segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Ucrânia não entrará na OTAN?

Viktor Orbán, Primeiro Ministro da Hungria, e tido como um homem de extrema-direita, agora tem um amiguinho na Eslováquia. Sim, o Primeiro Ministro eslovaco, Robert Fico, que assumiu há pouco tempo, se juntou ao húngaro em sua posição "anti" Ucrânia, e afirmou que não irá autorizar a entrada do país do Leste europeu na OTAN, já que, segundo ele, isso levaria os russos a intervirem e a uma 3ª guerra mundial generalizada

Como se não bastasse, pouco depois de precocemente "impedir" a entrada ucraniana na OTAN, Fico também afirmou que se junta a Orbán para impedir que a União Européia volte a enviar fundos e armas aos ucranianos, e impedirá a tática tentada por Ursula von der leyen de criar um artifício que garantiria aprovar novos fundos para a Ucrânia mesmo sem a aprovação húngara, já que tais fundos exigem a aprovação por unanimidade dos Estados membros da aliança política europeia.

Aos poucos os ventos mudam na Europa, e chega ao ponto de o maior partido de oposição alemã, e que cresce dia a dia, falar abertamente na saída dos germânicos da União Europeia. Isso seria uma pá de cal nas já desastradas e deterioradas relações de seus países membros.

E não caiam na ladainha espalhada pela mídia do Velho Continente de que a atual situação se deve a sabotagens de russos e chineses, já que todo o caminho que trouxe a "Velha Europa" a essa situação foi escolha de sua própria classe dirigente político-econômica, que optou por todos os caminhos tortuosos trilhados.

Sim, há solução, mas para isso é necessário uma guinada na trajetória traçada, e é possível que ela aconteça, exatamente pela resistência daqueles que observam o mundo com um olhar menos embaçado por sonhos e devaneios de grandeza. Mas caso a guinada não venha, então a tendência é a fragmentação do país e a queda profunda nas condições de vida de sua população.

BRATISLAVA VETARÁ A ENTRADA DA UCRÂNIA NA NATO
🇸🇰🇺🇦 O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, avisou no sábado que o seu país vetará qualquer tentativa de adesão da Ucrânia à NATO, porque isso pode significar «o início da Terceira Guerra Mundial».
«Sou contra a adesão da Ucrânia à NATO. Utilizarei o direito de veto para vetar a adesão da Ucrânia à NATO, uma vez que esta poderá conduzir ao início da Terceira Guerra Mundial», afirmou Fico numa entrevista à rádio, na qual também se recusou a ajudar Kiev com armas.
Fico especulou, em vez disso, sobre a adesão da Ucrânia à UE, à qual não teria qualquer objeção, desde que esta cumpra os critérios de adesão.
Fico tenciona encontrar-se com o seu homólogo ucraniano, Denis Shmihal, na quarta-feira, 24 de janeiro, embora não esteja prevista uma conferência de imprensa conjunta devido à recusa da Ucrânia, segundo o próprio Fico.
Fico explicou que irá transmitir a Shmihal a sua rejeição da adesão da Ucrânia à NATO. «Isto é muito importante para mim", disse Fico, sublinhando que a Ucrânia está sob "influência absoluta dos Estados Unidos».
Quanto ao conflito em si, especulou sobre um acordo de territórios para alcançar a paz. «Tem de haver algum tipo de acordo que será muito doloroso para ambas as partes. O que é que eles esperam? Que os russos abandonem a Crimeia, o Donbas e Lugansk? Não é realista», defendeu.

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