sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Blog dos Mercantes lamenta subutilização do potencial hidroviário brasileiro

O texto abaixo, retirado do Monitor Mercantil, mostra bem o potencial que temos de explorar nossas vias navegáveis, mas que permanece na geladeira, devido à falta de investimentos e interesses outros de nossos governos, que optam por modais mais caros, e muitas vezes mais custosos, tanto em implantação, quanto em manutenção e em seus custos operacionais. Isso tudo já é sabido por aqueles que acompanham com atenção e interesse as estratégias de desenvolvimento econômico projetadas para o país.

Se somarmos a isso a atenção secundária que o governo dedica à Navegação de Cabotagem, e a total falta de atenção à Navegação de Longo Curso, temos aí um dos fatores a aumentar decisivamente o chamado “custo Brasil”. Esta última então, praticamente inexiste, e vive de aventuras esporádicas de embarcações que vão ao exterior para obras, e aproveitam para diminuir os custos das mesmas com um frete de oportunidade.

É certo que nos primeiros anos do governo Lula, o país iniciou, ainda que timidamente, um projeto de reativação de uma frota de Cabotagem, mas para o Longo Curso nada foi feito. E mesmo esse projeto de reativação da Cabotagem, vem sendo ultimamente deixado de lado, jogando no lixo anos e bilhões de reais em investimentos em embarcações e instalações de construção e manutenção dessa frota.

E tudo isso de forma que beiraria o inexplicável, não fosse isso simplesmente uma decisão política, ainda que equivocada, mas que atende a interesses de grupos econômicos.

Nosso governo atual tem uma dura cruzada contra uma das grandes mazelas do país, e ainda que não seja exclusividade nossa, ela emperra em muito nosso desenvolvimento econômico-social: a corrupção.

Mas isso não significa que se deva deixar de lado outros projetos adequados ao desenvolvimento do país, até porque tal fato pode ser mostra dessa mesma corrupção agindo.

Seria muito importante que o governo federal voltasse a apresentar o mesmo interesse e apoio, que mostrou à navegação há poucos anos atrás. Não só como demonstração de coerência e continuidade, mas também como forma de possibilitar um futuro melhor para o país e seus cidadãos, e em tempo mais curto.




Brasil só utiliza 50% das suas hidrovias

Embora tenha uma das maiores redes hidrográficas do planeta, o Brasil ainda usa muito pouco desse potencial. Dos 63 mil quilômetros de extensão existentes no país, apenas 41.635 km são de vias navegáveis. Destas, apenas 20.956 km (50,3%) são aproveitadas para incrementar a economia.

Os dados são da Pesquisa Confederação Nacional dos Transportes (CNT) da Navegação Interior 2013. O levantamento analisa as características da infra-estrutura, a movimentação de cargas, os principais gargalos e apresenta soluções para o aperfeiçoamento do sistema hidroviário nacional. Entre os principais problemas identificados, estão a ausência de manutenção nas vias navegáveis, a falta de investimentos do governo, o alto custo de manutenção da frota e o excesso de burocracia.

Para o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, se o modal hidroviário fosse mais usado no Brasil, a economia nacional seria fortalecida: “Esse sistema de transporte gera redução nos custos da movimentação de cargas, aumentando, assim, a competitividade dos nossos produtos. Além disso, a utilização das hidrovias aumenta a segurança e reduz o consumo de combustíveis e a emissão de gases do efeito estufa”, afirma.


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