O setor marítimo no
Brasil vem recebendo impulsos cada vez mais vigorosos de todos os envolvidos na
atividade, e a Academia Marítima inaugurada pela Transpetro (veja nota abaixo publicada no Diário do Nordeste) é mais uma das
ações que podem fortalecer nossa atividade e levar nosso país a dias melhores,
nessa área importante e sensível.
Mas existe uma
diferença entre a formação de marítimos e a especialização dos mesmos. A
formação é o processo de treinamento completo, desde os conhecimentos básicos a
um marítimo, até o treinamento específico a Oficiais de Náutica e Máquinas.
Diferente é a
especialização, quando um marítimo já formado é treinado a exercer determinadas
funções a bordo ou realizar determinadas operações, operar determinados
equipamentos e embarcações. Ou seja um complemento à formação básica de um
marítimo.
A participação que o Blog dos Mercantes apoia é a segunda, deixando a formação básica a cargo da Marinha do
Brasil, como tradicionalmente ocorre em nosso país.
Mas já tivemos
conhecimento de que existem turmas de formação básica de Oficiais baseadas em
dependências da Transpetro, algo que abre precedente e representa um sério
perigo ao equilíbrio que o mercado de trabalho vem oferecendo na área, pondo em
sério risco condições e socioeconômicas de nossos tripulantes.
Academia Marítima tem aula inaugural
A Petrobras Transportes S/A (Transpetro), subsidiária da estatal petrolífera, inaugurou ontem, no Rio de Janeiro, a Academia Marítima Transpetro.
A Petrobras Transportes S/A (Transpetro), subsidiária da estatal petrolífera, inaugurou ontem, no Rio de Janeiro, a Academia Marítima Transpetro.
O presidente da empresa, Sérgio Machado,
apresentou, a aula inaugural do empreendimento, concebido pela Companhia em um
convênio com a Marinha do Brasil, na Capital carioca e em Belém, no Estado do
Pará.
Conforme a Transpetro, a escola nasce
com o objetivo de aperfeiçoar os oficiais de náutica e máquinas da empresa e
ajudar a Marinha na formação de novos profissionais.
A expectativa da Transpetro, que hoje
emprega 2,2 mil oficiais em seus 57 navios em operação, é formar 1,6 mil alunos
até 2016. "Queremos ser a melhor empresa de navegação, não apenas a maior.
E o que faz uma empresa ser a melhor são as pessoas. É por isso que estamos
investindo na formação de novos oficiais", afirmou Machado.
Campo de trabalho
Parte desses oficiais formados poderá
trabalhar nos 49 novos navios construídos em estaleiros brasileiros sob
encomenda da Transpetro, por meio do Programa de Modernização e Expansão da
Frota (Promef), com investimentos da ordem de R$ 10,8 bilhões.
Atualmente, três embarcações do programa
já estão em operação: os navios de produtos Celso Furtado e Sérgio Buarque de
Holanda, entregues pelo Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro, e o suezmax João
Cândido, pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco.
O navio de produtos Rômulo Almeida,
também construído pelo Mauá, começará a operar ainda este ano.