terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Só o ensino qualificado e público resolve problema da carência da mão de obra qualificada



A reportagem veiculada pela Agência Brasil” é específica para a indústria da construção, mas pode ser estendida com facilidade para outros setores da economia brasileira. E aqui não falamos de falta de talentos, mas simplesmente de trabalhadores que não contam com formação escolar e técnica para exercerem funções mais qualificadas.

O Blog dos Mercantes já alertou e se pronunciou sobre esses fatos, mas não custa voltar a alertar: esse tipo de carência só se resolve com ensino de qualidade, extenso, direcionado, e público.

É verdade que nos últimos anos o governo brasileiro criou uma quantidade significativa de escolas técnicas, principalmente pelo interior do país, mas só isso não é suficiente. A educação básica tem que ser reforçada e melhorada, por dois motivos que aqueles que costumam trabalhar com educação sabem de cor.

Primeiro porque quanto mais novo, mais fácil é de se aprender, em quantidade e qualidade.

Segundo, porque como o próprio nome diz, a educação básica é base para o aprendizado de todo o mais.

Claro que se pode recuperar na escola técnica, mas elas seriam muito mais eficazes se os alunos já chegassem com o conhecimento básico requerido.

Quanto a carência de mão de obra especializada, já não é novidade para os que acompanham o blog que isso não é uma exclusividade nossa.

Fica mais uma vez a dica.

A reportagem da "Agência Brasil":

Falta de qualificação profissional é apontada por empresários como principal problema da indústria da construção

A falta de mão de obra qualificada foi apontada como o principal problema da indústria da construção, de acordo com a Sondagem Industrial da Construção, feita trimestralmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada hoje (31). O item foi apontado por 56,5% dos empresários ligados às micro, pequenas e médias empresas e por 48,8% dos executivos ouvidos pela pesquisa em grandes empresas. Apesar disso, os percentuais são menores que os apurados na sondagem do trimestre anterior (68,1% e 59,7% respectivamente).

Na sequência da lista de problemas, os empresários apontaram a elevada carga tributária (51,6% das micro, pequenas e médias empresas e 39% das grandes). Os números mostram um aumento da preocupação dos empresários de menor porte com taxas e impostos em relação à pesquisa anterior (48,8%), diferentemente das opiniões dos grandes empresários, que passaram a se preocupar menos com a questão tributária em relação à penúltima sondagem (48,9%).

A pesquisa também mostra que a falta de demanda é outra preocupação dos construtores. Segundo a CNI, esse item foi assinalado como problema por 19,5% dos entrevistados das grandes empresas no terceiro trimestre do ano. No segundo trimestre, o percentual, nesse quesito, era apenas 10,6%.



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