.” Isso depende de uma estrutura para o recebimento e distribuição dessas mercadorias, que precisa ser desenvolvida. Os segmentos de higiene e limpeza e alimentos e bebidas já respondem por 50% de toda a carga da cabotagem nacional.

terça-feira, 25 de março de 2014

Blog dos Mercantes comenta problemas na Petrobrás

E esses problemas são sérios. Além do prejuízo que chega próximo à casa do bilhão de dólares, ainda tem o envolvimento direto da presidente Dilma Roussef, que na época do negócio era membro do conselho administrativo da empresa petrolífera, e votou em favor da compra da refinaria localizada em território dos EUA.

É mais do que óbvio que o fato ocorrido ainda no governo Lula, está sendo explorado politicamente pelos opositores do atual governo. Primeiro porque nossa atual presidente participou diretamente do erro estratégico cometido pela empresa, e que gerou um prejuízo absurdo.  Nada mais natural num caso desses.

Mas segundo, e talvez mais sério, porque tentarão criar um clima de conspiração e corrupção em torno do episódio. O problema é que não podemos assumir uma situação de corrupção, sem que haja primeiro uma investigação séria, e que os fatos sejam devidamente apurados.

Quanto à conspiração, podemos dizer que ela aparece de forma sutil, já que houve reconhecimento por parte de diretores da própria estatal brasileira, que os relatórios distribuídos para os membros do conselho administrativo, eram tendenciosos, pois buscavam levar o Conselho a aprovar o negócio em questão.

Antes de tudo devemos dizer que não faz muito sentido a desculpa de que os membros do conselho deveriam ter lido os relatórios completos. Isso seria aplicável caso não tivessem sido feitos os relatórios resumidos, e que omitiam informações importantes. Se os membros tinham que ler os relatórios completos, os resumidos não fazem sentido em existir, ainda mais viciados como estavam.

Mas o pior nessa história toda é o erro absurdo de análise e estudo, que levou governo e empresa a acreditar que um prejuízo de quase US$ 1 bi fosse um bom negócio. Um erro desses merece sim investigações profundas e sérias, algo já cobrado nesse mesmo post, e que indiquem os culpados pela mesma.

Atentem para o fato de que não estamos defendendo a presidente, e muito menos a decisão de efetivação do negócio na época, mas sim apontando uma série de fatos que, a princípio, tratamos como erros. Mas tendo sido erros ou não, as responsabilidades tem que ser apontadas com exatidão, e que dessa vez os culpados sejam devidamente punidos, se necessário com o ressarcimento à empresa dos valores perdidos na operação. Isso não é algo que acontece por fatores externos e fora do controle dos agentes da ação, como problemas meteorológicos ou climáticos. Tal fato é única e exclusivamente resultado de ações equivocadas das pessoas envolvidas no negócio.

É passada a hora de a Justiça brasileira passar a prestar mais atenção em fazer valer leis e aplicar a justiça, e deixar de prender-se tanto a detalhes processuais, tantas vezes usados intencionalmente para garantir a impunidade no país.



Abaixo trecho da reportagem na Folha de São Paulo. Para quem quiser ler a reportagem completa é só clicar aqui. http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/03/1428091-executivos-rebatem-versao-de-dilma-sobre-a-petrobras.shtml

Executivos rebatem versão de Dilma sobre a Petrobras
VALDO CRUZ
NATUZA NERY
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
SAMANTHA LIMA
DO RIO
20/03/2014  03h17
A presidente Dilma Rousseff e todos os demais membros do Conselho de Administração da Petrobras tinham à sua disposição o processo completo da proposta de compra da refinaria em Pasadena (EUA), segundo dois executivos da estatal ouvidos pela Folha.
Na documentação integral constavam, segundo os relatos, cláusulas do contrato que a petista diz que, se fossem conhecidas à época, "seguramente não seriam aprovadas pelo conselho" da estatal.
Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" trouxe ontem a informação de que Dilma, na época presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da compra de 50% da refinaria em 2006, pelo valor total de US$ 360 milhões.
Em resposta ao jornal, ela justificou que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho".
O episódio gerou mal-estar na Petrobras, tensão no Executivo e corrida no Congresso para a aprovação de uma CPI em pleno ano eleitoral para investigar o caso.
A compra da refinaria é investigada pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público do Rio e pela Polícia Federal. A principal polêmica é o preço do negócio: o valor que a Petrobras pagou em 2006 à Astra Oil para a compra de 50% da refinaria é oito vezes maior do que a empresa belga havia pago, no ano anterior, pela unidade inteira.

Além disso, a Petrobras ainda teve de gastar mais US$ 820,5 milhões no negócio, pois foi obrigada a comprar os outros 50% da refinaria. Isso porque a estatal e a Astra Oil se desentenderam e entraram em litígio. Havia uma cláusula no contrato, chamada de "Put Option", estabelecendo que, em caso de desacordo entre sócios, um deveria comprar a parte do outro.

sábado, 22 de março de 2014

Blog dos Mercantes e a Boa Música - Counting Crows - Mr. Jones

A banda norte-americana de Rock Alternativo, Counting Crows, estourou no início dos anos 90, e emplacou alguns sucessos. Até hoje já vendeu mais de 20 milhões de discos. Além de "Accidentally In Love", sucesso da trilha sonora da animação Shrek 2, a banda teve um segundo sucesso mundial, e vários regionais. 

O outro sucesso mundial de que falamos é Mr. Jones, escolhida para fazer parte de nosso Blog dos Mercantes no momento.

Divirtam-se.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Blog dos Mercantes faz pequena homenagem a Bellini

O ex-zagueiro Bellini faleceu ontem aos 83 anos. O Blog dos Mercantes se une ao luto do mundo esportivo, e presta pequena homenagem ao capitão do primeiro título mundial do Brasil, e que eternizou o gesto de levantar a taça. Descanse em paz Bellini, e que seus entes queridos possam achar força para enfrentar sua perda nos sentimentos de milhões de fãs por todo o mundo. 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Blog dos Mercantes e a ameaça cibernética


Tripulantes no passadiço: serão substituídos por máquinas?
Foto da internet


Essa talvez não seja uma situação que venha a ameaçar as atuais tripulações dos navios mercantes ao redor do mundo, mas certamente o fará no futuro: navios totalmente automatizados e sem a presença de tripulantes a bordo.

E isso porque a tecnologia ainda não está pronta, mas sim em desenvolvimento, com previsão mínima para pô-la em prática de 10 anos. Com os eventuais atrasos, podemos prever um período maior para que a mesma esteja pronta para uso.

Outro fator que provavelmente irá dificultar sua implantação, é que até hoje não temos equipamentos suficientemente seguros para detecção de determinadas embarcações, como pequenos pesqueiros e embarcações de lazer, principalmente quando construídos em madeira. Oficiais de Náutica sabem dos problemas em enxerga-los, e detecta-los em condições de mar e tempo que não sejam próximos à calmaria. Em tempestades isso se torna muito difícil.

E chegamos provavelmente àquilo que mais ajudará a adiar a utilização de tal tecnologia, que é o custo que a mesma terá. Assim, provavelmente as empresas optarão por um período de transição, em que poderemos ter mais uma redução nas tripulações.

Além disso, qualquer que seja a tecnologia, ela está sujeita a falhas, e aí somente a intervenção humana para evitar desastres e os problemas advindos dos mesmos.

Bom, tudo isso não passa de um exercício de futurologia, e como tal não pode ser levado em conta, a não ser como uma das infinitas variáveis que podem compor nosso futuro.

Mas isso não significa que não devamos pensar nisso, pois desde que este blogueiro iniciou sua jornada na Marinha Mercante, mais do que reduzir nossos salários, os armadores buscam se livrar de seus tripulantes. Assim é que já presenciei duas reduções de tripulações, muitas vezes em embarcações que não oferecem tecnologia para tal, o que acarretou sobrecarga de trabalho aos tripulantes que permaneceram a bordo.

E a melhor maneira de evitarmos isso é coletivamente, pois se como indivíduos somos preza fácil, como grupo unido e organizado temos sim condições de nos opormos a tais anseios e manobras com objetivo de prejudicar-nos.

Assim é que a sindicalização e a mobilização no apoio ao sindicato e suas ações, participando com ideias e informações úteis, são armas mais do que necessárias para ajudar a mantermos nossos empregos e condições salariais e sociais a bordo.

Porque o contrário só interessa a um lado da balança, e esse lado é formado pelos marítimos.


Sem tripulação

Por Sergio Barreto Motta

Enquanto no Brasil armadores afirmam que poderá vir um apagão, por falta de marítimos – e os oficiais de marinha mercante respondem que a formação de pessoal está subindo intensamente e a frota nacional não acompanhou essa tendência – na Europa a discussão é diferente. O jornal Financial Times publicou a informação de que a Rolls-Royce tem estudos para lançar, em dez anos, embarcações comandadas por drones, ou seja, sem tripulação humana.

O responsável pelas pesquisas, Oskar Levander, cita que a continuidade do estudo dependerá de sinal verde dos países, pois de nada adiantará se investir se as nações não aceitarem a novidade. O jornal lembra que dificilmente os Estados Unidos aprovarão essa operação em suas costas, pois a política norte-americana, garantida pelo John’s Act, exige não apenas marítimos à frente dos barcos, mas marítimos norte-americanos, em barcos nacionais e pertencentes a americanos natos.


Mesmo assim, a Comissão Européia criou a Munin, que vem a ser Maritime Unmanned Navigation Through Intelligente in Networks, ou seja, Navegação Marítima não Tripulada através de Inteligência pela Rede.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Dica Cultural – Histórias de um Pelego; vale a leitura



A dica cultural de hoje tem tudo a ver com Marinha Mercante. Na verdade é parte da história do setor, e ajudou a moldá-la no que é hoje.

Falamos de “Memórias de um pelego”, um livro desconcertante a começar pelo título. E vale a leitura pela franqueza com que o autor, o comandante da Marinha Mercante Rômulo Augustus Pereira de Souza, fala do mundo sindical e também de sua trajetória profissional, com histórias saborosas. O relançamento contou com o apoio do Sindmar - Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante, que busca com essa iniciativa resgatar e preservar o passado sindical da categoria.

E o livro se encaixa perfeitamente nessa ideia, pois resgata a história do antigo Sindináutica, desde sua fundação até meados da década de noventa, quando nossa Marinha Mercante viu dias negros e o sindicalismo do setor também.

E se o livro é baseado no Sindináutica, não quer dizer que não apareçam outros sindicatos do setor, e mesmo de setores coligados, já que os “Nautas” jamais atuaram sós, e sempre tiveram contatos e ações conjuntas com outros sindicatos.

Como disse no título desse post, o livro é bom, prende a atenção do leitor, e vale a leitura; de cada palavra...


terça-feira, 18 de março de 2014

Brasil começa a investir em pesquisas oceânicas

Sempre relegado a segundo plano, nosso mar começa a despertar interesse de nossas universidades, no sentido de pesquisar seus recursos e sua biodiversidade.

Sim, é isso mesmo. Se a Amazônia é uma fronteira relativamente fácil de ser explorada, e comprovadamente rica em biodiversidade e minerais, o mar territorial e nossa área de exploração econômica exclusiva nos dão enormes possibilidades de recursos, além do petróleo, mas ainda é uma região relativamente pouco conhecida. Na verdade a maior parte do conhecimento se deve a pesquisas estrangeiras – como as de Jacques Cousteau – que obviamente retêm parte das descobertas e conhecimentos para seus próprios países e empresas patrocinadoras.

Tudo bem que a construção, manutenção e operação de uma frota de pesquisas não são baratas, e num país que se acostumou a receber informações e tecnologia prontas de outros países, e utilizá-las de acordo com o “manual de instruções”, que vem junto com o conhecimento, a busca por produzir o conhecimento é algo que não se acostumou a ser encarado como investimento, mas sim em prejuízo.

Menos mal que tal visão está mudando, e aos poucos começamos nós mesmos a explorar, conhecer e dominar nosso próprio país.

Que essa pequena frota possa ser acompanhada não apenas de mais barcos de pesquisa, mas também de navios de cruzeiro, e outros que nos permitam exercer plenamente nossa soberania marítima.



Inace construirá cinco navios oceanográficos

Depois de construir seu primeiro navio para pesquisas oceanográficas, no início do ano passado, a Indústria Naval do Ceará (Inace) começará a desenvolver projetos para a concepção de mais cinco embarcações do tipo, sendo uma para a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e as outras para a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), no Sul do País.

O mercado para navios oceanográficos no Brasil é promissor. Conforme a diretora da Inace, Flávia de Barros, "como as pesquisas estão crescendo, a demanda pelos equipamentos vai aumentar" fotos: divulgação

De acordo com a diretora industrial da Inace, Flávia de Barros, os equipamentos estão em processo de encomenda, restando assinaturas de contrato com as duas instituições de ensino superior para que os projetos comecem a ser desenvolvidos.

"Para construir a embarcação para a Uerj, participamos de um pregão. Já em relação à Furg, concorremos a um processo licitatório e vencemos", explica.

Prazo

Ela informa que, a partir do momento em que receber oficialmente as encomendas das universidades, a Inace terá 16 meses para construir o navio da Uerj e 36 meses para entregar os equipamentos solicitados pela Furg, que já sinalizou o interesse em outras embarcações.

Além dos navios oceanográficos, a Indústria Naval do Ceará já está construindo outras duas embarcações que serão utilizadas em plataformas petrolíferas da Bacia de Campos

"Prezamos muito pela inovação. Acredito que a credibilidade de universidades brasileiras na Inace está ligada, principalmente, ao nosso pioneirismo. No ano passado, construímos um navio para a Universidade de São Paulo (USP), que hoje opera na cidade de Guarujá, no litoral paulista", declara Flávia.

Na opinião dela, o mercado para navios oceanográficos no Brasil é promissor. "Como as pesquisas estão crescendo, a demanda pelos equipamentos vai aumentar", completa.

Características

Cada embarcação, com capacidade para sete passageiros, terá 30 metros de comprimento; boca moldada de 7 m; pontal de 4 m; calado de 2,20 m; popa aberta com rampa para pesca; velocidade máxima de 10 nós (cerca de 20 km/h); e poderá ficar em alto-mar por até 10 dias (autonomia mínima), com combustível suficiente.

Segundo Flávia de Barros, o projeto para a construção de um navio oceanográfico leva de três a seis meses para ser concebido, sendo preciso cerca de 20 pessoas para realizar o trabalho dessa fase inicial. A partir de então, são necessários de seis a 12 meses para erguer a embarcação, etapa que mobiliza uma média de 100 trabalhadores.

Por questões de segurança, a Inace preferiu não divulgar o valor a ser investido na montagem dos cinco equipamentos.

Suporte a plataformas

Além dos navios oceanográficos, a Inace já está construindo outras duas embarcações que serão utilizadas em plataformas petrolíferas da Bacia de Campos, na costa norte do Rio de Janeiro. Os barcos do tipo Diving Support Vessel (DSV) servem para apoiar serviços de mergulho e deverão ficar prontos até junho do próximo ano.

Como noticiou o Diário do Nordeste na edição do último dia 25 de outubro, o investimento total é de R$ 37,6 milhões, valor financiado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM).

Os equipamentos foram encomendados pela empresa brasileira Geonavegação, do Grupo Georadar, que mantém contrato com a Petrobras para a construção de cinco embarcações de suporte marítimo e mergulho. Dentre elas, estão os DSVs, que têm capacidade para 25 passageiros.

SAIBA MAIS

Perfil das embarcações

capacidade 7 passageiros
tamanho 30 metros de comprimento
boca moldada 7 metros
pontal 4 metros
calado 2,20 metros
popa aberta com rampa para pesca
velocidade máxima 10 nós (cerca de 20 km/h)

autonomia em alto-mar até 10 dias, no mínimo, com combustível suficiente

sábado, 15 de março de 2014

Caetano Veloso - Eclipse Oculto

Esse com certeza nunca esteve no Blog dos Mercantes, mas é um dos maiores talentos da música nacional. Autor e intérprete de vários sucessos, Caetano Veloso dispensa qualquer tipo de apresentação.

Então hoje estamos corrigindo nossa falta em ainda não ter publicado Caetano em nosso Blog, e escolhemos um música bastante agitada, diferente de seu estilo mais comum, que busca a tranquilidade e letras rebuscadas.

Eclipse Oculto é a primeira, mas veremos Caetando por aqui outras vezes.



sexta-feira, 14 de março de 2014

E continua a “cruzada” pela regulamentação dos transatlânticos

As movimentações do Sindmar e da Conttmaf no Congresso Nacional vêm surtindo efeito, e aos poucos Deputados e Senadores se mobilizam em prol da criação de uma legislação que crie um marco jurídico para o subsetor de cruzeiros marítimos no Brasil. Pelo texto abaixo, retirado do Monitor Mercantil, parece que em um primeiro momento teremos apenas uma regulamentação do trabalho a bordo, e a abertura da possibilidade de que, trabalhadores brasileiros a bordo desses navios, venham a recorrer à Justiça Brasileira para as soluções dos conflitos que tiverem com seus empregadores, já que até agora não têm praticamente nenhum amparo legal.

Essa solução inicial significa um grande passo para a regulamentação das operações dessas embarcações, que todos os anos chegam à costa brasileira, trazendo o glamour de suas luxuosas embarcações, mas também desrespeito ao trabalhador brasileiro, e ao próprio país, pois se recusam a se submeterem a qualquer tipo de legislação, e apenas controles muito superficiais são executados a bordo.

Como dissemos, a regulamentação do trabalho do brasileiro a bordo é um grande passo, mas não é suficiente, e esperamos que nossos legisladores estendam as regulamentações e direito de controle a outras áreas ligadas às operações dessas embarcações.





Senado fecha cerco a cruzeiros marítimos

Por Sergio Barreto Motta

O senador Vital do Rêgo (PMDB–PB) foi designado relator do Projeto de Lei do Senado (PLS) 419/2013, de autoria de Paulo Paim (PT/RS), que regulamenta o trabalho de tripulantes brasileiros em embarcações ou armadoras estrangeiras, com sede no Brasil, e que explorem economicamente o mar territorial e a costa brasileira, de cabotagem a longo curso, no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal. No fundo, Paim quer legislar sobre os cruzeiros, que atuam na costa brasileira praticamente sem obrigações.

Em sua justificativa em favor da nova lei, diz Paim sobre os marítimos: “Essa categoria profissional, ademais, adquire relevância com a ampliação da indústria do turismo em nosso litoral. Há todo um espaço econômico e profissional disponível para nossos empreendedores e trabalhadores. E esse campo profissional precisa do reconhecimento legal para funcionar com respeito à dignidade da pessoa humana e com adequação às normas trabalhistas nacionais. Sempre que pressionados, as empresas de turismo marítimo alegam que suas sedes são em paraísos fiscais.”

Por isso, justificou Paim: “É preciso assegurar, então, até para garantia dos direitos aqui regulamentados, que os tripulantes dessas embarcações possam recorrer, contra as injustiças, perante o Judiciário brasileiro, pleiteando, inclusive, a rescisão indireta do Contrato de Trabalho. Finalmente, consideramos necessário estabelecer certos limites para os descontos nos salários de tripulantes de embarcações. Nesse sentido, limitamos essa possibilidade aos valores de contribuição sindical, parcela do empregado em seguros contratados, uso de instrumentos de comunicação da empresa e despesas de consumo extraordinárias”.

O presidente do Sindicato dos Oficiais de Marinha Mercante (Sindmar) e da Confederação dos Trabalhadores em Transporte (Conttmaf), Severino Almeida, faz coro com Paim: “Transatlânticos entram e saem de nossas águas, fundeiam nossas baías e enseadas e alcançam nossos portos sem qualquer autorização. A ausência de procedimentos prévios para que esses navios naveguem águas nacionais se dá porque a Lei 9.432 de 1997 regulamentou todo o setor marítimo deixando, porém, de fora, sem justificativa plausível, a atividade de cruzeiros. O vácuo normativo faz com que suas rotas e escalas sequer sejam submetidas à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) ou a qualquer outro órgão público. Sem regulação, normas de segurança e navegação são negligenciadas e cuidados com o ambiente, ignorados. Despejos em águas costeiras, junto a balneários como Búzios e Angra, por exemplo, são corriqueiros”.


Embora admita o glamour dos transatlânticos, diz Almeida que não contribuem para o turismo nem trazem divisas, pois apenas levam brasileiros de um local para outro. E conclui: “Então, o que fazer? Proibi-los de frequentar nossa costa ou regulamentá-los e regulá-los para que possam, de fato, operar com segurança e de forma complementar ao turismo nacional? A resposta é óbvia. Eis aí o alerta que o triste aniversário do naufrágio do Costa Concordia oportunamente nos traz. O governo e o Congresso devem regulamentar a ação dos transatlânticos”.

terça-feira, 11 de março de 2014

Promef aos poucos vai saindo do papel

Um dos navios do Promef - imagem da internet

Ainda que de forma lenta e bastante atrasada, o Promef aos poucos vai apresentando as embarcações que foram encomendadas ainda no primeiro mandato do governo Lula. É certo que o gaseiro Oscar Niemeyer, lançado no princípio de dezembro, ainda não está operacional, e necessitará ser terminado em Pernambuco, mas seu lançamento marca um momento importante no processo de entrega das novas embarcações, e no soerguimento do setor de construção naval brasileiro.

Como já foi dito, e com bastante frequência até, tanto a Marinha Mercante, quanto o setor de construção naval brasileiros, necessitam de uma reeducação, de um novo aprendizado, depois da séria crise que passaram nos anos 90, com o abandono completo de ambos setores pelo governo brasileiro.

Como o Blog dos Mercantes já comentou antes, o soerguimento promovido foi importante, mas ainda é claramente insuficiente para garantir um setor forte e pulsante sem outros incentivos, principalmente pelo tempo em que esteve esquecido, e os avanços que deixou de acompanhar. Por isso é necessária ainda a presença governamental, removendo entraves que ainda existem no setor, e que impedem que o mesmo atinja todo seu potencial.

Um dos pontos a ser atacado pelo governo é a mudança de atitude da própria Petrobrás/Transpetro, que embora tenha lançado o Promef, tem dado mostras de que retomará seu programa de fretamento de embarcações, que além de ser um dano aos setores revividos nos primeiros anos de governo Lula, ainda é um retrocesso e um ataque brutal à balança comercial brasileira, que apresenta déficits significativos nos fretes há muitos anos, e que voltaram a crescer com tal procedimento da empresa.



Vard Promar lança ao mar navio Oscar Niemeyer

O estaleiro Vard Promar lançou ao mar na última quarta-feira, 04 de dezembro, o navio gaseiro Oscar Niemeyer. A embarcação é a primeira de uma encomenda de oito navios gaseiros realizada através do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro.  O lançamento foi realizado nas instalações do estaleiro Caneco, no Rio de Janeiro, onde o navio começou a ser construído, mas a embarcação será finalizada em Pernambuco, de acordo com a companhia.

O investimento na embarcação é de R$ 115 milhões. Ao todo, o Promef está investindo R$ 920 milhões na construção dos oito gaseiros. Com capacidade para transportar sete mil metros cúbicos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o navio tem 117,63 metros de comprimento, 34 metros de altura, 19,2 metros de largura e pode atingir uma velocidade de até 15 nós.

Cinco navios já foram entregues a Transpetro através do Promef: os de produtos Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda e Rômulo Almeida; e os Suezmax João Cândido e Zumbi dos Palmares. Outras três embarcações estão em fase de acabamento: José Alencar, navio de produtos cuja entrega está prevista para o final deste ano, Anita Garibaldi (Panamax) e Dragão do Mar (Suezmax). Há ainda mais 12 em fase de construção, além de três comboios hidroviários.


sábado, 8 de março de 2014

Legião Urbana - Tempo Perdido

Uma banda que já esteve pelo Blog dos Mercantes, mas que nem de longe teve seu trabalho adequadamente reconhecido. De grande sucesso nas décadas de 80 e 90, ainda hoje seu trabalho repercute, sendo que uma de suas músicas já inspirou até um filme.

Legião Urbana e o Tempo Perdido. Sem dúvida uma de suas melhores composições, no melhor de seus discos.


quinta-feira, 6 de março de 2014

Cabotagem cresce no país, mas potencial está longe de atingir todo seu potencial

Com o bom andamento da economia, a Cabotagem brasileira vem crescendo ano a ano, e em 2013 não foi diferente. Esses bons desempenhos levam as empresas que operam no setor a investir em novas embarcações e na melhoria das operações como um todo, mas como o setor não pode se desenvolver sozinho, uma série de outras medidas é necessária para que o país possa usufruir das vantagens do transporte marítimo de forma mais intensa.


Essas medidas têm sido citadas em nosso Blog dos Mercantes com alguma frequência, e vão desde melhores preços para compra de combustíveis, como os apresentados a outros modais, a melhor conectividade com esses mesmos outros modais de transportes, e passa inevitavelmente pela melhoria do sistema portuário e de menos burocracia para a carga de Cabotagem.


Algumas medidas têm sido tomadas nos últimos tempos, mas ainda são tímidas e podem ser muito ampliadas, facilitando a movimentação das cargas transportadas por embarcações, barateando o custo desse transporte, e aumentando o interesse de armadores e usuários pelo modal aquaviário.


Dizem que o ano só começa após o Carnaval, então esperemos que em 2014 nosso país possa voltar suas atenções de forma mais consistente para o transporte aquaviário, notadamente o marítimo, e que possamos ver nossas potencialidades nesse modal mais desenvolvidas e apresentando maior parcela de participação no desenvolvimento da nação.



Jornal do Commercio (POA) – Reportagem - 02/12/2013

Movimentação por cabotagem cresce no País

Por Jefferson Klein

Quando se fala em estatísticas sobre cabotagem, há números distintos entre as companhias, entidades e os diversos agentes envolvidos com esse setor. No entanto, em um ponto os levantamentos convergem: o segmento está evoluindo e continuará crescendo nos próximos anos. Mesmo com a decisão da companhia Maestra, pertencente ao grupo Triunfo, de abandonar as atividades nessa área, os empreendedores estão otimistas com as perspectivas da cabotagem.

O diretor de consultoria do Instituto Ilos, João Guilherme Araujo, informa que a expectativa é de um aumento na movimentação de contêineres pela cabotagem na ordem de 8% ao ano, até o horizonte de 2021. Entre as vantagens que o Brasil apresenta para essa iniciativa, estão a ampla costa navegável e a concentração do PIB no litoral. O especialista salienta que existe uma demanda reprimida, em clara expansão, mas há muitos pontos que ainda precisam ser resolvidos como, por exemplo, o aprimoramento da estrutura portuária.

O dirigente informa que pesquisa realizada com empresas que buscam a cabotagem aponta que essas companhias exigem confiabilidade, segurança e frequência de embarcações. Conforme o levantamento, entre as dificuldades que precisam ser superadas, estão o elevado tempo de trânsito das cargas e a falta de interação entre os modais (ferroviário e rodoviário). Ainda de acordo com o trabalho, 36% das empresas que embarcam cargas pela cabotagem manifestaram a intenção de aumentar o transporte por esse meio em 2014. Entre os segmentos que demonstraram o maior interesse, estão os de higiene, limpeza, cosméticos, farmacêutico, automotivo, químico, petroquímico, alimentos, bebidas, entre outros.

Apesar dessas perspectivas positivas, o setor foi surpreendido na semana passada com o anúncio de que a Maestra interromperá as atividades dentro da cabotagem. No caso específico dessa empresa, Araujo diz que é difícil avaliar externamente, mas o analista comenta que a companhia faz parte de um grupo que está realizando vários investimentos em infraestrutura e logística, em diferentes frentes. Ou seja, a motivação de sair da cabotagem pode ter sido provocada por uma decisão de gestão de portfólio. O integrante do Ilos não considera a saída da companhia como um sinal de fraqueza do segmento, até porque outras empresas do setor, como a Aliança Navegação e Logística (controlada pelo grupo Hamburg Süd) e a Log-In Logística, estão investindo em ativos.

O diretor comercial da Log-In Logística, Fabio Siccherino, que participou na sexta-feira de seminário sobre cabotagem promovido pelo Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande, na Fiergs, questionado pelo público, atribuiu parte dos problemas enfrentados pela Maestra aos baixos preços praticados pela companhia. O dirigente acredita que dificilmente as empresas que absorverão a fatia de mercado deixada acompanharão patamares similares.

O diretor-superintendente da Hamburg Süd, Julian Thomas, adianta que os players remanescentes deverão absorver a nova demanda. No entanto, o dirigente argumenta que o lado negativo da decisão da Maestra é a possibilidade de assustar algumas empresas que pensam em ser clientes das companhias de cabotagem. Por outra visão, o executivo argumenta que demonstra que os grupos do setor precisam ter uma estrutura adequada ao negócio. Thomas frisa que a Aliança teve que investir para acompanhar o crescimento desse modal. Nesse sentido, a empresa fez há pouco tempo um aporte de cerca de R$ 450 milhões na construção de quatro novos navios de cabotagem.

Em 1998, a Aliança contava com duas embarcações, que somavam capacidade para movimentar cerca de 3 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Atualmente, tem oito navios que totalizam capacidade de aproximadamente 21,4 mil TEUs. Conforme o dirigente, a perspectiva para o fechamento de 2013 é que o segmento de cabotagem registre um enorme crescimento em relação a 2012, atingindo patamares de 45%.
Modal é fundamental para escoar a produção gaúcha, afirma diretor-presidente do Tecon

O diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, enfatiza que a cabotagem, assim como é importante para a matriz logística nacional, é fundamental para escoar a produção gaúcha, principalmente para mercados no Norte e Nordeste, que representam distâncias mais longas.

Uma ferramenta que deve contribuir para o desenvolvimento dessa ação, destaca o diretor comercial do Tecon Rio Grande, Thierry Rios, foi criada em novembro no Tecon: um departamento especial para tratar da área de cabotagem. Esse tipo de transporte representa cerca de 15% da movimentação total do terminal gaúcho. Hoje, a carga mais deslocada via cabotagem pelo complexo é o arroz, contudo há outros itens como resinas sintéticas e móveis. O Tecon também começou o transporte de cargas fracionadas por cabotagem.
Debate entre Argentina e Uruguai já transfere cargas

A Argentina proibiu recentemente o transbordo de exportações pelos portos uruguaios. A interrogação que ficou no ar era que portos iriam assumir essa movimentação. O diretor-superintendente da Hamburg Süd, Julian Thomas, admite que a situação afetou a operação da companhia naqueles países. E, devido ao cenário, a empresa transferiu alguns transbordos que eram feitos em Montevidéu para Rio Grande.


O dirigente comenta que foram deslocadas diversas cargas de exportação, como frutas, amendoim, entre outras. Thomas acrescenta que, no momento, não é possível fazer uma previsão de quando a situação irá se estabilizar. O diretor comercial do Tecon Rio Grande, Thierry Rios, revela que está conversando muito com os armadores sobre o problema vivido entre a Argentina e o Uruguai. “Somos o porto mais próximo a eles e estruturado para fazer transbordo, e esse assunto continuará intenso neste ano e em 2014”, projeta. Rios não arrisca uma estimativa de quanto tempo a questão irá se manter em pauta, até porque se trata de um debate político. Porém, enquanto esse panorama continuar, ele adianta que o Tecon tentará conquistar clientes e consolidar algumas operações para que fiquem permanentemente em Rio Grande.