sábado, 30 de maio de 2015

Zélia Duncan

Zélia Duncan já andou pelo nosso Blog dos Mercantes há um bom tempo atrás. Na época trouxemos Zélia interpretando Roberto Carlos. Agora ela vem com música própria.

Catedral!




quarta-feira, 27 de maio de 2015

Até Quando?

Após a desnecessária, absurda, e covarde agressão aos professores paranaenses, que pacificamente protestavam contra a retirada de direitos por eles conquistados, agora temos mais uma denúncia contra o governo paranaense. Mais uma denúncia contra a administração Beto Richa. Dessa vez atinge diretamente sua esposa e uma ONG na qual tem assento e que é intimamente ligada à administração estadual. 

Até agora tal denúncia não foi comprovada, mas não deixa de preocupar que governos de uma partido que tanto acusam a administração federal de atos ilícitos, apareçam frequentemente na mídia justamente devido esses atos. Seja os desvios no metrô de São Paulo, seja as bárbaras repressões a qualquer manifestação contrária a seus interesses (São Paulo e Paraná são exemplos), ou desvios e corrupções, como é o caso da atual denúncia paranaense, o fato é que os problemas se acumulam contra os grandes acusadores nacionais.

É mais que óbvio que tais fatos não isentam a administração federal de culpa e/ou responsabilidade sobre suas próprias faltas - inclusive tais denúncias não se limitam à administração federal -, mas é preocupante que a moralidade e cuidado com a coisa pública impere nos discursos de ambos os partidos, maiores protagonistas da atual política nacional, enquanto que suas práticas deixem tanto a desejar.

Como também é triste perceber que os dois partidos são vítimas e algozes da estrutura carcomida da sociedade brasileira, e em sua perpetuação, que geração após geração assiste o Estado Brasileiro ser ocupado e "privatizado" por grupos mais interessados em atender a seus interesses financeiros diretos que às necessidades da Nação. Tal situação seria digna de uma comédia pastelão, não estivesse o "Reino de Avelã" tão presente na vida de milhões de brasileiros.

A internet e as mídias sociais são um novo fator de peso nesse jogo, e de esperança para milhões de pessoas que até pouco também eram levadas de um lado a outro pelos discursos bonitos e práticas horrorosas, com pouco ou nenhum espaço para protesto. Mas essas novas ferramentas precisam ser usadas, antes de tudo, para defender e lutar por uma mudança cultural na sociedade, depois podemos discutir se as privatizações darão liberdade total ao arrendatário (dono?), ou se serão controladas.

Enquanto isso não acontecer, nenhuma forma de governo será boa.



http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/05/1634165-auditores-do-pr-tem-metas-para-ajudar-primeira-dama.shtml

Auditores do PR têm metas para ajudar primeira-dama


Responsáveis pela arrecadação de impostos estaduais, auditores fiscais do Paraná têm metas anuais para doar a uma ONG vinculada à mulher do governador Beto Richa (PSDB), Fernanda Richa.
A campanha de arrecadação é promovida desde 2011 pelo sindicato da categoria, o Sindafep. O dinheiro é destinado à entrega de cobertores para famílias carentes do Paraná, em parceria com o Provopar (Programa do Voluntariado Paranaense).
Nos últimos três anos, os auditores arrecadaram R$ 3,7 milhões, segundo o Sindafep. O R$ 1,5 milhão alcançado em 2014 corresponde a um terço da receita da ONG, segundo a Folha apurou.
Os valores estão na mira do Ministério Público. Uma denúncia anônima sustenta que Fernanda Richa exigiu doações ao Provopar e à campanha do marido em troca da promoção de auditores, em 2014. Reportagem da Folha mostrou que auditores doaram quase R$ 1 milhão ao tucano e seus aliados em 2014.
O inquérito corre sob sigilo. Até agora, não há provas que corroborem a suspeita.
A corrupção entre auditores também é investigada. Quinze deles foram denunciados por anular dívidas de empresas em troca de propina, em Londrina. Há indícios de que o esquema exista em outras regionais.
O Sindafep diz que tem forte atuação social e que ajuda diversas entidades.
LAÇOS
O Provopar foi fundado como braço de assistência social do Estado em 1980. Três anos depois, desvinculou-se do governo, mas seu estatuto prevê que toda primeira-dama tenha assento no conselho.
A doação de cobertores é a mais importante ação da ONG. Fernanda Richa a impulsionou como primeira-dama de Curitiba, de 2005 a 2010. Em parceria com empresas, ela multiplicou as doações.
Em 2010, ela foi condenada pela Justiça por pedir votos ao marido durante um evento de distribuição de cobertores. Está recorrendo.
Hoje, o Sindafep é o principal parceiro da campanha no Provopar. Doou metade dos cobertores distribuídos nos últimos três anos.
Para chegar a esse número, o sindicato estabelece metas de arrecadação para cada regional. Em reuniões mensais, cobra resultados e celebra metas atingidas.
OUTRO LADO
O Sindafep diz que tem forte atuação na área social e financia campanhas de várias entidades. "Temos um viés social muito forte, mas participação política, nenhuma", disse o presidente do sindicato, José Carlos Carvalho.
Segundo ele, as doações à ONG são espontâneas. Procurado nesta terça (26), Carvalho não se manifestou sobre as metas de arrecadação.
Presidente do Provopar, Carlise Kwiatkowski diz que a parceria com os auditores é "lícita e transparente".
Fernanda Richa, em nota, disse que a denúncia contra ela é um "atentado". Diz que jamais interferiu em temas administrativos e que atua com ação social "por dever de solidariedade humana".

sábado, 23 de maio de 2015

Titãs

Esse é uma banda que também nunca esteve em nosso Blog dos Mercantes. Oriundo dos anos 80, emplacou inúmeros sucessos durante todo seu tempo de estrada.

Marvin foi um dos maiores deles.



quinta-feira, 21 de maio de 2015

Precisamos mudar o país, sua elite e seu povo

Este texto foi escrito por Fernando Mainiere, um amigo de longa data, formado na mesma EFOMM que eu e, como vemos, dono de preocupações muito semelhantes às minhas. Sim, semelhantes, porque quando falamos em construir um país melhor e mais justo, falamos de uma sociedade que da esperanças àqueles que irão assumir o país, e principalmente, àqueles que não têm acesso a toda uma estrutura particular e cara.

Já passou da hora de o país investir com seriedade em saúde, educação e segurança. Recursos os temos de sobra, basta atacar com seriedade a corrupção que assola todos os níveis do setor público, e grande parte do privado também, e veremos os recursos sobrarem e aparecerem.

O Blog dos Mercantes, em seu início, postou e comentou sobre um estudo que mostrava que o Brasil poderia ter índices de desenvolvimento social semelhante ao do Canadá, caso conseguisse colocar a corrupção sob controle e em níveis compatíveis com as nações mais desenvolvidas. E uma das formas de se atingir esse objetivo é através da escola, transmissora de conhecimentos, tanto objetivos, quanto subjetivos. Mas para isso precisamos mudar nossa concepção de escola, e nossa concepção de ensino.

Não é um trabalho fácil, não é um trabalho rápido, mas é um trabalho possível. Muitos países já o fizeram, o Brasil também pode fazê-lo.

Mas enquanto estivermos endeusando uma elite que se preocupa mais em enviar recursos para fora do país e garantir longas estadas na Europa ou América do Norte, seguiremos enfrentando os problemas de forma superficial e ineficiente.

Como mostra Mainiere no texto abaixo.




DEIXEMOS A TOGA DA HIPOCRISIA E VISTAMOS A DA RESPONSABILIDADE - blogueando o fcbk

Na questão da segurança pública, vejo se alternarem posturas encasteladas entre dois grupos. Um grupo cuja ótica e órbita de observação se restringe ao trato ideológico do fenômeno violência social – eu os nominaria “objetivadores” do fenômeno - e o grupo daqueles cuja ótica é quase que irremediavelmente marcada pela personalização do fenômeno da violência social – eu os nominaria “subjetivadores”.

Os objetivadores tendem a observar o fenômeno tentando sistematizar a realidade sem conhecimento real de causa. Geralmente nunca foram vítimas de uma violência real, vêem o mundo sob a proteção de uma lupa onde tudo são estatísticas e máximas filosóficas. Os subjetivadores, por sua vez, tendem a observar o fenômeno pela busca da experiência pessoal (ainda que imaginativa) ou a partir da efetiva vivência pessoal de uma violência sofrida por si ou por um dos seus. Enquanto os primeiros vão errar na formulação de políticas públicas e legislação atinentes à segurança pública por causa de sua impessoalidade, da falta de contato com as condições de fato da vitimização (seja da vítima óbvia, do que sofreu a ação do infrator, seja da vítima velada que sofre a ação de um sistema com graves falhas), os do outro grupo vão errar porque não conseguem superar a etapa do trauma, da emoção que o conduziu à resposta de ataque/fuga.

Um exemplo, que acontece TODO DIA: a escola pública. Nem eu, nem meus amigos arquitetos, empresários, artistas que vivemos bem afastados dessa realidade fazemos a mais parva idéia real do que ali acontece... Falam em maioridade penal aos 16 anos? Ora, são guris de 13 anos que entram na escola armados, que levam as drogas pra porta da escola acobertados por traficantes que em troca lhes vão pagar uma mesada de quatro vezes o valor do salário dos professores e mesmo dos(as) diretores(as)...

São meninos de 1,20m de altura com plenas condições de acabar com a vida de pais e mães de família trabalhadores, dedicados à causa da educação como eu não seria capaz de me imaginar engajado. E são isso: meninos! E como são abusados... Mandam é “tomar naquele lugar” a senhoras com idade para serem suas avós. Dizem que vão “quebrar a coisa toda”. Dizem que “fazem” por semana o equivalente ao salário desses profissionais da educação já aviltados pela sociedade e pelo estado... Polícia? Não sejamos ridículos a esse ponto... A Polícia também está de mãos atadas... A questão uma vez levada ao Conselho Tutelar tem que ainda amargar ali o argumento de que “A escola tem que esgotar por conta própria todos os recursos de que dispõe...”(???). Bem, em diversas situações o recurso que resta seria uma AR-15 apontada pra cabeça de um menininho de 12 anos estourando-lhe os miolos... E se o policial passa uma descompostura exemplar numa dessas crianças infratoras corre o risco de ter aporrinhações sérias. Sim, porque a oportunidade para agir – também acobertada pelo Estado – é quando o menino está fora da escola, no morro, na favela. Ali pode meter é bala direto, não precisa falar nada, e não dá em nada. Na escola, dar aquele esporro arrumado, passar-lhe a descompostura exemplar não pode.

Eu não seria capaz de exigir de um profissional que sofresse as violências absurdas que sofre atitude diferente, num momento de esgotamento, que um tiro na cara de uma criança desorientada e agressiva dessas. Aliás, o que me surpreende é como isso não acontece com regularidade...

Percebem a que nível a sinestesia pode nos levar? Se permanecemos nessa fase, na fase do trauma, perdemos a condição de pensar a sociedade sistemicamente. Simplesmente porque deixamos de ser cidadãos engajados na formulação de uma sociedade melhor e passamos a vingadores. Se, contudo, permanecemos encastelados numa condição de leitores, pensadores, filósofos do caos dos outros, “lendo” a realidade pelas lentes coloridas de estatísticas e frases de efeito, somos igualmente inúteis na real reformulação de políticas e operacionalização de condições.

Redução da maioridade penal é simplesmente inócuo. É questão politiqueira levantada pra consubstanciar campo de extrema direita apelando para os traumas e ódios acumulados de alguns mais ingênuos ou incautos. Reduza-se a maioridade penal para 14 anos! O efeito será que teremos triplicada a quantidade de menores infratores (assim constituídos por maiores de idade criminosos) na faixa de 13 e 12 anos de idade e a constituição de maiores e mais terríveis campos de concentração (ou presídio, como queiram...). Agora, vi slogans dizendo algo como “Querem criminalizar a infância”...Pura palhaçada – jogada de marketing apelativa... Nossa juventude está já criminalizada na medida da combinação entre condição social e cor de pele... Deixemos de hipocrisia boçal...

O que resta é que o problema é sistêmico e não pontual. O sistema precisa ser reformulado, desde políticas urbanas de integração. A cidade não é o lixão dos detentores do grande capital... Como querer que a violência não estoure na periferia se ela começa na própria lógica de um sistema de castas baseado no direito que alguém tem de estar acima da lei e da vivência dos problemas sociais brasileiros pelo fato de ter muita grana e/ou influência??? A violência começa bem antes do menino de 12 anos - cujo pai está preso, a mãe se droga e o irmão foi o último fogueteiro morto mês passado no morro - mandar a professorinha ir “tomar no olho do seu...”, ou “chupa aqui, ô filha daquilo!”.

Ou seja, é humano sentir raiva e mesmo ter o ímpeto de fazer uma loucura. Sim! E em determinadas condições nem mesmo o Estado pode condenar alguém por um momento de fúria por total “inexigibilidade de conduta diversa”. Agora, se é pra repensar a sociedade, se é pra laborar pelo bem comum, a toga de pais, de cidadãos, de gente responsável tem que pesar nos ombros e temos que buscar enfrentar os reais problemas. Caso contrário, seremos só pueris hipócritas de lado a lado brincando de “lado A” x “lado B” num tabuleiro em que peões morrem com 13 anos cravejados de bala e sob a condição de perigosos criminosos enquanto sorridentes e "insuspeitáveis" milionários depositam esperanças de milhões em contas da Suíça.
Fernando-Mugai Coelho

terça-feira, 19 de maio de 2015

Curiosidade

Será que alguém consegue explicar o que se passa na cabeça de alguém para fazer um muro de cimento na porta de um vagão de metrô?

A notícia saiu no sítio Ópera Mundi, e é só clicar no link para ver as fotos da 


Muro de concreto é construído em porta de trem de cidade da Alemanha
Redação | São Paulo - 29/04/2015 - 11h57
Polícia de Hamburgo descobriu parede de concreto enquanto trem circulava; não há suspeitos da ação e prejuízo pode chegar a € 10 mil
      
A polícia de Hamburgo, na Alemanha, descobriu nesta terça-feira (28/04) que um muro de concreto foi sido construído em uma das portas de um dos trens regionais que atravessam a cidade.
Fotos: Bundespolizei

Muro é feito de concreto celular e foi unido com espécie de material adesivo
A descoberta foi feita enquanto o trem circulava entre as estações Blankenese e Altona,  no oeste da cidade. Assim que o trem parou nesta última, percebeu-se que uma das saídas estava interrompida pelo bloqueio. Os passageiros foram obrigados a descer e o comboio foi levado uma estação de manutenção.
De acordo com a polícia, os blocos de concreto celular estavam presos por uma espécie de material adesivo. Foram necessárias 12 horas de trabalho para remover as pedras, apesar de o trem, ainda, não estar liberado para voltar a circular. A Deutsche Bahn, que administra o serviço de trens regionais (S-Bahn) de Hamburgo, estima um prejuízo de € 10 mil (cerca de R$ 32 mil).

Imagem mostra interior do trem; porta foi murada por desconhecido
Ainda não há suspeitos da ação, mas as autoridades policiais afirmaram ter recuperado imagens das câmeras de segurança do trem.

sábado, 16 de maio de 2015

Gilberto Gil e Maria Bethanea

Uma dupla que dispensa qualquer tipo de apresentação. Nenhum deles também nunca esteve aqui em nosso Blog dos Mercantes, e os dois já deveriam ter aparecido por aqui antes.



Maria Bethanea e Gilberto Gil. Lamento Sertanejo / Viramundo.



Show de música e interpretação!


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Comparação interessante

Antes que alguém comece a me xingar, gostaria de lembrar que não sou petista, mas também não sou cego ao que aconteceu e ao que acontece. O texto abaixo, tirado do Portal Metropole, é bastante interessante e faz uma excelente comparação entre os dois períodos de governo.

Como o autor, também vejo erros no governo petista, não apenas técnicos, mas também políticos. Esses erros são passados e presentes, e ocorrerão outros no futuro, simplesmente porque seres humanos erram. Mas isso não significa que o governo petista seja esse monstro que a oposição, a mídia, e uma parte significativa da nação se acostumaram a apontar, mais por influência da insistência, e de acusações - muitas vazias - do que por consciência plena do que ocorre.

Acho também que o PT precisa se reinventar - de preferência para melhor - porque já exauriu uma fórmula política de governar, que sempre foi fadada ao insucesso.

Acredito até que uma mudança na liderança política do país poderia ser boa para o processo democrático e para o desenvolvimento econômico-social da nação. Mas o problema é:

Quem substituiria o partido dominante nos últimos 12 anos? O PSDB já mostrou a que veio, e que não tem a menor intenção de se reinventar. A grande maioria dos outros partidos, ou são excessivamente radicais, ocupando nichos políticos, ou simples dissidências de partidos maiores.

O PSB se sobressai nesse cenário com alguns quadros bons e interessantes, boas administrações em alguns estados, crescimento considerável nos últimos anos, mas ainda parece faltar~lhe a maturidade política que o credencia a assumir a responsabilidade maior no país.

Enquanto ninguém se habilita seriamente a entrar nessa corrida pelo Palácio do Planalto, seguimos com essa dicotomia, que, guardadas as devidas proporções, no fundo me lembra muito os tempos de ARENA x MDB.


http://www.portalmetropole.com/2015/03/fmi-e-banco-mundial-afirmam-que-fhc.html

FMI e Banco Mundial afirmam que FHC quebrou o país


POLITICA
 3/27/2015 - Comente este artigo


Dados do Banco Mundial e do FMI mostram que foi no governo de FHC que a renda per capita e o PIB caíram e a dívida pública líquida quase dobrou, o que esvazia argumentos de que governo atual está quebrando o país

Por Redação

Segundo os chamamentos que estão sendo feitos neste momento, no WhatsApp e nas redes sociais, pessoas irão sair às ruas, no domingo, porque acusam o governo de ser corrupto e comunista e de estar quebrando o país.
Se estes brasileiros, antes de ficar repetindo sempre os mesmos comentários dos portais e redes sociais, procurassem fontes internacionais em que o mercado financeiro normalmente confia para tomar suas decisões, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, veriam que a história é bem diferente, e que o PIB e a renda per capita caíram, e a dívida pública líquida praticamente dobrou, foi no governo Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o Banco Mundial, o PIB do Brasil, que era de US$ 534 bilhões, em 1994, caiu para US$ 504 bilhões quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois.
Para subir, extraordinariamente, destes US$ 504 bilhões, em 2002, para US$ 2 trilhões, US$ 300 bilhões, em 2013, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.
E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebras, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com FINANCIAMENTO do BNDES e uso de “moedas podres”, com o pretexto de sanear as finanças e aumentar o crescimento do país.
Com a renda per capita ocorreu a mesma coisa. No lugar de crescer em oito anos, a renda per capita da população brasileira, também segundo o Banco Mundial, caiu de US$ 3.426, em 1994, no início do governo, para US$ 2.810, no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. E aumentou, também, em mais de 400%, de US$ 2.810, para US$ 11.208, também segundo o World Bank, depois que o PT chegou ao poder.
O salário mínimo, que em 1994, no final do governo Itamar Franco, valia US$ 108, caiu 23%, para US$ 81, no final do governo FHC e aumentou em três vezes, para mais de US$ 250, hoje, também depois que o PT chegou ao poder.
As RESERVAS monetárias internacionais – o dinheiro que o país possui em moeda forte – que eram de US$ 31,746 bilhões, no final do governo Itamar Franco, cresceram em apenas algumas centenas de milhões de dólares por ano, para US$ 37.832 bilhões nos oito anos do governo FHC.
Nessa época, elas eram de fato, negativas, já que o Brasil, para chegar a esse montante, teve que fazer uma dívida de US$ 40 bilhões com o FMI.
Depois, elas se multiplicaram para US$ 358,816 bilhões em 2013, e para US$ 369,803 bilhões, em dados de ontem, transformando o Brasil de devedor em credor, depois do pagamento da dívida com o FMI em 2005, e de emprestarmos dinheiro para a instituição, quando do pacote de ajuda à Grécia em 2008.
E, também, no quarto maior credor individual externo dos EUA, segundo consta, para quem quiser conferir, do próprio site oficial do tesouro norte-americano. –(http://www.treasury.gov/ticdata/Publish/mfh.txt).
O INVESTIMENTO Estrangeiro Direto (IED), que foi de US$ 16,590 bilhões, em 2002, no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, também subiu mais de quase 400%, para US$ 80,842 bilhões, em 2013, depois que o PT chegou ao poder, ainda segundo dados do Banco Mundial, passando de aproximadamente US$ 175 bilhões nos anos FHC (mais ou menos 100 bilhões em venda de empresas nacionais) para US$ 440 bilhões depois que o PT chegou ao poder.
A dívida pública líquida (o que o país deve, fora o que tem guardado no banco), que, apesar das privatizações, dobrou no Governo Fernando Henrique, para quase 60%, caiu para 35%, agora, 11 anos depois do PT chegar ao poder.
Quanto à questão fiscal, não custa nada lembrar que a média de déficit público, sem desvalorização cambial, dos anos FHC, foi de 5,53%, e com desvalorização cambial, de 6,59%, bem maior que os 3,13% da média dos anos que se seguiram à sua saída do poder; e que o superavit primário entre 1995 e 2002 foi de 1,5%, muito menor que os 2,98% da média de 2003 e 2013 – segundo Ipeadata e o Banco Central – nos governos do PT.
E, ao contrário do que muita gente pensa, o Brasil ocupa, hoje, apenas o quinquagésimo lugar do mundo, em dívida pública, em situação muito melhor do que os EUA, o Japão, a Zona do Euro, ou países como a Alemanha, a França, a Grã Bretanha – cujos jornais adoram ficar nos ditando regras e “conselhos” – ou o Canadá.
Também ao contrário do que muita gente pensa, a carga tributária no Brasil caiu ligeiramente, segundo o Banco Mundial, de 2002, no final do governo FHC, para o último dado disponível, de dez anos depois, e não está entre a primeiras do mundo, assim como a dívida externa, que caiu mais de 10 pontos percentuais nos últimos dez anos, e é a segunda mais baixa, depois da China, entre os países do G20.
Não dá, para, em perfeito juízo, acreditar que os advogados, economistas, empresários, jornalistas, empreendedores, funcionários públicos, majoritariamente formados na universidade, que bateram panelas contra Dilma em suas varandas, há poucos dias, acreditem mais nos boatos das redes sociais, do que no FMI e no Banco Mundial, organizações que podem ser taxadas de tudo, menos de terem sido “aparelhadas” pelo governo brasileiro e seus seguidores.
Considerando-se estas informações, que estão, há muito tempo, publicamente disponíveis na internet, o grande mistério da economia brasileira, nos últimos 12 anos, é saber em que dados tantos jornalistas, economistas, e “analistas”, ouvidos a todo momento, por jornais, emissoras de rádio e televisão, se basearam, antes e agora, para tirar, como se extrai um coelho da cartola – ou da "cachola" – o absurdo paradigma, que vêm defendendo há anos, de que o Governo Fernando Henrique foi um tremendo sucesso econômico, e de que deixou “de presente” para a administração seguinte, um país econômica e financeiramente bem-sucedido.
Nefasto paradigma, este, que abriu caminho, pela repetição, para outra teoria tão frágil quanto mentirosa, na qual acreditam piamente muitos dos cidadãos que vão sair às ruas no próximo domingo: a de que o PT estaria, agora, jogando pela janela, essa – supostamente maravilhosa – “herança” de Fernando Henrique Cardoso, colocando em risco as conquistas de seu governo.
O pior cego é o que não quer ver, o pior surdo, o que não quer ouvir.
Está certo que não podemos ficar apenas olhando para o passado, que temos de enfrentar os desafios do presente, fruto de uma crise que é internacional, que faz com que estejamos crescendo pouco, embora haja diversos países ditos “desenvolvidos” que estejam muito mais endividados e crescendo menos do que nós.
Assim como também é verdade que esse governo não é perfeito, e que se cometeram vários erros na economia, que poderiam ter sido evitados, principalmente nos últimos anos.
Mas, pelo amor de Deus, não venham nos impingir nenhuma dessas duas fantasias, que estão empurrando muita gente a sair às ruas para se manifestar: nem Fernando Henrique salvou o Brasil, nem o PT está quebrando um país que em 2002 era a 14ª maior economia do mundo, e que hoje já ocupa o sétimo lugar.
Em pleno bombardeio institucional – Dilma Rousseff foi vaiada em uma feira de construção em São Paulo, apesar de seu governo ter financiado a edificação de dois milhões de casas populares – e às vésperas da realização de manifestações pedindo o impeachment da Presidenta da República, sua assessoria preparou um discurso, para a sua estreia em rede nacional de rádio e televisão, no segundo mandato, rico em lero-lero e pobre em informações.
O grande dado econômico dos “anos PT” não são os US$ 370 bilhões de RESERVASmonetárias, que deveriam, sim, ter sido mencionados, ao lado do fato de que eles substituem, hoje, os 18 bilhões que havia no final do governo FHC, exclusivamente, por obra e graça de um empréstimo de 40 bilhões do FMI, que foi pago em 2005 pelo governo Lula.
Nem mesmo a condição que o Brasil ocupa, agora, segundo o próprio site oficial do tesouro norte-americano, de quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos.
Mas o fato de que o PIB, apesar de ter ficado praticamente estagnado em 2014, saiu de US$ 504 bilhões em 2002, para US$ 2 trilhões e 300 bilhões, em 2013, com um crescimento de mais de 400% em 11 anos, performance que talvez só tenha sido ultrapassada, nesse período, pela China.
E, isso, conforme, não, o IPTE – como está sendo apelidado o IBGE pelos hitlernautas de plantão nas redes sociais – mas segundo estatísticas da série histórica do site oficial do Banco Mundial. Faltou também dizer que não houve troca de dívida pública externa por interna, já que, no período, a dívida pública líquida caiu de quase 60% do PIB, em 2002, para aproximadamente 35%, agora, depois de ter praticamente duplicado no governo Fernando Henrique, com relação ao final do governo Itamar Franco.
Há outros dados que poderiam negar a tese de que o país inviabilizou-se, economicamente, nos últimos anos, como o aumento do salário mínimo de US$ 50 para mais de US$ 250 em menos de 12 anos, ou a produção de grãos e de automóveis ter praticamente duplicado no período.
É claro que o PT cometeu erros graves, como estimular a venda de carros sem garantir a existência de fontes nacionais de combustíveis, gastando bilhões de dólares no exterior na compra de gasolina, quando poderia ter subsidiado, em reais, a venda de etanol nacional no mercado interno, diminuindo a oferta de açúcar no mercado internacional, enxugando a disponibilidade e aumentando os ganhos com a exportação do produto.
Ou o de dar início a grandes obras de infraestrutura – de resto absolutamente necessárias – sem se assegurar, antes, por meio de rigoroso planejamento e negociação, que elas não seriam interrompidas dezenas de vezes, como foram.
Quem quiser, pode encontrar outros equívocos, que ocorreram nestes anos, e que poderiam ter sido corrigidos com a participação de outros partidos, até mesmo da base "aliada", se sua "colaboração" não se limitasse ao interesse mútuo na época das campanhas eleitorais, e à chantagem e ao jogo de pressões propiciados pelos vícios de um sistema político que precisa ser urgente e efetivamente reformado.
Mas o antipetismo prefere se apoiar, como Goebbels, na evangelização de parte da opinião pública com mentiras, a apontar os erros reais que foram cometidos, e debruçar-se na apresentação de alternativas que partam do patamar em que o país se encontra historicamente, agora.
Soluções que extrapolem a surrada e permanente promoção de receitas neoliberais que se mostraram abjetas, nefastas e indefensáveis no passado, e a apologia da entrega, direta e indireta, do país e de nossas empresas, aos interesses e ditames estrangeiros. No discurso do governo – súbita e tardiamente levado a reagir, atabalhoadamente, pela pressão das circunstâncias – continua sobrando "nhenhenhém" e faltando dados, principalmente aqueles que podem ser respaldados com a citação de fontes internacionais, teoricamente acima de qualquer suspeita, do ponto de vista dos "analistas" do "mercado". Isso, quando o seu conteúdo – em benefício, principalmente, do debate – deveria ser exatamente o contrário.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Petrobrás deve se recuperar

Muito boa a entrevista do novo presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, onde afirma que a empresa estatal deverá se recuperar nos próximos anos, e que deverá retomar os investimentos ainda este anos (no momento estão claramente em retração).

Isso é algo que o Blog dos Mercantes vem afirmando frequentemente, desde que a crise na estatal se aprofundou, alavancada pela operação Lava Jato e por pressões políticas da oposição e da imprensa.

Mas uma das principais afirmações do presidente da cia. de petróleo brasileira, passou como que despercebida pelos olhos do jornalista do Jornal O Globo; a Petrobrás está investindo em governança, e é isso que, a médio e longo prazo, irão fazer com que diminuam os desvios, através de melhores sistemas de acopanhamento e controle.

A Petrobrás irá se recuperar, o auge de sua crise deverá ficar para trás ainda este ano, mas dificilmente voltaremos a ver os dias de pujança que tivemos no últimos anos, onde os mecanismos de seguimento e controle internos demonstraram serem insuficientes e ineficientes, e apenas apareciam externamente para as empresas prestadoras de serviço.

Na vida nada é imútavel, a Petrobrás também não. Ela sobreviverá, embora diferente, e voltará a ser o orgulho dos brasileiros, mesmo que muitos não queiram.


Jornal O Globo – Reportagem – 24/04/2015 

Panorama Econômico 

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, avisa que o nível de alavancagem da estatal vai subir mais no primeiro trimestre de 2015, e que é ilusão pensar que o endividamento possa cair a curto prazo. Visão de bendine: 

"Vamos conviver ainda com um nível de dívida acima do razoável, mas vamos conseguir uma redução gradual." Bendine diz que a Petrobras é uma "joia" e pede um voto de confiança. 

O grande problema da Petrobras, neste momento, é que ela precisa continuar investindo. Por outro lado, como a dívida já está alta, ela tem pouca capacidade de se financiar. Em entrevista que me concedeu ontem, Aldemir Bendine admitiu que esse é o dilema central: 

- Nosso tipo de atividade exige investimento. Sem isso, nós não conseguimos gerar caixa. Vamos investir US$ 25 bilhões, menos do que o previsto, e com o foco em Exploração e Produção, onde nosso negócio é mais rentável. Nós não temos pressão muito forte de desembolsos nos próximos cinco anos. E iniciaremos um plano de venda de ativos. Mas a realidade é que não há milagre, vamos continuar com uma alavancagem alta por um bom tempo. Como a maior parte da dívida da Petrobras é em dólar, mesmo que ela não tomasse mais crédito, e ela está tomando, a dívida subiria no primeiro trimestre, por razões cambiais. 

- No primeiro trimestre, sim, o impacto do dólar elevará a dívida. A alavancagem deve subir para 5. Para o ano, deve estabilizar, num cenário de dólar a R$ 3,30 - admitiu o presidente. 

Uma relação entre a dívida e a capacidade de geração de caixa em 5 anos é mais do que os atuais 4,7 e o dobro do que é considerado normal, que é 2,5. Mesmo assim, ele diz que a empresa continua sendo financiável e conta que recebeu várias propostas de linhas de crédito. Fechou com as que não tinham custo superior ao dos Bonds:

- Recebemos autorização do conselho de administração para tomar crédito no valor de US$ 19 bilhões. Isso e o fluxo de caixa mais do que garantem as operações deste ano de investimento, sem depender do resultado da venda dos ativos. Terminaremos o ano com um caixa de US$ 20 bilhões. Estava previsto US$ 10 bilhões, mas elevamos. Este ano, a empresa tomou empréstimos com o Banco do Brasil, Caixa e Bradesco, com um banco estatal chinês e fechou uma operação de venda e aluguel de plataformas com o banco Standard Chartered. 

Bendine disse que a empresa pode monetizar vários ativos. Citou o caso da malha de gasodutos. Poderia ser vendido o espaço para uma empresa de telefonia colocar fibra ótica ao longo do gasoduto:

- Há vários ativos aqui na empresa que são intangíveis, mas que a gente pode transformar em tangíveis. 

Ele não quis adiantar o que pretende vender, mas disse que a petroquímica está fora do negócio central da companhia de exploração e produção de petróleo: 

- Admito que neste momento não tem atratividade, mas não queremos ficar com ativos que sangrem, que consumam caixa da companhia. Vamos fornecer a nafta, mas a valor de mercado, não estamos interessados em subsidiar a matéria-prima. 

Disse que 80% dos investimentos serão em exploração e produção, a maior parte no pré-sal, que afirma ser extremamente atrativo. Explica a estratégia: 

- Não vamos abrir um campo atrás do outro, os campos que já perfuramos serão explorados. Quanto maior a escala, mais o custo diminui. Há interesse internacional no pré-sal, tanto que a Shell comprou a BG atrás destes ativos. Mesmo com a queda do Brent, a exploração do pré-sal continua atrativa e nós temos uma belíssima reserva. 

Bendine disse que os R$ 5 bilhões dos recebíveis de energia não foram baixa, mas provisão. E se referem a crédito contra a Eletrobras para fornecimento de óleo para termelétricas no Norte. Como no final do ano a dívida não fora paga nem renegociada, a empresa colocou em provisão, mas agora a dívida está renegociada e com garantias. O que foi colocado em provisão pode voltar para os ativos. 

O presidente da Petrobras terminou a conversa em tom otimista: 

- Vamos agora olhar o futuro. A Petrobras é uma joia. O que ela precisa é de um voto de confiança. Para isso estamos trabalhando forte em governança para que nunca mais volte a acontecer o que aconteceu. 

Os pontos-chave 

1 - Presidente da Petrobras admite que endividamento da empresa vai subir no primeiro trimestre 

2 - Meta é reduzir os investimentos e focar em exploração e produção, para aumentar o caixa 

3 - Provisão de R$ 5 bilhões por dívida da Eletrobras será revertida para o ativo ao longo deste ano

domingo, 10 de maio de 2015

sábado, 9 de maio de 2015

Jonathan & Charlotte Final

Como podem perceber, este blogueiro realmente gostou do desempenho do dueto Jonathan & Charlotte, até por isso eles aparecem 3 vezes seguidas em nosso Blog dos Mercantes.

Nesta apresentação, feita na final do Britain Got Talent 2012, eles voltam a interpretar The Prayer, e é possível notar a melhora no desempenho da dupla.

Como o jure comenta ao final da apresentação, eles são incríveis, e isso lhes valeu um contrato com a gravadora de Simon Cowell. Depois disso já gravaram dois álbuns e emplacaram uma bela carreira, mesmo tendo ficado em segundo no programa.

Em 2014 a dupla se separou, mas já gravaram seus álbuns solo, porque diferentemente do que Simon Cowell pensou num primeiro momento, ambos são muito talentosos, e têm um brilhante futuro pelos palcos.




quinta-feira, 7 de maio de 2015

Momento "utilidade pública" no Blog dos Mercantes

O Blog dos Mercantes tem uma visão muito maior do que a simples opinião política. O Blog dos Mercantes entende que um cidadão tem que saber e defender seus direitos em todas as facetas da vida, e não apenas naquela que diz respeito à política ou ao trabalho. Por isso trazemos hoje um texto interessante, também retirado da Folha de São Paulo e que fala sobre um dos aspectos do direito do consumidor. 

Se é sua opção aceitar determinadas condições, ótimo, mas isso não pode se dar por desconhecimento de seus direitos.

O texto de Marcia Dessen é ótimo para exclarecer algumas dúvidas


Venda casada é proibida

Você já foi vítima de venda casada? Já comprou um produto de que não precisa para conseguir concluir uma transação do seu interesse?
Os exemplos são os mais diversos: permissão para comer pipoca no cinema somente se ela for comprada no espaço das salas de exibição; comprar garantia estendida para um produto que já tem a garantia do fabricante; adquirir um seguro exigido para viabilizar uma operação de crédito.
A venda casada, prática de subordinar a venda de um bem ou serviço à aquisição de outro, é proibida. A proibição aplica-se também às promoções e ao oferecimento de produtos e serviços que provocam elevação do preço ou das taxas de juros incidentes sobre a operação de interesse do cliente.
Importante saber que, quando a operação exigir uma contratação adicional, o consumidor tem o direito de escolher de quem contratar.
PODE
Vamos conhecer uma rara exceção, na qual uma aparente venda casada é permitida.
A lei prevê dois seguros obrigatórios na contratação de um financiamento imobiliário: o seguro de danos físicos ao imóvel (DFI), que protege a garantia física do empréstimo; e o seguro de morte ou invalidez permanente (MIP), que garante à família a permanência no imóvel no caso de morte ou invalidez permanente da pessoa responsável pela dívida, que será quitada.
Editoria de Arte/Folhapress
Embora obrigatórios, o consumidor pode, em tese, contratar o seguro habitacional que reúne essas duas coberturas onde quiser. Na prática, acaba contratando na mesma instituição financeira que concede o financiamento para a compra do imóvel. Antes de aceitar, compare e verifique se o custo é compatível com o praticado no mercado.
NÃO PODE
1. Uma instituição financeira não pode condicionar a contratação de seguro ou de outro serviço, como título de capitalização, para conceder um empréstimo. Evite contratar em canais eletrônicos que não oferecem a alternativa de recusar a contratação do seguro.
2. O banco não pode exigir que o consumidor aceite um cartão de crédito para abrir uma conta-corrente. Analise os pacotes oferecidos e contrate o que contempla os serviços que você pretende utilizar. Comece com um pacote mais simples e barato e depois mude para outro com mais serviços e produtos em caso de necessidade.
3. O banco não pode determi- nar que uma pessoa, não correntista, abra uma conta para tomar um empréstimo ou financiamento. Mas pode pedir alguma garantia, como a alienação de um veículo, por exemplo. As taxas de juros tendem a ser menores quando se trata de clientes com histórico de bom pagador.
4. A administradora de um consórcio de automóveis não pode exigir que a carta de crédito seja utilizada somente na revendedora indicada por ela. A carta de crédito pode ser utilizada livremente, em qualquer estabelecimento comercial do mercado.
5. O banco pode oferecer condições especiais, como redução da taxa de juros do empréstimo, caso o cliente contrate outro serviço da instituição, mas não pode exigir que sejam aceitas. Se os benefícios oferecidos não agregam valor, recuse. Não pague por produtos ou serviços que você não precisa.
Antes de contratar, consulte o site dos órgãos reguladores (como Banco Central, Anatel, ANS) e os órgãos de defesa do consumidor (como Procon e Idec), para pesquisar eventuais denúncias e conhecer o ranking de reclamações contra as empresas.
Exerça os seus direitos e denuncie abusos de preços e condições, venda casada, mal atendimento, descumprimento de contrato. Fale inicialmente com o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) e anote o protocolo do atendimento. Na falta de solução, procure a ouvidoria desse fornecedor.
Em última instância, recorra ao órgão regulador. Aliás, a mera referência à instância superior muda a atitude do fornecedor perante o cliente insatisfeito. Melhor um acordo com o cliente do que figurar no ranking das empresas mais reclamadas. 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Blog dos Mercantes: Brasil deve voltar a crescer logo

Joaquim Levy foi quase imposto ao cargo de Ministro da Fazenda, a uma Presidente que ganhou as eleições mais acirradas dos últimos 29 anos no Brasil. Alguns chegaram a chamá-lo de "o ministro banqueiro de Dilma". Mas é bom lembrar que Lula também manteve um banqueiro por muitos anos a frente do Banco Central, e foi ele que deu suporte às políticas do primeiro período de governo petista.

Levy tem tudo para dar certo.

E é esse Levy que afirma que o país já está no caminho certo, e que os ajustes não demorarão a surtir seu efeito, levando o país novamente a um período de crescimento. Certamente será lento no começo, mas tem tudo para apresentar números robustos já a partir do próximo ano.

Talvez o que faltasse ao governo Dilma fosse justamente a ambiguidade que agora apresenta.

Que ela tenha êxito, como teve com Lula.

Não é o PT, não é Dilma, é o Brasil quem precisa.


Levy diz que ajuste fiscal não prejudica PIB e defende rever cortes de tributos34
29/04/201511h25 > Atualizada 29/04/201513h57


BRASÍLIA, 29 Abr (Reuters)  O ajuste fiscal posto em prática para organizar as contas públicas não prejudicará a economia, disse nesta quarta-feira (29) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendendo as medidas adotadas pelo governo para fazer o país voltar a registrar superavit primário (economia para pagar os juros da dívida) e defendendo arduamente a reversão parcial dos cortes de tributos.

"O ajuste não vai atrapalhar o crescimento", afirmou ele, em apresentação na audiência conjunta na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, acrescentando que é preciso fazer o ajuste para que a economia volte a crescer.

Levy disse que o risco fiscal é o maior de todos os riscos, e que o setor público precisa voltar a registrar poupança para estimular investimentos.

Defendendo ações que revertam parcialmente os cortes de tributos, o ministro informou que o governo já deixou de arrecadar um total de R$ 113 bilhões e que isso está afetando fortemente a arrecadação de impostos e contribuições deste ano.

"Isso é mais de sete vezes o Minha Casa Minha Vida", disse, argumentando que se esse impacto não for revertido o equilíbrio fiscal não será alcançado.

Mesmo com o duro ajuste fiscal adotado pelo governo, as contas públicas seguem deterioradas. A economia do governo federal ficou em R$ 1,464 bilhões em março, acumulando no ano economia fiscal de apenas R$ 4,485 bilhões.

A meta de economia para o país neste ano é de R$ 66,3 bilhões, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, R$ 55,3 bilhões é o objetivo traçado para o governo federal.

Levy voltou a dizer que o Brasil não pode perder o grau de investimento, uma vez que o selo das agências de classificação de risco ajuda o Brasil a atrair investimento estrangeiro.

Segundo ele, essa probabilidade diminuiu recentemente, após nova orientação para a política fiscal dada pela presidente Dilma Rousseff.

"Esse risco é menor do que quando eu cheguei ao governo."

Sobre o comportamento dos preços, Levy disse que a convergência da inflação para meta ajudará a reduzir a curva de juros de longo prazo e que os juros reais cairão no país, também, com o ajuste fiscal.

(Reportagem de Luciana Otoni)

sábado, 2 de maio de 2015

CHARLOTTE & JONATHAN

Como eu disse na última postagem de nosso vídeo semanal, a dupla Charlotte e Jonathan melhora a cada apresentação. Além de muito talento, provavelmente vão ganhando confiança, já que a pouca idade de ambos não colabora muito nesse quesito. Mas aqui já parecem dois profissionais.

Aqui eles cantam Caruso, de Lucio Dalla.