Nossa última postagem foi sobre as ações neoliberais no Brasil e o porque delas. Agora apresentamos a oposição a essas ações. O texto também é grande, vale a leitura e para isso basta clicar no título da matéria abaixo, que foi veiculada pela Carta Capital.
Um país social-desenvolvimentista, parte I
por Fernando Nogueira da Costa* — publicado 01/12/2017 20h00,última modificação 30/11/2017 18h47
É preciso priorizar o crescimento da renda e sua melhor distribuição. O grande trunfo brasileiro está na mobilidade social e no mercado interno
EBC
O Brasil é potencialmente o quinto maior mercado em número de consumidores
Uma abordagem histórico-estruturalista mantém-se como base para a interpretação do Brasil por parte dos economistas social-desenvolvimentistas. Tem como suporte a ideia de sequências reativas. Adequa-se aos elementos centrais do conceito de dependência da trajetória. Eventos iniciais contingentes têm um impacto causal fundamental sobre o resultado final, ainda que não por meio do mecanismo de retornos crescentes, mas sim por meio da cadeia causal por eles desencadeada.
Além disso, as conexões causais entre os eventos constrangem os atores para que permaneçam na mesma trajetória de acordo com a ideia de lock-in. Sistemas de trajetórias dependentes se tornam assim bloqueados [locked in], entre os quais as seleções de eventos contingentes que poderiam ocorrer, para seguir atratores que seriam idealizados como ótimos.
A teoria do desenvolvimento, a “tentativa de explicação das transformações dos conjuntos econômicos complexos”, como dizia Celso Furtado, avançou quando teve uma percepção mais lúcida da história econômica. Esta revelava a significação dos fatores não econômicos no funcionamento e na transformação dos sistemas econômicos, bem como a importância do grau de informação dos agentes responsáveis pelas decisões econômicas.
Na medida em que existe um sistema de valores, aceito ou imposto, em toda a ordenação econômica, verifica-se a influência de fator não-econômico na cadeia de decisões que levam à transformação dos conjuntos econômicos complexos.
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