Sobrepreços nos valores dos
fretes cobrados para nossas exportações e muitas vezes importações, é um
problema sobre o qual o Blog dos Mercantes já havia chamado a atenção. Muitas
vezes esses sobrepreços não são nem mesmo devido a um interesse de cobrar mais
do Brasil, mas devido a interesses logístico-comerciais das empresas, que
acabam por levar nossa carga por caminhos mais longos, com mais operações
envolvidas, e consequentemente mais custos também.
O artigo de Sergio Barreto Motta,
veiculado no Monitor Mercantil, mostra que nos EUA eles fazem esse
monitoramento e interferem no mercado, quando constatada a existências de
cartéis ou monopólios. Mas lá eles têm uma frota própria na qual eles podem
intervir.
E aqui? Vamos dizer para a Maersk
ou a Hamburg Süd qual rota devem seguir, ou o quanto devem cobrar? Eles vão rir
da nossa cara.
O Brasil precisa de uma frota
mercante de Longo Curso. Existem mecanismos para diminuir os custos que ela
gera, e torna-la competitiva. Só está faltando interesse político.
Fretes investigados
Por Sergio Barreto Motta
O diretor da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) Fernando Fonseca revelou que o governo decidiu
monitorar os sobrepreços cobrados no frete, como tarifa de manuseio de
contêineres (THC) e adicional por demora no transporte (demourrage). Em relação
à praticagem, comentou secamente: “Os preços serão regulados”.
Embora todo o comércio externo esteja
a cargo companhias estrangeiras, Fonseca disse, com clareza, que o governo tem
meios de exigir dados mais claros sobre os fretes cobrados de exportadores
brasileiros. Especialistas garantem que, nos Estados Unidos, a Comissão
Marítima Federal (FMC) tem estudos profundos sobre os fretes cobrados por
empresas nacionais e estrangeiras e, quando considera que há cartéis operando,
age para garantir o interesse da sociedade norte-americana. O déficit anual de
fretes do Brasil é estimado em US$ 20 bilhões.
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