O texto abaixo foi tirado da Folha de São Paulo há algum tempo atrás. Esse tipo de situação costuma acontecer com frequência no país, e me refiro à privatização do espaço público. Espaço entendido aqui como domínio, e não como área física. Tais descalabros ocorrem em todos os níveis da administração pública e, embora esteja presente também em outros países, lá isso é coibido e punido quando detectado,, aqui tem sido recorrente prática recorrente e pouco se faz para coibir e/ou punir tais excessos. Nesse caso os discursos de que vai ser apurado e outras providências equivalentes recaem num espaço de discurso vazio e nenhuma mudança apresentam.
O caso Petrobrás é terrível, os desvios dentro da empresa não são recentes ou restritos aos governos do último partido a assumir o poder, mas se estendem a períodos bem anteriores a esse, mesmo que só agora tenham vindo à tona com força e principalmente, parecem não estarem sendo varridos para debaixo do tapete.
E o que tem uma coisa a ver com outra?
A Petrobrás é espaço público, assim com as calçadas de uma cidade. Seria ótimo que realmente os desvios denunciados, apurados e comprovados dentro da empresa tivessem consequências, que essas consequências se desdobrassem para outras áreas do poder, e que esse caso se tornasse um marco de melhoria da relação público-privado dentro da sociedade brasileira.
Multar deputado e senador para quê?', diz agente da CET
| Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
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| Veículos oficiais estacionados durante a diplomação do governador Geraldo Alckmin |
Autoridades convidadas para a cerimônia de diplomação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) protagonizaram nesta sexta (19) flagrantes de infração de trânsito em frente à Sala São Paulo, no centro da capital paulista.
Parlamentares eleitos neste ano, que também seriam diplomados, parentes e convidados estacionaram seus carros em local proibido, na calçada da praça Júlio Prestes.
Com placas oficiais da presidência do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), das secretarias estaduais de Gestão e Justiça, e da Assembleia Legislativa, os veículos desconsideravam a sinalização e atrapalhavam a circulação de pedestres.
A poucos metros dali, agentes da CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) apenas observavam a cena.
Questionado pela Folha sobre a possibilidade de notificar aqueles carros –a multa para este tipo de infração é de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira–, o fiscal, que não tinha identificação no uniforme, disse que recebeu ordens para não multar os veículos. "Multar deputado e senador para quê?", disse ele antes de deixar o local.
A Secretaria de Gestão disse em nota que o secretário da pasta, Waldemir Caputo, solicitou a abertura de um processo administrativo "para esclarecimento do ocorrido e aplicação de punições, se necessárias." A Secretaria de Justiça afirmou que "seguiu orientações de agentes da CET" e analisará o caso.
O TRE, por sua vez, afirmou que a ação "não contou com a autorização do presidente [Antônio Carlos Coltro] e irá apurar o fato". A CET informou apenas que realizou "monitoramento no entorno do evento", mas não deu detalhes sobre o comportamento dos fiscais.
Parlamentares eleitos neste ano, que também seriam diplomados, parentes e convidados estacionaram seus carros em local proibido, na calçada da praça Júlio Prestes.
Com placas oficiais da presidência do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), das secretarias estaduais de Gestão e Justiça, e da Assembleia Legislativa, os veículos desconsideravam a sinalização e atrapalhavam a circulação de pedestres.
A poucos metros dali, agentes da CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) apenas observavam a cena.
Questionado pela Folha sobre a possibilidade de notificar aqueles carros –a multa para este tipo de infração é de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira–, o fiscal, que não tinha identificação no uniforme, disse que recebeu ordens para não multar os veículos. "Multar deputado e senador para quê?", disse ele antes de deixar o local.
A Secretaria de Gestão disse em nota que o secretário da pasta, Waldemir Caputo, solicitou a abertura de um processo administrativo "para esclarecimento do ocorrido e aplicação de punições, se necessárias." A Secretaria de Justiça afirmou que "seguiu orientações de agentes da CET" e analisará o caso.
O TRE, por sua vez, afirmou que a ação "não contou com a autorização do presidente [Antônio Carlos Coltro] e irá apurar o fato". A CET informou apenas que realizou "monitoramento no entorno do evento", mas não deu detalhes sobre o comportamento dos fiscais.
| Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
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| Veículos oficiais estacionados em cima da calcada, em frente a Sala São Paulo |
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