Joaquim Levy foi quase imposto ao cargo de Ministro da Fazenda, a uma Presidente que ganhou as eleições mais acirradas dos últimos 29 anos no Brasil. Alguns chegaram a chamá-lo de "o ministro banqueiro de Dilma". Mas é bom lembrar que Lula também manteve um banqueiro por muitos anos a frente do Banco Central, e foi ele que deu suporte às políticas do primeiro período de governo petista.
Levy tem tudo para dar certo.
E é esse Levy que afirma que o país já está no caminho certo, e que os ajustes não demorarão a surtir seu efeito, levando o país novamente a um período de crescimento. Certamente será lento no começo, mas tem tudo para apresentar números robustos já a partir do próximo ano.
Talvez o que faltasse ao governo Dilma fosse justamente a ambiguidade que agora apresenta.
Que ela tenha êxito, como teve com Lula.
Não é o PT, não é Dilma, é o Brasil quem precisa.
Levy diz que ajuste fiscal não prejudica PIB e defende rever cortes de tributos34
29/04/201511h25 > Atualizada 29/04/201513h57
BRASÍLIA, 29 Abr (Reuters) O ajuste fiscal posto em prática para organizar as contas públicas não prejudicará a economia, disse nesta quarta-feira (29) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendendo as medidas adotadas pelo governo para fazer o país voltar a registrar superavit primário (economia para pagar os juros da dívida) e defendendo arduamente a reversão parcial dos cortes de tributos.
"O ajuste não vai atrapalhar o crescimento", afirmou ele, em apresentação na audiência conjunta na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, acrescentando que é preciso fazer o ajuste para que a economia volte a crescer.
Levy disse que o risco fiscal é o maior de todos os riscos, e que o setor público precisa voltar a registrar poupança para estimular investimentos.
Defendendo ações que revertam parcialmente os cortes de tributos, o ministro informou que o governo já deixou de arrecadar um total de R$ 113 bilhões e que isso está afetando fortemente a arrecadação de impostos e contribuições deste ano.
"Isso é mais de sete vezes o Minha Casa Minha Vida", disse, argumentando que se esse impacto não for revertido o equilíbrio fiscal não será alcançado.
Mesmo com o duro ajuste fiscal adotado pelo governo, as contas públicas seguem deterioradas. A economia do governo federal ficou em R$ 1,464 bilhões em março, acumulando no ano economia fiscal de apenas R$ 4,485 bilhões.
A meta de economia para o país neste ano é de R$ 66,3 bilhões, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, R$ 55,3 bilhões é o objetivo traçado para o governo federal.
Levy voltou a dizer que o Brasil não pode perder o grau de investimento, uma vez que o selo das agências de classificação de risco ajuda o Brasil a atrair investimento estrangeiro.
Segundo ele, essa probabilidade diminuiu recentemente, após nova orientação para a política fiscal dada pela presidente Dilma Rousseff.
"Esse risco é menor do que quando eu cheguei ao governo."
Sobre o comportamento dos preços, Levy disse que a convergência da inflação para meta ajudará a reduzir a curva de juros de longo prazo e que os juros reais cairão no país, também, com o ajuste fiscal.
(Reportagem de Luciana Otoni)
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