Abrir mão da presença obrigatória de brasileiros
a bordo de embarcações é abrir mão de nossa autonomia
e de nosso desenvolvimento, em prol do lucro de alguns armadores,
a grande maioria estrangeiros.
Deu no DCI*: “Governo discute investimento de R$ 1 bilhão na Tietê-Paraná”. Eis um trecho da notícia: “O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, encontrou-se na semana passada com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para discutir investimento bilionário na hidrovia Tietê-Paraná, que liga cinco estados das regiões centro-oeste, sudeste e sul do país. O projeto consiste na ampliação e modernização do trecho paulista, com uso de R$ 623 milhões do governo federal e R$ 393 milhões do governo estadual”.
O transporte pelo meio aquático, seja ele marítimo ou hidroviário, é fundamental para o progresso de qualquer país. O Brasil é privilegiado com alguns milhares de quilômetros de vias navegáveis, além de sua vasta costa, que proporcionam a exploração não só do transporte, como do turismo e de recursos minerais.
O transporte pelo meio aquático, seja ele marítimo ou hidroviário, é fundamental para o progresso de qualquer país. O Brasil é privilegiado com alguns milhares de quilômetros de vias navegáveis, além de sua vasta costa, que proporcionam a exploração não só do transporte, como do turismo e de recursos minerais.
Excelente a iniciativa dos governos federal e de São Paulo, com o objetivo de impulsionar o transporte pelo meio hidroviário. Mas só isso não é suficiente. O investimento em terminais portuários e vias navegáveis é fundamental, não apenas para incentivar a produção e o comércio, mas também para garantir a soberania nacional e o controle sobre a escoação de nossas cargas.
A soberania nacional só é conseguida plenamente quando brasileiros ocupam os postos de trabalho gerados por esses investimentos, sejam nas fábricas, campos, terminais portuários e embarcações. Empregos e salários dignos, o conhecimento técnico para operar as máquinas, cada vez mais sofisticadas, que equipam embarcações e instalações portuárias ou produtoras dos bens; tudo isso deve ser direcionado ao desenvolvimento dos cidadãos brasileiros.
Assim não basta que o governo invista na infraestrutura necessária para o desenvolvimento do país. É preciso que esteja atento às manobras capitaneadas pela armação externa que opera no Brasil e desconsidere definitivamente algumas. Por exemplo: é descabida a proposta dos armadores de que o Brasil permita a contratação irrestrita de estrangeiros para tripularem embarcações em nossas costas. Ainda mais sem visto de trabalho. Esse é um setor crucial para nossa soberania, economia e desenvolvimento. A presença de brasileiros é imprescindível para garantir que o Brasil detenha a capacidade de decidir o destino que os recursos extraídos da exploração de nossa costa terão.
Abrir mão da presença obrigatória de brasileiros a bordo de embarcações é abrir mão de nossa autonomia e de nosso desenvolvimento, em prol do lucro de alguns armadores, a grande maioria estrangeiros.
O blog não é contra a presença de capital internacional em nossa economia, mas é contra a pressão aviltante que fazem contra nossa soberania e sociedade.
*Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.
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