Moro já cumpriu seu papel no golpe, Lula já está preso, e tomam-se ações para tentar fazer com que o líder petista caia no ostracismo, ao mesmo tempo em que algumas figuras golpistas começam a ser descartadas.
Moro e Dallagnol parecem ser duas dessas tristes figuras.
Mas o golpe, ainda que bem bolado, parece não ter sido bem executado, e figuras que deveriam fazer o trabalho sujo e desparecer parecem ter gostado do poder e da popularidade que alcançaram.
Agora setores superiores deverão buscar a retomada das rédeas do processo. Outra vertente que dá as caras é de uma direita mais liberal, que vê com péssimos olhos os abusos excessivos cometidos em direção ao poder sem urnas. Veremos até que ponto as partes estarão dispostas a se degladiar em busca do poder.
É o que nitidamente parece estar acontecendo em alguns casos, inclusive nos que tocam a prisão do ex-presidente Lula.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sérgio Kukina decidiu retirar das mãos de Sergio Moro o processo de extradição de Raul Schmidt Felippe Júnior, alvo da Lava Jato que morta em Portugal.
O caso foi alvo de um conflito de competência entre Moro e o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Moro havia determinado a extradição do operador financeiro, que tem dupla cidadania, mas o TRF-1 suspendeu o processo. Moro queria manter a extradição mesmo contra o entendimento do TRF-1.
O desembargador do TRF1 Ney Bello fez uma dura crítica à postura do juiz de Curitiba em um comunicado ao STJ. Na nota, Bello diz que é "inimaginável, num Estado Democrático de Direito, que a Polícia Federal e o Ministério da Justiça sejam instados por um juiz ao descumprimento de decisão de um Tribunal, sob o pálido argumento de sua própria autoridade".
A decisão de Kukina põe um fim à disputa e fixa a Primeira Seção do STJ como órgão competente para discutir o assunto, já que a extradição envolve ato privativo ao ministro da Justiça. Leia mais em reportagem do Globo.
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