Um dos maiores promovedores do crescimento do país nos últimos anos (junto com o setor de petróleo), o setor naval pede socorro. Estaleiros reduzindo ritmo e/ou parando, empresas de navegação e apoio marítimo, reduzindo suas frotas, fechando. Todos esses despedindo.
Mas os benefícios que o crescimento do setor trouxeram ao país não passam despercebidos, e por isso mesmo já se iniciam movimentações para que os investimentos voltem e que, em curto prazo, esses setores econômicos retomem ao menos parte da pujança dos últimos anos. Isso passa por ações do governo. Ações essas, que têm sido constantemente cobradas pelo Blog dos Mercantes.
Quem sabe agora elas não comecem a se concretizar?
Ao menos é o que o artigo abaixo deixa transparecer.
Mas os benefícios que o crescimento do setor trouxeram ao país não passam despercebidos, e por isso mesmo já se iniciam movimentações para que os investimentos voltem e que, em curto prazo, esses setores econômicos retomem ao menos parte da pujança dos últimos anos. Isso passa por ações do governo. Ações essas, que têm sido constantemente cobradas pelo Blog dos Mercantes.
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Portal Fator Brasil – Reportagem – 12/08/2015
Setor naval precisa de uma agenda positiva
No Rio de Janeiro, lideranças governamentais, setoriais e empresariais pediram menos burocracia e manutenção do otimismo para superar o período de instabilidade econômica do País.
O ambiente de instabilidade econômica e política reflete em todos os setores produtivos do País e a indústria naval e offshore, um dos símbolos dos anos recentes de crescimento, também sofre com incertezas. Para reverter este quadro, lideranças governamentais, setoriais e empresariais recorrem ao otimismo, como pôde ser visto no primeiro dia da 12ª edição da Marintec South America - Navalshore, evento do setor de construção e manutenção naval da América do Sul, que começou no dia 11 de agosto(terça-feira), e vai até quinta, no Rio de Janeiro (RJ).
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de Janeiro, Marco Capute, afirmou que tem confiança no crescimento do setor: “Estou no cargo há cinco meses e, desde então, minha agenda está carregada de reuniões com empresas que querem investir no Rio”. Ele frisa, no entanto, que é necessário ter criatividade para superar o período instável e garantir os empregos nos estaleiros. “O governo estadual não está omisso. Temos discutido uma política para o setor, não só aqui mas no País”, completa.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior também acredita na força do setor, destacou o coordenador-geral das Indústrias Automotiva Naval e de Equipamento de Transporte, João Rossi. “Estamos acompanhando a crise, mas sabemos que o segmento naval é forte. O plano de negócios da Petrobras é robusto e está em andamento e as perspectivas são otimistas. Vamos discutir saídas e superar os desafios.
Para o diretor da Agência de Transportes Aquaviários (Antaq), Alberto Tokarski, otimismo não basta, o Brasil precisa ter o compromisso de diminuir a burocracia. Ele se refere às licitações de arrendamentos de áreas portuárias, cujo o primeiro bloco está sob avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). “Gostaríamos que o processo tivesse mais celeridade, pois temos convicção que as áreas são atrativas e vão gerar investimentos, inclusive de fora do País”, observa.
Para o superintendente de Insumos Básicos do BNDES, Rodrigo Bacellar, o ano é de desafios, mas não necessariamente significa que haverá retração para as atividades do banco de fomento, como disse durante participação na Marintec “Só neste ano, a instituição deve financiar mais de R$ 3 bilhões para projetos de construção naval. A busca por mercados externos, inclusive, é uma oportunidade para as empresas enquanto o Pais está instável”, observou.
A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) teme que a falta de governabilidade no País afete a continuidade dos projetos nos setores naval e offshore, segundo o vice-presidente da entidade, Raul Sanson. “O momento é difícil e decidimos trabalhar em duas frentes, com o mapeamento da indústrial naval e com o conselho de oil & gas, para discutir os leilões no setor, fundamentais para o seu funcionamento”, explicou. Sanso ressalta que, o Rio de Janeiro é o estado que mais sofre quando o ambiente de negócios é ruim, pois 80% das atividades petrolíferas e de gás e 50% da produção naval estão em seu território.
“O grande desafio desta edição da Marintec é o de auxiliar o segmento a formular uma agenda positiva para os próximos anos, com o objetivo de consolidar a atividade naval no País e na América do Sul. Para isso, introduzimos novidades no modelo do evento como o Fórum de Líderes, que reúne, em uma programação de debates, os principais players e lideranças setoriais e governamentais na busca de soluções para o setor”, destaca Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil, responsável pela organização do evento, que segue até o dia 13 de agosto (sexta-feira).
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