O anúncio de contratação econômica no Reino Unido é, na melhor das hipóteses, um enorme balde de água fria no governo trabalhista de Keir Starmer, mesmo que a retraçao tenha sido mínima.
Sim, foi apenas 0,1% de queda registrada, só que o país vem com uma economia cambaleante já há alguns anos e para um governo que se constituiu prometendo retomar o crescimento econômico isso é um mau sinal. Se pensarmos que o governo ainda deve cortar gastos sociais para a adequação do orçamento, aí é que a coisa complica ainda mais.
Vamos lembrar que quando um país está em retração econômica, ou com uma economia cambaleante, que é o caso dos britânicos agora, então o governo deve aumentar os investimentos para acelerar a economia. O contrário também é verdadeiro, e quando um país apresenta uma economia extremamente aquecida, então o governo deve retirar investimentos de forma a diminuir um pouco o ritmo econômico e distorções que uma economia muito aquecida também pode apresentar.
Ou Keir Starmer e sua equipe revêem os cortes que pretendem fazer, ou o mais provável é que joguem o país numa recessão séria, de onde será mais difícil sair, e mais um governo será trocado nas ilhas.
"É a economia, estúpido."
E não, o Brasil está longe de apresentar uma economia aquecida a ponto de causar distorções. Os problemas brasileiros são causados por distorções prévias, ligadas à falência produtiva do país, à excessiva dolarização da economia - maior parte do que se consome, ou vem de fora, ou está ligado à exportação, e a um leve aumento da ocupação dos trabalhadores, o que provoca aumento na massa salarial (não dos salários em si), expressão nas contas externas.
O remédio para o Brasil sair desses surtos de inflação sem demanda é investir no setor produtivo, colocando o financeiro em seu verdadeiro lugar de financiador da produção, não controlador dela.
Queda surpreendente do PIB britânico em janeiro intensifica pressão sobre o governo
Nos próximos dias, o governo deve anunciar vários cortes orçamentários, em particular na área social, para equilibrar as contas públicas.
O PIB britânico registrou contração de 0,1% em janeiro, segundo dados oficiais publicados nesta sexta-feira 14, o que intensifica a pressão sobre o governo trabalhista a poucos dias de anúncios de cortes orçamentários.
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