sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Blog dos Mercantes e as hidrovias esquecidas

Dizer que os rios e hidrovias são as estradas da região Norte, ou que elas são importantíssimas para escoar a produção de várias regiões do interior do país a baixo custo, aumentando a competitividade de nossos produtos lá fora, todos já sabem.
Também dizer que devemos aproveitar nosso potencial energético hídrico, e que algumas bacias do interior do país oferecem plenas condições para essa utilização, também é sabido.
Mas é absurdo o que está acontecendo atualmente no país; após acenos promissores de nosso governo anterior, de que o transporte hidroviário seria incentivado no país. É triste e preocupante.
Porque também é sabido de todos que há como utilizar-se o potencial energético dos rios, e ao mesmo tempo incentivar o transporte pelos mesmos.
Mas vejam abaixo o que vem acontecendo, de acordo com reportagem do sítio “Portogente”.
Projetos de hidroelétricas na Amazônia não preveem eclusas 
Texto atualizado em 05 de Outubro de 2011 - 14h51

da Reportagem Portogente

Em sua análise sobre as hidrovias da Amazônia Legal, Renato Casali Pavan, presidente da Macrologistica Consultoria, diz que o problema da hidrovia do rio Madeira está na falta de eclusas na região onde estão sendo construídas as hidroelétricas de Santo Antonio e Jirau, a montante de Porto Velho, o que inviabiliza todo o tramo sul da hidrovia. “A falta das eclusas impede a navegação e reduz substancialmente a competitividade dos estados de Rondônia, Acre e Mato Grosso, além de parte da Bolívia. O tramo norte, por sua vez, opera com enormes dificuldades e necessita de obras que melhorem a navegabilidade durante todo o ano”, observa.
Já a hidrovia do rio Araguaia, prossegue Pavan, que tem grande importância para o leste do estado do Mato Grosso, também está inviabilizada pela falta de obras que proporcionem a transposição da Corredeira de Santa Isabel que, após serem construídas, necessitam também de dragagemderrocagem e sinalização.
Foto: Divulgação
Renato Casali Pavan faz uma análise das hidrovias da Amazônia Legal
Pavan, que está envolvido nos projetos Norte Competitivo e Sul Competitivo, lembra que outra importante hidrovia para otransporte de cargas do estado mato-grossense é a do rio Tocantins, que também atenderia à demanda logística do Maranhão, Pará, além do estado que leva o nome do rio. Mas ele lamenta que tal rota está inviabilizada. “Para ativá-la, entre as intervenções necessárias está o término da construção da eclusa de Lageado, a construção da eclusa da hidrelétrica de Estreito, a derrocagem de 43 quilômetros no Pedral de São Lourenço e a dragagem do canal do Quiriri, até 17 metros, que permitirá ao Porto de Vila do Conde operar com navios tipo Cape-Size, cujo custo de frete é bem menor em relação aos navios tipo Panamax operados atualmente pelo Porto”.
A hidrovia dos rios Teles Pires/Juruena-Tapajós também está se tornando inviável, reclama Renato Casali Pavan. Ele revela que no rio Teles Pires está prevista a instalação de cinco hidroelétricas, mas todas sem eclusas, como já acontece na Usina Teles Pires, em fase de construção, o que já a inviabiliza.
“No estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), essa hidrovia é considerada a mais importante. Sozinha, diminuiria o custo do transporte da região amazônica em um bilhão de reais anuais. É onde se revela o mais preocupante cenário, já que a sua inviabilização tira toda a competitividade da Amazônia Legal”.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Micros e pequenas indústrias começam a demitir: política econômica equivocada?

O Blog dos Mercantes tem feito coro com outros meios de comunicação na busca de soluções para os problemas criados por uma série de equívocos em nossa política econômica. Esses equívocos, cedo ou tarde, acabam por provocar problemas, que como sempre costumam atingir aos que têm menos condições de se contrapor a eles.
A reportagem veiculada pela Folha de S. Paulo (ler abaixo) é emblemática quando põe a mostra os resultados nefastos que problemas não enfrentados podem causar na vida das pessoas. Normalmente esse tipo de situação passaria despercebido, afinal não é uma megaempresa demitindo milhares de trabalhadores de uma só vez, mas são milhares de microempresas demitindo milhares de trabalhadores. Algo um tanto mais difícil de ser detectado.
Nem por isso menos importante ou problemático.
Temos atacado, pontualmente, problemas que são gerais e crônicos. Ao invés de corrigir as distorções criadas por políticas econômicas equivocadas, o governo vem criando protecionismo a determinados setores de nossa economia. Setores importantes, sem dúvida, mas combate-se um equívoco com outro.
A proteção e incentivo à produção nacional são válidos e importantes, mas há que se ter cuidado, pois pode levar a uma acomodação e defasagem da indústria nacional, além de mais uma vez punir o consumidor brasileiro, que estará comprando um produto defasado, por um preço muito mais alto do que o praticado no exterior.
Precisamos dar a devida importância a problemas como custo Brasil, taxa de câmbio, concorrência internacional, e outros do gênero, ou corremos cada vez mais riscos de uma estagnação econômico-tecnológica.
O país não pode se dar ao luxo de perder outro trem em sua história.
Leia abaixo a reportagem da Folha.
Micro e pequenas indústrias começam a demitir 
As micro e pequenas indústrias do Estado de São Paulo começaram a demitir, segundo o Simpi-SP (sindicato do setor). Levantamento da entidade aponta que, entre 400 empresas consultadas com até 50 funcionários, 55 precisaram demitir no último ano. O número de postos de trabalho sacrificados supera os 400, de acordo com Joseph Couri, presidente do sindicato, que atribui a crise à concorrência desleal de produtos importados.
"Isso dá entre sete e oito funcionários demitidos por empresa", afirma. Mais de 40% dos empresários citaram práticas desleais de concorrência. "E não estou falando só de China", diz. Entre as que ainda não começaram a dispensar trabalhadores, 70 tinham possibilidade de contratação, mas abandonaram os planos. "Na crise de 2008, foram as micro, pequenas e médias empresas que mantiveram e geraram empregos enquanto as grandes demitiam, frente ao cenário globalizado."
Couri afirma que "se quem gerou começa agora a demitir, isso significa que o governo deve se preocupar". O estudo também indica que o peso da folha de pagamento no total de despesas das empresas consultadas ficou em 27,7% em média e que 33% buscaram financiamento no último ano.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Reprimarização do Brasil: armadilha a Frente

O Brasil sempre lutou para fugir ao estigma de fornecedor de matérias primas, diversificar sua pauta de exportação e agregar ao menos um mínimo de valor aos produtos que exporta. Nos últimos anos vemos um retrocesso que chega a por em risco a posição do país no comércio internacional.


O texto, veiculado pelo site "Porto Gente", tem uma série de atalhos que embasam suas afirmações com dados e estudos de renomadas instituições; por isso, embora reproduzido abaixo, o Blog dos Mercantes aconselha o acesso direto do texto no "Porto Gente", e a consequente consulta dos textos de apoio.


É muito importante o saldo final da balança comercial de um país, mas é igualmente importante a qualidade desse saldo, ou seja, que esse saldo seja proporcionado por diversificação da pauta, e por uma supremacia de produtos com valor agregado nela.


Os riscos que corremos estão claros e bem definidos no texto abaixo.



Reprimarização do Brasil
A jornalista Maria Inês Nassif destaca estudo do Ipea que alerta sobre mudança do perfil da pauta de exportações, apresentando que, entre 2007 e 2010, as commodities avançaram de 41% para 51% no total de produtos vendidos pelo Brasil ao exterior.


Eterno retorno
Segundo o estudo, o Brasil, desde 2005, perde market share (participação do país nas exportações mundiais, por categorias) em todos os produtos da pauta de exportações brasileiras, exceto commodities primárias e "outros" (item que inclui petróleo).


Causa e efeito
O estudo do Ipea explica que a (re)primarização das exportações brasileiras não é apenas resultado de um bom desempenho das commodities no mercado internacional, mas também o reflexo da perda de competitividade de todos os outros setores no comércio industrial.


Cautela
No entanto, os pesquisadores preferem não falar, ainda, em "desindustrialização" do País, "já que uma forte demanda doméstica tem sustentado o aumento da produção industrial, mas consideram que a duração, no tempo, de um cenário de valorização internacional das commodities e câmbio alto pode ter séria repercussão no futuro", escreve Inês Nassif.


Efeito Orloff
O economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira afirma que o Brasil pode virar um México, ou seja, ser um país maquilador e montador de produtos de alta complexidade tecnológica. "E nada há de mais desgraçado do que virar um México".


Dores do crescimento
Outro perigo, ainda segundo Bresser Pereira, como destaca a jornalista Maria Inês Nassif, é o Brasil ter a "doença holandesa", mal que atingiu os Países Baixos, na década de 1960, quando o "boom" dos preços do gás aumentou substancialmente as receitas de exportação daquele país, num primeiro momento, para em seguida afetar fortemente a competitividade do seu setor industrial.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mercantes na História: navegar sempre foi preciso


Ainda na onda do Dia Marítimo Mundial, o site "Porto Gente" resolveu homenagear a todos aqueles, brasileiros, que navegam e transportam sonhos, esperanças e riquezas por nossas águas. Além de fazer um rápido e interessante processo evolucionário da navegação, notadamente européia, até a época da Revolução Industrial.

O Blog dos Mercantes reproduz abaixo na íntegra o texto e as informações contidas na reportagem do Porto Gente. Mesmo sendo bastante resumido, as informações contidas são interessantes e ótimas para relembrarmos de onde viemos.

"Nesse 30 de setembro, Dia da Navegação, Portogente presta homenagem contando um pouco a história dos desbravadores dos mares em busca de novas culturas, em busca de novas terras e criando um grande comércio mundial.
A professora de História Heloísa Cristina Polloni conta que quando o homem se sedentarizou, considerando o fim do período da pré-História e o início da Idade Antiga, procurou locais próximos aos grandes rios para praticar a agropecuária. Porém, essa atividade gerou um excedente de produção que precisava ser escoado: surgiu, então, o comércio, feito por terra e pelos grandes rios. Dessas civilizações destaca-se a Mesopotâmia, com os rios Tigre e Eufrates; a Índia, com o rio Ganges; a China, com os rios Amarelo e Azul, e o Egito, com o Nilo, onde imperavam os navios de papiro. Os três países ainda preservam o hábito do comércio fluvial.
Somente os Fenícios, por volta de 3.000 a.C., desvendaram completamente o Mar Mediterrâneo. Em função da geografia local, com portos naturais e terreno acidentado e pouco fértil, no início, praticavam a pesca. Naturalmente, foram conquistando os postos de maiores comerciantes marítimos da Idade Antiga. Por mar, exportavam cedro, azeite, vinhos e importavam ferro, estanho, ouro, prata, lã e marfim.
Já os vikings são populares por seus navios de guerra conhecidos como Drakar. Os vikings usavam os seus navios para explorações e saques a outros povos.
Os gregos usavam os trirremes, barcos que tinham cerca de 36 metros de comprimento e tripulação de mais de 150 remadores.
A história da navegação atlântica teve um impulso decisivo durante o século XV, quando os turcos e mongóis interromperam o caminho terrestre até as Índias (Ásia). Os portugueses procuraram chegar até elas margeando o Atlântico, e, em 1487, Bartolomeu Dias alcançou o cabo da Boa Esperança, no sul da África.
Cinco anos depois, Cristóvão Colombo atravessou o Atlântico e chegou à América Central, de que tomou posse em nome dos reis da Espanha.
Foi nessa época que foram feitos os grandes descobrimentos nas Américas e iniciou-se a época das colonizações. Dentre as grandes descobertas está o Brasil, que foi descoberto por Cabral em 1500.
A partir daí, a vela foi se aprimorando até surgirem os navios a combustível, resultados da revolução industrial.

Veja o vídeo abaixo.



sábado, 15 de outubro de 2011

Mercantes no Rock: "Complicated", Avril Lavigne



A canadense Avril Ramona Lavigne iniciou sua carreira profissional aos 17 anos, quando foi descoberta pelo produtor L. A. Reid, da extinta Artist Records. Com um gênero pop contagiante, nos seus 10 anos de carreira já vendeu mais de 30 milhões de álbuns e 18 milhões de singles, além de milhões de downloads de suas músicas e álbuns por todo o mundo.
Não bastasse a carreira bem sucedida como cantora todo o trabalho que isso acarreta, a moça ainda ataca de designer de moda, atriz, e arranja tempo para fazer filantropia.
Para vocês o primeiro grande sucesso de Avril, Complicated, considerada pela revista Rolling Stones a 8ª melhor canção da primeira década do séc. XXI.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Brasileirão a toda!

Ilustração: reprodução da internet

Faltando nove rodadas para o fim do Brasileirão 2011, essa já é, de longe, a edição mais disputada da competição. Temos seis equipes que brigam diretamente pelo título, e o Colorado que ainda corre por fora, mas pode surpreender na reta final.
O Almirante, que chegou a abrir dois pontos de vantagem para os Mosqueteiros, amargou três resultados infelizes e agora divide a ponta com os mesmos, e perde nos critérios de desempate.
Logo abaixo vêm outras quatro equipes. Tricolores paulista e carioca, o Urubu, e destaque para o Fogão, que, com um jogo a menos, apresenta pontuação de líder, bastando para isso vencer o jogo atrasado contra o Peixe.
Na parte de baixo da tabela a disputa também é acirrada, com seis equipes brigando diretamente contra o descenso. Por enquanto a Raposa e o Vozão vêm se safando, mas o problema é que eles também têm apresentado rendimento bem abaixo do Galo e do próprio Furacão, que aos poucos se aproximam.
Esse campeonato está parecendo que vai ser cheio de emoções até o final, com jogos excelentes como foram Mosqueteiros x Fogão, ou Furacão x Almirante.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Bandeira de conveniência causa desastre ambiental!



O navio Rena, com bandeira da Libéria, naufragou recentemente na costa da Nova Zelândia, causando poluição ambiental, além de perdas materiais referentes à carga e ao próprio navio.

Talvez não seja coincidência o fato de que este navio e a grande maioria das embarcações que vêm causando grandes desastres ambientais no mundo, sejam embandeirados em países que alugam seu pavilhão a estrangeiros, sem terem nenhum vínculo com o navio além da cobrança de algumas taxas.

Tais bandeiras são amplamente utilizadas na navegação internacional, que exercem baixíssimo nível de controle sobre as condições técnicas das embarcações, sobre a formação de suas tripulações no que tange ao treinamento e composição das mesmas, e por fim a facilidade de um armador se esconder atrás destas bandeiras e não responderem pelos problemas causados por suas embarcações.

Tudo isso contribui para a popularização deste sistema, incluindo seus efeitos colaterais.

Mais informações e fotos sobre o acidente, clique aqui ou aqui.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dia Marítimo Mundial. Salve, salve!

Incentivado pela Organização Marítima Internacional - IMO - anualmente a comunidade marítima celebra o seu Dia Marítimo Mundial. O mesmo tem o objetivo primeiro de homenagear os homens e mulheres que tiram seu sustento das atividades relacionadas com o mar, mas também serve para chamar a atenção das autoridades quanto à segurança da navegação, a importância do transporte marítimo etc.
Tradicionalmente a comunidade marítima brasileira celebra este dia no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha, o CIAGA, berço e casa dos marítimos brasileiros. Este ano a solenidade ocorreu no dia 29 de setembro, com a presença de vários representantes da comunidade marítima.
Parabéns ao setor marítimo brasileiro! Que ele continue crescendo, se fortalecendo e sendo motivo de orgulho e progresso de nossa nação!


O site do CIAGA fez uma reportagem sobre
as comemorações. Para ler, clique aqui.

sábado, 8 de outubro de 2011

Mercantes na MPB: "Maria Fumaça", Kleyton e Kledir




Surgidos nos anos 70 através da banda Almondegas, que alcançou relativo sucesso no Brasil, a dupla Keiton & Kledir apareceu para o país nos anos 80, quando estouraram seu primeiro sucesso de muitos. Misturando um "gauchês" com temas atuais, românticos, e muitas vezes engraçados, foram gravados por vários outros artistas, como Simone, Gal Costa, MPB4, Emílio Santiago, entre outros.

Estiveram separados por cerca de 7 anos, entre 1987 e 1994, quando retornaram a dupla, dessa vez com um sotaque mais regional, mas não deixam de compor e gravar. Já foram homenageados pela escola de samba Caprichosos de Pilares (RJ), cantaram no Louvre (Paris) e empreenderam turnês internacionais pelos EUA.

A música escolhida é Maria Fumaça, grande sucesso do primeiro disco da dupla.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Carência de mão-de-obra especializada é mundial

Deu no "Brasil Econômico": "Países competem pela mão de obra qualificada". Algo que o Blog dos Mercantes já citou algumas vezes, agora aparece de forma mais clara e inteligível através da pesquisa elaborada pela Consultoria Hays, em parceria com a Oxford Economics, ligada à Universidade Oxford da Inglaterra. Nela se concretizam números e tendências no mercado de trabalho e sua demanda por profissionais especializados.
Nesse contexto o Brasil insere-se de forma destacada no senário mundial, devido ao forte crescimento que apresenta em setores que demandam mão-de-obra altamente especializada.
A melhor maneira de o Brasil enfrentar este desafio é realmente com o investimento em educação, não só na sua massificação e ampliação, mas também na qualidade do ensino ministrado no país.
Mas o Blog dos Mercantes faz uma ressalva e alerta: a sugestão feita pela matéria veiculada pelo site "Brasil Econômico" tem que ser encarada com muito cuidado. O Brasil vem utilizando a imigração como forma de atender à demanda excessiva e temporária de alguns setores, e assim deve continuar. A facilitação para a importação de mão-de-obra pode ser utilizada como forma de precarizar as relações de trabalho, com enormes prejuízos aos trabalhadores, principalmente brasileiros.
Mais uma vez vimos enfatizar que o crescimento que o país vem apresentando deve beneficiar prioritariamente a seus cidadãos, e ser usado como meio de alavancar o Brasil para assumir posições mais altas.
Leia a íntegra da matéria publicada no "Brasil Econômico":
Países competem até pela mão de obra qualificada
Mercado de trabalho sem fronteiras levará empresas a adotarem mais atrativos para reter talentos, e a valorizar profissionais de mais idade
Uma grande reviravolta na oferta de força de trabalho está se configurando para as próximas duas décadas e os países em desenvolvimento lideram esse movimento. Nos próximos 20 anos, 18,4 milhões de brasileiros vão ingressar no mercado, colocando o país na 11ª posição na lista das nações que terão maior crescimento nesse quesito até 2030. Globalmente, a projeção é de um avanço de 931 milhões de indivíduos na população em idade ativa-crescimento que ocorrerá integralmente nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, da Índia e da China. Ao mesmo tempo, os países desenvolvidos enfrentarão redução de 1 milhão de indivíduos nesse grupo.
Os dados constam do relatório "Criando empregos em uma economia global", elaborado pela Hays, consultoria especializada no recrutamento de profissionais para alta e média gerência, em parceria com a Oxford Economics, ligada à Universidade de Oxford, na Inglaterra.
De acordo com Luiz Valente, diretor da Hays no Brasil, a primeira implicação desse quadro é que ele afetará fortemente o eixo do poder econômico mundial, fortalecendo os países em desenvolvimento. Segundo o levantamento, o Brasil será o 11º colocado entre as nações que terão forte expansão da construção civil - com previsão de crescer em média de 6% nos próximos 20 anos -, atrás de Índia (18%), China (17%) e Rússia (14%), mas superior a países  como Canadá (5,1%) e Reino Unido (2,7%).
O estudo aponta ainda avanço significativo da globalização nos próximos anos, o que elevará a competição por mercados consumidores e consequentemente aumentará as exigências sobre as qualidades dos produtos e pela redução dos custos de fabricação. "A implicação disso é que a produção, assim como o emprego, migrará cada vez mais das economias na quais o seu custo é elevado para mercados com menor custo de produção", diz Valente. Com isso, os países em desenvolvimento se tornarão cada vez mais industrializados, fortalecendo as economias dessas nações.
Outro aspecto é que a transferência da produção para esses países provocará também transferência de tecnologia e elevará a necessidade de mão de obra qualificada. Ou seja, um problema já enfrentado por países como o Brasil se tornará ainda mais agudo. "A oferta de qualificação está nos países desenvolvidos.
Isso significa maior movimentação da mão de obra dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento", afirma o diretor da Hays, acrescentando que os avanços tecnológicos acentuarão a polarização entre profissionais especializados e qualificados e a mão de obra de baixa qualificação.
Idosos na ativa Para que empresas e governos possam se preparar para esse processo demelhoria da qualificação profissional, uma das sugestões apresentadas pela consultoria diz respeito à importância de se manter as pessoas de mais idade ativas, isto é, trabalhando.
"Isso é algo que já observamos no mercado brasileiro. Esse tipo de demanda tem crescido de modo significativo", afirma Valente. "Na própria construção civil e em todos os projetos ligados à infraestrutura, o profissional com idade avançada é muito demandado".
Outra recomendação é que os investimentos em educação sejam intensificados para que o crescimento da população de pessoas em idade ativa resulte em expansão da mão de obra especializada.
Esse item se relaciona diretamente com mais uma sugestão: governos e empresas precisamse esforçar para criar empregos.
O relatório da Hays aconselha ainda que os países mantenham suas fronteiras abertas para a movimentação de mão de obra qualificada. "O Brasil não é considerado o país mais difícil em termos de legislação ligada a questões migratórias, mas certamente não é considerado o mais liberal", diz Valente.
"Por isso é necessário revisar a legislação, especialmente em função da necessidade de alguns setores pontuais." Nessa mesma linha, a consultoria indica que se estabeleça um código internacional para facilitar a migração de funcionários dentro das empresas multinacionais.
A produção juntamente com os empregos, migrará cada vez mais das economias na quais seu custo é elevado para mercados com menor custo de produção Luiz Valente Diretor da Hays no Brasil.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Blog dos Mercantes Cultural: Quem é do mar não enjoa do espetáculo das águas




Não tem jeito. Quem é do mar não esconde jamais a paixão pela água, pelo espetáculo que a água pode proporcionar. Recebi este vídeo da Fonte de Dubai de uma amiga, e estou repassando. A fonte impressiona pelo sincronismo perfeito dos movimentos das águas, que, acompanhando a belíssima música de Andrea Bocceli, nos dá a impressão de um balé muito bem ensaiado. Vale a pena perder uns minutos para ouvir a música e assistir ao espetáculo. É nada mais nada menos que o fabuloso espetáculo da cerimônia de abertura da Fonte de Dubai e é conhecido como o show mais tecnologicamente avançado. A fonte tem medidas que equivalem a mais de dois campos de futebol (cerca de 275 metros de comprimento) e os jatos d´água podem atingir altura de um prédio de 50 andares. É tão impressionante quando está em plena exibição que pode ser visto de até 200 milhas em dia claro. Vale a pena clicar.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Cruzeiros marítimos em cheque

Para ler a reportagem na íntegra, clique aqui.


Deu no site "Portos e Navios": "27% dos navios de cruzeiro tiveram problemas sanitários". Mais uma vez o nicho de mercado da Marinha Mercante, que opera os cruzeiros marítimos, aparece em situação de difícil aceitação, não apenas pela opinião pública, mas até mesmo por seus próprios operadores. Os resultados obtidos pelas inspeções da ANVISA, e que são no mínimo temerários, para não dizer absurdos, vêm somar-se a uma série de outras denúncias contra esse setor, que é explorado exclusivamente por armadores estrangeiros.

Maus tratos a passageiros, exploração e maus tratos a trabalhadores embarcados, e agora problemas sérios quanto à higiene e saúde. Tudo isso é completamente inaceitável em um setor que busca se diferenciar pelo luxo e esplendor que diz oferecer a seus usuários.

As ações tomadas pelos Ministérios do Trabalho e da Saúde são exemplares e importantes, mas já é hora de nossas autoridades tomarem ações mais efetivas e eficazes para enquadrar os armadores e navios que operam nesses serviços na costa brasileira, aos padrões que os mesmos vendem em suas propagandas e que atraem milhares de consumidores brasileiros na busca da realização de um sonho.