terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Protecionismo nunca saiu de moda

Enquanto países industrializados e avançados criam barreiras e políticas públicas, incluindo o financiamento de exportações, e  para manter e aumentar o controle e desenvolvimento tecnológico, o Brasil tenta destruir seu parque industrial, entregar o pouco domínio tecnológico de ponta que detém, e destruir todo o resto de estrutura desenvolvimentista que ainda resta, depois da passagem dos governos petistas e psdbista.

Ora, se políticas protecionistas, desenvolvimentistas e o controle de tecnologia de ponta são tão ruins, por que esses países aplicam essas políticas para si próprios, enquanto incentivam a países como o Brasil que abram e escancarem suas economias e fronteiras a todos os tipos de entregas?

O artigo abaixo mostra a Alemanha defendendo sua indústria de tecnologia ponta, Trump já proibiu a venda de uma empresa de altíssima tecnologia aos chineses, e agora cria um "BNDESS" ianque.

Enquanto isso Bozo e seus bolsominions atacam o BNDESS, nossas empresas de alta tecnologia, nossas empresas que concorrem de igual para igual, e às vezes com vantagem sobre as empresas desses países. A desculpa é a corrupção. A mesma corrupção que as empresas desses países propagam, praticam e das quais se beneficiam pelo mundo afora, que são preservadas em seus países de origem, mesmo quando pegas praticando os mais baixos atos de corrupção, mas que aqui, e com nossas empresas, são sempre vilipendiadas e levadas a tentativa de destruição.

Nós não temos um projeto de país, em poucos momentos tivemos um esboço disso. Ao contrário, o que sempre tivemos foi um projeto de colônia sem o intermédio de uma metrópole. Esse foi o projeto da "independência", e segue sendo até hoje.

Ou o Brasil muda e busca virar um país, ou será eternamente uma enorme região de miséria e exploração sem sentido. E não tem ninguém que consiga fazer isso diferente, a não ser o próprio povo brasileiro.




Alemanha cria fundo para proteger 

empresas de aquisições estrangeiras

Estratégia alemã para a indústria prevê nacionalizações parciais e temporárias para garantir a existência de “campeões nacionais” que concorram com os EUA e a China.




Foto
LUSA/HAYOUNG JEON

Numa tentativa de garantir que o país está entre os líderes tecnológicos mundiais e as suas principais empresas não caem em mãos estrangeiras, o governo alemão pretende criar um fundo destinado a assumir, em “circunstâncias excepcionais”, o controlo das empresas.

A medida, que já vinha sendo noticiada há alguns meses faz parte da Estratégia Nacional para a Indústria 2030 proposta oficialmente pelo executivo alemão esta terça-feira e que inclui a adopção de diversas acções por parte do Estado com o objectivo de desenvolver o sector industrial da maior economia europeia, assegurando a sua competitividade tecnológica a nível internacional.

A estratégia define que o Estado, “por um período limitado de tempo”, pode adquirir parte de empresas consideradas fulcrais a nível tecnológico e de inovação, se tal for necessário para impedir que estas passem a ser controladas por accionistas estrangeiros. Para defender a existência destes “campeões nacionais”, o governo liderado por Angela Merkel prevê a criação de um fundo financeiro que estará disponível para ser usado em “casos muito importantes” nestas nacionalizações parciais e temporárias.

Na apresentação do plano, o ministro da Economia alemão assumiu que a aquisição por parte de uma empresa chinesa da empresa de robótica alemã Kuka em 2016 foi uma das razões por trás do plano agora delineado por Berlim. Peter Altmeier defendeu que é necessário que surjam novos “campeões nacionais e europeus” para que seja possível competir a nível tecnológico com a China e com os EUA.

O caso mais imediato em que este novo fundo, se vier a ser criado, pode ser utilizado é o da Siemens, que planeava juntar-se à francesa Alstom para conseguir fazer face à forte concorrência chinesa, mas que deverá ver essa intenção recusada pela Comissão Europeia.

A estratégia agora proposta pelo governo alemão inclui outras medidas, como a alteração das regras da concorrência para facilitar fusões que aumentem a competitividade internacional da empresas ou o aumento dos apoios públicos à inovação.

Numa conjuntura internacional marcada pelo ressurgimento de políticas comerciais proteccionistas e pela guerra aberta entre a China e os EUA pela liderança do sector tecnológico, a Alemanha dá agora um passo para, com uma maior intervenção estatal, assumir um papel mais importante neste conflito. Entre os partidos políticos alemãs, ouviram-se várias as críticas que foram da acusação de criação de uma “economia planificada” por parte do Partido Democrático Liberal até à acusação de dar mais poder às grandes empresas por parte do Partido da Esquerda.

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