domingo, 4 de outubro de 2020

Trump está com Coronavírus

Após a patética participação no primeiro debate para a Presidência dos EUA, Donald Trump se ausenta da linha de frente devido uma infecção por Coronavírus. Sua esposa Melania Trump também está infectada. Com isso o mandatário da maior economia do mundo se afasta de suas atividades, e também da campanha para sua reeleição.

O que é curioso é que parece que, tal lá como aqui, as doenças aparecem em momentos delicados para determinados políticos, quando estão muito mal em determinadas empreitadas, ou quando precisam dar determinadas explicações. Entendam, não digo que Trump e sua esposa não estejam com Covid, até porque acredito mesmo que a doença os tenha atingido, como atingiu outros políticos proeminentes pelo mundo, como o Premier Britânico Boris Johnson, a Ministra espanhola Irene Monteiro, o Ministro francês Franck Riester, entre outros.

Entendam, a doença é oportunista, e o que mais fazem políticos como Trump é dar oportunidade a esse tipo de doença de se instalar. E eu não vou entrar aqui na discussão de que são negacionistas, de que minimizaram a doença e suas consequências em várias oportunidades, etc. O que vou afirmar aqui é diferente, e transcende a questão da opinião individual de políticos dessa envergadura, porque quando assumem esses cargos, determinados aspectos de suas vidas deixam de lhes pertencer, e estão obrigados a cuidar de sua saúde com muito mais esmero que reles mortais como nós.

E esse é o problema, eles se colocaram em riscos desnecessários inúmeras vezes. E com isso eles não colocam em risco somente suas vidas, eles colocam em risco a própria estabilidade dos países que comandam, que podem se ver sem sua liderança máxima em momentos delicados, e por mais que haja afinamento entre o mandatário e seu sucessor, toda transição de poder impõe algumas oscilações, mudanças, e tremores, e ainda que pequenos e passageiros, no meio de graves problemas político-econômico-sanitários, esse não é o momento de que esses percalços ocorram, ainda mais por irresponsabilidade.


Equipa médica "cautelosamente otimista" diz que Trump "não está fora de perigo"

Médicos dizem que estão "cautelosamente otimistas". Casa Branca divulgou fotos do presidente norte-americano a trabalhar na suite presidencial do hospital onde está internado.

A equipa médica da Casa Branca diz estar "cautelosamente otimista" após um dia em que Donald Trump não apresentou febre e não precisou de oxigénio suplementar, embora admita que "não está fora de perigo". Uma avaliação que consta do boletim clínico do presidente norte-americano, emitido na madrugada deste domingo (hora de Lisboa), um documento assinado pelo principal médico de Trump, Sean Conley.

"O Presidente Trump está a evoluir bem e fez substanciais progressos desde o diagnóstico", refere o boletim, acrescentando que Donald Trump tomou na noite de sábado a segunda dose de Remdesivir, "sem complicações". Continuará a ser observado ao longo do dia de domingo, em que voltará a receber nova dose do medicamento antiviral.

Trump "passou a maior parte da tarde a trabalhar e deslocou-se sem dificuldade pela suite presidencial", acrescenta o boletim da equipa médica.

Na sexta-feira Donald Trump, de 74 anos, anunciou na sua página pessoal da rede social Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, testou positivo ao coronavirus e que entraria em quarentena. Horas depois, foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.

Segundo o The New York Times, os níveis de oxigénio no sangue do Trump desceram na sexta-feira e foi-lhe dado oxigénio antes de ser transferido para o hospital.

Conley, médico osteopata, comandante da Marinha e médico do Presidente norte-americano desde 2018, recusou-se a especular sobre a data em que Trump poderá ter alta do hospital.

De acordo com o Chefe de Gabinete da Casa Branca Mark Meadows, as próximas 48 horas serão "críticas" para determinar se Trump enfrenta ou não um caso agressivo da covid-19

Trump publicou entretanto, na rede social Twitter, um novo vídeo gravado no hospital, no qual diz que começa a sentir-se melhor e espera "voltar em breve".

"Sinto-me muito melhor agora, estamos a trabalhar arduamente para que eu recupere totalmente. Penso que voltarei em breve e mal posso esperar para terminar a campanha da forma como a comecei", acrescentou.

Na comunicação, agradeceu ao pessoal médico que o está a tratar e aos líderes mundiais e cidadãos norte-americanos que enviaram votos de melhoras, dizendo estar a lutar pelos milhões de pessoas que têm tido o vírus em todo o mundo.

"Vamos vencer este coronavírus ou o que quer que lhe queiram chamar", disse o presidente no vídeo, que não está datado.

O chefe de Estado norte-americano disse ainda que não podia ficar trancado na Casa Branca.

"Não podia sair, nem sequer podia ir à Sala Oval", afirmou o Presidente, considerando que tinha de "enfrentar o problema".

Defendeu ainda que as terapias experimentais que está a receber são um "milagre que vem de Deus".

De acordo com Trump, a primeira-dama, Melania Trump, também está "a lidar muito bem com o assunto" porque é mais nova."Um pouco mais nova", acrescentou Trump, que é 24 anos mais velho do que a mulher.

O estado de saúde de Donald Trump tem estado envolto em polémica, face às contradições entre vários responsáveis da Casa Branca. No sábado, minutos depois de o principal médico de Trump afirmar que o presidente estava "muito bem", o chefe do gabinete de Trump (pedindo para não ser citado) referiu aos jornalistas presentes no primeiro ponto da situação clínica que Trump já esteve mal e que as próximas 48 horas seriam decisivas.

Horas depois, Mark Meadows veio a público desmentir aquelas declarações, afirmando que o presidente "estava a ir muito bem", mas as afirmações tinham sido gravadas.

Segundo avançou Sean Conley, Trump recebeu um tratamento experimental à base de anticorpos sintéticos (vitamina D; famotidina, que é tipicamente usada para tratar azia e refluxo ácido; melatonina, auxiliar do sono, e uma aspirina). Logo na sexta-feira à noite recebeu também a primeira dose do fármaco Remdesivir, que deverá tomar durante cinco dias. "Demos-lhe algumas destas terapêuticas avançadas mais cedo do que na maioria dos pacientes", disse o clínico responsável pelo presidente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário