Sim, um dos últimos bons avanços da Constituição de 88 está prestes a ser destruído, e justamente pelo partido que se recusou a assiná-la. As garantias constitucionais mínimas para a Saúde e a Educação estão prestes a serem retiradas da Carta Magna justamente por iniciativa e ação do PT. Tal projeto não deve ser concretizado esse ano, mas há grande probabilidade de o ser até o final desse governo.
Para que se compreenda, quando o Governo se move no Congresso para acabar ou diminuir (sabemos como esses processos começam, mas não como acabam) os mínimos constitucionais, isso significa que o Estado terá menos poder de intervenção nessas áreas, terá menos poder para atender a população mais carente, e aumentará ainda mais o abismo que já existe entre as camadas mais abastadas da população e as mais carentes.
Significa também que a cada vez menor e mais achatada Classe Média precisará recorrer aos serviços privados nessas áreas, enquanto esses serviços se concentram cada vez mais nas mãos de umas poucas grandes empresas, sejam de Educação, seja de Saúde.
Os sucessivos governos (não é uma iniciativa exclusiva desse) vêm desregulando e possibilitando às empresas aumentos que excluem clientes "indesejados", e um maior lucro em suas atividades, ao mesmo tempo em que possibilitam a obtenção de maiores ganhos em suas atividades empresariais, seja pela maior procura de seus serviços, seja por uma maior precariedade nos serviços prestados, ou na seleção de prestar tais serviços apenas àqueles que possibilitarão os maiores lucros às empresas.
Nesse sistema a tendência é que a grande massa da população seja cada vez mais entregue a própria sorte, sem que tenha condições mínimas de acesso a serviços básicos de cidadania.
Um país cada vez mais aos moldes de uma colônia.
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