terça-feira, 27 de novembro de 2018

Na Europa as coisas são apuradas

A grande diferença entre Europa, EUA e Brasil é a forma como as coisas procedem. Nas regiões mais desenvolvidas acontecem também episódios de Leis e corrupção, só que nessas áreas, as coisas são realmente e devidamente apuradas, e quem deve paga, tanto financeira, quando penalmente. Em outras palavras, devolve o que roubou, e ainda vai em cana.

As empresas?

Essas são preservadas em sua integralidade, porque elas são fundamentais para o desenvolvimento dos países, de forma soberana e socialmente responsáveis, porque elas não são responsáveis em garantir nenhuma das duas coisas, mas são meio para que os governos o consigam.

Por isso Trump vetou a venda da Qualcomm para a China, Lula impediu a transferência de uma fábrica de motores para lá, e os países europeus costumam ter grandes empresas estatais, ou com participação expressivas, ou ainda se valer das goldem shares para exercer influência decisiva sobre os futuro dessas empresas.

No Brasil os neoliberais querem entregar tudo. Só que isso fecha empregos de ponta aos brasileiros, e ainda cria enorme passivo externo.

Quem paga a conta?


Bruxelas investiga BMW, Daimler e Volkswagen por suspeita de cartel

Grupos BMW, Daimler e Volkswagen são suspeitos de cartel na limitação de desenvolvimento e venda de tecnologia de emissões de automóveis.

Margrethe Vestager, a comissária europeia da Concorrência


Os grupos BMW, Daimler e Volkswagen estão na mira da Comissão Europeia por suspeita de cartel na limitação de desenvolvimento e venda de tecnologia de emissões de automóveis. O processo é liderado pela comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, anunciou Bruxelas esta terça-feira. A primeira suspeita deste cartel foi tornada pública em julho de 2017.
"A Comissão está a suspeitar de que forma BMW, Daimler e Volkswagen concordaram em não concorrer entre si no desenvolvimento e venda de sistemas importantes para redução das emissões poluentes dos veículos ligeiros de passageiros a gasolina e gasóleo. Essas tecnologias têm como objetivo reduzir o impacto ambiental destes carros. Se isto for provado, este cartel terá negado aos consumidores a oportunidade de comprar carros menos poluentes, embora os fabricantes tenham a tecnologia disponível", aponta a comissária dinamarquesa citada pelo Financial Times.
Os escritórios dos três grupos automóveis alemães foram alvo de buscas em outubro de 2017; quase um ano depois, Bruxelas tenta provar de que forma BMW, Daimler e Volkswagen - e as suas marcas Audi e Porsche - reuniram-se para discutir o desenvolvimento e venda de sistemas de redução de emissões de óxido nitroso (carros a gasóleo) e dos filtros de partículas (carros a gasolina). Bruxelas, ainda assim, afasta este alegado cartel da fraude de emissões do grupo Volkswagen, que foi tornada pública há três anos: "não há indicações que as partes coordenaram-se para usar dispositivos ilegais para engar os testes de emissões", como sucedeu no Dieselgate do grupo de Wolfsburgo. Se a Comissão Europeia conseguir provar a existência deste cartel - o que pode demorar vários anos - os três grupos estão sujeitos a multas que podem atingir até 10% das receitas anuais das marcas envolvidas no processo.
O montante das coisas depende da duração e gravidade do processo. Quem cooperar com as autoridades, pode ter redução de multa ou até ficar isento de multa, caso assuma as responsabilidades. Esta não é a primeira vez que Bruxelas investiga cartéis na indústria automóvel. Em julho de 2016, a Comissão Europeia aplicou a maior multa de sempre a um cartel, no valor de 3,8 mil milhões de euros, depois de ter ficado provado que seis fabricantes acertaram os preços de venda destes veículos pesados e repercutiram no consumidor os custos do cumprimento das normas ao nível das emissões poluentes.

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