Em 7 de outubro de 2023 o grupo Hamas entrou em áreas controladas por Israel, e próximas à fronteira com a Faixa de Gaza, efetuando uma série de capturas de reféns, que o grupo pretendia negociar e trocar por prisioneiros e e refens palestinos mantidos por Israel. Ao menos a ideia inicial era esta, mas isso não deu muito certo. E isso não deu muito certo a começar pela reação israelense ao ataque, que está descrita no artigo abaixo, e que sugiro também seja lido.
Mas o absurdo da reação das Forças de Defesa de Israel (FDI) não se restringe ao dia que iniciou esta série de ataques, esse absurdo se estende às ações subsequentes, e que perduram até hoje.
Quem acompanha tais acontecimentos e tem um mínimo de conhecimento técnico e de estratégia sabe que escavadeiras milagrosas e inundações de túneis são sempre soluções ótimas para filmes de Hollywood. Não que seja impossível suas realizações, mas na vida real tais ações necessitam da existência de condições específicas para se realizarem. Ali não há nenhuma, ao contrário, militarmente o campo é todo desfavorável aos israelenses.
Mas Israel jamais buscou uma confrontação militar com o Hamas, mas tão somente a expulsão, ou a eliminação da população de Gaza. Isso se comprova com os planos previamente existentes da reconstrução da região, que previam condomínios e resorts de luxo, e também com os fatos relatados abaixo, entre outros.
Toda esta situação tem sido mantida parcialmente fora do conhecimento do grande público por sua imensa máquina de propaganda, também conhecida como grande mídia.
Mas as mentiras tendem a ser descobertas, assim como os tiros no pé uma hora te farão sentir dor. Ambos deixam suas sequelas, seja a descrença nos operadores da mídia, seja um andar manco.
As tresloucadas ações israelenses estão unindo o Mundo Islâmico como há muito não víamos, se é que o vimos alguma vez desta forma. O problema é que, hoje, o Mundo Islâmico unido é bem mais forete que Israel, e a surra que a mais "poderosa e qualificada" marinha do mundo vem levando dos Houthis deixam sérias dúvidas se eles efetivamente terão força bélica suficiente para auxiliar Israel comonfizeram em outras oportunidades. Sim o uso de armas nucleares faria a balança voltar a pender aos Ocidentais, mas quem diz que o outro lado não responderá com igual poder?
Ainda há tempo aos Ocidentais para frearem a sanha "sansônica" de Israel, mas esse tempo se extingue rapidamente, da mesma forma que as forças Ocidentais também.
Em julho, o jornal israelense Haaretz revelou que comandantes das IDF deram ordens para atirar em tropas que haviam sido capturadas por Hams em três locais diferentes, referindo-se explicitamente à Diretiva de Aníbal.
Um ex-oficial israelense, o Coronel da Força Aérea Nof Erez, disse a um podcast do Haaretz que a diretiva não foi especificamente ordenada, mas foi "aparentemente aplicada" pelas tripulações aéreas que responderam.
Em pânico, operando sem sua estrutura de comando normal e incapazes de se coordenar com as forças terrestres, eles atiraram em veículos que retornavam a Gaza, sabendo que provavelmente transportavam reféns. "Foi um Hannibal em massa.
Foram toneladas e toneladas de aberturas na cerca, e milhares de pessoas em todos os tipos de veículos, alguns com reféns e outros sem", disse o Coronel Erez. Pilotos da força aérea descreveram ao jornal Yedioth Ahronot o disparo de quantidades "enormes" de munição em 7 de outubro contra pessoas que tentavam cruzar a fronteira entre Gaza e Israel.
"Vinte e oito helicópteros de caça dispararam ao longo do dia toda a munição em suas barrigas, em novas corridas para rearmar. Estamos falando de centenas de morteiros de canhão de 30 milímetros e mísseis Hellfire", disse o repórter Yoav Zeitoun.
"A frequência de disparos contra milhares de terroristas foi enorme no início, e somente em certo ponto os pilotos começaram a diminuir a velocidade dos ataques e a escolher cuidadosamente os alvos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário