Deu no site G1: "Grupo de 28 trabalhadores de vários estados é vítima de
golpe em Santos. Proposta era para trabalhar na reforma de um navio
petroleiro. Dos 28 homens, 18 perderam R$ 1.300 que pagaria um curso."
Com o crescimento
verificado e propagado do setor do petróleo pela grande imprensa, muitos
trabalhadores têm sido atraídos a tentar a sorte nessa área. Seja como
funcionário das empresas petrolíferas, seja como marítimos em diversas empresas
da área, a busca por oportunidades e melhores salários é o objetivo de milhares
de pessoas que buscam seu lugar ao sol.
Esse movimento tem
propiciado o crescimento e o surgimento de muitas empresas de recrutamento, mas
também de muitos golpistas, que se aproveitam da inexperiência e da necessidade
de trabalhar de muitos, para tomar-lhes dinheiro sem nenhum tipo de retorno ao
trabalhador.
Mas esse problema não
afeta apenas os trabalhadores contratados para funções de apoio e aquelas
consideradas não tradicionais marítimas. Também tem havido este tipo de assédio
a marítimos desempregados, quando são prometidos embarques que supostamente
requerem cursos específicos, e os marítimos que se apresentam para as vagas são
cobrados para ou para frequentarem os requeridos cursos, ou mesmo somente
receberem os respectivos certificados.
Tal fato tem sido
tentado mais comumente entre a guarnição, que têm tido mais dificuldades de
conseguir embarques, mas com a enorme quantidade de oficiais que vem sendo
formados e despejados num mercado de trabalho que não tem se aquecido na mesma
velocidade, já ouvi relatos do mesmo golpe sendo aplicado em oficiais.
Isso é facilitado ainda porque nosso governo
tem permitido cada vez mais a contratação de trabalhadores estrangeiros, muitas
vezes em substituição de brasileiros. Esses trabalhadores na maioria dos casos
vêm com menos treinamento, menos capacidade profissional inicial, mas com
condições sociais mais baixas, não exigem condições de embarque tão boas quanto
os brasileiros, e recebem salários mais baixos.
Ou seja, costumam ser trabalhadores bem mais
baratos que os brasileiros, que, no final, atendem o único que realmente tem
importado à grande maioria das empresas: BAIXO CUSTO!
Isso é verdade em inúmeras
profissões, mas mais notadamente entre marítimos.
Portanto, antes de
aceitarem qualquer oferta de emprego, procurem seus sindicatos e se informem
não apenas sobre as empresas de recrutamento, mas também sobre as vagas de
emprego que oferecem.
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