sábado, 31 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes - Tribalistas - Velha Infancia

Outro que debuta em nosso Blog dos Mercantes é o trio brasileiro Tribalistas, formado por Arnaldo Antunes (Titãs), Marisa Monte e Carlinhos Brown. O trio se reuniu apenas uma vez até hoje, e lançou um álbum que alcançou grande sucesso na época. Em apresentações só esteve junto em três oportunidades, no Grammy Latino, no DVD Ao Vivo no estúdio, e no Sarau do Brown.

Mas a escassez de reuniões não impediu que o trio levasse um dos Grammy Latinos de 2003, com a faixa Já Sei Namorar.

Mas não é essa a música que hoje trazemos para vocês que acompanham nosso Blog. Nós preferimos:

Velha Infância.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes segue denunciando o excesso de trabalho nos cruzeiros

Matéria do sbt veiculada pelo UOL vídeos. Esse vídeo é apenas uma rápida chamada de uma reportagem mais ampla e mais completa, mas que segue a mesma toada de denúncias, maus tratos e sobrecarga física e psíquica de trabalho. Vale a pena dar uma olhada.







terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes: questão social em Suape se arrasta há anos

É verdade, Suape vem batendo recordes de movimentação de carga. Os números aumentaram, consequência também das indústrias que se instalaram em torno do complexo portuário, e que, desde o início do projeto, estavam programadas a se instalarem por lá. Houve caso até de empresa que foi mesmo obrigada a fazê-lo por intervenção direto do governo federal.

Com o cenário acima, nada mais lógico do que o aumento na movimentação de cargas no complexo, assim como do faturamento decorrente dessa movimentação. Muito preocupante seria se o complexo portuário não crescesse economicamente.

Mas apesar do êxito econômico, Suape segue sob a pecha de ser um fator de desestabilização social em Pernambuco, tanto na questão trabalhista, quanto na questão habitacional, e até mesmo de inclusão social.

Isso porque o complexo segue com políticas anti-sindicais, além de estar desalojando muitas famílias que ocupam a área destinada ao complexo há tempos muito anteriores que o próprio complexo.

E como tudo nesse país (e em outros também), os lucros são privatizados e os problemas estatizados, ficando então a cargo do Estado arcar com os problemas trabalhistas criados com as políticas do terminal, e com as pessoas que vêm sendo desalojadas pela expansão do próprio complexo.




Suape quebra recordes em 2014, mas questão social ainda preocupa
Renan Holanda

Representantes do Complexo Industrial Portuário de Suape, no Litoral Sul pernambucano, comemoraram ontem, terça-feira (2), durante evento em um restaurante no Recife, os resultados alcançados em 2014. No ano, houve recorde na movimentação de cargas, com 15 milhões de toneladas, um aumento de 16,7% com relação a 2013, e no faturamento, que cresceu 27,8%, atingindo R$ 103,4 milhões até novembro. Na questão social, entretanto, ainda há um importante passivo a ser vencido, sobretudo na área habitacional.

Atualmente, cerca de 2,6 mil famílias vivem em condições precárias em localidades dentro do Complexo. Outras 75 famílias que enfrentavam situação semelhante na Ilha de Tatuoca, que hoje comporta os estaleiros, foram beneficiadas neste ano com a entrega do primeiro residencial por parte da administração de Suape, o Conjunto Habitacional Vila Nova Tatuoca. O investimento foi de R$ 7,5 milhões. Na zona rural, 126 famílias de agricultores que viviam na área onde irá funcionar a Companhia Siderúrgica Suape foram realocadas em um assentamento no município de Barreiros, na Mata Sul.

"Mais três engenhos, que totalizam 1,8 mil hectares, vão virar reassentamentos rurais. Ainda está sendo feito o desenho, o loteamento, vamos ter que abrir as vias. Ainda tem que trabalhar para ser entregue", relata o vice-presidente do Complexo de Suape, Caio Ramos. Além disso, a administração trabalha na construção do Conjunto Habitacional Nova Vila Claudete, cuja terraplenagem já começou para a construção de 2.620 casas pelo programa Minha Casa Minha Vida. As residências serão destinadas justamente a famílias que ainda enfrentam condições precárias de habitação, moradores de Zonas de Proteção Ambiental em invasões dentro do terreno de Suape.

As casas devem ser entregues até 2016, junto com a consolidação de outras oito comunidades do entorno: Vila Suape, Vila Nova Tatuoca, Vila Nazaré, Vila Cepôvo, Vila Claudete, Gaibu e Massangana I e II. O projeto total vai custar R$ 235 milhões e irá beneficiar diretamente 6,8 mil famílias. A consolidação das comunidades inclui melhorias sociais e de infraestrutura. "São escolas, equipamentos urbanos, além de um projeto social que acompanha os moradores desde o início da obra até o período de adaptação", explica Caio Ramos.

A questão da desmobilização da mão de obra após a conclusão de grandes empreendimentos, ainda que não seja um assunto de competência direta da administração de Suape, também preocupa. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Márcio Stefanni, destacou que o governo tem, na medida do possível, tentado amenizar "as externalidades negativas do crescimento". Nesta terça, por exemplo, o governador João Lyra Neto se comprometeu a tentar interceder pelos trabalhadores que prestaram serviço na construção da Refinaria Abreu e Lima.

"Por maiores que tenham sido os protestos [de trabalhadores], foram menores que, por exemplo, Belo Monte, Jirau, Santo Antônio [usinas]. Nós continuamos tendo diálogo com os sindicatos, com as empresas, e procuramos minimizar. É importante enfatizar que nós estamos assistindo, no sentido de dar assistência, enquanto canal de interlocução. No entanto, não há muito que o Estado de Pernambuco possa fazer", pondera Stefanni.

Recordes
No quesito operacional, o Complexo de Suape só tem a comemorar os resultados de 2014. Além dos recordes na movimentação de cargas e arrecadação, o porto também registrou uma ampliação de 15,39% da área alfandegada, atingindo 607,2 mil metros quadrados, além do início da operação do Entreposto da Zona Franca de Manaus, em Ipojuca. Quatro novos empreendimentos iniciaram as operações no ano: a concessionária Rota do Atlântico, a fábrica espanhola de reatores Aguilar y Salas, a planta de PET da Petroquímica Suape e a Cristal PET.

Para 2015, outras quatro empresas devem começar a operar. São elas a Central PET, Iraeta (energia eólica), Selmi (alimentação) e CBMC (cimento). Márcio Stefanni afirma que a chegada de novos empreendimentos não só gera emprego e renda, como também promove uma contrapartida de investimentos em inovação, condicionante da política estadual de isenção fiscal.

No próximo ano também há expectativa de um reajuste nas tarifas das operações públicas do Complexo, congeladas desde 2000. O projeto está em análise por parte do governo federal. Esse reajuste, que deve chegar a uma média de 6%, não vai atingir todo tipo de carga, pois várias possuem contratos de arrendamento. A operação de contêineres também não será afetada. "Não fosse o aumento expressivo da movimentação de cargas, do volume, o faturamento do Porto não atenderia as necessidades que ele tem da sua sobrevivência", conta Stefanni.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes - Duran Duran - Save A Prayer

A Banda Duran Duran não necessita de apresentação somente por ser o que é, mas como já é a terceira vez que aparece em nosso Blog dos Mercantes, menos apresentação ainda ela necessita.

E são muitos os sucesso da Banda, então, com certeza não é a última vez que a veremos por aqui.

Save A Prayer.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes: tudo junto faz um reteteu a brasileira

O texto abaixo foi veiculado na Folha de São Paulo ainda durante as eleições, mas o blogueiro achou por bem deixar para comentá-lo depois de passado algum tempo, até para ver que desdobramentos teríamos em alguns dos assuntos mencionados abaixo. Passados cerca de 3 meses boa parte desses temas continuam na mídia, sem previsão de término. E me refiro aos escândalos da Petrobrás, que quanto mais mexem, remexem e acusam, mais partidos, gerentes e diretores aparecem enrolados. A coisa é muito ampla, é não é dos anos PT, mas de longa data.

Mas o que fica de perigoso nisso tudo é um tribunal eleitoral desrespeitar princípios garantidos na Constituição Federal. Entendo até sua posição, que a meu ver se deveu a tentar evitar, ou ao menos diminuir, a baixaria em que havia se transformado a campanha eleitoral, que não passava de uma troca de acusações entre candidatos e partidos.

O problema é que isso não dá direito ao Tribunal Eleitoral de desrespeitar a Constituição, e nem de proibir  a cidadãos brasileiros o livre exercício de direitos garantidos por ela. Poderia sim, emitir um aviso de que para acusar alguém são necessárias provas, e punir aqueles que insistissem em estar levianamente acusando os outros. Mesmo que quando juntemos tudo, entre verdades e inverdades, quem perca é a sociedade brasileira, que deixa de discutir seriamente os problemas que temos, para ficarmos no campo das acusações sem sentido.

Mas da mesma forma que não podemos prender uma pessoa porque talvez ela venha a assaltar um banco, não podemos proibir cidadãos de falarem porque talvez eles faltem com a verdade ou sejam levianos.


Quem quiser ler a coluna completa de Janio de Freitas na Folha de São Paulo, é só clicar aqui.


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2014/10/1534757-censura.shtml





Censura


A partir de uma apelação de Aécio Neves, o Tribunal Superior Eleitoral tomou duas decisões que caracterizam censura à liberdade de informação jornalística e à liberdade pessoal de expressão, mesmo que para expor fatos. É no mínimo duvidoso que o TSE disponha de poderes para impor as duas medidas, que se incluiriam em atribuições do Congresso e, até onde se pode saber fora dos doutos tribunais, opõem-se a princípios da Constituição.

O TSE tomou as duas decisões para aplicação imediata nos programas de propaganda eleitoral do segundo turno. Portanto, além do mais, muda as regras de um processo em curso, já em seus últimos dias.

Uma das restrições proíbe a reprodução, nos programas de propaganda eleitoral, de reportagens e artigos de imprensa. Ainda que se destine a restringir o conteúdo e a forma da propaganda, a proibição incide sobre a divulgação dos artigos e reportagens. Logo, restringe a liberdade de imprensa com antecedência. O que caracteriza censura prévia.

O TSE criou a medida repressora ao considerar queixa de Aécio Neves contra a exibição, na propaganda de Dilma Rousseff, de um recorte de jornal sobre demissões de jornalistas em Minas, atribuídas a pressões do então governador e negadas pelo hoje candidato. O relato dessas demissões, pelos próprios atingidos, está no documentário "Liberdade, Essa Palavra", de Marcelo Baêta Chaves.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes: o mundo segue mudando

O mundo não para de mudar. O bloco socialista da antiga União Soviética ruiu; as Alemanhas se uniram novamente; o liberalismo econômico voltou com força total, foi chamado de neo e já provocou crises econômicas profundas; a China "abriu" sua economia, se tornou um gigante nessa área e ameaça a hegemonia Americana; o mundo discute os efeitos do "aquecimento global" e as formas de combatê-lo; o Brasil avançou, econômica e socialmente, mas precisa de melhores bases para não tomar um baque de regressão; por mais que se diga o contrário, e se busque o contrário, as instituições democráticas do país se solidificam; e agora os Norte-americanos avermelharam.

É isso aí, Obama e Raúl Castro chegaram a acordo que deverá levar à normalização das relações entre os dois países, e de quebra o fim do ridículo embargo econômico que já dura mais de meio século.

Loucura? Não. Negócios! E isso não tem nada a ver com comunismo, mas a capitalismo puro.

O Brasil já construiu um porto na exótica ilha caribenha, e várias empresas brasileiras já se instalaram por lá devido ao empreendimento. A isso se chama imperialismo capitalista, e não doação de dinheiro a regime comunista (se houve desvios no negócio é caso de investigação e punição aos desonestos), como alegam alguns. Os Estados Unidos não poderiam ficar para trás.

E enquanto o mundo avança, tem gente no Brasil querendo voltar a 1964. Mas isso é o de menos, no mundo tem gente que quer voltar a 1933 (ascensão do Nazismo na Alemanha). Mas democracia é isso. Vê se caso algum desses regimes assumissem o poder alguém ia poder pedir alguma coisa diferente.

A gente até entende o pensamento. Corrupção, que existe no mundo todo, é um problema que realmente tem que ser combatido, mas isso dá trabalho, então alguns preferem apenas esconder.

Fazer o que?



Quem quiser ler a matéria inteira no Opera Mundi é só clicar aqui.





Cuba: Obama tomou decisão mais emblemática do mandato e colocou fim a anomalia antiga


Havana e Washington acabam de inaugurar uma nova era de aproximação com as respectivas libertações de Alan Gross e de três cubanos
Mais de meio século depois da ruptura das relações diplomática entre Cuba e Estados Unidos em 3 de janeiro de 1961, os dois governos anunciaram o início de um processo de normalização dos contatos bilaterais. Havana e Washington responderam de forma favorável a uma petição do papa Francisco que os tinha chamado a deixar de lado as diferenças de outros tempos e restabelecer os laços entre o povo estadunidense e o cubano. O Vaticano e o Canadá facilitaram os contatos entre as duas partes oferecendo às delegações a discrição necessária ao longo de um processo de diálogo que durou cerca de 18 meses.
Intercâmbio de presos
Depois de vários meses de negociações secretas, Cuba e Estados Unidos conseguiram um acordo histórico de intercâmbio de presos que abre o caminho à plena normalização das relações entre ambas as nações. Havana decidiu libertar Alan Gross, agende estadunidense preso desde 2009 e condenado a 15 anos de prisão por ter dado ajuda material a diferentes setores da oposição cubana no contexto de um programa do Departamento de Estado destinado a conseguir uma “mudança de regime” na ilha. Da mesma maneira, Cuba libertou outro agente estadunidense chamado Rolando Sarraff Trujillo, que estava preso há 20 anos, assim como outros cinquenta detidos[1].
De sua parte, Washington libertou três agentes cubanos, Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Gerardo Hernández, que cumpriam desde 1998 penas até de prisão perpétua por terem se infiltrado nas organizações do exílio cubano envolvidas nos atentados terroristas contra Cuba.  Os detalhes desse intercâmbio terminaram depois de uma comunicação telefônica histórica de 45 minutos — o primeiro contato oficial direto entre o presidente cubano e o estadunidense desde 1959 — no dia 16 de dezembro de 2014. Mediante esses respectivos gestos, Raúl Castro e Barack Obama retiraram o principal obstáculo ao estabelecimento de relações cordiais entre ambos os países.[2]
O fim de uma política obsoleta e contraproducente
No dia 17 de dezembro de 2014, em um discurso na televisão, Obama informou a opinião pública estadunidense e mundial sua decisão de restabelecer relações diplomáticas com Havana. “Hoje, os Estados Unidos mudam sua relação com o povo de Cuba e se trata da mudança mais significativa da nossa política em mais de 50 anos”.[3]
O presidente estadunidense fez uma constatação lúcida a respeito da política exterior de Washington. Ao insistir em aplicar medidas — que remontam à Guerra Fria — anacrônicas e cruéis, pois afetam os setores mais frágeis da população cubana, e contraproducentes — já que o objetivo de derrubar o governo cubano não se cumpriu —, Washington suscitou a condenação unânime da comunidade internacional. “Vamos pôr fim a um enfoque obsoleto que fracassou durante décadas em promover nossos interesses. Vamos começar a normalizar as relações entre nossos dois países”, disse Barack Obama.
Fotos: Agência Efe

Obama anunciou, na Casa Branca, o início da retomada das relações com Cuba


domingo, 18 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes traz o maior navio mercante do mundo

A miniatura da Lego

E o navio real
Fotos da internet


Para quem acha que Lego se dedica apenas a fazer miniaturas de super-heróis, brinquedos ambientados e períodos marcantes da história e ficção científica, está ai uma ótima surpresa, a empresa nórdica lançou uma miniatura, feita com seus famosos bloquinhos, do Maersk Classe E, simplesmente o maior navio do mundo. Com 400 m de comprimento, 57 m de boca e 73 m de altura, essa verdadeira ilha flutuante é o atual gigante dos mares, com capacidade para transportar 18.000 TEUs.

Sobre o modelo da Lego o leitor pode conhecer um pouco mais na reportagem abaixo.

É a Marinha Mercante real entrando no imaginário de crianças e colecionadores do mundo inteiro.


O maior navio de carga do mundo está disponível na forma de um conjunto gigante de Lego
Por: Jesus Diaz
1 de outubro de 2013 às 15:15 1030
Eu amo barcos de Lego, e esta versão oficial gigantesca de 1.500 peças do Maersk Triple E é belíssima. Os designers da Lego em Billund, na Dinamarca, fizeram um trabalho fenomenal ao capturar a enorme escala da embarcação.

O Triple E é o maior navio de carga no planeta. Quatro desses monstros eficientes no consumo de combustível já navegam pelos mares, e 16 outros deles estão sendo feitos nos estaleiros da Daewoo na Coreia do Sul.

O conjunto custa US$ 150, o que não é muito considerando seus elementos raros – peças como medium azur, dark red, sand blue e sand green – não disponíveis em outras coleções. Assim, é um item bem valioso para colecionadores e construtores pelo mundo.

Além disso, não é nada em comparação com o preço de um modelo real: US$ 190 milhões.

Ele conta com “hélices douradas rotativas de propulsão, dois motores de 8 cilindros, janela de visualização para o compartimento do motor, lemes ajustáveis, bote salva-vidas destacável, contêineres removíveis, guindaste com braços rotativos e uma moeda especial “boa sorte”.”


O modelo – que tem 65 centímetros de comprimento, 9 cm de largura e 21 cm de altura – foi projetado para deslizar suavemente por carpetes, mas ele também afunda rapidamente em uma banheira.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes - Ana Carolina, Seu Jorge - É Isso Aí (The Blower's Daughter)

Para quem pensa que o blogueiro aqui só curte Rock!n Roll, ledo engano. Também gostamos muito de MPB, desde que tenha muita qualidade. E qualidade é o que não falta em Ana Carolina e Seu Jorge. De quebra essa música fez enorme sucesso na década passada.

É Isso Aí.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes: de quem é a culpa?

Fica a dúvida: a culpa é do sistema político, ou os políticos e grandes empresas é que se utilizam de um sistema bom para aferir vantagens e lucros indevidos?

Para o Ministro do STF, Luis Roberto Barroso a culpa é do sistema político. Para ele a falta de limites faz com que empresas e políticos entrem em simbiose e, juntos, mamem nas tetas gordas do Estado.

E se engana quem acha que esse é um problemas brasileiro. Na meca do capitalismo, o presidente de ocasião inventou uma guerra, destruiu um país, e chamou as empresas que haviam participado de sua campanha pra o reconstruírem. De quebra ainda deu uma parte para os países que o apoiaram na destruição sem motivo.

Certo? Claro que não. Erradíssimo por sinal.

Mas em nossa opinião, não é exatamente o sistema político o vilão da história. Sem dúvidas podemos aperfeiçoá-lo para dificultarmos os desvios, mas sempre haverão brechas por onde os desonestos irão se esgueirar para surrupiarem o público.

A questão toda é como nós respondemos aos desvios. Enquanto em países mais adiantados os criminosos - porque é isso que são - são julgados, condenados e cumprem penas pesadas, aqui a coisa costuma não dar em nada além de um repasse de parte do roubado a bons advogados.

Mas aos poucos isso vai mudando. Já temos conseguido recuperar parte dos valores desviados, alguns desonestos já começam a ir para a cadeia e a sociedade vem cobrando, cada vez mais, a investigação séria e a punição de culpados. É certo que ainda não está no estágio desejado, mas já caminhamos um bom pedaço.

E continuaremos caminhando.

O que significa que, mais do que mudar um sistema político, que como já dissemos pode ser melhorado, precisamos fortalecer instituições democráticas de controle e punição, de forma a inibir a transformação do público em privado de forma ilícita, e a punir aqueles que se aventurarem a isso.

Para isso precisamos modernizar e melhorar a Polícia e a Justiça. Um lado pertence ao executivo, que vem aos poucos melhorando seu poder de investigação, e o outro é o Poder ao qual pertence o Ministro Barroso, e que ainda se encontra aparelhado de forma a dificultar a punição. Precisamos também democratizá-la, agilizá-la e torná-la apita a atender aos anseios da moderna sociedade brasileira.

Com isso teremos condições de diminuir tanto a corrupção, quanto os danos causados por ela.

Para quem quiser ler a reportagem completa no UOL é só clicar aqui. Ainda tem alguns vídeos com entrevista ao Ministro Luis Roberto Barroso do STF.


Barroso: ‘O sistema político é uma usina do mal’102

Josias de Souza 19/12/2014 06:00
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Ministro do STF há um ano e meio, Luís Roberto Barroso revela-se convencido de que, enquanto não for reformado o modelo político brasileiro, a principal consequência de um escândalo será a produção de outro, e outro, e mais outro… “Houve o mensalão, agora tem este que chamam de petrolão e, certamente, enquanto a gente conversa, continuam acontecendo coisas erradas”, disse ele, em entrevista ao blog. “O sistema político brasileiro é uma usina do mal”, acrescentou.

Para Barroso, o sistema tornou-se “indutor da criminalidade”. Move-se na contramão do movimento civilizatório. “A vida civilizada existe para reprimir o mal e potencializar o bem”, disse o ministro. “O sistema político brasileiro faz exatamente o contrário. Ele reprime o bem e potencializa o mal.”

Há no Brasil 32 agremiações partidárias com registro na Justiça Eleitoral. Isso não é bom. Mas o ministro receia que fique muito pior. “Eu li que existem mais três dezenas de partidos políticos pedindo registro e se habilitando para participar da cena política”, alarmou-se Barroso. “E ninguém se ilude, achando que é um surto de idealismo, um surto de patriotismo, um surto de pessoas querendo discutir ideias para o país. É porque isso virou um negócio. A política não pode ser um negócio.”

Na visão de Barroso, é na caixa registradora dos comitês eleitorais que a natureza mercantil da política se manifesta de maneira mais explícita. “O modo como as empresas participam do financiamento eleitoral é antidemocrático e antirrepublicano. Portanto, gera um problema de constitucionalidade.”

Por quê? “Não há nenhum tipo de disciplina jurídica, nenhum tipo de limite. Então, a mesma empresa —e isso acontece corriqueiramente, e aconteceu de novo— pode financiar os três candidatos a presidente da República. Bom, se está financiando os três não é uma questão ideológica.”

De duas, uma: “Ou as empresas são achacadas para dar dinheiro ou estão comprando um favor futuro dando dinheiro”, afirmou Barroso. “Qualquer uma das duas alternativas é péssima. […] Depois da eleição, esta empresa que financiou pode contratar diretamente com a administração pública. E pode ser contratada —às vezes sem licitação. […] Ou ela vai obter um belo financiamento do BNDES, quando já não esteja financiando a campanha política com o dinheiro do BNDES. Ou seja, tudo errado.”

Como se sabe, a “usina do mal” de que fala o ministro Barroso produz réus ilustres. São autoridades que usufruem do chamado foro por prerrogativa de função —só podem ser processadas e julgadas no Supremo. O procurador-geral da República Rodrigo Janot anunciou para fevereiro o envio ao STF das denúncias contra os políticos pilhados recebendo propinas na Petrobras.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes comenta a precariedade dos serviços no Brasil

Explico: antes tínhamos monopólio estatal de serviços públicos. Serviços ruins, não atendiam a todos e ainda por cima havia muito pouco investimento, resultado de um Estado que passava por séria crise financeira, mas ao menos os preços desses serviços não eram tão elevados.

Agora temos monopólios privados. Os serviços melhoraram muito pouco, em alguns lugares não melhoram nada, continuam não atendendo a todos os cidadãos, e os investimentos são muito aquém do necessário para atender à população existente, quanto mais ao seu aumento, e ainda por cima o custo desses mesmos serviços dispararam.

Maiores explicações no texto abaixo, veiculado pelo UOL. E quem  quiser ver o texto todo, é só clicar aqui.




Há um deficit enorme de qualidade dos serviços prestados no país

Carlos Thadeu C. de Oliveira
Especial para o UOL
11/09/201406h00

Ao contrário do que preconiza o senso comum, nem sempre quem vende muito oferece um bom produto ou serviço.

Vários dos serviços objeto de queixas dos brasileiros são prestados por empresas privadas, mas são públicos e concedidos, ou ainda de interesse público, como a educação privada. Além disso, há os serviços chamados "suplementares", como os planos de saúde que, por este nome, deveriam adicionar, somar (sim, é isso mesmo!) ao que é oferecido pelo SUS. E há os serviços privados simplesmente.

Na maior parte dos casos, o papel do Estado é essencial para a manutenção da qualidade, seja porque ele presta serviço básico ou semelhante, seja porque ele pode e deve exigir o cumprimento de parâmetros e metas na prestação dos entes privados. Mas, não raro, o Estado não consegue fiscalizar de maneira eficaz a prestação dos mesmos e, tampouco, ameaça retomar concessões quando há falha reiterada e grave.

O Estado, aqui, não é só o governo federal, mas um caso exemplar é o das agências reguladoras e das autarquias que têm sob sua tutela atividades como serviços financeiros, telecomunicações e assistência à saúde, para ficar apenas em três exemplos.

Os órgãos federais encarregados de zelar pela boa prestação desses serviços estão bastante suscetíveis a influências do próprio setor regulado, muitas vezes até com a presença de pessoas ocupando cargos de direção e que estiveram recentemente nas empresas reguladas.

Os órgãos federais encarregados de zelar pela boa prestação desses serviços estão bastante suscetíveis a influências do próprio setor regulado
Carlos Thadeu C. de Oliveira, gerente técnico do Idec, sobre a falta de ação das agências regulatórias nos mercados em que atuam
Ou ainda, as agências pautam sua atividade regulatória e fiscalizadora por regras específicas do setor, esquecendo-se dos direitos do consumidor. Elas obedecem à dinâmica econômica do próprio setor regulado e não visam, necessariamente, à melhoria da qualidade dos serviços ao consumidor e ao cidadão.

Por exemplo: o Banco Central esquiva-se de punir e corrigir a má prática recorrente de bancos em relação ao consumidor, alegando que seu papel é apenas "zelar pela higidez do sistema financeiro". Caberia perguntar por que razão ele mantém um índice de reclamações atualizado mensalmente em seu site. Se não é para agir, para que serve?

Os exemplos poderiam se estender a Estados e municípios: lixo e transporte metropolitano, saneamento básico, segurança e educação.


Mas não é só o governo que falha. Uma sociedade madura tem que deixar de lado essa ladainha de culpar só o outro e esquecer do que pode fazer para melhorar. Se a lei for cumprida, por exemplo, já será uma grande coisa. Temos leis excelentes e outras nem tanto, mas nosso deficit não é legal ou normativo.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes: The Police - De Do Do Do, De Da Da Da

O The Police apareceu nesse espaço nos primórdios de nosso Blog dos Mercantes, e fazia já um bom tempo que não dava as caras. Mas foram muitos sucesso de Sting e Cia. e eles não poderiam estar tanto tempo afastados de nós.

Então, De Do Do Do, De Da Da Da para todos!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Blog dos Mercantes prevê que caso Petrobrás vai longe

Imagem da internet

Corrupção talvez seja o maior dos males que assolam a humanidade hoje em dia. Dela advêm boa parte do desemprego, fome, miséria, além de vários crimes contra a administração pública e contra Leis em geral. É comum também associar-se a corrupção a administração pública, mas ela também atinge a iniciativa privada, apenas de forma diferente. E claro que, em qualquer dos casos, ela se dirige a garantir grandes ganhos a alguns, em detrimento do prejuízo de uma imensa maioria.

Para quem não se lembra, a Enron, gigante norte-americana de energia, faliu no início do séc. XXI, após serem constatados uma série de más utilizações de fundos, desvios financeiros e fraudes contábeis, inflando lucros, escondendo dívidas e criando uma situação de “saúde financeira” que a empresa estava longe de ter. A falência da empresa criou uma crise econômica e a reação em cadeia causada pela falência de um gigante como a Enron Levou milhares de pessoas ao desemprego (só a Enron empregava 21.000 trabalhadores), e outros muitos milhares a terem prejuízos financeiros devido a perda de valor de suas ações na bolsa de valores. A crise de 2008 também foi causada por uma série de fraudes em balanços e em negócios conduzidos por empresas. A diferença é que a crise causada foi muito mais profunda, tendo atingido muitos milhões de pessoas ao redor do mundo.

Em todos os casos relatados acima vemos um pequeno punhado de administradores buscando vantagens pessoais, independentemente dos interesses de milhões de acionistas, trabalhadores e das próprias empresas (se é que uma empresa pode ter interesse) administradas por eles. Essas vantagens são sempre de cunho financeiro.

Nada muito diferente do que foi constatado agora no caso Petrobrás, e pela operação Lava Jato.

E se a operação Lava Jato for realmente levada a sério, as investigações irão muito longe, e durarão muito tempo, pois em 1997 o jornalista Paulo Francis já havia denunciado os diretores da Estatal Brasileira de manterem contas na Suiça, fruto de desvios e corrupções advindos de negócios da Petrobrás. Nessa época o governo não era do PT e há fortíssimos indícios de que o PT apenas se apropriou de toda uma rede e esquemas armados por administrações anteriores, mas sem ser egoísta, democratizou a farra, estando agora envolvidos partidos de várias correntes de situação e oposição.


E para quem pensa que o Blog dos Mercantes está fazendo uma defesa do PT, ledo engano. Queremos sim, que haja uma investigação profunda, que os culpados sejam exemplarmente punidos, com muitos anos de cadeia e devolução do dinheiro desviado e conseguido de forma fraudulenta, e que ela não se restrinja aos últimos anos de administração petista, mas que avance pelos menos uns 15 anos além, desnudando os esquemas e interesses que rondam nossa maior empresa desde a redemocratização do país.

Talvez um aprofundamento tão grande das investigações não seja fácil, não produza tantos frutos, não possibilite a recuperação de dinheiro desviado e punição de culpados (muitos já podem estar mortos), mas com certeza elucidaria muitas questões que, à época, foram convenientemente “esquecidas” por imprensa e autoridades.

E que saiamos dessa situação, que podemos chamar no mínimo de constrangedora, fortalecidos,  com instituições democráticas mais fortes e instrumentos mais firmes e eficazes para o combate desse tipo de práticas.

Mas não se iludam elas seguirão existindo, pois para muitos é irresistível a possibilidade de adquirir ganhos individuais, advindos de operações ilícitas facilitadas pelos cargos que ocupam.

Para quem quiser ler a reportagem completa da Folha de São Paulo, é só clicar aqui


Juiz vê inconsistência no argumento de que empreiteiras só pagaram propina sob ameaça

O juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, escreveu que "aparenta ser inconsistente" a alegação da empreiteira Mendes Júnior de que só pagou sob pressão e ameaças um total de R$ 8 milhões de propina ao esquema montado na Petrobras.

Argumento semelhante foi apresentado pela empreiteira Galvão Engenharia, que disse ter desembolsado R$ 12,8 milhões a dois grupos –um do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e outro ligado à Diretoria de Serviços– porque foi ameaçada e temia não obter novos contratos ou perder os que já detinha na petroleira.

Se comprovado, o ato poderia caracterizar concussão, crime praticado por servidor público ou contra a administração pública, que é, segundo o Código Penal, "exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida".

Embora tenha ressaltado que ainda não é o momento para uma análise mais aprofundada dessas alegações, Moro escreveu que "algumas circunstâncias [...] dificultam a admissão do álibi para fins de revogação da [prisão] preventiva".
"Quem é vítima de concussão, busca a Polícia e não as sombras. Não há registro de qualquer resistência da parte do investigado quanto à suposta exigência, surgindo a admissão parcial dos fatos somente agora, quando já preso cautelarmente por esse mesmo crime e outros", escreveu Moro.

O despacho diz respeito a um pedido de revogação da prisão preventiva do vice-presidente executivo da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, que está na carceragem da PF de Curitiba. O juiz não acolheu o pedido.

Moro afirmou ainda que o longo período em que os pagamentos foram feitos parceladamente pela Mendes Júnior, cerca de dois anos, sugere "inconsistência" no argumento de que houve concussão.

"A concussão é usualmente fruto de exigência ilegal momentânea, que reduz a capacidade da vítima de resistir, como, exemplificadamente, policial que ameaça a vítima de prisão ilegal se não houver imediato pagamento de vantagem indevida, e não fruto de uma relação prolongada entre o particular e o agente público, como, no caso presente, no qual empresa agraciada com contratos públicos concorda em realizar pagamentos a agentes públicos para persistir em sua atividade lucrativa."

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Racismo: Mal que ainda abala as sociedades

Quem diria, que em pleno séc. XXI, seguiríamos discutindo temas que foram tratados de forma direta ainda no século XIX. Sem ir muito longe podemos dizer que foram um dos motivos que levaram à Gerra de Secessão Americana e à Proclamação da República no Brasil. Vejam bem, nenhum dos dois eventos históricos aconteceu por conta do racismo, que na época era diretamente atrelado ao escravismo, mas com certeza foram ponto relevante no desenrolar dos fatos.

E talvez a muitos estranhe ainda mais o fato de que, depois de Martin Luther King, os Estados Unidos siga com sérios problemas de racismo, e que tais assuntos vira-e-mexe venham a baila.

Mas em minha modesta opinião, muito mais do que preconceito racial, esses problemas são preconceito econômico, pois tais eventos acontecem quase sempre em áreas carentes das cidades, e dificilmente em áreas mais abastadas.

Mas seja o preconceito racial ou econômico, parece que ainda iremos demorar muito até que o ser humano realmente aprenda a aceitar o diferente.

E isso não é só nos Estados Unidos, aqui ainda temos muito que avançar também.

Para quem quiser ler a matéria completa na Folha de São Paulo, basta clicar aqui.

Mortes abalam confiança de negros no governo americano

Em uma igreja no Brooklyn, em Nova York, uma plateia emocionada de cerca de cem pessoas ouviu o reverendo Herbert Daughtry falar sobre a morte de Akai Gurley, 28, um jovem negro morto pela polícia no bairro no fim de novembro.
"Eu espero que esta seja a última morte causada por aqueles que pagamos para nos proteger", disse.
No curto discurso durante o velório de Gurley, ele usou diversas vezes as palavras "mudança" e "esperança". "Acho que, ao olharmos para trás, veremos que a morte de Akai mudou as coisas."
O sentimento, no entanto, não é compartilhado pela maioria da comunidade negra de Nova York.
Na noite chuvosa de sexta-feira (5), enquanto o caixão com o corpo de Gurley era levado para dentro da igreja batista Brown Memorial, uma voz entre os convidados parecia resumir a frustração de centenas: "Nós não aguentamos mais".

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/12/1558646-internacao-de-andressa-urach-atrai-mais-cliques-que-morte-de-chaves.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/12/1558646-internacao-de-andressa-urach-atrai-mais-cliques-que-morte-de-chaves.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/12/1558852-mortes-abalam-confianca-de-negros-no-governo-americano.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/12/1558852-mortes-abalam-confianca-de-negros-no-governo-americano.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/12/1558852-mortes-abalam-confianca-de-negros-no-governo-americano.shtmlPara compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/12/1558852-mortes-abalam-confianca-de-negros-no-governo-americano.shtml ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos da Folha estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br). As regras têm como objetivo proteger o investimento que a Folha faz na qualidade de seu jornalismo. Se precisa copPa

Blog dos Mercantes liguem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas?

Steve Jobs é tido por muitos como o grande deus da informática, mais idolatrado até do que Bill Gates, que estaria posicionado em um panteão menor no mundo da alta tecnologia digital. Pois bem, o “deus” desse mundo era bastante severo com seus descendentes, e não os deixava utilizar seus produtos, ao menos não como os mesmos são amplamente utilizados por lares e empresas.

E na opinião deste blogueiro ele estava cheio de razão. Primeiro porque, embora importantíssimo conhecer o mundo de computadores e internet, a vida no fundo não é virtual. Segundo porque é importante saber usar outras ferramentas que não sejam computadores, equipamentos eletrônicos e internet.

E mesmo nosso Blog dos Mercantes ser uma forma de contato eletrônico e via internet; Viva os Contatos Diretos e Pessoais!

E no caso desse comentário aqui, seria “mirem-se no exemplo daquele homem da Apple”.

A Notícia completa está abaixo.


Steve Jobs não deixava os filhos mexerem em iPads e iPhones

Nick Bilton

  • Assim como outros executivos do ramo da tecnologia, Steve Jobs limitava ao máximo o tempo que seus filhos podiam mexer em iPads e iPhones
    Assim como outros executivos do ramo da tecnologia, Steve Jobs limitava ao máximo o tempo que seus filhos podiam mexer em iPads e iPhones
Quando Steve Jobs dirigia a Apple ele era conhecido por ligar para jornalistas para lhes dar um tapinha nas costas por um artigo recente ou, com maior frequência, para explicar como entenderam errado. Eu estive do outro lado da linha em uma dessas ligações. Mas nada me chocou mais do que algo que Jobs me disse no final de 2010, após acabar comigo por algo que escrevi sobre uma falha do iPad.

"Então, seus filhos devem adorar o iPad?" eu perguntei a Jobs, tentando mudar de assunto. O primeiro tablet da empresa tinha acabado de chegar às lojas. "Eles não o usaram", ele me disse. "Nós limitamos quanta tecnologia nossos filhos usam em casa."

Eu estou certo que respondi com um silêncio estupefato. Eu imaginava o lar de Jobs como sendo um paraíso dos nerds: que as paredes eram telas de toque gigantes, a mesa de jantar era feita de iPads e que iPods eram dados aos convidados como chocolates em um travesseiro.
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Aplicativos ajudam a rastrear dispositivos móveis perdidos; conheça9 fotos

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Lookout Backup Security (Android e iOS/gratuito). Programa exibe localização do smartphone e ainda oferece proteção antivírus. Na versão gratuita, ele permite achar um telefone (desde que ele esteja ligado e com conexão ativa à internet) e emitir alertas sonoros. O aplicativo tem uma versão premium que custa US$ 3 (cerca de R$ 6,70) por mês. O modo pago disponibiliza, por exemplo, o bloqueio um aparelho remotamente Leia mais Reprodução
Não, disse-me Jobs, longe disso.

Desde então eu conheci vários executivos-chefe e capitalistas de risco que dizem coisas semelhantes: eles limitam rigidamente o tempo de seus filhos diante de telas, frequentemente proibindo todo tipo de aparelhos em noites de dias de aula e alocando limites de tempo rígidos nos fins de semana.

Eu fiquei perplexo por esse estilo de criação. Afinal, a maioria dos pais parece adotar a abordagem oposta, permitindo que seus filhos se banhem no brilho de tablets, smartphones e computadores, dia e noite.

Mas esses executivos-chefe de tecnologia parecem saber algo que o restante de nós não sabe.
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Apple lança iPhone 6, iPhone 6 Plus e Apple Watch53 fotos

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Tim Cook, diretor-executivo da Apple, segura um iPhone 6 durante apresentação do novo smartphone. No pulso, ele usa um Apple Watch Leia mais Justin Sullivan/Getty Images/AFP
Chris Anderson, o ex-editor da revista "Wired" e agora executivo-chefe da 3D Robotics, uma fabricante de drones, institui limites de tempo e controle dos pais em todos os aparelhos em seu lar.

"Meus filhos acusam minha esposa e eu de sermos fascistas e exageradamente preocupados com tecnologia, e dizem que nenhum de seus amigos enfrentam as mesmas regras", ele disse sobre seus cinco filhos, com idades entre 6 e 17. "Isso se deve por termos vistos os riscos da tecnologia pessoalmente. Eu já vi, e não quero que isso aconteça com meus filhos."

Os riscos a que ele se refere incluem exposição a conteúdo prejudicial, como pornografia, bullying de outras crianças, e talvez o pior de tudo, se tornar viciado em seus aparelhos, como seus pais.

Alex Constantinople, o executivo-chefe da OutCast Agency, uma empresa de comunicações e marketing focada em tecnologia, disse que seu filho mais novo, que tem 5 anos, não é autorizado a usar aparelhos no fim de semana, e seus filhos mais velhos, de 10 a 13 anos, só podem usar 30 minutos por dia nas noites de dias de aula.

Evan Williams, um fundador do Blooger, Twitter e Medium, e sua esposa, Sara Williams, disseram que em vez de iPads seus dois filhos pequenos têm centenas de livros (sim, físicos) que podem pegar e ler a qualquer hora.

E como as mães e pais tecnológicos determinam os limites apropriados para seus filhos? Em geral, de acordo com a idade.

As crianças com menos de 10 anos parecem mais suscetíveis a ficarem viciadas, de modo que esses pais decidem não permitir acesso a quaisquer aparelhos durante a semana. Nos fins de semana, há limites de 30 minutos a duas horas de uso do iPad e smartphone. E entre os 10 e 14 anos é permitido o uso do computador nas noites de dias de aula, mas apenas para lição de casa.

"Nós temos uma limitação rígida de acesso às telinhas para nossos filhos", disse Lesley Gold, fundador e presidente-executivo do SutherlandGold Group, uma empresa de relações entre mídia e tecnologia e análise. "Mas é preciso relaxar à medida que ficam mais velhos e precisam do computador para a escola."

Alguns pais também proíbem adolescentes de usarem as redes sociais, exceto para serviços como o Snapchat, que apaga as mensagens após serem enviadas. Assim, eles não precisam se preocupar com ter dito algo online que venha a assombrá-los no futuro, me disse um executivo.

Apesar de alguns pais não ligados em tecnologia que conheço darem smartphones para crianças de apenas 8 anos, muitos dos que trabalham em tecnologia esperam até seus filhos terem 14. Apesar desses adolescentes poderem fazer chamadas e enviar mensagens de texto, eles não recebem um plano de dados até os 16 anos. Mas há uma regra que é universal entre os pais tecnológicos que entrevistei.

"Essa é a regra número 1: nada de telas no quarto. Ponto. Nunca", disse Anderson.

Apesar de alguns pais tecnológicos estabeleceram limites baseados em tempo, outros são mais rígidos sobre o que seus filhos podem fazer com seus aparelhos.

Ali Partovi, um fundador do iLike e consultor do Facebook, Dropbox e Zappos, disse que é preciso haver uma distinção forte entre o tempo gasto "consumindo", como assistir YouTube ou jogando games, e tempo gasto "criando" nas telas.

"Assim como eu não sonharia em limitar quanto tempo uma criança pode passar com seus pincéis, ou tocando piano ou escrevendo, eu acho absurdo limitar o tempo gasto criando arte no computador, editando vídeo ou fazendo programação", ele disse.

Outros disseram que proibições totais podem sair pela culatra e criar um monstro digital.

Dick Costolo, presidente-executivo do Twitter, me disse que ele e sua esposa aprovam uso ilimitado de aparelhos desde que seus dois filhos adolescentes estejam na sala de estar. Eles acreditam que limitações demais de tempo poderiam ter efeitos adversos sobre seus filhos.

"Quando eu estava na Universidade de Michigan, tinha um sujeito que vivia no dormitório vizinho ao meu, e ele tinha engradados e engradados de Coca-Cola e outros refrigerantes em seu quarto", disse Costolo. "Eu descobri posteriormente que era porque os pais dele nunca permitiram que ele tomasse refrigerante quando era garoto. Se você não deixar seus filhos terem alguma exposição a essas coisas, que problemas isso causará depois?"

Eu nunca perguntei a Jobs o que seus filhos faziam em vez de usarem os aparelhos que ele produzia, de modo que perguntei a Walter Isaacson, o autor de "Steve Jobs", que passou muito tempo na casa dele.

"Toda noite, Steve fazia questão de jantar na grande mesa longa na cozinha deles, discutindo livros e história e uma variedade de coisas", ele disse. "Ninguém nunca pegava um iPad ou computador. As crianças não pareciam nem um pouco viciadas nesses aparelhos."