terça-feira, 17 de novembro de 2015

Integração da América do Sul

A reportagem abaixo, do Jornal do Comércio, fala sobre um corredor de integração da América do Sul, o que propiciria aumento do comércio entre os próprios países envolvidos, interiorização do desenvolvimento (mesmo já sendo uma região bastante desenvolvida no interior isso aumentaria), acesso aos dois oceanos aos países envolvidos, além de outras vantagens.

A primeira vez que vi algo sobre o tema, foi durante o primeiro governo do PT, no anos de 2005, em seminário ocorrido no Hotel Guanabara, na época, empresários e autoridades (e eu infiltrado por parte de trabalhadores) participamos de vários seminários, e debates sobre a integração física da América do Sul, através de corredores de transportes como o descrito na matéria do JC.

Já comentei algumas vantagens sobre o corredor de Porto Alegre a Coquinho, imaginem se tivéssemos mais 3 ou 4 corredores desse tipo, interligando completamente a América do Sul, não apenas fazendo uso do transporte rodoviário, mas com ligações a hidrovias e ferrovias, proporcionando o uso do transporte multimodal, barateando fretes, facilitando o escoamento da produção de todos os países sulamericanos, e propiciando desenvolvimento a todos eles?

Utopia? Não, isso é absolutamente  possível, basta quere.


Jornal do Comércio– Reportagem – 10/09/2015

Chile avança na ideia do Corredor Bioceânico

Estrutura com 2.472 quilômetros fará a integração física da América do Sul pelos oceanos Atlântico e Pacífico

Chilenos da cidade de Coquimbo participaram ontem de audiência pública na Comissão do Mercosul da Assembleia Legislativa para debater o Corredor Bioceânico Central, que fará a integração física da América do Sul, interligando os oceanos Atlântico e Pacífico. A rota, de 2.472 quilômetros, irá de Coquimbo, no Norte do Chile, até Porto Alegre, passando pela Argentina.

Um dos principais pontos do trajeto é a travessia da Cordilheira dos Andes, cujas estradas ficam fechadas mais de 40 dias por ano em razão da neve. Segundo as autoridades chilenas presentes na audiência pública, os recursos para obra do Túnel do Passo de Água Negra, nos Andes, já estão garantidos e a licitação em andamento. No atual projeto, está prevista a construção de um túnel com 13,8 quilômetros de extensão, o que permitirá o livre trânsito nos 365 dias. A obra integrará oito regiões, três países, 21 portos, 9 aeroportos e 21 milhões de pessoas.

O presidente da Assembleia, deputado Edson Brum (PMDB), destacou que a obra vai “viabilizar um fluxo de exportação importante para a economia gaúcha e brasileira, bem como dos países interessados”. O deputado Frederico Antunes (PP) comemorou o trabalho já executado pelas autoridades chilenas, mas salientou a urgente necessidade da duplicação da BR-290, o principal corredor do Mercosul.

“O Chile está de parabéns por ter feito o dever de casa e esperamos que a Argentina também faça a sua parte. Acredito que das três nações beneficiadas com esse projeto, a que mais deixe a desejar seja o Brasil, vide o atraso nas obras de duplicação da BR-290. Como parlamentares gaúchos e membros desta Comissão, eu proponho que nós intensifiquemos a cobrança junto ao Congresso Nacional, para garantir que esses recursos para a BR-290 sejam garantidos no orçamento do próximo ano”, disse Frederico Antunes. A previsão de conclusão do Corredor Bioceânico Central é de 14 anos, tempo calculado pelas tecnologias existentes para a obra, principalmente pela construção do Túnel de Água Negra.

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