quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

2021 NA PROA!

Assim gritam os marinheiros a bordo.

Que o ano que chega esta noite traga a todos mais do que esperanças de dias melhores, traga realizações.

Que a vacina que chega com ele traga mais do que possibilidades, traga ações e concretudes.

E que a década que hoje termina (que foi mais uma década perdida para os brasileiros), fique para a história, e acabe efetivamente hoje.

Mudanças não são imediatas, mas elas precisam ter um início. 

Que esse início seja 2021.

FELIZ 2021 A TODOS(AS)! FELIZ DÉCADA DE 2020!

São nossos mais sinceros votos!


quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Ciro Gomes - A Crise Política

O título dessa postagem é exatamente o mesmo que foi usado na publicação no Youtube pelo Instituto de Estudos Avançados da UNICAMP. É longo, mas vale a pena ver, porque todos são temas que precisam ser debatidos e pensados pela população brasileira. Então, se nada de desastroso acontecer nesse restinho de um já desastroso 2020, só teremos uma postagem de bons votos de Ano Novo. 

Concorde você ou não, muito do que importa para a vida de todos está aí.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Ciro Gomes e André Lara Resende no Diálogos do MyNews

Excelente conversa entre Ciro e André no programa Diálogos do canal MyNews. Além da excelente participação dos dois convidados, a âncora e apresentadora Mara Luquet, que atuou exatamente da forma que eu entendo que um apresentador deve se atuar, ou seja, ela serviu como elemento de ligação, e em alguns momentos provocador, mas sem entrar em polêmica direta com os convidados. Entendam, se você convida alguém para um debate com outro convidado, não cabe ao jornalista tomar partido, ainda que ela tenha "elogiado" Ciro em alguns momentos. Se o programa é de entrevistas, aí então é que esse procedimento não tem cabimento.

Mas se o jornalista quer dar sua opinião sobre determinados assuntos, então que ele faça uma coluna, como é o caso da Mariliz, que mantém uma coluna no mesmo canal.

De resto vale muito a pena assistir ao Diálogo entre Ciro e André. Além de demonstrarem conhecimento sobre o país, também vêm boas saídas para o mesmo.

E espero que o Canal não venha a apagar o vídeo aqui, e aproveito para convidar a assistirem a alguns programas deles.

"-Mas eles são liberais".

Sim, eles são, e eu não concordo com tudo o que é dito, o que não significa que não deva ver, e ainda menos que não me façam pensar.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Natal do Covid

Antes de tudo um Feliz Natal a Todos e Todas!

Mas apesar da época festiva e que leva as pessoas a se encontrarem, se congraçarem, e que costuma despertar ótimos sentimentos na maioria das pessoas, não custa lembrar que precisamos nos resguardar, porque queremos que esse, ainda que não seja o Natal ideal, não seja o último. Queremos que todos e todas possam comemorar o Natal do próximo ano também.

Sei das dificuldade de resistirmos a esses impulsos, mas tentem restringir ao máximo o grupo com o qual irão congraçar neste Natal, para que possamos congraçarmos com muito mais gente no próximo ano.

E mais uma vez Feliz Natal, que mais do que tudo é uma festa religiosa, e portanto, interior.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

As confusões bolsonaristas e o desvio de atenção

Bolsonaro vem subindo o tom outra vez. Ele está certo de ganhar a Presidência da Câmara, e também do Senado, tudo graças ao apoio do chamado centrão, e se isso acontecer, nada o impedirá de adquirir a estabilidade necessária, não só para chegar ao fim do mandato, mas também para blindar seus filhos e a si mesmo, e talvez até para tentar aprofundar suas ambições ditatoriais.

Sim, o que digo não está errado, porque não há necessidade primeira de um apoio incondicional das Forças Armadas para isso, ainda mais se eles se mantiverem 

Mas mesmo que não consiga conquistar as ambições acima, e vejam que são todas de cunho estritamente individuais, e nada têm a ver com bem-estar da população ou desenvolvimento do país, ainda assim desvia as atenções do mais nevrálgico que existe atualmente para Bolsonaro, sua família, e até seu governo, que são as acusações de corrupção miúda, mesquinha, que todos vêm praticando há anos durante seus mandatos.

Vejam, enquanto ele ataca vacina, segue defendendo medidas contrárias às recomendações científicas, pautas contra as minorias, tenta colocar setores complementares da sociedade uns contra os outros, praticamente todos se esquecem de cobrar explicações pelos vários crimes que ele e seus filhos cometem diuturnamente, e há tempos.

Crivella preso

O Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi preso hoje, em cumprimento a mandato expedido pela Desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita. Segundo a Desembargadora, mesmo a poucos dias do fim do mandato, a prisão se justifica devido ao risco de maiores danos ao erário público, e a continuidade da prática de crimes, que foram cometidos durante todo o mandato, e que teriam sido planejados ainda durante a campanha eleitoral de 2016.

Realmente não acompanho com tanto afinco as movimentações no Rio de Janeiro, mas algumas coisas me soam estranhas, e não por parte da Desembargadora em si, mas de todo o processo.

Senão vejamos: até onde sei, nenhuma nova denúncia foi adicionada a já longa lista de delitos atribuídos a Crivella e parte de sua equipe, sem contar prevaricação e desvio de finalidade que cometeu em vários momentos de seu mandato. Em termos de dinheiro fala-se de R$ 6 bilhões, inclusive com provas materiais, como a movimentação do dinheiro, etc. Mas como disse, até onde sei, todas as denúncias já existiam, e já estavam devidamente incluídas no processo de investigação, inclusive com provas e depoimentos.

Aí tenho a primeira pergunta: por que esse mandato, ou seu pedido, só foi emitido após passadas as eleições municipais? Por que Crivella não foi afastado antes da Prefeitura do Rio? 

Entendo que ele tinha sido proibido de participar da eleição, mas uma decisão judicial superior o recolocou no pleito, mas a questão aqui não é a Justiça se envolver ou não na política, mas apresentar constantemente pesos e medidas distintas para casos parecidos.

Outro ponto é a decisão monocrática da Desembargadora. Não li o pedido, nem a decisão da magistrada, mas o afastamento de um Prefeito, mesmo que em reta final de mandato, me parece que deveria ser tomado por colegiado, até para evitar erros, e também para evitar abusos (volto a repetir, não me parece ser o caso, até porque têm sido demonstradas provas dos desvios cometidos).

Mas o fato de que não tenha havido abuso ou erro, não significa que não venhamos a tê-los em outras oportunidades, então me parece que seria importante o Congresso se mobilizar e legislar sobre o afastamento de Prefeitos e Governadores. 

De qualquer forma não posso comemorar o ocorrido, seja porque foram cometidos crimes contra o povo carioca, seja porque vários eram previsíveis pelo discurso de Crivella. Além do mais, o fato de que se deva punir desvios, não significa que isso seja motivo de comemoração.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Covid-19 no Brasil

Nas últimas semanas o país perdeu mais alguns milhares de pessoas. Pais, mães, filhos, irmãos, primos, amigos, todos indispensáveis nas vidas de suas famílias e amigos. Também perdemos pessoas que entraram em nossas vidas, mesmo que nós não as conhecêssemos pessoalmente. Essas pessoas são os artistas, que nos trouxeram amor, alegria, tristeza, raiva, o riso, o choro.

A "gripezinha" já levou mais de 186.000 de nossos compatriotas, e vai passar facilmente dos 200.000.

Enquanto isso vemos um presidente que politiza a epidemia, as ações para minorar seus efeitos, e ainda faz de tudo para boicotar e sabotar essas ações.

Mas era o mesmo sujeito que dizia querer matar 30.000, e que disse que sua "especialidade é matar". 

E nesse quesito ele demonstrou ser bem eficiente, até porque age praticamente sem resistência.

O problema é que enquanto se discutem suas sandices, e nada fazem de efetivo contra elas, outros crimes cometidos por ele e seus filhos são colocados de lado. E a esses crimes se faz vista grossa, enquanto quem paga são os brasileiros, cada vez mais com suas vidas.

Lamentamos muito essas perdas, e lamentamos ainda mais porque elas não pararão por aqui.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Que entrevista interessante

Nascido na Polônia, fugiu do Nazismo quando pequeno, o luso-brasileiro André Jordan deu uma ótima entrevista ao portal sapo.pt. Vale a pena uma lida, que relembra momentos interessantes das Histórias de Portugal e Brasil, além de divulgar seu livro "Uma Viagem Pela Vida", que justamente fala da tragetória de Jordan, de seus contatos em altas esferas, e das dificuldades que teve ao investir em turismo em Portugal.

Achei uma entrevista interessantíssima, que vale a pena a leitura. O link para a entrevista completa no título abaixo.




ANDRÉ JORDAN: "PORTUGAL MUDOU MUITO, OS PORTUGUESES NÃO MUDARAM NADA"

29 nov 2020


Chegou a Portugal há 50 anos, mas antes deu a volta ao mundo, entre a fuga aos nazis e à guerra e o encontrar um caminho. André Jordan é conhecido pelo turismo de qualidade, mas a sua vida é muito mais do que isso.

É luso-brasileiro, mas foi na Polónia que nasceu, exatamente no ano em que Hitler assumiu o poder na vizinha Alemanha. Morou em Paris, Buenos Aires, Nova Iorque e Rio de Janeiro, mas escolheu Portugal para viver.

E foi no empreendimento que idealizou e promoveu no Algarve, a Quinta do Lago, que conheceu, sem aviso, o presidente polaco Lech Walesa, que acabaria por ser o impulsionador da viagem que o fez regressar casa - mas nunca teve coragem e visitar os campos de concentração criados pelos nazis.



quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Ciro Responde

Na semana passada fiz algumas considerações sobre as posições de Ciro, e algumas sugestões também. Pois bem, parece até que a coisa foi combinada, mas em sua live, quando respondia a perguntas de apoiadores, e também de detratores, ele não apenas respondeu a uma série de outras perguntas, mas também se posicionou exatamente da forma que eu descrevi, e também respondeu à sugestão de se aproximar mais da população.

Genialidade?

Não, apenas lógica.

E claro, Ciro mostra que está atento ao que se passa.

Quanto ao vídeo vale dar uma olhada.



terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Cangaço vive

Chegou a Portugal o problema de pequenas e médias cidades brasileiras, que se vêm ameaçadas pelo chamado "novo cangaço". É verdade que os casos ocorridos no início de dezembro em Santa Catarina, e no dia seguinte no Pará, levaram o problema a se tornarem de interesse nacional, e como se pode ver abaixo, internacional.

Mas o problema não é novo, e tenho conhecimento desse tipo de ação a pelo menos uma década. Ouvia casos em cidades pequenas.

Mas claro, seria demais que nossas autoridades fizessem algo contra isso.

É o cangaço Séc XXI. Mas se foi para a coisa ficar assim, por que mataram Lampião e Maria Bonita?

Cangaço moderno. Onda de assaltos aterroriza cidades inteiras no Brasil

No intervalo de 24 horas, em Criciúma, no sul do país, e em Cametá, no norte, dezenas de criminosos fortemente armados roubaram bancos e fizeram quem circulasse nas ruas de reféns. "São muito mais organizados do que o estado", acusa especialista


Na terça-feira, dia 1 de dezembro, os bares do centro da cidade brasileira de Cametá encheram-se, como sempre nas noites de futebol na televisão, mesmo na pandemia. Desta vez, o jogo estendeu-se até quase de madrugada porque Flamengo, do Brasil, e Racing Avellaneda, da Argentina, precisaram de desempatar o duelo dos oitavos-de-final da Taça dos Libertadores através de grandes penalidades. Mas, de repente, uma chuva de tiros disparada por dezenas de encapuzados chegados na escuridão em carros e motos substituiu a emoção dos penáltis pelo pânico generalizado.

Durante mais de uma hora e meia, a quadrilha, que visava assaltar uma agência do Banco do Brasil nas imediações, fez os clientes de um bar de escudo humano na troca de tiros com a polícia. Um deles, Alessandro Jesus Lopes, que trabalhava como animador de farmácia, acabaria morto. "Os bandidos bateram muito na gente", queixou-se um dos reféns em áudio disseminado na internet, "mas felizmente acabou, largaram-nos na estrada e acabou", contou outro sobrevivente.





segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Falsificação de assinaturas

Foi divulgado que o Ministério da Saúde enviou para o STF um plano de vacinação nacional, de acordo com o solicitado pelo órgão máximo da Justiça Brasileira. Também foi divulgado que o plano contava com a assinatura de médicos especializados nesses processos, e que vários deles negaram conhecimento do documento, e mais, qualquer participação ou assinatura na elaboração e avalização do mesmo.

Vamos resumir isso; a se confirmar essas denúncias: É CRIME!

E não importa se os criminosos serão ou não condenados pelo Judiciário Brasileiro, porque uma coisa é a Justiça, outra é a natureza de uma ação. Um crime pode ou não ser punido pela Justiça, mas o fato de que não haver punição não descaracteriza a prática criminosa.

No Brasil há uma enorme e urgente necessidade de pararmos de aceitar crimes sob a pecha de movimentos políticos.

Abin e Flávio Bolsonaro

Entendam uma coisa, ou Flávio Bolsonaro é um político, que já exerceu o cargo de Deputado Estadual, e agora é Senador da República, ou ele é filho do Presidente. Não dá para adaptar as condições de acordo com os interesses de momento.

Sendo assim a Abin jamais faria relatórios favoráveis para outros Senadores ou Deputados do país, ainda mais se fossem eles da oposição.

Então isso é desvio de função, apropriação do Estado, e uma série de outros delitos num só ato.

Mais alguns crimes cometidos pelo Presidente, tanto comuns, quanto de responsabilidade.

E daí?

Sim, e daí? Porque a verdade é que dificilmente se fará algo realmente efetivo contra todos esses abusos e desvios, porque Bosonaro não comprou a base necessária para passar seus pacote de maldades (ou esse pacote é de Guedes?) contra o povo brasileiro, já que essas passam com a voluntariosa contribuição de forças que dizem ser oposição ao Governo.

Mas Bolsonaro comprou a base necessária para blindar sua permanência no cargo, independentemente do que faça ou deixe de fazer.

Acontece que os ventos começam a soprar com mais força contra o Governo, afinal de contas, agora não teríamos mais uma eleição popular. Resta saber se a solução que passa ao largo da participação do Congresso será aceita pela parte armada do Governo?




domingo, 13 de dezembro de 2020

Análise de Henry Bugalho

A análise de Henry Bugalho sobre Ciro Gomes e suas posições são bastante corretas. E faço apenas quatro adendos, nenhum deles como forma de crítica à análise do youtuber, mas apenas para aprofundar um pouco a discussão.

O primeiro adendo é que Ciro nunca foi um revolucionário de extrema esquerda, disposto a destruir o Capitalismo, mas sempre se mostrou um reformista, alguém que quer amenizar as contradições do modo de produção, e dar um caráter mais humano e menos predatório ao sistema. Isso foi chamado de Social-democracia, e foi convencionado ser de esquerda. Ciro já se definiu assim, e o próprio Henry Bugalho também.

Segundo ponto é que Ciro nunca enganou ninguém quanto a isso. Ele já dava entrevistas defendendo o procedimento de aliança da centro-direita, centro e centro-esquerda logo após deixar o Ministério da Fazenda, fez isso no início dos anos 2,000, fez durante os governos do PT, e segue fazendo. Se ele vai conseguir não se sabe, mas é um caminho interessante, não por ir pelo meio, mas por propiciar um crescimento real das classes menos favorecidas, e médias.

O terceiro é que Ciro precisa ter cuidado com essas alianças. Já disse isso aqui, mas não custa repetir: as forças que Ciro tem buscado, seguidamente têm se alinhado com interesses da extrema-direita e da direita-extrema, e quase nunca com esses interesses reformistas. Talvez ele consiga esse acordo, embora eu duvide, porque apesar de conversar seguidamente com os líderes dessas correntes políticas, eles têm apoiado reformas que estão na contra-mão das propostas de Ciro, e acredito até que possam vir a apoiar o pdtista numa eleição, mas dificilmente manterão palavra nas reformas defendidas por ele.

Por último é interessante que Ciro realmente se engaje em seu projeto eleitoralmente. As universidades e associações de classe são importantes, mas ele precisa se aproximar mais do povo, das comunidades mais carentes, porque só assim ele conseguirá reverter seu quadro de 12% de eleitores.


sábado, 12 de dezembro de 2020

The Three Tenors LONDON 1996 (FULL CONCERT)

Os Três Tenores. Um dos mais festejados concertos já realizados. Jose Carreras, Luciano Pavarotti,  e Placido Domingo juntos. Três das maiores vozes da época, numa apresentação que entrou para a história.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Nada é perfeito, pratica e teoria são diferentes

A União Europeia briga em torno de um projeto de retomada vigoroso da economia do continente, ou de um aprofundamento da recessão causada pela crise sanitária do Covid-19.

Vejam, os governos dos países desenvolvidos mantêm políticas pesadas de subsídio de suas economias, seja através de isenções fiscais, seja através de financiamentos disfarçados de encomendas governamentais. Isso é praxe. 

Mas quando suas economias entram em receção, aí eles aumentam ainda mais a transferência de verbas para a economia, como forma de promover o reaquecimento econômico.

Porque não existe economia avançada, forte, e nação desenvolvida, que sobreviva sem interferência e apoio governamental.

Mas sempre tem aqueles que confundem o discurso ideológico liberal, com as práticas do dia a dia, que não costumam refletir o discurso nas nações mais desenvolvidas. Isso se expressa abaixo.

União Europeia dá até amanhã a Hungria e Polónia para levantarem o veto

"Precisamos de sinais claros da Hungria e da Polónia hoje ou amanhã, o mais tardar. Se não os tivermos provavelmente teremos que ir para o cenário 'B'"

Os governos da União Europeia vão ativar o plano para lançamento do fundo de recuperação europeu sem a Hungria e a Polónia, caso os governos destes dois países não deem "sinais claros" da sua vontade em suspender o veto ao pacote orçamental nas próximas horas, o mais tardar até terça-feira (8).

Segundo fontes europeias consultadas pela agência Europa Press, o cenário central é que Budapeste e Varsóvia finalmente concordem em desbloquear o orçamento da UE para os próximos sete anos e o plano anti-crise de 750 mil milhões de euros, mas esta medida deve acontecer em breve ou o resto dos Estados-Membros "provavelmente" ativam uma alternativa para ir em frente sem eles.

"Precisamos de sinais claros da Hungria e da Polónia hoje ou amanhã, o mais tardar. Se não os tivermos provavelmente teremos que ir para o cenário 'B'", indicaram as mesmas fontes, numa uma semana chave para o futuro do fundo europeu.

A Hungria e a Polónia continuam a rejeitar o mecanismo que liga o desembolso da ajuda europeia ao respeito pelo Estado de direito, considerando que é arbitrário e, em protesto, recusam-se a ratificar o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) e os 750 mil milhões para relançar a economia .

A Comissão Europeia já está a explorar as opções jurídicas que permitiriam a concretização do fundo europeu sem a aprovação destes dois estados membros, incluindo um sistema de garantias para que Bruxelas possa emitir dívida semelhante ao instrumento contra o desemprego (SURE), um acordo intergovernamental como aquele apoiado pelo Mecanismo de Europeu de Estabilidade (EMS) ou um sistema de "cooperação reforçada" que permite que os países que não querem participar sejam contornados.

Em qualquer caso, o que é "desejável" em Bruxelas é que Budapeste e Varsóvia se juntem aos restantes parceiros e retirem o seu veto, porque, de outra forma, poderiam ser feitos progressos com eles no que diz respeito ao fundo de recuperação mas não com o orçamento comunitário, que continuaria bloqueado.

Nesse cenário, a UE seria forçada a estender o orçamento de 2020 e aplicar um sistema em que apenas um duodécimo das contas deste ano pode ser gasto a cada mês. Além de conduzir a cortes significativos (que Bruxelas cifra em até 30.000 milhões de euros), isso significaria que os pagamentos não poderiam ser autorizados para todos os programas europeus para os quais a base jurídica deve ser renovada, o que afeta itens como a Política de Coesão , o novo programa Saúde e Erasmus.

Além disso, impediria o bloco de se comprometer com uma meta mais ambiciosa de redução das emissões de gases de efeito estufa até 2030, que pretende fixar em pelo menos 55%, pois bloquearia também o Fundo de Transição Justa, um dos principais instrumentos do a UE para cumprir seus objetivos climáticos





terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Pitacos, mesmo que atrasados

Moro na empresa que defende acusados da Lava-Jato

Muita gente já disse. e é apenas mais uma do "juiz honesto", depois de ter virado Ministro do ganhador de eleição, na qual ele prendeu o principal concorrente do vencedor sem nenhuma prova.

Compra essa honestidade quem quer, mas que ela vem com defeito de fábricação; vem.

Meninas assassinadas

As polícias cariocas deveriam fazer uma investigação realmente séria e profunda, colher provas robustas, e mandar para a Justiça julgar com imparcialidade, e punir os culpados com rigor. Mas não acredito que se encontrem as provas, e muito menos que os responsáveis sejam punidos.

E não falo isso por serem eles policiais ou não, porque não faço ideia de quem tenha atirado.

E numa polícia mal preparada, mal remunerada, mal equipada, e mal utilizada, a incompetência se torna história, ainda mais quando as vítimas são pobres.

A reeleição das Presidências das Casas Legislativas

Muita discussão, e uma tentativa, mais uma vez irresponsável, de fazer com que o STF legisle, dessa vez constitucionalmente, em detrimento dos dispositivos constitucionais consolidados (aqui no sentido de vigentes).

Não sou contra o texto constitucional, simplesmente porque ele estipula uma regra, e uma vez que se aplique a todos, ela não é discriminatória. Mas se não estão satisfeitos, façam passar uma Emenda Constitucional, e corrijam o que consideram errado, ou "injusto". Agora, Judiciário existe para fazer cumprir a regra, para dar a chamada "estabilidade jurídica", não para mudá-la de acordo com os interesses do momento.

Depois não entendem porque são criticados.

Vacinação

Inglaterra começa essa semana a vacinação, Rússia também, e se não me engano a China já vem vacinando sua população. Países europeus já estocam agulhas, seringas, e selecionam pessoal para iniciar o processo de vacinação, assim como começam a encomendar estoques para seus países. Até os EUA de Trump já tinha avisado que não iria poupar esforços para viabilizar a vacina a todos os seus cidadãos. 

No Brasil não se tem um único passo tomado pelo governo federal nesse sentido. Ao contrário, o governo Bolsonaro atrapalha no que pode, e todas as ações nesse sentido são tomadas por governos municipais e estaduais.

Impeachment?

E essa história de pesquisa e apoio ao presidente contra impeachment é balela, porque a população podia estar desiludida e Dilma podia ter pouco apoio, mas o impeachment sem causa concreta foi rejeitado amplamente. Tanto é que rachou o país no meio, mas mesmo assim foi levado a termo. 

Bolsonaro não cai não é por ter ou deixar de ter apoio, mas porque se rende a certos interesses. Acontece que ele está pulando a cerca, e começa a contrariar esses interesses. Agora ele pode estar realmente ameaçado, com ou sem o fisiológico centrão.

Ciristas e gabinete do ódio?

É mais do que conhecida a máxima na política, de que se alguém quer se safar de uma acusação, acuse os outros de fazerem aquilo que você faz, antes de as acusações chegarem a você.

É exatamente o que parece que está acontecendo no momento, quando fábricas de deturpação e distribuição de informações retalhadas de seus sentidos, apontam seus canhões contra aqueles que reagem ao serem atacados.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Veja se seu nome está na lista

 Confira a lista de “detratores do governo”

  • Jessé de Souza, sociólogo
  • José Fernandes Junior, professor de direito
  • Guga Chacra, jornalista
  • Nathália Rodrigues, youtuber conhecida pelo canal Nath Finanças
  • Eduardo Moreira, empresário
  • Vera Magalhães, jornalista
  • Hildegard Angel, jornalista
  • Jones Manoel, historiador
  • Cynara Menezes, jornalista
  • Silvio Almeida, professor de direito
  • João de Andrade Neto, jornalista
  • Rachel Sheherazade, jornalista
  • Claudio Ferraz, economista
  • Emir Sader, filósofo
  • Guilherme Caetano, jornalista
  • Palmério Dória, jornalista
  • Flávio VM Costa, jornalista
  • Márcia Denser, jornalista
  • Conrado Hubner, professor de direito
  • Gustavo Nogy, escritor
  • Guilherme Macalossi, jornalista
  • Brunno Melo, jornalista
  • Claudio Dantas, jornalista
  • Carol Pires, jornalista
  • Felipe Neto, influenciador e youtuber
  • Xico Sá, jornalista
  • Rodrigo Zeidan, economista
  • Luis Augusto Simon, jornalista
  • Marco Antonio Villa, historiador
  • Lucas Paulino, advogado
  • Igor Natusch, jornalista
  • João Carvalho, historiador
  • Sabrina Fernandes, socióloga
  • Pedro Meneses, jornalista
  • Joel Pinheiro, formado em filosofia (também aparece com favorável ao governo)
  • Lula Falcão, jornalista
  • George Marques, jornalista
  • Lucas de Aragão, cientista político
  • Matheus Hector, economista
  • Renan Santos, fundador do MBL
  • Alberto Benett, jornalista
  • Virgínia, advogada
  • João Romero, economista
  • Laura Carvalho, economista
  • Flávio Martins, professor de direito
  • Marcos Botelho, influenciador
  • Nildo Ouriques, professor de direito
  • Tiago Luís Pavinatto, professor de direito
  • Rubens Valente, jornalista
  • Luis Nassif, jornalista

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O Campo Progressista Precisa Sair de Sua Bolha

Tenho visto o chamado Campo Progressista se digladiando em quem é mais agressivo, quem propaga fakenews, quem é vítima, quem é bandido. e ainda que até se unam às críticas a Bolsonaro, não avançam no diálogo com a população, porque perdem seu tempo a se destruírem mutuamente.

Verdade que o PDT e o PSB cresceram, assim como o PSOL e alguns outros partidos, mas o fizeram canibalizando legendas do próprio campo progressista, notadamente o PT, que segue com uma retórica alucinada de que cresceu, que está muito forte, etc.

Mas os outros não ficam muito atrás nessa retórica, quando comemoram seus crescimentos feitos com base na canibalização do próprio espectro político, e com esse espectro tendo tido uma retração em relação à ultima eleição municipal. Se contarmos as duas últimas, essa retração foi ainda mais sensível.



Ora, mas se está tão ruim, qual a solução? Antes de tudo, parem com as críticas mútuas desnecessárias. Algumas podem ser feitas, mas exclusivamente a portas fechadas, não em público, porque elas não levam absolutamente a nenhum avanço. Isso não significa não poder criticar, mas simplesmente criticarem o que é efetivamente relevante, não floreios.

Outro ponto que precisa ser entendido é que as redes sociais são importantíssimas, são realmente fundamentais, mas isso ainda não é substituto do contato direto com o povo. O crescimento da direita vem muito desse trabalho que é feito pelas igrejas pentecostais nos lugares mais pobres. Essa entrada foi facilitada porque os partidos de esquerda deixaram um espaço vago, e ainda perderam o espaço dos sindicatos, cada vez menos representativos dos trabalhadores, não pela baixa adesão sindical (que é histórica no Brasil), mas porque as maiores aglomerações de trabalhadores organizados vinham das indústrias, setor que perde cada vez mais o protagonismo na vida nacional.

Então é preciso que os partidos de esquerda consigam novamente se aproximar da população. Se não há mais a organização dos sindicatos, que criem outras formas de aproximação e/ou de organização de trabalhadores dentro da nova realidade brasileira.

Outra coisa é que é preciso ser pragmático dentro da própria esquerda. Claro que chegar ao segundo turno é passo fundamental para qualquer eleição, acontece que qualquer candidato de uma esquerda unida hoje em dia chegaria ao segundo turno, a questão vai a além, porque o já dizem os grandes especialistas, que o primeiro turno é uma corrida de preferência, mas o segundo é de anti-rejeição, ou seja, ganha o que consegue ensejar menos rejeição nos eleitores. A esquerda tem ferramentas para buscar uma chapa que consiga ser reamente competitiva no segundo turno, e ou se faz isso, ou existe a possibilidade de nem se chegar a essa etapa. Para isso os interesses dos partidos precisam ser suplantados pelos interesses nacionais e da população.

Por último esqueçam aliança de primeiro turno com partidos de direita. Mesmo que os programas sejam acordados numa aliança eleitoral prévia, eles não serão respeitados durante os governos, e a culpa recairá em cima de qualquer liderança de esquerda que esteja numa chapa com esse tipo de acordo, porque tal situação avaliza tais políticos como afinados com as políticas do líder da chapa, e com o partido que a encabeça. Vocês lembram do processo de impeachment de Dilma? Pois é, um vice de um partido fisiológico do centrão, com um monte de deputados que se elegeram com o aval da própria Dilma e do PT, e que votaram com suas conveniências de momento, esquecendo qualquer acordo eleitoral que tenha sido feito previamente. 

Por último é preciso deixar claro para a população, que se ela vota num presidente, governador, ou prefeito de esquerda, não adianta votar num deputado, senador, ou vereador de direita, porque ela estará minando as condições de governabilidade de seu candidato, e criando a necessidade de acordos para a simples estabilidade de governo, e praticamente impedindo qualquer reforma estrutural que viesse a beneficiar a população.

Nada disso é fácil, mas é preciso começar a ser feito o quanto antes, porque quem cresceu nas últimas eleições foi o a direita, e até a extrema direita, mesmo que Bolsonaro em si tenha minguado. Ou o Campo Progressista muda radicalmente sua tragetória, ou corremos o rico de ter o Rio de Janeiro 2020 refletido em 2022, com dois candidatos de direita (talvez os dois de extrema direira) na disputa do segundo turno.