Pessoal, e como se esperava, Trump atacou o Irã. O vice-presidente J.D. Vance disse que o Irã deveria se resignar e aceitar o fato, sem reação. Bem, acho que ele não entende a cultura iraniana. Netanyahu, o corajoso líder israelense que iniciou o conflito com os persas, e que fugiu para fora do país na sequência, disse que finalmente o EUA tomou uma boa atitude, e acabou com o projeto nuclear iraniano. A mídia Ocidental está eufórica com o que chamam de destruição do projeto da bomba atômica iraniana, enquanto vozes sensatas, algumas até mesmo inesperadas, dizem que o presidente errou. Esses nomes dissonantes incluem Steve Bannon e Scott Ritter, porque apesar de muitos avisos, apesar de muitos relatórios de que não havia projeto de bomba atômica, ou intenção de construir uma, o presidente que foi chamado por Scott Ritter de “um nada”, autorizou o ataque a algumas instalações nucleares iranianas.
Segundo os persas as instalações já estavam sem material nuclear, todos os equipamentos técnicos já haviam sido removidos, e os danos foram todos externos, sendo que a parte subterrânea das instalações não foram atingidas. Elas são Fordow, Natanz e Esfahan. E praticamente ao mesmo tempo em que o EUA atacava as usinas iranianas, era feito mais um ataque dos persas a Israel. Além de dizer que os danos foram mínimos, autoridades iranianas e sua TV oficial já avisou que quem começou foram os estadunidenses. Também foi solicitada mais uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, e os persas invocaram o direito de retaliação.
Também precisamos ver como reagirão russos, chineses, paquistaneses e os coreanos do norte, que afirmaram ou deram a entender apoio ao Irã. Agora é ver os desdobramentos. Ou o Irã reage, seus aliados se juntam definitivamente e dão um basta nessas ações, ou o Brics e a multipolaridade alardeadas por Putin vão esperar mais uns 40 anos para tentarem outra vez, e as novas rotas da seda terão uma enorme praça de pedágio para serem utilizadas, o que inviabiliza seu projeto de comércio global.
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