No início do Séc. XX, mais precisamente em 1904, teve lugar uma série de manifestações e atos populares, que acabaram conhecidos pela História como Revolta da Vacina. O estopim foi a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola (a vacinação se mostrou absolutamente correta, já que a doença é considerada erradicada do planeta), mas também foi resultado de uma série de mudanças e reformas urbano-sanitárias, lideradas pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Pouco mais de um século depois vemos uma situação muito semelhante.
Boa parte das pessoas dirão que isso é um problema brasileiro, que a falta de Educação é o grande responsável, etc, etc. Essas pessoas estão certas, mas essas pessoas também estão erradas. E verdade que é um problema brasileiro, mas vemos movimentações contra ações sanitárias em outros lugares do mundo também, alguns reconhecidos como centros de alta escolarização. Alemanha, Itália, França, entre outros estão enfrentando problemas sérios com a pandemia, e reações adversas por parte de suas populações. A diferença para o Brasil é que no Brasil tem mais gente contra as medidas, que em outros lugares do mundo, e isso é devido a educação absolutamente deficitária no país, mas também a essa cultura importada do norte do continente, onde sociedade não existe, só existe o "eu".
Mas há uma grande diferença entre a Revolta da Vacina de 116 anos atrás e a atual. Em 1904 o Brasil tinha muitos problemas, e apesar de que não se deve transportar os valores atuais para aquela época, simplesmente porque eles agiam segundo outras premissa, numa coisa nitidamente há diferença: os governantes. Em 1904 eles estavam muito mais preocupados com a saúde da população, e com o desenvolvimento do país, do que os de hoje.
Não acredita?
Basta ver o Presidente Bolsonaro, que mais uma vez politiza e ideologiza uma situação que deveria ser abordada da forma mais técnica possível, que é a obrigatoriedade da aplicação da vacina contra o Covid-19, e também quanto a origem da vacina.
O meio ambiente segue queimando
E isso é literal. Para culminar, nesta última semana, os trabalhos de contenção dos incêndios no Pantanal e na Amazônia foram interrompidos devido a falta de recursos financeiros.
Mais um descaso do governo brasileiro com sua economia, com seu patrimônio natural, com sua imagem na comunidade internacional, e até mesmo com sua população.
Campanhas pelas prefeituras esquentam
Com a proximidade das eleições municipais, as campanhas esquentam, e nas principais capitais os candidatos buscam crescer e garantir uma vaga no segundo turno.
Em São Paulo temos o atual prefeito Bruno Covas, Russomano, Boulos, e Márcio França, todos em busca de um lugar no segundo turno. Dificilmente haverá decisão em turno único.
Rio de Janeiro Crivella, Eduardo Paes, Benedita, e Martha Rocha buscam essa vaga. Também é difícil que haja decisão no primeiro turno.
Belo Horizonte. O atual prefeito Alexandre Kalil parece que vai levar em primeiro turno.
Em Porto Alegre Manuela D'ávila lidera, mas Sebastião Melo, Nelson Marchezan, e José Fortunati estão num empate técnico, e também é muito difícil que se decida tudo no primeiro turno.
Em Curitiba Rafael Grecca lidera, mas já não há certeza de que ganhará em primeiro turno. Mas, ainda que haja segundo turno, dificilmente o atual prefeito não conseguirá a reeleição, tendo em vista a grande vantagem que tem para o segundo colocado.
Salvador tem Bruno Reis com ampla vantagem para o segundo colocado, mas também apresenta um quadro em que dificilmente deixará de vencer o segundo turno também.
Fortaleza tem Capitão Wagner em primeiro e a atual prefeita em segundo, tecnicamente empatada com Sarto.
Em Recife João Campos tem boa vantagem para a segunda colocada Marília Arraes, que está tecnicamente empatada com Delegada Patrícia, mas devemos ter segundo turno, e podemos ter virada.
Para mim essas são as principais cidades e capitais do país. Infelizmente não dá para acompanhar todas.
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