Pessoal, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou mais um cessar-fogo unilateral com os ucranianos. Dessa vez a parada nas hostilidades ocorrerá por 3 dias, de 8 a 10 de maio, e se dará pelas comemorações do Dia da Vitória, que é como eles chamam o dia em que venceram as tropas alemãs na Segunda Guerra Mundial. Apesar de a parada das hostilidades ter sido definida de forma unilateral pelos russos, Putin promete retaliações fortíssimas, caso os ucranianos quebrem o cessar-fogo. Moscou também se disse pronta a iniciar negociações diretamente com Kiev, e sem pré-condições.
A resposta da Ucrânia foi de Andrii Sybiha, o Ministro das Relações Exteriores ucraniano, que disse que se Putin quer a paz deve cessar-fogo imediatamente, e não aguardar o dia 08 de maio. Já a Casa Branca se posicionou através da Porta-voz da Presidência, Karoline Leavitt, que disse que o Presidente Donald Trump quer um cessar-fogo permanente, um avanço realmente efetivo, e voltou a ameaçar deixar as negociações, caso algo assim não se concretize.
O problema todo se resume a duas condições principais. Primeiro, os russos demonstraram enorme boa vontade há pouco mais de 3 anos, quando tinham cercado Kiev, mas retiraram suas tropas atendendo aos apelos por negociações, e que abandonar a capital ucraniana seria um gesto de boa vontade. Sabemos como terminou. O outro ponto é que sabemos que Dmitry Medvedev afirmou ano passado que os russos tomariam toda a Ucrânia.
Não descarto a ameaça de Medvedev, mas os últimos movimentos diplomáticos russos dão a entender que eles já podem estar próximos de uma situação que lhes seja suficiente. Além disso há pressões internas e externas pelo fim das hostilidades. Elas ainda não acabaram por 3 motivos. O 1º é que perto não significa ter atingido os objetivos. O 2º é que também há pressão e apoio ao prosseguimento do conflito, principalmente por parte dos europeus e de Kiev. O 3º é que os próprios americanos parecem muito mais estarem buscando os próprios interesses do que o fim do conflito.
Ou seja, a pressa americana não se traduz em avanços porque objetivos ainda não foram alcançados, ainda há munição a ser disparada, e ainda que vencendo, a Rússia ainda não venceu. Seja pelo sufocamento da Ucrânia, seja pelo aumento da pressão pelos russos, a solução deve vir do campo de batalha.
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