O Brasil vinha sofrendo de uma
estagnação econômica há alguns meses, que pelo menos nos dois últimos tinha se
refletido em uma leve recessão mesmo. Apesar de essas situações serem cíclicas
e intrínsecas ao capitalismo, a recessão atual vinha sendo usada como “sopa no
mel” pela oposição, atacando o governo atual e acusando-o de uma série de
coisas, inclusive de praticar uma política econômica antiga, atrasada e
equivocada.
Sobre todas as acusações que
pairam sobre o governo atual, vou fazer pelo menos duas colocações, mas
poderíamos fazer muitas, que derrubariam facilmente os argumentos da atual
oposição.
A primeira colocação é que nem
tudo que é antigo é necessariamente atrasado ou equivocado. Indo por essa mesma
linha de raciocínio, nem tudo que é moderno é necessariamente bom e acertado.
A segunda é que o todas as vezes
em que o planeta capitalismo entrou em profundas crises, o que o precedeu foi o
liberalismo exacerbado na economia planetária. E para quem acompanhou de perto
a última crise, a de 2.008, pôde observar a enorme quantidade de pessoas que
foram muitíssimo prejudicadas pela excessiva especulação que a total
desregulamentação econômica permite.
Quem acompanha economia pode
observar que nada dessas profundas quedas foi observada no Brasil. Claro que
também não tivemos crescimentos vertiginosos, mas de que adianta tê-los, se
eles despencam de forma muito mais rápida e profunda?
Ao contrário o Brasil apresentou
um crescimento relativamente lento nos últimos anos, e passou a fase mais
profunda da crise internacional de forma relativamente segura, tendo tido
alguns problemas nos últimos meses. Agora, ao que tudo indica, retomamos o
crescimento econômico.
Este blogueiro não é petista, e
já disse várias vezes nesse espaço, que vemos necessidades de alguns ajustes na
economia brasileira, não só para alcançarmos crescimento mais robusto, mas
também para nos prepararmos melhor para o futuro, e galgarmos degraus rumo ao
desenvolvimento da nação.
Após recessão, prévia do PIB sobe
1,5% em julho, melhor resultado em 6 anos
Do UOL, em São Paulo 12/09/201408h36
Depois de ter registrado dois trimestres seguidos em queda,
o que constitui uma recessão técnica, a economia brasileira pode estar se
recuperando.
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central),
considerado como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) oficial, registrou
alta de 1,5% em julho na comparação com junho.
Este foi o melhor resultado mensal desde junho de 2008,
quando a expansão tinha sido de 3,32%. A alta também veio melhor que o esperado
por analistas consultados pela Reuters, que apontavam resultado positivo de
0,8%.
Na comparação com julho do ano passado, o índice perdeu
0,31%. No acumulado do ano, a economia está praticamente estável, com leve alta
de 0,07%.
O BC revisou o dado de junho para queda de 1,51%,
ao invés do 1,48% divulgado anteriormente.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três
setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária.
Ele é considerado por analistas como uma "prévia
mensal" do resultado oficial do PIB, que é divulgado a cada três meses
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O dado oficial do IBGE foi divulgado no final de agosto, e
apontou que a economia brasileira tinha recuado 0,6% no segundo trimestre. O
dado do primeiro trimestre foi revisado, de uma alta de 0,2% para queda de
0,6%.
Com dois trimestres seguidos de resultado negativo,
considera-se tecnicamente que o país está em recessão. Isso não acontecia desde
a crise financeira global de 2008 e 2009.
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