Redução de tripulantes e fadiga na Transpetro motivam pedido de revisão dos CTS dos navios

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF) alertou a Autoridade Marítima Brasileira sobre os riscos da redução de tripulação em embarcações da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
Em ofício enviado à Diretoria de Portos e Costas (DPC), a CONTTMAF observou que a autoridade “vem atendendo às solicitações da Transpetro no sentido de reduzir o número de tripulantes requeridos no Cartão de Tripulação de Segurança (CTS) das embarcações mais antigas, bem como, em tempos mais recentes, a emissão dos CTS para navios novos, reduzindo drasticamente o total de tripulantes”.
A CONTTMAF acredita que a atual administração da Transpetro está disposta a assumir riscos e a apostar nos limites que podem ser alcançados tanto pelos trabalhadores marítimos quanto por seus navios, a partir de avaliações equivocadas.
Segundo relatos de bordo nos navios conhecidos como “oleeiros”, nem mesmo há pessoal em número suficiente para guarnecer Passadiço e Centro de Controle de Carga, ocasionando excesso de horas trabalhadas, fadiga e o engajamento dos comandantes no serviço de quarto. Marítimos em outros tipos de navios, relataram, também, a alteração dos registros de horas trabalhadas para refletir um número menor do que o real, além da utilização de praticantes sem habilitação para suprir a falta dos oficiais retirados pela empresa, entre outras irregularidades.