terça-feira, 22 de maio de 2018

Muita coisa se explica aí

Isso muita gente repete por aí, e chegam a relacionar doenças que já teriam cura, mas que os laboratórios se negam a liberá-las, com vista a seguir a venda de medicamentos paliativos.

Mas acho que é a primeira vez que vejo isso de forma tão clara, e divulgada pela imprensa.


Goldman Sachs questiona: “Curar doentes é um modelo de negócio sustentável?”

A notícia é da estação CNBC, segundo a qual os referidos analistas apresentaram um relatório, no dia 10 de abril, intitulado "A Revolução do Genoma".

“Analistas do grupo financeiro Goldman Sachs tentaram abordar um assunto sensível para as empresas de biotecnologia, sobretudo as que estão envolvidas na terapia genética, um tratamento pioneiro: as curas de doenças podem ser más para os negócios no longo prazo”. A notícia é da estação CNBC, segundo a qual os referidos analistas apresentaram um relatório, no dia 10 de abril, intitulado “A Revolução do Genoma”. Nesse relatório questionam: “Curar doentes é um modelo de negócio sustentável?”
“O potencial para providenciar ‘curas de uma dose’ é um dos aspectos mais atrativos da terapia genética, terapia celular geneticamente modificada e edição de genes. No entanto, esses tratamentos oferecem uma perspetiva muito diferente no que concerne às receitas recorrentes na comparação com terapias crónicas”, escreveu o analista Salveen Richter. “Ao mesmo tempo que esta proposta traz um valor tremendo para os pacientes e a sociedade, poderá representar um desafio para os desenvolvedores da medicina do genoma que procuram um fluxo permanente de receitas”, argumenta.
Segundo a CNBC, o analista do Goldman Sachs referiu como exemplo os tratamentos da Gilead Sciences para a hepatite C, os quais obtiveram taxas de cura superiores a 90%. As vendas nos EUA desses tratamentos para a hepatite C atingiram um valor máximo de 12,5 biliões de dólares em 2015, mas estão em queda acentuada desde essa altura. O Goldman Sachs estima que as vendas este ano vão quedar-se em menos de quatro biliões, tendo apresentado um gráfico com essa trajetória descendente no relatório em causa.

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