domingo, 26 de janeiro de 2025

Os primeiros dias de Donald Trump

Na última segunda feira Donald Trump assumiu para seu governo. Algumas de suas ações já eram esperadas, para outras havia a esperança de que não as tomasse. Bem, seja como for ele já causa receios e deixa o mundo em alerta. Mas será que ele conseguirá algo se seguir nesse caminho? Entenda no vídeo abaixo.


 

 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

As primeiras ações de Donald Trump

Ele tinha falado de 100 ordens (ou decretos presidenciais) em seu dia de posse, mas elas foram 78. A grande maioria é voltada para dentro, e têm como único objetivo atender interesses dos bilionários estadunidenses. Classe Média e proletariado serão atendidos apenas muito parcamente pelas migalhas que caírem dessa mesa de banquete. No geral sua situação vai se deteriorar ainda mais e Trump tende a perder apoio muito rapidamente. 

Sábado falarei mais sobre isso no canal do Airton Brotto no youtube. 


Imigração e Segurança Fronteiriça

1. Revogação do programa de liberação condicional humanitária para imigrantes.
2. Reativação da construção do muro na fronteira com o México.
3. Implementação da política de “permanecer no México” para solicitantes de asilo.
4. Fim do programa de proteção a imigrantes menores de idade (DACA).
5. Restrição de vistos de trabalho temporário.
6. Ampliação de deportações aceleradas para imigrantes irregulares.
7. Reversão da proibição de deportação para países considerados perigosos.
8. Restrição de concessão de asilo para vítimas de violência doméstica e de gangues.
9. Retomada da separação de famílias na fronteira.
10. Redução da cota de refugiados admitidos anualmente.

Energia e Meio Ambiente

11. Retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre Mudança Climática.
12. Cancelamento de restrições à perfuração de petróleo e gás em áreas protegidas.
13. Revogação de normas de emissão de carbono para veículos automotores.
14. Reativação do oleoduto Keystone XL.
15. Revogação de proteções ambientais para áreas de conservação federais.
16. Extinção de regulamentos sobre poluição hídrica em áreas industriais.
17. Permissão para exploração mineral em áreas indígenas.
18. Cancelamento de subsídios para fontes de energia renovável.
19. Redução de padrões de eficiência energética para eletrodomésticos.
20. Dissolução do Conselho Consultivo de Mudança Climática.

Políticas Sociais e Diversidade

21. Eliminação de programas de diversidade, equidade e inclusão no setor público.
22. Fim da obrigatoriedade de treinamentos de diversidade em agências federais.
23. Redefinição oficial de gênero baseada no sexo biológico.
24. Proibição de financiamento federal para cuidados médicos de transição de gênero.
25. Restrição ao uso de banheiros públicos conforme identidade de gênero.
26. Cancelamento da obrigatoriedade de seguro-saúde cobrir contraceptivos.
27. Redução de políticas de combate à discriminação no local de trabalho.
28. Fim do financiamento para pesquisas sobre equidade racial.
29. Revogação do reconhecimento de identidade de gênero não-binária em documentos oficiais.
30. Cancelamento da proteção de direitos para estudantes LGBTQ+ em escolas públicas.

Saúde e Políticas Públicas

31. Retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS).
32. Revogação da expansão do Obamacare.
33. Redução dos requisitos para planos de saúde de baixo custo.
34. Cancelamento de subsídios para medicamentos de alto custo.
35. Permissão para empresas negarem cobertura de saúde por razões religiosas.
36. Retirada de incentivos para vacinação contra a COVID-19.
37. Fim da obrigatoriedade de máscaras em prédios federais.
38. Dissolução da força-tarefa federal contra pandemias.
39. Cancelamento de regras de segurança para produtos farmacêuticos importados.
40. Eliminação de diretrizes sobre saúde mental no ambiente de trabalho.

Economia e Comércio

41. Cancelamento de tarifas sobre produtos chineses impostas pela administração Biden.
42. Retirada dos EUA de acordos comerciais multilaterais.
43. Redução de regulamentações bancárias para pequenas e médias empresas.
44. Ampliação de subsídios para a indústria de combustíveis fósseis.
45. Extinção de restrições a investimentos estrangeiros em setores estratégicos.
46. Flexibilização de regras de importação de alimentos e medicamentos.
47. Revogação de padrões de segurança no setor de transportes.
48. Redução do salário mínimo federal para contratos públicos.
49. Cancelamento de regulações trabalhistas para empresas de tecnologia.
50. Suspensão de programas de auxílio a pequenas empresas criados durante a pandemia.

Defesa e Relações Internacionais

51. Aumento do orçamento de defesa dos EUA.
52. Reafirmação de sanções econômicas contra o Irã.
53. Retirada de tropas americanas de regiões em conflito, incluindo Síria e Afeganistão.
54. Cancelamento de negociações de desarmamento nuclear com a Coreia do Norte.
55. Suspensão de financiamento para programas de ajuda externa a países africanos.
56. Ampliação da presença militar na Ásia-Pacífico.
57. Revogação do tratado de controle de armas com a Rússia.
58. Fim do programa de reassentamento de refugiados afegãos.
59. Cancelamento do tratado de livre comércio com a União Europeia.
60. Proibição de investimentos em empresas chinesas ligadas ao setor militar.

Justiça e Direitos Civis

61. Redução das diretrizes sobre violência policial.
62. Cancelamento de programas de fiscalização de crimes de ódio.
63. Ampliação do uso de prisões privadas em contratos federais.
64. Restrição ao direito de voto por correio.
65. Reintrodução da pena de morte para crimes federais.
66. Proibição do ensino de “teoria crítica da raça” em escolas públicas.
67. Suspensão de revisões em casos de sentenças longas para réus minoritários.
68. Redução dos programas de reabilitação para presos.
69. Cancelamento de programas de monitoramento policial comunitário.
70. Ampliação das penalidades para crimes de imigração ilegal.

Administração Pública

71. Implementação do programa "Schedule F" para facilitar demissões de servidores públicos.
72. Revogação da política de teletrabalho para funcionários públicos.
73. Redução de orçamento para agências reguladoras federais.
74. Eliminação de normas de transparência de gastos públicos.
75. Ampliação do poder do Executivo sobre agências independentes.
76. Redefinição de critérios para contratação de servidores federais.
77. Dissolução de comissões de supervisão de ações do Executivo.
78. Cancelamento de políticas de proteção a denunciantes dentro do governo.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Putin analisa seu período à frente da Rússia

O trecho da entrevista coletiva dado por Putin ao responder à perdunta do reporter da BBC no final de 2024 é interessante. Interessante porque mostra a mesma questão vista por 2 prismas completamente opostos.

O primeiro está embutido na pergunta do repórter, Steven Rosemberg, e mostra a visão ocidental do problema. Nela vemos embutida a percepção absoluta de problemas, sem observar a relação entre as coisas. Então observam-se retratos e dados sem análise. A percepção de perdas é tida como enorme, sem observar os recursos totais disponíveis, ou até onde se está diaposto a perder por determinada causa.

Da mesma forma vê-se uma guerra somente como a presença de tropas em determinado território, e não como as coisas se desnrolam ali. Também falam da adesão à NATO de países cujas elites são historicamente anti Rússia, e cujas populações não foram consultadas.

Já a resposta de Putin tem uma visão holística da situação, em que há a comparação com o passado, mas não apenas na situação atual das coisas, mas tendo em conta a capacidade de mudança delas. O exemplo melhor é a inflação, em que ele reconhece o problema e diz que ele será enfrentado. Mas a própria relação russa com o mundo também tem esse teor, quando fala de Yeltsin e sua "boa" relação com o Ocidente, em que na primeira lembrança feita pelo russo sobre os desvios ocidentais em que apenas seus interesses eram levados em conta, e em que acordos e as tão propaladas "regras" eram sumariamente ignoradas, então o russo passou a ser pessoa não grata e atacado de todas as formas.

No fim ele ainda deixa claro duas coisas. A primeira é que  a Rússia não irá se submeter aos interesses alheios. Mas eles estão dispostos a conversarem e se relacionarem, desde que seus interesses sejam respeitados, assim como respeitarão os outros.

Se essas coisas irão se concretizar, se se tornarão realidade, ou se tudo não passa de discurso, o tempo dirá. 


🇷🇺VLADIMIR PUTIN:

[Steven Rosenberg, BBC News: Exactly 25 years ago, Boris Yeltsin resigned, transferred power to you, and said, "Take care of Russia." After 25 years, do you believe you have taken care of Russia? Because looking from the outside, what do we see? We see substantial losses in the so-called special military operation that you declared; and we see Ukrainian soldiers in the Kursk Region. You criticise NATO expansion, but there is more NATO now on Russia’s borders: Sweden and Finland. There are sanctions, high inflation, and demographic problems. But what do you think? Have you taken care of your country? ]

"Yes. I believe I have not just taken care of it, but I believe we have stepped back from the edge of the abyss, because with everything that was happening in and around Russia before and since was leading us towards a complete, total loss of our sovereignty.

Without sovereignty, Russia cannot exist as an independent state.

Let me draw your attention to what you said about Boris Yeltsin. Everything seemed fine; they patted him on the back patronisingly, and turned a blind eye when he drank.

He was welcome in all Western circles.

But as soon as he raised his voice in defence of Yugoslavia, as soon as he said that it violated international law and the UN Charter, as soon as he said that striking Belgrade, the capital of a European country, without UN Security Council approval was unacceptable in modern Europe, they immediately started having a go at him, calling him names, saying he was a drunk, and so on.

Do you not remember that?

I have done everything so that Russia can be an independent and sovereign state that is capable of making decisions in its own interests, rather than in the interests of the countries that were dragging it towards them, patting it on the back, only to use it for their own purposes.

I could stop there. But I understand you have laid out the entire set of arguments that seem support your stance.

You mentioned inflation. Yes, there is inflation. We will fight it.

But we also have economic growth. We rank fourth in the world in purchasing power parity. Please share that with your readers.

We are first in Europe, far ahead of the United Kingdom, which, I believe, is not even in the top five.

But we are ready to work with the UK, if the UK wants to work with us.

If not, that is fine.

We will cope without our former WWII Allies."

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Migração na Europa: problema provocado

Texto bastante interessante de Ricardo Nuno. Ele abarca a questão europeia relativa a imigração de forma mais ampla, ainda que siga colocando um foco europeu na mesma. Claro, natural, já que o mesmo é europeu. Também é um avanço, porque a maioria da intelectualidade, e como o próprio Nuno diz, dos políticos do continente, quando tratam da questão, o fazem de forma superficial e enviesada, na busca de preencher claras lacunas deixadas pelo modelo político-econômico que defendem, e que se negam a tratar dema forma séria que tais lacunas exigem.

Sim, ele mostra algumas mazelas mais graves causadas pelas potêncais Ocidentais, entre elas as europeias, nos chamados países periféricos. Mas essas só ocorrem quando as mais leves, que se dão nas várias formas de interferência político/diplomáticas em assuntos internos desses países, não funcionam. 

Todas essas interferências têm por fim o acúmulo de riqueza por parte da elite Ocidental, sem necessariamente criar o "jardim" citado por Stoltenberg (ex-Secretário Geral da NATO). Mas qualquer dessas interferências criam pobreza e caos nas nações em que elas são aplicadas. Basta ver o que acontece atualmente em alguns países próximoa à Rússia, e onde suas populações se recusam a aderir às pautas atlanticistas. Golpes brancos e tentativas de revoluções coloridas (quando os golpes não funcionam) emergem do nada, criando caos e problemas sócio-econômicos. 

Sim, guerrilhas e guerras são sintomas mais claros e fáceis de detectar, mas a emigração nesses países ocorre pelas relações desrespeitosas, irresponsáveis e ilegais praticadas por essas potêncais em todos os níveis.

Querem tratar do sintoma, não curar a doença

✍️ Ricardo Nuno Costa  @ricardo_nuno

Vejo como agora muita gente quer resolver o problema da imigração com medidas drásticas, mas inconsequentes. Os vários processos migratórios para o continente europeu são ancestrais e em parte irreversíveis. Claro que as mais recentes ondas, de há umas duas década a esta parte (saídas das guerras ilegais no Afeganistão, no Iraque e suas extensões), não só são negligentes como ilegais, por quem as pratica e as deixa praticar. É normal que o cidadão comum mostre estupefacção com os responsáveis políticos que querem resolver problemas económicos com a importação de mão-de-obra barata, sem olhar às consequências.

O problema com as atuais demonstrações de mal-estar é que os seus organizadores não querem resolver a doença, mas limitar-se a tratar de um sintoma. Como se fosse assim que se resolvesse um problema essencialmente geopolítico, com tudo o que isso acarreta. Sim, o problema da imigração é só um sintoma de uma doença mais grave. Décadas serão necessárias para uma solução holística e cabal, mas é verdade que um primeiro passo tem de ser dado. A expulsão de imigrantes ilegais ou de criminosos forâneos que querem viver às custas dos estados receptores é legítima e necessária.

Como aqui já foi dito, não se pode defender uma coisa e esperar resultados contrários à sua lógica. Alguém ouviu os dirigentes que agora se mostram tão preocupados com a imigração a sugerir uma mudança no modelo económico, que crie as condições para a riqueza nacional, física e não meramente especulativa? Não só não o fazem, como depositam todas as esperanças na sucessão de fugas em frente e concomitante endividamento dentro do sistema neoliberal vigente. Depositam na receita das últimas décadas uma espúria fé de que produzirá resultados diferentes.

Estes actores têm sequer um plano, ou somente querem angariar votos de uma população compreensivelmente descontente? Ao ler o que dizem e escrevem, por vezes dá-me a sensação que muitos deles não podem ser levados a sério, mas beneficiam-se da confusão e sentimento de injustiça de uma parte da população mais emocional do que nunca. Seguramente passarão à história como pequenos bufões próprios de uma época perturbada, de angústia e ansiedade.

Em geral, estes partidos não têm um ideário consistente; limitam-se a defender o status quo, i.e, a hegemonia do dólar, do euro, na economia de casino aquém-fronteiras e na receita neocolonial em África e outras paragens, que cada vez mais se afastam dos europeus com toda a razão. Para colmo, estes malabaristas do carreirismo político, saltitões da charada partidária, apoiam o auxílio ao sionismo no Médio Oriente. Juram que aquela entidade sintética ali colocada há três quarteirões é a “nossa muralha”. Esquecem-se de mencionar o mal que fez àquela região, as guerras que provocou e os milhões de degredados que trouxe para a Europa.

Endividamento financeiro, hegemonia ocidental, belicismo, sionismo e neocolonialismo, tornaram-se num só corpo, notoriamente doente, este neoliberalismo cuja única esperança parecem ser políticas tão apelativas quanto cosméticas. Maquilhar um ou mais dos seus sintomas poderá dar-nos uma sensação de alívio, mas não curará a doença.

domingo, 5 de janeiro de 2025

IMY2 - Going Under

O IMY2 faz excelente cover de Going Under do Evanescence. A voz de Annalise Mahanes impressiona.



 

 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Lavrov expõe contradições Ocidentais

As constatações oscilam entre timidos apoios declarados e de bastidores pelas conversações de paz, e o fato de declararem publicamente o apoio à Ucrânia para que ela alcance vitórias com o fim de ter uma posição mais favorável numa eventual negociação de paz, e ao fato de tropas ucranianas serem treinadas e armadas em território francês.  Apesar disso as contradições são do Ocidente, ainda que o país em questão seja apenas a França.

Explico: a França não é o único dos países ocidentais que age de forma bipolar, apesar de ser um dos mais significativos desses países. O fato é mais notável na França, mas alguns outros países também mostram sinais claros de sua divisão interna, e dos conflitos que suas participações 'veladas" ao conflito no Leste europeu provocam. Mesmo no Reino Unido, que praticamente está numa guerra aberta com os russos, ouvem-se vozes dissonantes da pasmaceira de "enviar tropas", "aumentar apoio a Ucrânia", etc. 

Importante enfatizar que poloneses, alemães, ou os países bálticos, além dos dois já citados, também participam dessa dicotomia doentia. O último a aderir a tal procedimento foi a Moldávia. O pequeno país teve um plebiscito pela adesão à União Europeia, seguido de uma eleição presidencial, em que por pequeníssima margem o lado pró-Ocidente ganhou. O problema é que sobram acusações de fraudes que prejudicaram a oposição, chegando ao po to de uma boa parte do eleitorado, que se acredita seria pró-oposição, ter sido impedida de votar.  Na Romênia as eleições foram anuladas, após um candidato nacionalista ter levado o 1º turno e as pesquisas mostrarem que suas chances de vitória final contra o candidato pró-Ocidente eram imensas. Os motivos alegados para a anulação foram absolutamente patéticos.

E é por isso que eu disse que o país em questão era a França, mas que em maior ou menor grau, oferecendo diferentes serviços, todos sao partícipes de uma pantomima histriônica, onde belas palavras como transparência, boa-fé e democracia frequentemente saem das bocas de seus políticos e elite, mas facilmente são acompanhados de ações concretas em total desacordo com este discurso.




[In December of this year, French President Emmanuel Macron facilitated a meeting between Donald Trump and Vladimir Zelensky in Paris. Do you believe that the American President might support Kiev more than he indicated during his campaign? What are your thoughts on this meeting initiated by France?]

"We have grown accustomed to the numerous initiatives that France frequently announces, conducting various meetings and conferences.

I recall that in December 2015, French President François Hollande unexpectedly declared the urgent need to convene a conference on Libya.

Participants attended, discussions took place for a day and a half, and subsequently, everyone seemingly 'forgot' about it.

Nonetheless, the conference was elegantly broadcast on French television.

Our French colleagues indeed have a penchant for playing a proactive role in addressing various issues.

We welcome this enthusiasm, though I am uncertain about the outcomes of such 'initiatives' and the sincerity of their intentions to play a constructive role.

I will refrain from delving into specifics to avoid any indiscretions.

On several occasions, through confidential channels, we have received messages from our French counterparts offering assistance in establishing a dialogue regarding the Ukrainian issue, excluding Ukraine itself.

This approach contravenes the principle repeatedly emphasised by the West: 'not a word about Ukraine without Ukraine.'

We are open to communication – we are prepared to listen.

However, simultaneously, France emerges as the principal advocate for deploying 'peacekeeping troops' to Ukraine, it trains combat units of the Ukrainian armed forces on its own soil, and it explicitly states the necessity of continuing to 'pound' Russia to ensure Ukraine enters negotiations from a position of strength.

Such contradictory behaviour does not inspire confidence in the initiatives of our French colleagues.

Regarding the meeting associated with the opening ceremony of Notre Dame de Paris, I observed no encouraging signals 'in the picture.'

It seems to me that the focal point of this meeting was indeed the 'picture,' as two politicians and a Nazi racist were photographed against the backdrop of the cathedral.