quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

A economia evolui e muda o mundo

Muito interessante o artigo da BBC. Vale a pena dar uma olhada, até porque não é muito longo.

Conheça 12 economistas que ajudaram a mudar o mundo


Retrato de Adam SmithDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAdam Smith, 'o pai do capitalismo', é o primeiro economista listado entre os 12 mais importantes do mundo em um novo livro de Linda Yueh

Você já ouviu falar de alguns deles: Adam Smith, Karl Marx, John Maynard Keynes? Sim, são todos economistas famosos, mas você conhece suas teorias?
No livro The Great Economists (Os grandes economistas, em tradução livre para português) a economista e jornalista britânica-americana Linda Yueh explica os pensamentos-chave que distinguiram esses e outros nove economistas, e o que eles podem nos ensinar sobre o mundo atual.
Em entrevista para a revista BBC History, Yueh destacou que, ainda que os 12 especialistas tenham pensamentos muito distintos - e em alguns casos opostos - todos têm algo em comum.
"Todos eles observaram os desafios econômicos mais importantes de sua época, os examinaram, analisaram e encontraram formas de nos ajudar a entender melhor o que estava ocorrendo. E o mais importante ainda, nos explicaram o que podia ser feito a esse respeito", afirma a autora.
Assim, por exemplo, Adam Smith se preocupou como a Revolução Industrial afetava a motivação das pessoas e seu sustento econômico. John Maynard Keynes focou a busca pelo fim da Grande Depressão.
A obra também cita contribuições de David Ricardo, Alfred Marshall, Irving Fisher, Joseph Schumpeter, Friedrich Hayek, Joan Robinson, Milton Friedman, Douglass North e Robert Solow.
Todos esses economistas também abordaram certos temas em comum, principalmente o crescimento econômico. "Não apenas como crescer economicamente mas também a qualidade do crescimento econômico, a fim de que melhore a vida de todos", diz a autora da obra.

Capa do livro The Great Economists, da economista e jornalista Linda Yueh, que selecionou 12 grandes economistas que marcaram a HistóriaDireito de imagemVIKING
Image captionCapa do livro The Great Economists, da economista e jornalista Linda Yueh, que selecionou 12 economistas que marcaram a História

Temas da atualidade: desigualdade social e baixos salários

O livro de Yueh surpreende ao revelar como alguns problemas econômicos que parecem modernos são, na realidade, históricos. Por exemplo, a desigualdade. Em finais do século 19, esse era um tema que despertava o britânico Alfred Marshall, professor da Universidade de Cambridge, que se dedicou a refletir sobre como eliminar a disparidade salarial sem afetar a prosperidade econômica.
Em sua grande obra, Princípios de Economia, de 1890, Marshall enfatizou que as diferenças de renda são um fator-chave que condicionam o desenvolvimento econômico. E para entender como melhorar a distribuição da riqueza, tentou transformar a economia em uma ciência prática, buscando formas de influir nos movimentos do mercado para que melhorasse o rendimento do capital e o bem-estar social geral concomitantemente.
O problema dos baixos salários também vem sendo abordado há quase um século. Uma das primeiras pessoas que analisou o fenômeno foi a economista britânica Joan Robinson, a única mulher que faz parte da lista de Linda Yueh. "Mulheres são apenas um quinto dos economistas do mundo ", diz Yueh.
Analisando o que ocorreu depois da Grande Depressão, Robinson criou o modelo de "competência imperfeita", que ajuda a explicar por que o mercado de trabalho funciona de forma defeituosa, gerando baixos salários e desemprego.
Afastando-se das teorias de economia clássica, que sustentam que os mercados funcionam perfeitamente, baseados na oferta e demanda, Robinson mostrou que quando há monopólios, as empresas podem explorar seus trabalhadores, reduzindo seus salários. Como solução, propôs introduzir concorrência, para que qualquer empresa que explore um trabalhador corra o risco de perdê-lo para outra empresa.

Fotografia da Joan RobinsonDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA britânica Joan Robinson é a única mulher na lista dos 12 grandes economistas

Adam Smith, o pai do capitalismo, se mantém relevante

O primeiro economista citado no livro é Adam Smith, considerado o "pai do capitalismo". "O que fez Adam Smith com sua obra seminal A Riqueza das Nações(1776) foi melhorar o entendimento de como funciona uma economia industrial", algo que estava recém surgindo à época.
O escocês foi o primeiro a explicar conceitos econômicos como preço, produção, distribuição, finanças públicas, comércio internacional e crescimento econômico. "Por isso, se converteu na base da economia desde então", afirma a pesquisadora Yueh.
Smith não apenas explicou como funcionava a nova economia industrial mas também como ela afetava os trabalhadores. Assim como outros economistas incluídos no seu livro, seus pensamentos seguem sendo relevantes ainda hoje.
"Suas teorias continuam servindo para entender como funciona o mercado e o papel do Estado. E nos ajuda a entender quando devemos estar preocupados e como devemos entender a balança comercial e os déficits comerciais, coisas que ainda são debatidas hoje", defende a autora de The Great Economists.

Livro 'A riqueza das nações', de Adam SmithDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPágina da famosa obra de Adam Smith, que muitos consideram relevante ainda hoje

Marx dizia que o capitalismo não poderia coexistir com o comunismo

O livro também aborda outro economista muito famoso: o alemão Karl Marx, que completou 200 anos de nascimento em 2018.
A BBC History questionou Yueh sobre o que pensaria o ideólogo do comunismo sobre a China, o país comunista que mais teve êxito na história. "Não tenha certeza de que Marx reconheceria que a economia chinesa de hoje adere a seus princípios", responde.
O Partido Comunista chinês seguiu o marxismo por um tempo, antes da ruptura com a União Soviética, depois da Segunda Guerra Mundial, mas tudo mudou com "a introdução das reformas de mercado em 1978", afirma Yueh.
A autora avalia que Marx poderia ter considerado "curioso" o que ocorre quando se introduz o capitalismo em um país com um sistema político comunista, "mas, segundo seus conceitos, não podia coexistir o capitalismo com o comunismo".

Edifícios envidraçados e altos na ChinaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPara a autora, Marx não consideraria a China um país comunista

Robert Solow procurou dar respostas para a estagnação econômica

Segundo a autora de The Great Economists, o último economista em sua lista, o americano Robert Solow, poderia nos ajudar a resolver um dos principais problemas econômicos atuais, que afeta nosso futuro próximo: a estagnação econômica.
O crescimento econômico diminuiu desde a crise financeira de 2008 e, nesse contexto, explicou, muitos temem converter-se em um Japão - um país rico que pode nunca se recuperar por completa de sua própria crise financeira, nos anos 1990.
O "modelo de crescimento" de Solow, que analisa a relação entre a produtividade, a capacitação do trabalhador e o investimento, "poderia nos dar as respostas para sair do problema", defende Yueh.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-46655386?ocid=socialflow_facebook

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

A destruição da Previdência

Vejam bem, há duas considerações importantes que quero fazer antes de entrar nessa análise inicial que faço da chamada Reforma da Previdência. A primeira é que não sou advogado tributarista, previdenciário, ou economista especializado no assunto, embora já tenha lido e ouvido muito a respeito. Esses estudos vão desde visões de que a reforma é desnecessária, passando pelos que pensam numa reforma diferente da apresentada, àqueles que optam pela reforma apresentada por Temer e agudizada por Bolsonaro.

A outra consideração é que a análise que faço da reforma é inicial, porque não o tema é complexo e muito divergente, e também é um tema crucial para o futuro de mais de 95% da população brasileira, que depende dos proventos de algum tipo de previdência para garantir uma velhice minimamente digna.

Sendo assim vamos ao primeiro grande problema dessa "reforma". Mais do que agora, dificilmente alguém alcançará o teto da Previdência, pela simples forma como os cálculos e as condições são impostas.

Prosseguindo, a "reforma" cria regras patéticas de transição, que garantem aposentadorias baixas a quem falta 2 anos para aposentadoria no Regime Geral, e praticamente nenhuma outra para nenhum outro trabalhador. 

Para aqueles que já têm tempo de aposentadoria, está sendo mudada a fórmula de cálculo, de forma a diminuir os valores das aposentadorias. Ou seja, apenas parte do direito adquirido está sendo respeitado.

Políticos, Juízes e Militares estão fora da reforma, o que não se justifica, já que a reforma é constitucional, e seria uma ótima oportunidade de se reunir todos os brasileiros dentro da mesma norma, garantindo em artigos constitucionais, e leis ordinárias, as especificidades de cada profissão. Não são apenas trabalhadores rurais, professores e policiais que precisam de aposentadorias mais cedo pelas especificidades de suas profissões. Alguns trabalhadores do setor de saúde, Marítimos, trabalhadores com radioatividade, mineiros, e alguns outros também não têm condições de se aposentarem com 65 anos, seja porque as profissões são extremamente desgastantes, seja porque exigem mais fisicamente, e perdem espaço no mercado de trabalho por não poderem mais entregar aquilo que o empregador exige.

Para completar há distorção no que é aposentadoria e o que é prestação de renda mínima, como as pagas a idosos e a deficientes. Não se pode abarcar tudo no mesmo saco, como também não se pode penalizar ainda mais aqueles que já foram penalizados pela própria vida. Então há necessidade de que o governo separe as duas coisas, e que garanta renda mínima que realmente possa fazer a mínima diferença a pessoas que não têm mais condições de buscarem o mínimo para sua sobrevivência. O salário mínimo brasileiro, se não é o mais baixo, está entre os mais baixos dos países que encontram-se no mesmo nível de desenvolvimento que o Brasil. Ora, impingir a essa parcela da população, que já não é assim tão representativa, rendimentos muito abaixo do salário mínimo, é condená-los a miséria.

A previdência para o Estado não é um investimento ou um negócio que necessite de lucro, mas uma prestação social que deve garantir condições mínimas e aceitáveis de sobrevivência àqueles que já não têm a mesma condição de buscar sua subsistência através do trabalho.

A reforma proposta por Paulo Guedes não se sustenta por ser baseada em ideologia e objetivos distorcidos, que atendem apenas a uma parcela mínima da população, que são aqueles que vivem de juros e de repasses imorais do governo. O local onde o país tem que economizar R$ 1 Trilhão nos próximos anos é nos juros da dívida, nas isenções fiscais descabidas, renúncias fiscais e refis absolutamente desnecessários e discriminatórios dos governos brasileiros nos últimos anos.

Voltaremos a comentar a medida que tenhamos mais observações a fazer.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Como pagar a conta?

Abaixo a reportagem que dá uma boa ideia do que seja a tecnologia quântica e algumas de suas aplicações. Também nos dá ideia dos custos das pesquisas, dos custos do desenvolvimento da tecnologia, e claro do preço dos novos equipamentos que serão lançados.

E vem a pergunta: quem vai pagar a conta?

Certamente não será o extrativismo e o agronegócio, porque por mais desenvolvidos que sejam, jamais terão o valor necessário para cobrir tais custos, e a cada nova fronteira científica em que cheguemos, mais longe estaremos de pagar essa conta.

E mesmo que esses setores sejam fundamentais para a economia e para a humanidade mesma, não têm densidade tecnológica para cobrir os custos das novas pesquisas e nem das novas tecnologias.

Somente um país com uma economia industrial moderna e pujante tem condições de adentrar nesse mundo que se constrói, e que de forma equivocada o Brasil espontaneamente abre mão de participar como um dos agentes, ao invés de paciente.

Ou o Brasil muda seus rumos radicalmente, ou nossos problemas apenas irão se agudizar.


Entenda o que é tecnologia quântica, novo campo de batalha entre EUA e China


Ilustração sobre ciência quânticaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionTecnologia quântica substituiria o sistema binário usado na computação atualmente

A informação circulou apenas em veículos especializados: o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia dos Estados Unidos publicou, em setembro, sua nova estratégia para o desenvolvimento da Ciência da Informação Quântica (CIC).
O relatório de 15 páginas recomenda objetivos que o governo de Donald Trump deve perseguir para desenvolver e fortalecer suas capacidades de tecnologia quântica - que, basicamente, consiste em trocar o sistema binário atual da computação tradicional por um sistema baseado em pequenas moléculas, o que permitiria uma ampliação exponencial na forma como se processa informação.
Para discutir as estratégias apresentadas, foram convidados à Casa Branca funcionários do governo e representantes das grandes empresas tecnológicas e financeiras do país, como Alphabet (holding que engloba o Google), IBM, JP Morgan Chase, Lockheed Martin, Honeywell e Northrop Grumman (essas três últimas dedicadas à indústria aeroespacial e de defesa).
Também foi anunciado um investimento de US$ 249 milhões (R$ 966,5 milhões) para levar a cabo 118 projetos vinculados a esse campo científico.
Do outro lado do mundo, na China, está em curso um movimento similar: o governo de Pequim está construindo um novo Laboratório Nacional de Ciências da Informação Quântica em Hefei, a um custo de US$ 10 bilhões, que deve ser inaugurado em 2020.
Isso ocorre após o lançamento, há dois anos, do que foi descrito como o primeiro satélite quântico de comunicações, e do anúncio, em 2017, da criação de uma rede de comunicações supostamente "impossível de ser invadida" e à qual só têm acesso 200 usuários: militares, servidores públicos e funcionários de empresas privadas em cargos sênior.

Mapa da China sobre sequência bináriaDireito de imagemREUTERS
Image captionA China tem investido em satélite quântico e em laboratório científico

O fato de as duas maiores potências globais estarem competindo no desenvolvimento de tecnologia quântica demonstra a importância desse campo que, para alguns teóricos, é tão poderoso que pode transformar o mundo.

O que é a computação quântica?

Em vez de usar "um" e "zero" em sequências longas, como na computação clássica, um bit quântico - ou qubit - usa as propriedades das partículas subatômicas.
Elétrons ou fótons podem estar, por exemplo, em dois estados ao mesmo tempo - um fenômeno chamado superposição. Como resultado, um computador de qubit pode fazer cálculos muito mais rapidamente que um computador convencional.
"Se você tem um computador de dois qubits e você adiciona dois qubits, terá um computador de quatro qubits, mas não vai dobrar a potência do computador - vai fazer com que cresça exponencialmente", explicou à BBC Martin Giles, chefe do escritório de San Francisco da publicação MIT Technology Review.
Dessa forma, as tecnologias quânticas prometem uma revolução na forma como se processa a informação, afirma Alejandro Pozas-Kerstjens, pesquisador do Instituto de Ciências Fotônicas de Barcelona, na Espanha, e do Grupo de Teoria da Informação Quântica.
"Toda a informação se codifica em um sistema binário - em zeros e uns -, mas, por volta dos anos 1960, descobriu-se que o lugar onde essa informação é armazenada pode levar a diferenças no que se pode fazer com ela", diz.
"Ou seja, posso gravar uma informação clássica em um chip de computador, como fazemos atualmente, mas também podemos armanezar esses zeros e uns em outros sistemas menores, a exemplo de átomos únicos ou pequenas moléculas. O comportamento desses átomos e moléculas, por serem tão pequenos, é ditado por outras regras: as do mundo quântico."
O objetivo da Ciência da Informação Quântica, portanto, é usar essas novas propriedades quânticas para melhorar o processamento e a transmissão da informação, entre outros benefícios.

código binárioDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionUso da tecnologia quântica permitiria processamento de informação muito superior ao do sistema binário

A promessa é de que a CIC sejam uma revolução na forma como processamos as informações, o que deve abrir milhares de possibilidades em setores como saúde, ciência e sistemas de defesa. É por esses motivos que as nações mais poderosas do mundo têm competido pela dianteira nessa área.

Satélite quântico

A julgar pelos avanços apresentados até agora no campo da tecnologia quântica, talvez a China esteja um passo à frente.
Em 2016, Pequim anunciou que havia lançado o primeiro satélite de comunicações quântico e, um ano depois, declarou que havia conseguido utilizar esse satélite para estabelecer comunicações criptografadas que não poderiam ser decifradas por agentes externos.
"Foram dois experimentos: o primeiro conseguiu uma comunicação quântica com o satélite a partir da Terra e, depois, aproveitou-se esse satélite para realizar comunicação entre dois pontos em terra, com sinal criptografado quanticamente", explica Pozas-Kerstjens.
Essa capacidade de saber se uma informação foi interceptada ou se chegou corretamente a seu destino não pode ser obtida com as tecnologias tradicionais nem com os métodos de transferência de informação que usamos atualmente.
Os experimentos chineses ainda são, no entanto, projetos-piloto. "Eles provaram que pode ser feito, mas, no momento, não se alcançou a viabilidade para aplicações amplas (em escala) industrial", diz Pozas-Kerstjens.

Ilustração de computadorDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionComputador quântico é por enquanto uma espécie de 'Santo Graal' que países e empresas buscam desenvolver

'Santo Graal'

Tampouco se alcançou essa viabilidade no campo da computação quântica. Várias empresas de diversos países estão tentando desenvolvê-la - algo que, por enquanto, está no nível experimental, mas não comercial.
"O computador quântico é, por enquanto, um Santo Graal", prossegue Pozas-Kerstjens. "É a direção na qual se movem, direta ou indiretamente, todos os esforços no campo da Ciência da Informação Quântica."
A computação clássica, que trabalha em bits, opera a informação só em dois estados: zero ou um (aceso ou apagado). Já a quântica, por sua vez, trabalha também com a superposição de ambos estados e usa o movimento de partículas subatômicas para processar dados em quantidades impossíveis para a computação clássica.
Embora atualmente essa tecnologia esteja ainda em nível teórico, a expectativa é de que, em algum momento, sejam concluídos os cálculos que farão os computadores tradicionais parecerem obsoletos.
Nos Estados Unidos, empresas como IBM, Google e Microsoft estão desenvolvendo seus próprios computadores quânticos. O mesmo está acontecendo na China, com empresas locais como Alibaba e Baidu.
Mas não é nada fácil construir computadores quânticos: o principal problema é o número de bits quânticos que um computador será capaz de alcançar. Há relatos de que o Google esteja na dianteira, com o desenvolvimento de um processador com potência de qubits.
Além disso, existem obstáculos de manutenção, uma vez que esses futuros computadores exigem temperaturas extremamente baixas para conseguirem operar. O desenvolvimento de computadores quânticos que funcionem a temperatura ambiente é um dos pontos principais das pesquisas em curso.

Revolução

Para Pozas-Kerstjens, a tecnologia quântica tem potencial revolucionário semelhante ao dos primeiros computadores pessoais, por mudar a forma como "fazemos coisas que hoje custam muito caro, como a fabricação de medicamentos ou a otimização de rotas de tráfego para reduzir o gasto com combustíveis".

ComputaçãoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPara especialista, tecnologia quântica tem potencial revolucionário semelhante ao dos primeiros computadores pessoais

"Esse tipo de coisa será um problema solucionável com um computador quântico", diz ele.
Mas talvez o maior interesse dos governos seja pelo potencial quântico no âmbito da defesa - desde realizar comunicações mais seguras até conseguir deter aeronaves intrusas.
E será que alguém está de fato ganhando essa disputa? Para Pozas-Kerstjens, é uma "corrida de muitas cabeças" competindo bem de perto.
"Talvez possamos dizer que na computação quântica a dianteira seja dos Estados Unidos, mas, no campo das comunicações quânticas, é a China".

https://www.bbc.com/portuguese/geral-46636742?ocid=socialflow_facebook