sexta-feira, 20 de abril de 2012

Desenvolvimento da Rede Hidrográfica: trabalhadores também deveriam ser ouvidos

Deu no "NTC & Logística": "Brasil pode ter 40 mil km de hidrovias".

Imagem ilustrativa (Fonte: Portal do Professor)

Nosso país tem uma enorme rede hidrográfica em operação, parte dela necessitando de investimentos em manutenção e melhoramentos. Mas o potencial do Brasil é muito maior. 

Essa foi a mensagem do II Seminário Brasil – Bélgica, que na reportagem do NTC & Logística apresenta declarações dos empresários e do governo.

O setor é extremamente estratégico para o Brasil, assim como a navegação marítima, e o desenvolvimento do setor é uma das formas de o país aumentar sua competitividade no mercado esterno, incentivar o desenvolvimento de vastas regiões no interior e baratear os produtos para o mercado interno.

Mas uma vez mais parece que a voz dos trabalhadores esteve afastada da discussão. Não há referência da participação deles no seminário ou da opinião deles sobre o tema.

Leia abaixo:

Brasil pode ter 40 mil km de hidrovias

O Brasil possui 13 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, porém o potencial do País neste modal pode chegar a 40 mil quilômetros. O transporte de cargas por rios ainda é pequeno se comparado com o rodoviário, respectivamente, 13% contra 67%. Para Meton Soares Júnior, vice-presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), o setor hidroviário “pode avançar, e muito, por meio de parcerias públicas e privadas”, destacou.

Os avanços do setor foram discutidos no II Seminário Brasil – Bélgica sobre Hidrovias, realizado na sede da Confederação. De acordo com Soares, o País deveria investir no potencial do modal hidroviário, pois é o “que pode levar produtos aos locais mais pobres do território nacional, por um preço mais acessível e com menores danos ao meio ambiente”.

Pedro Brito, diretor da Antaq (da Agência Nacional de Transportes Aquaviários), destacou a importância da intermodalidade para a cadeia logística. “Não adianta providenciar investimentos específicos para um ou outro modal. Dependemos desta intermodalidade para continuar com o aumento da produção no País”, afirmou.

Segundo Brito, o PNLP (Plano Nacional de Logística Portuária) tem o objetivo de investir no modal hidroviário, de modo que, nos próximos dez anos, o mesmo corresponda a 25% do transporte de carga no Brasil.

“Precisamos aproveitar para aprender com a experiência da Bélgica, que soube construir uma das logísticas mais sofisticadas do mundo”, ressaltou.

Adalberto Tokarski, superintendente de Navegação Interior da Antaq, ressaltou que a Agência já trabalha para intensificar a presença das hidrovias no transporte nacional. “O país tem capacidade para exportar 50% de toda a alimentação que é consumida no mundo. Diante da nossa potencialidade na área, a experiência do governo belga é muito importante para avançarmos em relação à utilização das hidrovias”, destacou.

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