terça-feira, 3 de abril de 2012

É preciso investir nas nossas hidrovias

Deu no site "Portos & Navios": Falta de dragagem pode inviabilizar a hidrovia do rio Paraguai.

Que as hidrovias são importantes para o desenvolvimento de um país, principalmente de seu interior, e que elas são muito menos agressivas ao meio ambiente é algo já conhecido. Que o transporte por água é o mais barato, é algo amplamente conhecido.

Sistematicamente governos após governos têm postergado o desenvolvimento de nossas hidrovias, mesmo que nos últimos anos o debate tenha aumentado consideravelmente, e algumas ações pontuais tenham sido tomadas.

O problema é que assim, o que em nosso país deveria ser política de Estado, se transformou em política esporádica de um ou outro governo.

O Brasil é um país que foi extremamente favorecido pela natureza, e tem várias bacias navegáveis, que com um pouco de investimento podem atingir alto grau de utilização, e consequentemente de importância nas regiões que influenciam.

Mas para que as hidrovias possam servir ao desenvolvimento do país, é necessário que esses investimentos sejam feitos. E é necessário que tenhamos as hidrovias inseridas em nossa política de transportes, como estão inseridas políticas para desenvolvimento de vários outros setores.

Leiam abaixo a matéria:

Falta de dragagem pode inviabilizar a hidrovia do rio Paraguai

A falta de dragagem em alguns pontos do rio Paraguai, compromete a navegação e coloca em risco a viabilidade da hidrovia. A revelação foi feita pelo presidente da Associação Ambientalista, Turística e Empresarial de Cáceres (ASATEC) Cleris Tubino. Em alguns trechos, como nas proximidades da reserva Ecológica do Taiamã, segundo ele, a situação já é critica. Tubino afirma que a última dragagem no rio foi realizada pela Administradora da Hidrovia do Rio Paraguai (AHIPAR) em 2009. No entendimento do presidente da AZPEC o trabalho carece de ação política.

“Hidrovia é como uma rodovia. Necessita de constante manutenção. Caso contrário o seu uso fica inviabilizado. E, é isso que está ocorrendo com o rio Paraguai” explicou informando que a AZPEC manteve contato com a direção da AHIPAR no final de 2011, oportunidade em que apresentou a gravidade da situação. Tendo recebido como resposta, de acordo com Cleris Tubino, que a administradora já dispõe de toda estrutura – inclusive equipamentos – para realização do trabalho. Porém, a dragagem prevista para o início de 2012 ainda não aconteceu porque o processo está em fase de licitação.

“Creio que falta gestão política para que o trabalho seja executado, o quanto antes. Até mesmo para não comprometer ainda mais a navegação” enfatizou.

Em indicação apresentada e aprovada pela Câmara de Cáceres, na última segunda-feira, o vereador Élson Pires, solicitou o envio de expediente ao superintendente da AHIPAR, Antônio Paulo de Barros Leite, solicitando com “urgência” a realização de dragagem em pontos, considerados críticos do rio Paraguai, da região da Reserva Ecológica do Taiamã até a ponte Marechal Rondon.

No documento, o vereador aponta pelo menos 18 pontos considerados críticos ao longo do rio. Sendo Passo do Descalvado, Passo Paratudal (ilha do sossego), Passo do Presidente, Passo do Morro Pelado, Ilha do Rio Vermelho, Passo da Baia das Éguas, Passo Corixão, Passo Baiazinha, Passo Beiçudo, Ilha do Barranco Vermelho, Passo Barranco Vermelho, Ilha do Soldado, Passo do Tucum (ilha superior), Passo do Pote, Passo do Jauru, Passo do Cambará, Furado do Jatobá e Passagem Velha.

Navegação em baixa velocidade
Proprietário do barco hotel Ieié, Luiz Mário Curvo, avaliza a reclamação afirmando que, devido à falta de dragagem a segurança das embarcações também começa a ser ameaçada. Ele diz que já presenciou, pelo menos, um afundamento de embarcação provocado pelos bancos de areia que surgem no meio do rio. Diz que devido a essa situação, as embarcações são obrigadas a navegar em baixa velocidade, tornando a viagem mais demorada, acarretando prejuízo tanto para os turistas quantos para os proprietários dos barcos.
“Às vezes um viagem de 4 dias é feito em 5 ou até 6 causando prejuízos para todos: turistas e os proprietários das embarcações. Mas temos que fazer isso para evitar acidentes. Diariamente surgem bancos de areia no meio do rio por falta dessas dragagens”.

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