sábado, 28 de abril de 2018

All Winners Auditions on Britain's Got Talent 2007 - 2017

O primeiro dos shows de talentos completou 10 anos em 2017. Como o Britain's Got Talent não é um show de talentos musicais, mas geral, vejam a penca de apresentações vencedoras nesses anos, o que inclui alguns dançarinos, acrobatas, músicos, cantores, e até cães.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Caminho de volta. A migração humana não para

Interessantíssima a reportagem do Miami Herald. Mais interessante ainda é que o jornal Norte Americano pode ser suspeito de muitas coisas, mas jamais de ser "esquerdista". O sonho americano é para poucos, e isso fica flagrante na reportagem.

Por sinal, o modelo "Yanke" está cada vez mais flagrantemente ultrapassado, quando garante que parte expressiva de sua população esteja alijada das conquistas do mundo moderno. Donald Trump foi um resposta equivocada e atrapalhada ao problema, mas uma hora eles acertam, porque Democratas e Republicanos são os maiores, mas não são os únicos partidos dos EUA,

Miami Herald: milhares de exilados cubanos nos EUA estão retornando à ilha

Uma das razões da volta para casa é a assistência médica, que é gratuita, ao contrário do que acontece nos EUA
Rua em Habana Vieja, Cuba. Foto: Samuel Moreti
Da Redação
13 de março de 2018, 20h08
O jornal norte-americano Miami Herald publicou uma reportagem no domingo contando as histórias de alguns dos milhares de cubanos que estão fazendo o caminho de volta e indo morar de novo em sua terra natal. Uma das razões para isso, diz o jornal, é a assistência médica. Em Cuba, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, todos os cidadãos têm acesso gratuito à saúde.
Armando, de 40 anos, contou à repórter Sarah Moreno que, ao ficar desempregado nos EUA, perdeu o seguro de saúde, e justamente quando se tratava de um câncer no estômago. Em Cuba, sua mãe pediu um visto humanitário e o levou à ilha, onde primeiro, considerado “estrangeiro”, foi atendido numa clínica que lhe cobrava em dólares. Após a repatriação, Armando se tratou gratuitamente no Hospital Oncológico em Havana e está curado.
Não me arrependo de ter vindo para cá. Se eu te disser isso serei
um ingrato. Mas em Cuba o ambiente é diferente, você vai de um lado para
o outro e fala com as pessoas. Aqui pode se passar um mês sem ver o
vizinho
Outras razões apontadas pelos cubanos em Miami para voltar para casa são ficar perto da família, herdar imóveis e viver em um lugar onde o custo de vida é muito menor do que nos EUA. “Não me arrependo de ter vindo para cá. Se eu te disser isso serei um ingrato”, afirmou o aposentado René (os entrevistados se recusaram a dar nomes verdadeiros à reportagem antes de a tramitação dos papéis terminar). “Mas em Cuba o ambiente é diferente, você vai de um lado para o outro e fala com as pessoas. Aqui pode se passar um mês sem ver o vizinho.”
René está com 78 anos, ficou viúvo há oito e passa a maior parte do tempo sozinho em casa, embora viva com a filha e o neto. “A solidão me mata. O fim dos velhos aqui é ir parar em um asilo porque a família não pode se dedicar a cuidar da gente. E para mim isso é a última coisa que poderia acontecer”, disse. Em Guantánamo, vai se juntar a dois filhos, quatro irmãos e vários netos e bisnetos.
Em Cuba, há um assistente social para cada 600 núcleos familiares e 274 Casas de Avós, instituições diurnas inteiramente gratuitas, abertas a partir das 8h até as 17h, que atendem idosos cujos familiares não podem cuidar deles durante o dia. Também há uma assistente social a domicílio para idosos que moram sozinhos. A Previdência Social paga uma pessoa para que acompanhe o idoso, nos afazeres ou na vida cotidiana, durante 4 ou 8 horas, a depender da necessidade, da mobilidade e do estado de cada um, bem como da possibilidade de cuidar de si mesmo.
Segundo dados do governo cubano, em 2017 mais de 11 mil pessoas pediram a repatriação, a maioria delas residentes nos EUA. O embaixador de Cuba em Washington, José Ramón Cabañas, disse que entre 2015 e 2016 outras 13 mil pessoas fizeram o mesmo trâmite. “São cubanos de todas as idades e ambos os sexos, mas há uma preponderância de pessoas acima dos 50 anos”, disse Juan Carlos Alonso Fraga, diretor do Centro de Estudos de População e Desenvolvimento da Oficina Nacional de Estatísticas de Cuba.
Segundo dados do governo cubano, em 2017 mais de 11 mil pessoas pediram a repatriação, a maioria delas residentes nos EUA
A “tendência” de inversão do fluxo começou, de acordo com o jornal, com a reforma migratória empreendida por Raúl Castro em 2013, que permitiu ao cubanos que deixaram o país antes dessa data, chamados de “emigrados” pelo governo cubano, solicitar seu retorno e residência permanente no país. Após os trâmites para a repatriação, os cubanos exilados podem recuperar seus direitos, inclusive políticos, como residentes na ilha.
Ativista da organização opositora Somos+, Iliana Hernández voltou da Espanha em 2016 justamente com a intenção de fazer política, outra das razões apontadas pelos exilados para o retorno. “Voltei porque é preciso educar o cubano a perder o medo e para mostrar, com minha atitude, que podemos lutar por nossos direitos através da luta não violenta”, disse.
Entre os requisitos para ser aceito como repatriado é ter alguém que acolha em casa e se declare responsável pela manutenção da pessoa até que ela possa fazê-lo sozinho. Mas a maior parte dos cubano-americanos volta com bons recursos econômicos e com a intenção de investir em um pequeno negócio, como um restaurante “paladar” (de comida caseira) ou um salão de cabeleireiros. Tem até uma piada circulando entre eles. Antes, os cubanos diziam para as pessoas que deixavam a ilha: “Lola, traidora”. Agora dizem: “Lola, traz dólares” (“trae dólares”, em espanhol).
Leia a reportagem completa aqui.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Erros político-econômicos tornam Brasil pouco interessante

Mais uma bola muito fora do usurpador. Diferente do que a maioria das pessoas pensam, fóruns e encontros internacionais não são oportunidades para passeios e lazer, mas sim para muito trabalho. São inúmeras reuniões, palestras, encontros, que além dos principais, se desdobram em enventos menores, onde se fecham negócios, acordam-se cooperações, ajudas mútuas, etc.

O governo e a elite golpista não entendeu ainda que não existe atrativo real para um país que rompe abruptamente com suas leis, rasga sua constituição, e destrói sem nenhum tipo de discussão interna séria, anos de avanço civilizatório e de uma insípida distribuição de renda.

A propósito, distribuição de renda é o que pode interessar para investimentos estrangeiros em um país, porque é o que cria mercado consumidor, que por sua vez propicia concentração de renda. Paradoxal? Sim, mas empiricamente observável.

Externamente o apoio vem apenas pela possibilidade de adquirir ativos importantes e valiosos e altamente rentáveis a preço de xepa, como no caso das hidrelétricas, da própria Eletrobrás, de setores da Petrobrás e de campos de petróleo, e onde o caso da Embraer é o mais emblemático e absurdo.

Internamente o usurpador é anacrônico, assim como os que apoiam seu governo internamente. Na busca de aumentarem, ou manterem ganhos exorbitantes, matam a galinha dos ovos de ouro, se sujeitam a serem simples figurantes na política e economia mundial, e a serem simples figuras esquecíveis e apagadas da história, quando poderiam ser protagonistas e fazerem a história

Com esse (des)governo o lema mudou: Brasil, um país que vai para trás.


No Fórum Econômico Mundial, Temer fracassa mais ao tentar 'vender' o Brasil

Pedro Zambarda de Araújo




No Fórum Econômico Mundial, Temer fracassa mais ao tentar 'vender' o Brasil

(Foto: Beto Barata/PR/Fotos Públicas)
Enquanto Emmanuel Macron da França é saudado globalmente como um anti-Donald Trump nos tratados climático, o Brasil se tornou um anão diplomático desde o fim do governo Dilma Rousseff. Mergulhado numa profunda crise econômica, nosso país tenta cada vez mais se vender no exterior e se frustra em tais tentativas.
O presidente Michel Temer esteve presente no Fórum Econômico Mundial que ocorreu em Davos neste fim de janeiro. O evento concentrou cerca de três mil pessoas, 70 chefes de Estado e governo, 900 representantes de ONGs, 1900 executivos de empresas, 40 líderes culturais, 35 empreendedores, 80 jovens destacados, 32 pioneiros tecnológicos, além de 70 responsáveis de sindicatos, organizações religiosas e da sociedade civil.
Macron é visto como uma liderança de centro, embora seja um direitista liberal, e lotou palestras. Temer, que tem a Reforma da Previdência na cabeça em semana de condenação de Lula, teve uma recepção bastante diferente.
Fiasco
Segundo a repórter Luciana Coelho na Suíça, da Folha de S.Paulo, metade da plateia na palestra de Michel Temer estava vazia pelo menos pela metade no dia 24 de janeiro de 2018. A maioria eram brasileiros e chineses aguardando as próximas conferências.
Para efeitos de comparação, além de Macron, o premiê indiano, Narendra Modi lotou e teve fila de espera na véspera.
O idealizador do Fórum, Klaus Schwab, afirmou que um "novo Brasil" se abre com as reformas econômicas de Michel Temer, alinhadas com a ideologia neoliberal. Ele fez o possível para tentar levantar a moral do parceiro.
Não deu certo. A "venda do Brasil" feita por Temer em nada lembra o carisma e a desenvoltura de Lula, que chegou a ser cumprimentado por Bill Gates no Fórum Econômico Mundial.
Fiasco puro.

sábado, 21 de abril de 2018

America's Got Talent - Taylor Ware

Alguém pode por favor me dizer como essa menina faz isso com a língua? A minha trava no primeiro tiroles-lees.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Dívida pública é mais influenciada pelo crescimento que por austeridade

Já tinha visto entrevistas e palestras afirmando a falta de conexão entre o corte de despesas e a diminuição da dívida pública. Não que o aumento das despesas seja automaticamente "autorizado" devido a essa conexão direta. Ao contrário, as contas públicas devem ser mantidas sobre contole, mas em tempos de crise não há nada que comprove que cortar despesas estatais faça com que a dívida pública se mantenha sobre controle ou se inverta.

É isso que Afonso Oliveira de Almeida nos mostra, com dados, em seu excelente artigo sobre a relação dívida pública e despesas do governo.

Um país tem uma dinâmica econômica muito diferente da nossa casa. Não dá para transportarmos nossas percepções pessoais ao coletivo da Nação. São entidades com objetivos e existência diferentes.

Muito mais importante do que reduzir despesas é melhorar a qualidade dessas despesas, ou seja, fazer mais e melhor com o mesmo. Ao contrário, cortar despesas por cortar, pode piorar o desempenho da dívida, e ainda os serviços prestados pelo governo. Isso se agudiza quando um país corta serviços prestados à população em geral, mas mantém intacta os juros pagos ao mercado financeiro e rentistas.


Os bancos públicos, a Petrobrás, o setor elétrico, as universidades, a iniciativa privada, a burocracia pública e o orçamento podem atuar em conjunto, determinados, incansavelmente, a produzir crescimento.
Este blog fez duas declarações, recentemente, em forte oposição ao discurso de 9 entre 10 economistas tupiniquins. A primeira, que os países desenvolvidos se desenvolveram elevando suas dívidas e; a segunda, que não há correlação demonstrável entre redução da despesa pública e redução da dívida pública.

Para espantados leitores, fomos ao absurdo: a dívida é sensível ao crescimento da economia, não à redução da despesa. Vamos desvelar esse ponto nesta crônica. Depois,em outra oportunidade, esclareceremos a primeira, sobre a relação entre desenvolvimento e endividamento dos países.
Nas famílias, quando o dinheiro não dá, os pais cortam a despesa. A classe média expulsa os cães de casa e os mais pobres abandonam os filhotes em sacolas na porta de casas mais abastadas, provavelmente, de cidadãos de classe média.

Alguns recusam os meninos, pois, afinal, ficaram sem os cães. A generosidade, no entanto, apanha outros cidadãos e os guris serão felizes pelo resto da vida.

Quando a renda da família cai, corta-se a despesa em prol do equilíbrio das contas.

Dispondo da aritmética mais simples dentro de casa, o cidadão acredita que a mesma coisa deve ser feita na gestão do Estado. Ele multiplica o seu exemplo por um trilhão e mede a escala da ação estatal com a régua de suas contas. Significa que o Estado não pode proteger seu território nem cuidar de seu povo, se sua casa contábil não estiver arrumada.

Esta crônica quer duelar com essas convicções ‘familiares’.

As contas do Estado são mais complexas que a conta do almoço. Imagine uma situação de guerra. A Alemanha invade a França. Usando uma linguagem econômica, o Ministério da Fazenda alega que não tem dinheiro, ou seja, deixe a Alemanha invadir. Sairá mais barato deixar invadir que resistir.
O argumento de defesa de alguns leitores será eloqüente. Estamos falando de guerra e isso não autoriza outras despesas estatais.

Certo, ponto para esse esses eleitores. Isso merece uma reflexão, no entanto. Apenas em situação de guerra ficaria o Estado livre para fazer gastos?

Temos que proteger o país de outros ‘invasores’, mesmo em tempos de paz. Sabemos que a Amazônia tem tamanho considerável e subsolo rico. Se o Estado brasileiro não se instala lá, outros o farão. Devemos ‘guerrear’ para defender essa riqueza e tal operação custa caro. Capaz da Europa, sem a Rússia, se agasalhar toda lá.

Não se pode levar ao esquecimento as guerras internas entre o Estado e o crime organizado. Financiar as operações de segurança pública significa entregar os lugares brasileiros, das cidades e dos campos, aos brasileiros. O criminoso não pode tomar para si o que é de todos e combatê-lo, igualmente, custa caro.

Não podemos abandonar a fauna, a flora e a totalidade de nossos biomas. É uma guerra de gestão pública contra a dilapidação do patrimônio natural, adubo da sustentabilidade. Em território imenso como o brasileiro, essa guerra é dispendiosa.

Mas devemos também enfrentara as epidemias, as doenças crônicas, os tratamentos dos doentes. Somos 200 milhões e isso, êpa!, custa caro.

Nem chegamos à educação, ao desenvolvimento urbano ou à agricultura. Muitos economistas se contrapõem ao subsídio da agricultura. Para eles, devemos largar de mão os negócios que não são economicamente sustentáveis. Nós teríamos, esta é a real, a única agricultura do mundo sem subsídio. Por pouco tempo, obviamente.

Por essas e outras razões, estamos a declarar que o esforço para combater o gasto público tem seus limites. O Estado brasileiro vai gastar. Como o Brasil é grande, vai gastar muito.

Você não pode condenar a despesa pública apenas para gastar menos, porque isso é uma anomalia intelectual. Há despesas desnecessárias feitas pelo Estado e que poderiam ser cortadas, mas há, em maior número, políticas públicas necessitando de dinheiro. Se há condições, deve-se melhorar, exemplificadamente, a educação, a saúde, a segurança e fazer outras despesas em diálogo com o futuro, como em ciência e tecnologia. Se algo para cortar, mais há para se gastar.

Aí, nós temos que saber se a dívida pública é tão influenciada pela despesa quanto parece. Vamos demonstrar que ela é mais influenciada pelo crescimento econômico. Se o país cresce, a dívida cai; se o país não cresce, a dívida sobe. A variável ‘despesa’, na análise de médio prazo, torna-se irrelevante.
Fomos buscar dados da Secretaria de Orçamento Federal e do Banco Central do Brasil para o desenvolvimento dessa tese. Não há um único dado na exposição adiante que não seja público.
Em 2002, a Dívida Líquida atingiu 50,5% do PIB e, em 2008, ela estava em 34,3%. A despesa da União em 2002 foi de R$ 440 bilhões e atingiu R$ 920 bilhões em 2008 (despesas nominais).

A partir do ano 2000, até 2016, tivemos 03 grandes crises disruptivas da dívida líquida (analisar a nossa posição fiscal pela dívida bruta é injustificável. É desconsiderar o efeito para a estabilidade, por exemplo, do enorme estoque de dólares - é a maior parte da diferença entre dívida líquida e bruta - que consta em nossas reservas e que compõe a dívida bruta).

De 2000 para 2001, a dívida líquida subiu de 40,5 para 48,5% do PIB.
De 2008 para 2009, a dívida líquida subiu de 34,3% para 40,9%.
De 2015 para 2016, a dívida líquida subiu de 35,6 para 46,2%.

Não é objeto destes comentários, pois já foi de outros posts, mas um observador atento percebeu que a dívida líquida de 2001 para 2016 caiu de 48,5 para 46,2% do PIB, para espanto absolutamente desestabilizador do discurso do ‘caos fiscal’ ora na moda. Voltemos à pauta.

Para a correta associação de causalidade, em 2001, a economia cresceu 1,4% e a dívida líquida subiu de 40,5 para 48,5% ; em 2009, a economia caiu (- 0,1%) e a dívida líquida subiu de 34,3 para 40,9%; em 2016, a economia caiu (-3,6%) e a dívida cresceu de 35,6 para 46,2%.

Para consolidação do exercício proposto, imaginemos que, nos anos tomados, o governo resolvesse estabilizar a dívida, ou seja, fazer um esforço fiscal (pleonasmo para cortar despesas) em valores suficientes para manter a dívida estável. Lembremos que esse é o discurso de 9 entre 10 economistas e 9 entre 10 burocratas da área econômica do governo.

Em valores de PIB atual, para que a dívida não crescesse de 2000 para 2001, a redução das despesas necessária seria de R$ 520 bilhões; de 2008 para 2009, de R$ 430 bilhões e; de 2015 para 2016, de R$ 690 bilhões. Esses valores são aproximados e considera o PIB de R$ 6,5 trilhões em 2017 (não se pode desconsiderar o componente taxa de juros, mas a reflexão é válida, no cenário posto, com as decisões monetárias do BACEN).

Para que o leitor tenha uma ideia do que representariam esses cortes, as despesas discricionárias previstas no orçamento da União em 2018 (volume de recursos disponíveis para que a União dê o uso que achar conveniente) alcançam apenas R$ R$ 65 bilhões e as despesas obrigatórias com saúde e educação apenas R$ 150 bilhões. A estabilidade fiscal defendida significaria a eliminação de todas as despesas ‘livres’ da União, das despesas com saúde e educação e, ainda assim, não seria suficiente. Aliás, bem longe disso.

A conclusão 1 é: em período sem crescimento, a dívida cresce, independente do esforço fiscal feito.
Vamos para outra abordagem.

Em 2004, a economia cresceu 5,8% e a dívida líquida caiu de 52,7 para 47%.
Em 2008, a economia cresceu 5,1% e a dívida líquida caiu de 41 para 34,3%.
Em 2011, a economia cresceu 4% e a dívida líquida caiu de 38 para 34,5%.

Em 2004, a despesa pública se manteve inalterada comparada com 2003 (R$ 1 bilhão); em 2008, a despesa pública cresceu R$ 100 bilhões em comparação com 2007 (R$ 1,3 para R$ 1,4 bilhão)e; em 2011, a despesa caiu R$ 50 bilhões (R$ 1,45 para 1,4 bilhão). Esses dados são em valores reais, para dezembro de 2017.

A conclusão 2 é: em período com crescimento, a dívida cai, independente da execução adicional ou não de políticas públicas.

Esses dados demonstram que o componente ‘despesa pública’ chega a ser irrelevante para as contas públicas em período de crescimento e, em períodos de queda do PIB, o governo pode fazer o esforço fiscal que quiser e, ainda assim, a dívida crescerá.

Contra toda essa argumentação, a política pública dominante da União é a fiscal. Despreza-se o papel do Estado para a construção do crescimento.

Os bancos públicos, a Petrobrás, o setor elétrico, as universidades, a iniciativa privada, a burocracia pública e o orçamento podem atuar em conjunto, determinados, incansavelmente, a produzir crescimento.

E o que será tudo o mais, que não produzir crescimento?

Bobagem.