quarta-feira, 7 de maio de 2025

A farsa da redemocratização e o assalto a mão armada ao povo brasileiro

Normalmente costumo fazer alguns comentários a textos que trago aqui, mas no caso desse texto de Wellington Calasans isso é absolutamente desnecessário, seu texto é completo e perfeito. 

 

 O INSS E O COLAPSO DA REDEMOCRATIZAÇÃO

A falência da "redemocratização" no Brasil está com as vísceras expostas. O escândalo do INSS, símbolo de um sistema corroído, revela como a impunidade se tornou regra, consolidando um "novo normal" em que instituições são ocupadas por interesses criminosos.

Há uma acelerada erosão dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição, como a igualdade perante a lei, liberdade e segurança. As instituições brasileiras estão falidas.  

A frase "com o Supremo, com tudo" sintetiza essa captura, onde o Estado é ocupado por corruptos que ignoram a responsabilidade de proteger direitos individuais, agem em causa própria, minando a soberania popular e, por consequência, a soberania nacional.  

A suposta "Terceira Via" tenta mascarar a homogeneidade de um sistema político dominado por figuras como FHC, Collor, Temer, Lupi, Lula, Bolsonaro e tantos outros. A defesa mútua ecoa a lógica de "escapar fedendo". 

A "redemocratização" é caracterizada pela completa ausência de ideologia política, projeto de nação e pela perpetuação de um revezamento de bandidos no poder. 

Enquanto isso, políticas públicas e leis ignoram as aspirações dos cidadãos e reforçam uma desigualdade estrutural. Uma casta que ocupa o poder goza de privilégios, transfere as riquezas para grupos econômicos e sustenta um discurso cínico de "defesa da democracia".  

O Estado brasileiro, que deveria garantir direitos civis como liberdade de expressão e segurança, criminaliza a população. O cidadão é punido até por exigir transparência eleitoral ou reagir à crise na segurança pública, enquanto bandidos e traficantes são privilegiados. 

Essa inversão de valores, alinhada à tradição histórica de manutenção de uma "elite política", revela um pacto de diferentes elites que tratam o país como território a ser disputado, não como uma nação a ser governada.  

A crença na existência de uma democracia funcional persiste mesmo diante de evidências de sua falência. A população brasileira é coagida a aceitar um sistema que reprime dissidências, seja por medo de retaliação ou por alienação. 


A "redemocratização" brasileira, longe de restabelecer soberania, serviu para consolidar um modelo neoliberal que esvazia a representatividade, enquanto os "adestrados" repetem narrativas de normalidade para não serem "cancelados".  


O Brasil enfrenta um risco existencial ao normalizar a corrupção e a inércia institucional. A defesa de políticas públicas inclusivas e a revisão do sistema político, que transformou partidos em máquinas de poder e corrupção, são urgentes. 


O caso de corrupção no INSS é apenas um dos tentáculos desta falsa democracia brasileira. O povo, abandonado à própria sorte, precisa reconhecer que a luta por direitos civis, sociais e políticos não é apenas teórica, mas uma questão de sobrevivência nacional. 


Sem transparência e participação popular, a "redemocratização" seguirá como uma fachada para o caos. E como sabemos, o caos não tem dono.

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