quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Blog dos Mercantes pergunta: porque não temos uma frota própria?

Sobrepreços nos valores dos fretes cobrados para nossas exportações e muitas vezes importações, é um problema sobre o qual o Blog dos Mercantes já havia chamado a atenção. Muitas vezes esses sobrepreços não são nem mesmo devido a um interesse de cobrar mais do Brasil, mas devido a interesses logístico-comerciais das empresas, que acabam por levar nossa carga por caminhos mais longos, com mais operações envolvidas, e consequentemente mais custos também.

O artigo de Sergio Barreto Motta, veiculado no Monitor Mercantil, mostra que nos EUA eles fazem esse monitoramento e interferem no mercado, quando constatada a existências de cartéis ou monopólios. Mas lá eles têm uma frota própria na qual eles podem intervir.

E aqui? Vamos dizer para a Maersk ou a Hamburg Süd qual rota devem seguir, ou o quanto devem cobrar? Eles vão rir da nossa cara.

O Brasil precisa de uma frota mercante de Longo Curso. Existem mecanismos para diminuir os custos que ela gera, e torna-la competitiva. Só está faltando interesse político.



Fretes investigados

Por Sergio Barreto Motta

O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) Fernando Fonseca revelou que o governo decidiu monitorar os sobrepreços cobrados no frete, como tarifa de manuseio de contêineres (THC) e adicional por demora no transporte (demourrage). Em relação à praticagem, comentou secamente: “Os preços serão regulados”.

Embora todo o comércio externo esteja a cargo companhias estrangeiras, Fonseca disse, com clareza, que o governo tem meios de exigir dados mais claros sobre os fretes cobrados de exportadores brasileiros. Especialistas garantem que, nos Estados Unidos, a Comissão Marítima Federal (FMC) tem estudos profundos sobre os fretes cobrados por empresas nacionais e estrangeiras e, quando considera que há cartéis operando, age para garantir o interesse da sociedade norte-americana. O déficit anual de fretes do Brasil é estimado em US$ 20 bilhões.


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