Bem, não é de hoje que essa triste figura foge de embates e de responsabilidades. Não seria agora que faria diferente. Claro, a volta estará condicionada ao desenrolar de processos e investigações que já correm contra ele no país.
E isso eu falava que poderia acontecer há mais de um ano atrás.
A chance que ele tinha de ganhar a reeleição era a participação de Lula no pleito. Isso ocorreu, mas mesmo assim, seu governo foi tão ruim, que ele não conseguiu reverter o quadro de derrota que ele e Paulo Guedes tinham construído nos últimos 3 anos. Nem mesmo a gastança de muitas dezenas de bilhões acima do teto de gastos foi suficiente para reverter a situação.
O presidente Jair Bolsonaro embarca nesta quarta-feira (27) para Orlando, na Flórida, onde vai permanecer mesmo após deixar o governo, no próximo dia 1º de janeiro. A previsão é que o atual chefe do Executivo passe por um período de férias nos Estados Unidos. Inicialmente, ele deve ficar fora do país por pelo menos três meses.
Bolsonaro, por ocupar a Presidência até 31 de dezembro deste ano, poderá viajar em avião oficial da Força Aérea Brasileira (FAB). Mas o retorno deve ocorrer em avião comercial ou particular. Fontes consultadas pela reportagem dizem que o voo oficial já foi reservado e que ele pode usar o serviço até o encerramento do ano.
Parece que foi o acordo feito entre o lulopetismo e a Senadora que apoiou irrestritamente a campanha de Lula à Presidência no 2º turno. O Ministério do Planejamento é um Ministério importante. Trabalha muito próximo coma a Fazenda, Indústria e Comércio, Transportes e outros Ministérios vitais para o crescimento e melhoria da infraestrutura e da economia, e um bom trabalho nesse Ministério pode viabilizar outras aventuras políticas, como um governo de estado, ou mesmo a Presidência.
Seria ótimo, só que o lulopetismo já está alterando o Ministério do Planejamento, tirando de sua alçada a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, bancos públicos estratégicos para um bom desempenho na pasta. Ora, óbvio que isso esvazia a pasta, e tira poder de fogo do Planejamento, que deixa de ter duas ferramentas importantes para o financiamento de projetos.
Mesmo assim ainda será um Ministério importante, mas dependerá muito de jogo de cintura político de Simone para fazer uma boa gestão à frente do Planejamento, porque prevejo o lulopetismo minando o que puder em sua gestão, de forma a impedir uma maior projeção da Senadora.
Veremos o que vai acontecer.
Diogo Fagundes escreveu um texto interessante, e correto, mas infelizmente incompleto, ainda que Fagundes chegue a citar que quem vem se beneficiando do discurso ecologicamente correto são os países desenvolvidos, e que esse discurso costuma vir de lá, embrulhado num pacote de bondade infinita da preservação do planeta e da espécie humana.
Dessa forma a preocupação com o meio ambiente é usada pelos países desenvolvidos não apenas como um discurso que mantém seus privilégios frente aos países mais atrasados em seus desenvolvimentos econômicos, mas através de suas ONGs, todas financiadas com recursos oriundos desses países mais avançados, interferem diretamente nas políticas internas dos países mais pobres, colaborando decisivamente na manutenção do atraso desses países, e na relação de dependência tecnológica que lhes é imposta, assim como em sua "vocação" em fornecer matérias primas e bens de baixíssimo valor agregado.
Ou seja, o discurso, a princípio bem intencionado e de "boa fé", acaba por se transformar em arma de geopolítica para a manutenção das relações de dominação internacionais, muitas vezes chegando ao ponto de desestabilizar governos e países.
E na minha opinião isso precisa ser dito de forma muito clara, porque ainda que a preservação do planeta precise ser garantida, também precisamos preservar as pessoas e garantir a todas condições de vida digno.
A precupação com o meio ambiente e o futuro do planeta Terra estão entre as mais racionais e mais nobres causas para se combater a ordem dominante nos dias que correm.
No entanto, há, frequentemente, uma variação catastrofista do discurso ecológico que remete não só a profecias escatológicas tão comuns a diversas seitas na história da humanidade, como às vezes soa até mesmo a puro malthusianismo demográfico e ódio ao bem estar da humanidade.
Um dos tantos tagarelas vaidosos das redes sociais de esquerda vem fazendo propaganda da ideia de que é impossível incluir 1,3 bilhões de humanos na “sociedade de consumo”, como forma de crítica ao suposto mito keynesiano do crescimento econômico chinês acelerado. Imagino que em sua cabeça é melhor que a África também continue rural e com mercados internos raquíticos, a fim de manter nosso planeta a salvo.
Pois é pessoal, hoje e amanhã falaremos de Copa do Mundo do Catar, que está acabando. São 64 partidas no total, e só falta uma a ser disputada, a Grande Final. Infelizmente a imensa maioria dos jogos dessa Copa foram de um futebol horroroso. Times muito pouco criativos, enrolados, complicados, mas tivemos alguns bons jogos, e algumas boas surpresas.
De bons jogos eu vi alguns, mas não todos. Dos que vi destaco França x Inglaterra como o melhor, seguido de França x Marrocos. Portugal também fez um grande jogo contra a Suíça, e Argentina x Holanda também protagonizaram ótima partida (essa não tive a oportunidade de assistir). Já a primeira fase foi sofrível, ainda que nos tenha reservado algumas surpresas, como o Japão em 1º de seu grupo, a sofrida classificação da Coreia do Sul, a classificação de Marrocos com vitória sobre a atual campeã França, ou a eliminação precoce da poderosa tetracampeã Alemanha.
Nas oitavas as surpresas continuaram, e Portugal impôs a implacável goleada sobre a Suíça, Marrocos eliminou a poderosa Espanha, e tivemos o excelente jogo entre França x Inglaterra.
Nas quartas o Brasil conseguiu perder para a Croácia. Sem desmerecer os croatas, que souberam tirar proveito da falta de bom senso brasileiro, a derrota veio muito mais por erros dos canarinhos do que pela qualidade dos croatas. Marrocos voltou a surpreender e eliminou a promissora Portugal, e de resto não tivemos grandes surpresas, já que entre Argentina x Holanda não havia favorito.
Nas semifinais os deuses do futebol pararam de brincar e a lógica prevaleceu com sobra. A Argentina não tomou conhecimento da esforçada Croácia e se classificou para a final com um sonoro 3x0, sem dar chances ao adversário. Já a França se classificou com um 2x0 contra o surpreendente Marrocos, mas não foi fácil. O time protagonista da melhor campanha africana da história deu muito trabalho, perdeu várias oportunidades, e não complicou o jogo por excesso de preciosismo na hora de definir as jogadas.
Na decisão do 3º lugar o excesso de preciosismo marroquino foi o que o fez perder para a Croácia por 2x1. Bom jogo, com várias alternativas, mas um jogo marcado pela pecha de terem perdido as respectivas semifinais. Mas como eu disse, foi um jogo interessante, principalmente para quem gosta de futebol. Lembrando que o VAR deixou de dar ao menos um pênalti para cada lado no segundo tempo.
E chegamos ao último jogo, que será hoje ao meio-dia. Argentina x França é outra partida que não tem favorito. A Argentina vem de uma campanha, a meu ver, um pouco mais consistente, principalmente pela parte defensiva, enquanto a França fez uma campanha baseada no contra-ataque, usando a incrível velocidade de seus atacantes.
Pessoalmente torcerei para que Messi leve esse caneco para casa. Se há um atleta no futebol atual que merece entrar para a casta dos grandes campeões mundiais é Messi, ainda mais porque conseguiu superar a idade e fazer seu melhor Mudial.aos 35 anos, idade em que a maioria já demostra claros sinais de estar na curva descendente da carreira, e alguns a estão mesmo encerrando. Mas minha torcida se resume a isso, e claro, a um bom jogo, nessa que foi uma Copa extremamente pobre, tanto técnica quanto taticamente.
Bem, até agora a imprensa tem tratado os vândalos como bolsonaristas. Podem ser, mas tem muitos formadores de opinião bolsonaristas que acusam essas pessoas de "esquerdistas" infiltrados, que cometem tais atos justamente para causar problemas e culpar os bolsonaristas.
A mim realmente não importa muito qual dos lados está causando os problemas, e qual dos lados cometeu os crimes que ocorreram em Brasília. O que importa é que esse pessoal seja duramente punido, que suas lideranças (sim, elas existem) sejam ainda mais duramente punidas, e que o país possa voltar à normalidade.
E que o resultado das investigações sejam publicizadas com o mesmo espaço de mídia que tiveram a cobertura dos tumultos que taxaram os criminosos de lulopetistas ou bolsonaristas.
ter., 13 de dezembro de 2022 12:49 AM
Um grupo de bolsonaristas tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, e incendiou dezenas de carros e ao menos um ônibus na noite desta segunda-feira em protesto contra a prisão de um indígena que participava de manifestações antidemocráticas.
A polícia tenta dispersar os manifestantes usando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. O grupo, porém, revida atirando paus e pedras em direção aos policiais.
É curioso não se ouvir falar de gratidão pela família, pelos amigos, por quem salva vidas todos os dias, por quem ensina os nossos filhos a ler e a escrever, por quem constrói as nossas casas, por quem cuida, colhe e transporta os nossos alimentos… Mas pelo Ronaldo, ai de quem não se sentir grato.
Eu posso dizer que não sou contra nem a favor. Sou a favor da bondade, da solidariedade, da paz, da igualdade (não da moderna, da genuína e tradicional), da família, da amizade, do amor, da justiça. Por esses valores debato-me e defendo, não pelo Ronaldo. Gosto muito do Ronaldo, como a maioria das pessoas, mas não é por isso que deixo de ver que tem melhores e piores momentos, melhores e piores atitudes, aliás, como toda a gente
Não, Lula não completou nenhum curso e recebeu o diploma. O diploma que Lula recebeu foi do TSE, tornando oficial o reconhecimento de sua eleição em 30 de outubro, e apto a exercer o cargo entre 01 de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2026.
No ato de diplomação Lula chorou durante seu discurso.
A maioria vai dizer que ele se emocionou, vai lembrar da prisão, etc. Eu realmente não entro por esse caminho. Pode até ser que todos esses argumentos expliquem a situação, mas pode também ser que ele esteja com menos controle de suas emoções, e já demonstrou isso algumas vezes nos últimos anos.
De qualquer forma ele vem formando seu novo governo, e já indicou seus primeiros Ministros. Fiz uma análise no Youtube, se quiser é só acessar o link.
Vamos ver o que virá dessa nova experiência de Lula à frente do país. As condições são absolutamente distintas daquelas que ele encontrou há 20 anos, mas ele não parece ter evoluído, ao contrário, parece ter retrocedido. Mas só o desenrolar do governo irá realmente confirmar ou não isso.
Achei interessante a matéria abaixo, tirada do site zap.aeiou. Interessante, mas como curiosidade. A matéria em si é um aglomerado de hipóteses de ficção científica, todas já tratadas em filmes do gênero no cinema e em séries televisivas.
E aqui vemos a curiosidade da coisa, porque qualquer desses futuros pode ser correto, pode se concretizar, ao mesmo tempo talvez nenhum deles venha a se tornar realidade.
Explico. A própria reportagem da a resposta ao que eu disse acima. No início eles falam que as espécies mamíferas têm uma presença na Terra de cerca de 1 milhão de anos e que nós já temos 300.000 anos na superfície do planeta. E esse dado deve estar correto.
Então qual o problema?
Simples, esse dado é tirado de espécies que convivem com o meio ambiente, com a natureza. Que sobrevive com o que consegue tirar dessa natureza, mas não tem condições de alterá-la de forma a se manter.
Pois é, o ser humano tem condições de alterar a natureza para se manter, e se tem algo que o ser humano busca é se manter.
Bem, é possível até que o homem do futuro venha a ser diferente do atual, mas aí ocorrerá por opção própria, não porque a natureza se alterou e o homem não conseguiu se adaptar, mas porque o próprio homem optou por se melhorar, seja para enfrentar novos desafios de uma natureza mais hostil, seja para se tornar física e mentalmente melhor (aqui não entra em causa a questão moral, mas apenas a capacidade cognitiva).
Por tudo isso acho o artigo válido, porque tem base em coisas que já observamos aqui na Terra, em compensação acho que se baseia também em muita ficção científica, sem levar em conta nossa capacidade de intervir.
Então vale a pena uma passada de olhos no artigo, mas com o pé atrás.
4 DEZEMBRO, 2022
A maioria das espécies são transitórias. Extinguem-se, ramificam-se em novas espécies ou mudam com o tempo devido a mutações aleatórias e mudanças ambientais.
Pode-se esperar que uma espécie típica de mamífero exista por um milhão de anos. Os humanos modernos, o Homo sapiens, existem há cerca de 300 000 anos. Então, o que acontecerá se chegarmos a um milhão de anos?
Vejam que interessante. Semana passada falei sobre a necessidade de manterem o respeito entre as duas culturas bastante díspares, e que nem um lado impôs sua presença no evento como sede, nem o outro impôs que essa fosse a sede. Lamentável, portanto, que acusações fossem feitas ao país anfitrião, muitas delas sem base no mundo real, utilizando-se para isso da deturpação de dados, e de fontes absolutamente duvidosas.
Pois bem, não era difícil que uma situação como essa do artigo abaixo acabasse por acontecer. A falta de bom senso entre alguns líderes políticos levam a resultados muitas vezes indesejados. A política já não é uma tarefa fácil quando exercida entre culturas semelhantes, mas quando essas culturas são bastante diferentes, essa tarefa se torna extremamente difícil e delicada.
Que a Copa do Catar possa terminar sem mais incidentes diplomáticos desnecessários e desagradáveis, e que pensem melhora antes de apontarem as próximas sedes.
26 de novembro 2022 às 13:00
O Presidente e o primeiro-ministro alinharam no rol de críticas do ‘politicamente correto’ contra o Qatar e o país anfitrião do Mundial reagiu: mal acabe a competição, Portugal vai ser colocado na lista negra do emirado. A polémica continua na agenda de um Mundial cheio de contradições… de todos os lados.
por João Sena
Há 12 anos ninguém percebeu, ou não quis perceber, como é que o Mundial de futebol de 2022 foi parar às mãos de uns sheiks de um minúsculo país do Médio Oriente. Alguma imprensa, sobretudo francesa – mais tarde viria a saber-se porquê – questionou a escolha e deu pistas, só que ninguém deu grande importância a mais uma manobra de bastidores de Joseph Blatter (então presidente da FIFA) e dos seus acólitos. O tempo foi passando, as acusações de corrupção, de condições indignas de trabalho e de violação dos direitos humanos foram aumentando. Alguém acordou para a vida e percebeu que era politicamente correto questionar tudo e todos e o Qatar 2022 passou a ser visto como o pior Campeonato do Mundo. As autoridades em Portugal foram atrás da onda e – como o Nascer do SOL apurou junto de fonte oficial – o país vai parar à lista negra do Qatar mal termine o Mundial, o que poderá ter consequências a nível político e económico e condicionar a circulação de pessoas entre os dois países. As declarações do Presidente da República sobre os direitos humanos feitas numa conferência, em Doha, à margem do jogo entre Portugal e o Gana, embora tenham sido mais suaves, caíram mal no Governo qatari, que já tinha considerado «hostis» as anteriores declarações de Marcelo Rebelo de Sousa e do primeiro-ministro António Costa. Aliás, o embaixador português em Doha, Paulo Pocinho, foi imediatamente chamado ao vice-primeiro-ministro do Qatar.
Um fenômeno cósmico a cerca de 8 bilhões de anos luz de distância. Um dos fenômenos mais energéticos do universo. E foi detectado aqui da Terra, numa viagem ao passado, e a possibilidade de novos conhecimentos e novas linhas de investigação científica.
Isso tudo se completa pelo fascínio que o gigantismo que é o evento de uma estrela sendo engolida por um buraco negro. Sugiro a leitura do artigo abaixo, que contém mais informações de como esse fenômeno se desenvolve, e confirma que um buraco negro não consegue absorver tudo, do contrário jamais perceberíamos tal evento a distância tão grande.
Uma equipe internacional de cientistas anunciou hoje (30) a descoberta do evento fora da Terra mais distante em que um buraco negro devora uma estrela.
Ele está tão longe que a luz levou mais de 8 bilhões de anos para chegar até nós, e o fenômeno aconteceu quando o Universo tinha apenas um terço de sua idade atual.
O Governo Bolsonaro termina de forma melancólica, não por saudades de suas realizações, que foram pouquíssimas, mas pelo resultado da onda de destruição que varreu o país em seus 4 anos de (des)governo. Sim, porque como ele disse em sua posse, seu papel não era construir nada, mas tão somente destruir o que havia, e a partir dessas ruínas que se construísse um novo país.
Pois bem, a incompetência foi completa, porque nem destruiu completamente o que havia, como não construiu absolutamente nada de novo no pais. O que vimos nos últimos 4 anos foi um "mix" de reacionarismo, falcatruas, crimes, desvios, roubalheiras, e destruição. Isso em todas as áreas.
Os pouquíssimos acertos vieram do Congresso, ou mesmo da Justiça, que de certa forma atuaram coniventes com o que acontecia no Executivo, ainda que de vez em quando surgissem esses sopros de lucidez e nacionalismo. Mas foram tão poucos, tão esparsos, que não chegaram nem perto de impedir o desastre que foi a passagem de Bolsonaro na Presidência.
E Raphael Machado fez um bom resumo do que foram esses últimos 4 anos. Como ele mesmo diz, "tinha faca e queijo na mão. Poderia ter feito mudanças profundas e se perpetuado. Mas ele não estava a altura da missão...".
Veja abaixo o que ele disse no twitter, e se quiser entre no link abaixo e veja na própria conta de Raphael Machado.
Bolsonaro ascendeu por ter capturado o sentimento difuso de indignação das massas. Ele é fruto do fenômeno global do populismo, consequência da insatisfação generalizada com o modelo liberal-democrático institucionalizado universalmente no pós-Guerra Fria.
Mas ele não era e nunca foi um nacionalista. Apenas nos sentidos mais superficiais, parciais e relativos possíveis. O mesmo poderíamos dizer de seu conservadorismo, bastando recordar seu apoio pretérito ao abortismo como solução para os problemas sociais.
Mas os homens, não raro, encarnam ideias das quais eles próprios não são adeptos, o que demonstra que apesar da importância da vontade humana, a História também não raro empurra os homens com as suas marés. É o caso dele, que encarnou o nacional-populismo brasileiro, não sendo nacionalista e sem qualquer apreço pelo povo.
Na economia, apesar do seu eleitorado estar interessado em justiça social e apoiar o papel do Estado na economia, ele colocou Paulo Guedes para cuidar sozinho de tudo. Bolsonaro terceirizou para ele inclusive decisões políticas sobre economia que só competiam ao Presidente. E com esse poder, Guedes não fez outra coisa que aplicar as fórmulas recessionistas do neoliberalismo mais radical, fazendo o possível para desmontar o Estado brasileiro para benefício de seus amigos acionistas e empresários.
Poderíamos ainda acrescentar o sionismo delirante e servil, a total ausência de política cultural de defesa dos valores tradicionais, o comportamento grosseiro e indigno durante a pandemia e em todas as coisas públicas. Bolsonaro ainda provocou constantemente as instituições e as ameaçou, sem ter a intenção de fazer o que fosse.
O fundamento da sua ruína, porém, foi o olavismo. Quem o empurrou para o atlantismo, o sionismo, o neoliberalismo, o barbarismo cultural e tudo o mais foi a influência de Olavo de Carvalho, introduzida por seus filhos, membros fanáticos da seita. O olavismo falsifica o Tradicionalismo, corrompendo-o com elementos de origem liberal, como o individualismo e o capitalismo. Por essa corrupção, Olavo projetava o mito de um eterno comunismo, responsável por todos os males e problemas da humanidade.
Tão onipotente, misterioso e maleável, que até os bilionários mais radicalmente liberais eram reinterpretados como "comunistas", em uma também falsa interpretação do globalismo. A salvação contra esse inimigo estaria na perpetuação da hegemonia mundial dos EUA e de Israel.
Ao Brasil cabia aceitar o papel subalterno como parceiro menor, ainda aprendendo a ser ocidental. Mas como o onipotente comunismo havia tomado todas as instituições, das culturais às educacionais, das militares às eclesiásticas, a solução seria não oferecer solução.
