terça-feira, 14 de outubro de 2025

Paz em Gaza deve ser de curto prazo

Pessoal, no fim de semana de 3 e 4 de outubro tivemos muitas manifestações contra o massacre que acontece na Faixa de Gaza. Foram milhões de pessoas nas ruas. Só em Amsterdam foram cerca de 250000 pessoas protestando, ou 25% da população. Mas os protestos não foram limitados aos Países Baixos. Na Itália centenas de milhares de pessoas também tomaram as ruas, em Bruxelas, no Reino Unido, Espanha, além de outros países europeus. E até no EUA tivemos manifestações, além de vários países do Sul Global, como Brasil, Colômbia e vários países africanos e asiáticos. 

Talvez este tenha sido um dos motivos para o Presidente estadunidense ter pressionado o PM israelense para chegar a um acordo de paz em Gaza. Um motivo, porque temos outros, entre eles o fato de terem falhado pateticamente em decaptar outras lideranças palestinas, ou o fato de estarem num atoleiro há 2 anos, em que já perderam alguns milhares de soldados, equipamentos, liberaram apenas 2 reféns em ações bélicas, mas não estão nem perto de acabarem com os grupos de resistência, ou com seus túneis, e nem foram capazes de encerrarem as linhas de abastecimento deles, tudo isso à custa de mais de 100000 civis mortos em Gaza, seja por bombardeios, assassinatos frios, ou pela fome, e esse quadro apenas demonstra o fracasso. 

Mas apesar dos acordos que já começaram a ser assinados, Israel parece não os estar cumprindo, e há várias denúncias de bombardeios sobre as regiões de Gaza. A tendência é que Trump falhe mais uma vez em impor uma paz, e de forma gritante, porque impõe um cessar-fogo, mas não move um músculo no sentido de resolver os motivos que deram início ao conflito. O problema é que sem a solução das reais divergências, não dá para esperar paz verdadeira, muito menos duradoura. Isso se expressa na continuação dos bombardeios. Paz não é um pedaço de papel assinado, é uma realidade vivida por povos.

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