quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Eles existem.

Aquilo que muita gente tenta negar, começa a ser confirmado pela ciência: os imbecis existem. Vejam bem, ciência é algo que evolui constantemente, e mesmo que algo seja afirmado hoje, pode ser contestado amanhã.

Mas parece haver uma relação direta entre os resultados desse estudo e os processos pelos quais o mundo passa hoje em dia.


A ciência confirma: há mesmo pessoas imbecis

Um estudo de uma Universidade norte-americana mostra que existem quatro tipo de personalidades: reservado, extrovertido, mediano e autocentrado. Há um cientista português envolvido
"Vou ser muito franco. A minha primeira reação foi 'isto é um absurdo'", disse um dos cientistas envolvidos no estudo, William Ravelle, um conhecido cético no que toca à existência de tipos de personalidade. O psicólogo e investigador da Universidade de Northwestern foi o primeiro a criticar o estudo agora divulgado pelo The Washington Post.
Eventualmente, no entanto, o investigador acabaria por dar razão aos cientistas da universidade que estudavam tipos de personalidade a partir dos dados de 1, 5 milhões de pessoas. Existem quatro tipos de personalidade: reservado, extrovertido, mediano e autocentrado. E para onde quer que os investigadores olhassem eram estes os resultados que obtinham.
Que os seres humanos se tentam categorizar desde tempos antigos é algo que os cientistas envolvidos no estudo da Universidade norte-americana de Northwestern são os primeiros a dizer. "Estas ideias remontam a gregos como Hipócrates", diz Martin Gerlach. Investigador pós-doutorado, estuda sistemas complexos e participou no estudo cujos resultados foram originariamente publicados no Human Nature Behavior.
A existência de tipos de personalidade é tudo menos consensual entre psicólogos. Pelo contrário, existe acordo sobre a existência de traços de personalidade "que podem ser medidos de forma consistente entre idade e culturas", disse o português Luís Nunes Amaral, co-diretor do Instituto Nortwestern de Sistemas Complexos, um dos cientistas envolvidos neste estudo.
Os cinco traços comummente aceites são abertura para a experiência, conscienciosidade, extroversão, neuroticismo (ou instabilidade emocional) e agradabilidade.
No modelo criado pelos cientistas norte-americanos, a cada um dos cinco traços é dado um valor. A combinação dos valores permitiu isolar quatro grandes grupos de dados, e assim definir quatro tipos de personalidade.
O modelo foi afinado e aplicado de diferentes formas, por indicação do cético William Ravelle, gerando sempre os mesmos quatro tipos de personalidade. Ao todo, o estudo trabalhou traços de personalidade de 1,5 milhões de pessoas.
"O que é novo neste estudo é que a escolha dos cinco grandes traços mantém-se como um ponto de partida", diz John A. Johnson, psicóloo da Universidade da Pensilvânia, a pessoa que agregou os dados de 500 mil pessoas. Dito de outra forma, o estudo "faz uma defesa forte da existência de tipos de personalidade definidos por configurações dos cinco grandes traços de personalidade".
"As pessoas acham que não existem descobertas importantes nas ciências sociais, mas não é verdade", considera Luís Amaral.

Onde entram os imbecis?

Com os resultados, os cientistas concluíram que as pessoas reservadas não são abertas ou extrovertidas, mas conscienciosas e agradáveis.
Já o tipo autocentrado corresponde a pessoas com muitos pontos em extroversão, mas marcas mais baixas em agradabilidade, consciência e abertura. Luís Amaral descreve-as ao The Washington Post em termos "não técnicos" de forma simples: são "imbecis". Os que mais entram neste grupo são os rapazes adolescentes. A proporção vai diminuindo à medida que crescem.
Que é como quem diz, com a idade passa. Em muitos casos, pelo menos...

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