terça-feira, 25 de novembro de 2025

A paz na Ucrânia ainda precisa de ajustes

Pessoal, Donald Trump aprovou e o EUA enviou uma proposta de paz para a Ucrânia com 28 pontos e mais um monte de anexos. A princípio o plano já foi recusado pelos ucranianos e por seus aliados da União Europeia. Pela parte russa, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, disse que oficialmente os russos não receberam nada, mas que, de acordo com as informações que têm, é um bom início de conversa, mas inaceitável nos termos atuais. 

É bom lembrar duas coisas: 
1 - Apesar da propaganda Ocidental, os russos estão vencendo e seguem conquistando território e debilitando as forças ucranianas, que já não conseguem repor as baixas e nem treinar os novos recrutas. 
2 - Na primavera de 2022, tanto russos quanto ucranianos tinham conseguido termos muito melhores do que os atualmente oferecidos. 

O analista geopolítico Andrei Martyanov foi certeiro ao dizer que essa é apenas mais uma tentativa de congelar o conflito na linha de contato. Isso daria tempo de a OTAN rearmar e treinar o exército ucraniano para o retorno do confronto no futuro. 600000 homens seria o maior exército europeu com sobras, à exceção da Rússia. 

Como eu já disse, os russos não vão aceitar um Minsk 3, ou outra enrolação, e querem resolver de vez o que consideram o problema. Não aceitarão nenhum acordo que não contemple totalmente suas reivindicações mínimas, ainda mais depois de tanto sangue derramado. Na primavera de 22 os ucranianos tinham aceitado reduzir seu exército a 80000 homens. Dá para entender porquê não aceitarão tais termos. 

Como Zakgarova disse, é um início para conversar. Como eu já disse, ao menos agora se conversa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário