Deu no jornal “Agora”: Governo pretende reduzir de 17 para dois dias tempo gasto por navios em portos”.
A diminuição de tempo nos portos é algo buscado pela Marinha Mercante mundial desde sempre; e, em muitas partes do mundo, isso já foi reduzido a um mínimo. No Brasil, em alguns portos, isso ainda não é uma realidade, e segue como objetivo.
Não há discussão quanto às vantagens, para a economia, que uma menor permanência nos portos pode trazer. E, se bem administrado, essas vantagens se estendem a toda a sociedade brasileira.
Mas existem muitos que sofrem com a diminuição de permanência dos navios nos portos: os marítimos.
Afinal, pouco tempo nos portos significa poucas oportunidades para uma saída, e, se incluímos aí a tendência de os portos modernos serem construídos a grandes distâncias das cidades, a oportunidade de sair de bordo é quase nenhuma.
No Brasil isso tem sido tem sido equacionado entre armadores e sindicatos. Não sem algumas discordâncias, mas com bons avanços alcançados.
O grande problema surge quando analisamos a Marinha Mercante internacional, os navios de longo curso e que são a grande maioria nos portos brasileiros. Aí os contratos se tornam um problema, com muitos trabalhadores permanecendo a bordo por um ano ou mais.
Isso associado a diminuição das tripulações, e as maiores exigências sobre os trabalhadores a bordo, vem causando o stress e a fadiga dos marítimos, em um nível nunca antes observado, que resulta em grande número de acidentes a bordo.
Algo para ser ampla e seriamente pensado, discutido e debatido pelas autoridades internacionais.
Na verdade já estamos atrasados em tomar providências sobre isso.
Leia a matéria abaixo:
Governo pretende reduzir de 17 para dois dias tempo gasto por navios em portos
De acordo com a Secretaria de Portos, órgão ligado à Presidência da República, atualmente os navios podem levar até 17 dias entre a chegada aos portos, a descarga dos contêineres e a saída da embarcação. “Mas acreditamos que, com os programas que já estão sendo implantados, vamos reduzir isso para dois dias, como fazem os grandes portos do mundo”, disse à Agência Brasil o diretor do Departamento de Sistemas e Informações Portuárias da Secretaria de Portos, Luís Cláudio Montenegro. Segundo ele, o crescimento da economia causa reflexos imediatos na movimentação portuária do país, o que torna necessário, além de investimentos, "um olhar cuidadoso" com a infraestrutura.
De acordo com a Secretaria de Portos, órgão ligado à Presidência da República, atualmente os navios podem levar até 17 dias entre a chegada aos portos, a descarga dos contêineres e a saída da embarcação. “Mas acreditamos que, com os programas que já estão sendo implantados, vamos reduzir isso para dois dias, como fazem os grandes portos do mundo”, disse à Agência Brasil o diretor do Departamento de Sistemas e Informações Portuárias da Secretaria de Portos, Luís Cláudio Montenegro. Segundo ele, o crescimento da economia causa reflexos imediatos na movimentação portuária do país, o que torna necessário, além de investimentos, "um olhar cuidadoso" com a infraestrutura.
“Sabemos que o crescimento do movimento nos portos é pelo menos duas vezes maior do que o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto]. Portanto, se o PIB cresceu quase 3% em 2011, o movimento portuário cresceu aproximadamente 6%. E isso pode gerar congestionamento”, disse. “Felizmente esse congestionamento já era esperado, e temos trabalhado muito para lidar com a situação. E, por isso, não há situações emergenciais nos nossos portos”, acrescentou.
Entre as ações que estão sendo implementadas pelo governo, Montenegro destaca o Porto sem Papel, programa que concentra, de forma eletrônica na internet, informações enviadas pelas agências marítimas para a liberação de atracação e operação dos navios. Com ele, são eliminados os trâmites de 112 documentos (em diversas vias) e 935 informações para seis órgãos diferentes.
“Os portos recebem informações dos navios com cerca de 15 dias de antecedência. Com isso, os navios já são liberados para atracar três dias antes de chegarem. Isso já está sendo feito nos portos de Santos, do Rio de Janeiro e de Vitória (ES) e está sendo implantado nos portos de Salvador e Ilhéus (BA), de Recife (PE) e de Fortaleza (CE), onde já demos treinamento e instalamos sistemas”, disse o diretor da Secretaria de Portos.
Segundo ele, o programa será implantado até o final do mês nos portos baianos. “Muitas das taxas portuárias são pagas por diárias. Ao obtermos ganhos em capacidade e eficiência, reduziremos os custos com logística, tanto para produtos exportados como para importados”. A secretaria pretende melhorar, ainda, a gestão das cargas provenientes de acessos terrestres. “O projeto Cargas Inteligentes é similar ao Porto sem Papel. Nele, as informações das cargas vindas de rodovias, ferrovias e, em alguns casos, de hidrovias, serão repassadas com antecedência ao porto, também antes de chegarem para serem descarregadas”.
Atualmente, informa Montenegro, as autoridades começam a analisar a liberação de cargas seis dias após a chegada. “Com o Carga Inteligente, elas já estarão liberadas antes mesmo de chegarem aos portos”. A implantação de radares para tráfego marítimo também beneficiará os portos brasileiros. Esses radares ajudarão na chegada de navios nos períodos noturnos, nas tempestades, ou quando houver neblina. “É como ocorre no posicionamento de aviões por instrumentos. Eles permitem uma melhor organização dos portos, por sabermos com antecedência que embarcação chegará primeiro”, explica o diretor.
Há, segundo a Secretaria de Portos, a previsão, para os próximos anos, de licitações para quase 100 arrendamentos portuários, entre operadores com prazos a serem vencidos e novas áreas a serem utilizadas. “Isso também nos ajudará a ampliar consideravelmente a atividade portuária brasileira”, prevê Montenegro.
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