Isso tudo reflete na nossa Marinha Mercante, onde a política financeira que privilegia o capital especulativo internacional acaba gerando altos custos de operação, impossibilitando a competitividade dos armadores instalados no Brasil com armadores estrangeiros, notadamente os que se utilizam da bandeira de conveniência (bdc).
Deu no Diário de Cuiabá: “Importações crescem 102% no 1º trimestre do ano. Asiáticos são os grandes fornecedores de Mato Grosso, principalmente a China”.
Fato já alertado por vários economistas, o desequilíbrio da balança comercial brasileira é algo a ser revisto pelo governo. Não é apenas a questão da importação em si, mas a exportação de empregos, principalmente para países asiáticos, e também para outros países da região, bem como a solução paliativa encontrada para amenizar o problema, que é a capitação de recursos no mercado financeiro internacional, notadamente investido no setor especulativo (bolsas e títulos do governo).
Isso acaba gerando uma sobrevalorização artificial do real, e um círculo vicioso para que o sistema se perpetue. Algo que, a grosso modo, podemos comparar com nossa antiga inflação. Mais desequilíbrio comercial, mais importações, menos empregos e produção industrial, aumento da taxa de juros, capitação de recursos financeiros especulativos no exterior, redução do valor do dólar. Isso atrelado a uma desvalorização da moeda norte americana, faz com que o custo da produção no Brasil aumente demasiadamente, e o círculo se reinicia.
Além disso, promove um aumento considerável do chamado “custo Brasil”. Os salários brasileiros têm sofrido aumentos consideráveis quando convertidos em dólar, mas muito abaixo do aumento do poder aquisitivo, que seria esperado dos mesmos. Os produtos brasileiros perdem competitividade no exterior, e o trabalhador nacional se torna bastante caro para as indústrias.
Isso tudo reflete na nossa Marinha Mercante, onde a política financeira que privilegia o capital especulativo internacional acaba gerando altos custos de operação, impossibilitando a competitividade dos armadores instalados no Brasil com armadores estrangeiros, notadamente os que se utilizam da bandeira de conveniência (bdc).
O hino da Efomm diz que seus alunos no futuro escoltarão o amado pavilhão nacional pelos portos do mundo. Isso é algo que deveria voltar a ocorrer, não só para cumprir a previsão do hino, mas principalmente porque somente com essa medida se reduziria em vários bilhões de dólares nosso déficit anual; dinheiro este pago em fretes a embarcações estrangeiras. Quem sabe tal medida não ajudaria a trazer também outros empregos perdidos com a natural valorização que teríamos do dólar e a inverter a rotação do círculo.
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