Deu no site "Portogente": "Quadro desolador para o emprego no mundo, segundo a OIT"
A crise na Europa tem afetado a economia mundial. A ameaça de quebra de vários importantes bancos europeus, devido à possibilidade de calote da dívida de vários Estados Membros da União Européia, tem colocado os mercados em polvorosa.
Isso se reflete diretamente na oferta de empregos. Se ainda não recuperamos o nível de empregabilidade pré 2008, voltaríamos a vê-la cair sensivelmente se a nova crise vier a se instalar com força.
O acordo alcançado dentro da União Européia, no início de dezembro de 2011, põe certo alento à economia e os mercados responderam a isso positivamente. Mas disso trataremos especificamente em outra postagem.
Que este acordo realmente reanime a economia mundial e o nível de investimentos em produção. O que temos observado é uma grande acumulação de capital nos últimos anos, com incentivos governamentais contra a crise sendo absorvidos e transformados em lucro para as empresas, mas não em melhoras significativas para a população dos países mais afetados pela crise.
O que pedimos agora é que tal alento e tais incentivos se traduzam em efetivo avanço econômico, com investimentos e recuperação dos empregos perdidos nos últimos anos.
Para quem quiser atalho para o relatório da OIT em inglês, clique aqui.
O texto publicado no site "Portogente":
Quadro desolador para o emprego no mundo, segundo a OIT
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou um relatório sobre o mercado de trabalho global, que mostra um quadro desolador. O documento adverte que a qualidade de vida entre os países desenvolvidos retrocede e aumenta as tensões sociais já que, ao mesmo tempo em que as condições pioram, os bancos seguem ganhando mais dinheiro e as empresas não gastam seus lucros para o investimento. Sobre a Espanha diz que destruição de emprego ainda não foi ao fundo do poço e advertiu que o agravamento da crise fiscal na Europa vai atrasar o retorno aos níveis de antes do início da turbulência.
A OIT diz que a economia mundial se encontra à beira de uma nova e mais profunda recessão do emprego, o que atrasará ainda mais a recuperação econômica em nível global e isto poderá gerar mais tensão social em um grande número de países.
“Chegamos ao momento da verdade. As possibilidades de evitar uma recaída do emprego são limitadas e devemos aproveitá-las”, afirmou Raymond Torres, Diretor do Instituto Internacional de Estudos Laborais da OIT, que publicou o relatório.
Outras conclusões importantes do relatório incluem:
- Cerca de 80 milhões de novos postos de trabalho serão necessários durante os próximos dois anos para que se regresse às taxas de emprego anteriores à crise (27 milhões nas economias avançadas; o restante em países emergentes e em desenvolvimento).
- Dos 118 países para os quais existem dados, 69 registraram um aumento na porcentagem de pessoas que manifestaram uma piora no seu nível de vida em 2010 comparado com 2006.
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