Nos últimos anos o governo
paulista vem voltando seus olhos à ampliação e melhoria da Hidrovia
Tietê-Paraná. Essas iniciativas já demonstraram a correção da opção e o aumento
da eficácia no transporte pelo interior do estado, bem como na queda de custo que
isso promove. Mais uma vez essa hidrovia vem receber atenção pública, no
sentido de melhorar e facilitar ainda mais seu uso.
Mas o Blog dos Mercantes vem
lembrar que as hidrovias não servem apenas para melhorar e baratear o
transporte em áreas economicamente desenvolvidas. Elas servem também, e muito,
para levar o progresso a áreas que ainda não estejam em estado de
desenvolvimento econômico muito avançado, possibilitando um melhor
aproveitamento do interior e de outras áreas do país.
Em áreas aonde o desenvolvimento
econômico já seja considerável, as hidrovias aparecem sempre como forma de
torna-lo mais competitivo e eficiente.
Hidrovias e Navegação de
Cabotagem. Uma dupla mais do que afinada, para qualquer estágio econômico.
Governo Federal repassa R$ 134
milhões para obras na Hidrovia Tietê-Paraná
O ministro dos Transportes, César
Borges, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, presidiram nesta última
quarta-feira (23/10) em Brasília, a assinatura de cinco termos de compromisso
para investimentos em obras na hidrovia Tietê-Paraná. Os acordos possibilitam o
repasse de R$ 134 milhões para a realização de projetos e melhorias na
hidrovia, como parte do montante de R$ 1,5 bilhão previsto no protocolo de
intenções assinado entre os dois governos em 2011.
O ministro dos Transportes, César
Borges, destacou os benefícios dos investimentos na hidrovia. “Nós vamos fazer
essa interligação logística de forma a diminuir o custo do frete e a fazer mais
rápido esse transporte. É o Brasil se modernizando por meio dos modais mais
adequados para o transporte de carga: hidroviário e ferroviário”, assegurou. No
pacote de investimentos, R$ 900 milhões são provenientes do Governo Federal,
por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), e R$ 600 milhões do
governo estadual.
Participaram da assinatura o
diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT),
Jorge Fraxe, o senador Eduardo Suplicy, o secretário de Logística e Transportes
de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, e parlamentares. “Estamos aqui
assinando agora compromissos efetivos de investimentos em cinco obras e dando
mais operacionalidade e rapidez no trânsito e no uso da hidrovia Tietê-Paraná”,
completou o ministro César Borges.
Obras - Os investimentos visam a
eliminar gargalos e permitirão movimentar cerca de 11,5 milhões de toneladas de
cargas para a hidrovia, o que representa o dobro da movimentação de hoje, que é
de 6 milhões de toneladas. Além disto, o aumento no uso da hidrovia irá gerar,
por consequência, menor emissão de poluentes e redução no número de acidentes
em rodovias. Os documentos assinados preveem obras no Canal do Anhembi;
ampliação do vão da ponte ferroviária Ayrosa Galvão; execução das obras de
dragagens para desassoreamento do canal de navegação, no trecho entre o
quilômetro 72 e o quilômetro 89 do reservatório de Barra Bonita; execução das
obras do atracadouro de espera da eclusa de Bariri; proteção de pilar na ponte
SP-595 e dragagem do Canal sob a ponte SP-425.
Projeto Hidrovia Tietê-Paraná - O
protocolo de Intenções assinado no dia 13 de setembro de 2011, em Araçatuba
(SP), que contempla investimentos em obras na hidrovia Tietê-Paraná,
administrada pelo Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH), abrange
a extensão da navegação nos rios Tietê e Piracicaba e implantação de terminais
na hidrovia. Além disso, estão previstas a construção da barragem de Santa
Maria da Serra, que permitirá ampliar a navegação em 55 km até o distrito de
Artemis, em Piracicaba, e os projetos de engenharia para ampliar a extensão
navegável em mais 200 quilômetros, entre Anhembi e Salto. Neste trecho, dentro
do presente programa, será construída uma barragem, com eclusa, no município de
Anhembi, que possibilitará a passagem das embarcações até Conchas.
Investimentos – Os investimentos que
serão aplicados pelo governo federal representam o principal repasse de
recursos na área de transporte hidroviário no país, que irá garantir maior
segurança e confiabilidade na utilização da hidrovia.
PAC 2
Com os investimentos aplicados no
programa há projeção de incremento nos setores da indústria naval, indústria da
construção civil, e em capacitação de fluviários. Além disso, os recursos do
PAC 2 na hidrovia trarão melhorias aos municípios de São Simão (GO), Três
Lagoas (MS), Piracicaba (SP), Andradina (SP), Araçatuba (SP), Rubinéia (SP),
Pereira Barreto (SP), Promissão (SP), Pederneiras (SP), Anhembi (SP), Igaraçu
do Tietê (SP), Ibitinga (SP), Barra Bonita (SP) e Salto (SP).
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