Deu no UOL: “Brasil terá 118 milhões de pessoas na nova classe média em 2014, diz FGV”.
As boas notícias para a economia e para a sociedade brasileiras não param. O artigo veiculado pelo sítio UOL, e baseado nas informações fornecidas pela Fundação Getúlio Vargas, mostra um cenário extremamente positivo para o país.
O aumento das classes A, B e C, e a diminuição não apenas percentual das classes D e E, dão uma ideia precisa do dinamismo pelo qual passamos.
A diminuição das desigualdades, que a mobilidade social rumo ao topo da pirâmide proporciona é sensível.
Mas nem tudo são flores nesse caminho.
É um problema o processo de desindustrialização do país, que é perceptível na transferência de indústrias brasileiras para o extremo oriente, a diminuição da presença de produtos de alto valor agregado em nossa pauta de exportações, e o aumento das importações desses mesmos produtos.
É certo também que o governo brasileiro vem tomando algumas ações pontuais, e corrigindo algumas distorções em setores específicos, mas ainda de forma tímida.
A matéria publicada no UOL:
Brasil terá 118 milhões de pessoas na nova classe média em 2014, diz FGV
Fabíola Ortiz
Do UOL, no Rio de Janeiro
O Brasil terá 118 milhões de pessoas na nova classe média ao receber a Copa do Mundo, em 2014, segundo projeção da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada nesta quarta-feira (7). Hoje são 105, 5 milhões. Em 2003, havia 65,8 milhões.
Além disso, a população das classes A e B crescerá proporcionalmente mais do que a classe C: 29,3% ante 11,9% no período entre 2003 e 2014, indica o estudo.
No futuro, "falaremos mais e mais da nova classe AB como falamos até agora da nova classe C", segundo a publicação.
O estudo "De Volta ao País do Futuro: Projeções, Crise Europeia e a Nova Classe Média Brasileira" foi coordenado pelo professor Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais (CPS/FGV) e avaliou dados de 2003 a 2014.
Mudança de classes
Considerando um período de dez anos, um total de 52,1 milhões de brasileiros subirão à classe C --até 2011, foram 40 milhões. Além disso, outros 15,7 milhões de brasileiros chegarão às classes A e B.
Esse montante equivale a um total de 67,8 milhões de pessoas, número maior que a população do Reino Unido.
Crise não chegou ao bolso do brasileiro
A crise financeira não chegou ao bolso do brasileiro, segundo o estudo.
A pobreza segue caindo a um ritmo de 7,9% ao ano.
Em 2011, o Brasil reduziu a pobreza num ritmo três vezes mais rápido que o necessário para cumprir a meta do milênio da ONU, que propõe reduzir a pobreza pela metade em 25 anos.
Desigualdade em queda há 11 anos
A desigualdade segue em queda há 11 anos consecutivos, com uma queda de 1,5% ao ano, afirma o coordenador do estudo.
"Desde dezembro de 2000, a desigualdade cai ano após ano e continua caindo. Foi um período excepcional. Estamos no mínimo da deisgualdade brasileira em plena crise. Antes estávamos no podium, entre os três países mais desiguais", diz ele.
Segundo a pesquisa, os primeiros anos do início do novo milênio serão conhecidos "nos futuros livros de história brasileira como de redução da desigualdade, em contraste com os motivos da ocupação de ícones de riqueza americana e europeia".
Classes D e E tendem a diminuir
Já as classes D e E tendem a diminuir seu crescimento até 2014. O Brasil tinha, em 2003, 96,2 milhões de brasileiros nas classes D e E --sendo 50 milhões na classe E. A tendência até 2014 é que a população nas duas classes --D e E-- caia para 48,9 milhões.
Para se ter uma ideia, em comparação, no mesmo período o número de brasileiros na classe C crescerá 60,2%.
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