Pessoal, no dia 19 de setembro tivemos movimentações bastante tensas entre a Rússia e a NATO no Mar Báltico. A Estonia acusou a Rússia de ter invadido seu espaço aéreo por 12 min com 3 MIGs-31 armados. Os aviões deixaram o espaço aéreo estoniano e rumaram para o exclave de Kaliningrado. As defesas da região foram ativadas e foram lançados caças F-35 italianos para a interceptação. As defesas aéreas da Finlândia também entraram em estado de alerta, mas não tivemos um confronto direto, e nem mesmo há notícias de que os interceptadores tenham entrado em contato direto com os russos. Na sequência a Estônia também acionou o art. 4 do acordo da NATO, aquele que resulta numa consulta com outros membros da coalisão militar para saber quais ações devem ser tomadas para uma determinada situação.
Por sua vez os russos negaram qualquer violação do espaço aéreo estoniano, e afirmaram que seus caças estavam sobre o corredor internacional acordado com os países do Báltico.
Temos que lembrar 3 fatos importantes para qualquer análise.
1-A Estônia já tentou várias vezes apreender petroleiros que se dirigiam à Rússia e passavam pelo canal internacional acordado. Essas apreensões, que estão mais para um ato de pirataria estatal, geraram invasões de espaço e tensões com forças da NATO na região.
2- Há discursos de políticos e até autoridades dos países da NATO na região de fechar a passagem do Báltico à Rússia, e inclusive de invadirem o exclave de Kaliningrado.
3- As violações do espaço aéreo polaco e romeno na semana passada estão cada vez mais com sinais claros de terem sido um “false flag”, o que tem gerado até mesmo piadas da população polaca sobre o fato.
Com isso em mente podemos dizer que sim, pode ter havido uma invasão do espaço aéreo estoniano pelos russos, intencional ou não, não importa, mas o mais provável é que seja apenas mais uma false flag da NATO na tentativa de construir uma narrativa de violações russas para justificar uma retaliação e aperto interno de seus regimes. O próprio Mathew Whitaker, embaixador estadunidense na NATO, disse que a ameaça russa está sendo superestimada pelos europeus.
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