sexta-feira, 29 de junho de 2012

Críticas aos cruzeiros marítimos são iguais no Brasil e nos Estados Unidos



Ilustração site PortoGente


Não é de hoje que o Blog dos Mercantes vem denunciando problemas causados pelos cruzeiros marítimos, sejam eles de âmbito trabalhista, econômicos, ambientais, ou mesmo aos clientes que se utilizam dos luxuosos hotéis flutuantes que as empresas (todas estrangeiras) oferecem.

Não, nem o blog, nem o blogueiro são xenofóbicos. Ao contrário, apoiamos a presença de empresas estrangeiras em nosso país. Mas há uma diferença claríssima entre apoiar a presença destas empresas aqui e aceitar qualquer condição para tê-las aqui.

Se alguém tem dúvidas quanto ao fato de essas empresas não nos trazerem nenhum benefício palpável, vejam abaixo as conclusões da Marad dos Estados Unidos, divulgadas no site Net Marinha.

Críticas aos cruzeiros marítimos no Brasil e nos EUA são idênticas

Muito se fala no glamour dos cruzeiros marítimos, mas os problemas que essa atividade causa, por falta de adequada regulamentação, começam a chamar a atenção de entidades ligadas à navegação em várias partes do mundo.

Nos Estados Unidos, a agência marítima nacional (a Marad), chegou à conclusão de que os cruzeiros são uma atividade marginal, no sentido que não geram empregos e não contribuem para o desenvolvimento do turismo e do comércio interno, além de utilizar navios construídos em outros países, em detrimento da indústria norte-americana.

O interessante é que os problemas agora apontados nos Estados Unidos há muito vem sendo identificados, no Brasil, pelo Sindmar (Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante).
As conclusões levaram a Marad a proibir o financiamento público de operações relacionadas aos cruzeiros marítimos, sob o argumento de que, se não geram benefícios diretos para a economia americana, e ainda representam uma concorrência desleal para empresas locais, não há qualquer razão para manter o apoio à atividade.

Calcula-se que a “indústria dos cruzeiros” transportou 72 milhões de passageiros nos Estados Unidos (a maioria de americanos) em 2011, com lucro de US$ 40 bilhões (Ver matéria que segue abaixo). Esses recursos, no entanto, não tiveram impacto positivo no recolhimento de tributos, na geração de empregos para cidadãos norte-americanos ou para a indústria naval daquele país. Os passageiros consomem a bordo, o que implica perda de mercado para o comércio local.

Como ocorre no Brasil, os cruzeiros pertencem em sua maioria a empresas européias, que geralmente empregam tripulantes de países asiáticos, como as Filipinas, onde a mão de obra é mais barata. Embora os cruzeiros se beneficiem da economia (consumidores locais) dos países que visitam, não recolhem tributos, o que gera fuga de divisas.

Mas, tanto nos Estados Unidos como no Brasil, o problema não é apenas econômico. Para o Sindmar, o fato de os cruzeiros operarem sem regulação ou regulamentação, potencializa o desrespeito a regras de navegação e a normas ambientais e sanitárias.

Problemas como despejo de dejetos por esses navios em águas costeiras de balneários famosos, como Angra e Búzios, no Estado do Rio de Janeiro, tem sido frequentes. Os problemas sanitários têm causado frequentes intoxicações a bordo a cada temporada, conforme noticia a imprensa, inclusive com mortes de passageiros.

Outra questão apontada pelo Sindmar é o despreparo das tripulações para lidar com emergências, o que ficou patente na recente colisão seguida de naufrágio do Costa Concórdia, no Mediterrâneo.

2 comentários:

  1. My wife and I recently boarded the MSC Sinfonia for a round trip cruise starting in Venice, Italy. We were really impressed with a very good looking ship, very stable, silent engines, comfortable environment, well designed cabins and spacious decks. As the Cruise proceeded we started to become aware of some drawbacks. They started with the safety drill, when we were treated rather roughly by gentlemen whose English classes apparently did not include the word “Please”. This was soon followed by security personel controlling disembarking which had the same lack of formal education. But the worst was yet to come. The so called “Reception Desk” was simply not receptive, to say the least. The lines were overwhelmingly long at any time of day or evening. A simple question meant standing in line forever. If one decided to pay for a beer (instead of waiting for the end-of-trip settlement) you had to wait in line... Not to mention the “by the book” attitude of the clerks which seemed to never being able to improvise and support the customer. I should grant them that some of the passengers (maybe the majority) had the nasty habit of cutting the lines ! The organization of events was such that, at least in one occasion, we had to wait almost three hours to disembark due to the lack of tender boats to go ashore (for a visit which would last six or seven hours). Complaining? You would have to stand in line and be cut... We think that we have had enough of MSC cruises... Better stick to Royal Caribbean and Princess.

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    1. Thanks your comments Ricardo. As other costumers you are complaining about your rights that were not respected on board. As you yourself concluded, the way to settle this situation is boycotting the Company, as no authority will pay attention to your calls. But in USA, maybe a court can.

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