quinta-feira, 25 de junho de 2015

Essa é mais para o pessoal do offshore

Mas podemos dizer que afeta Marítimos de um modo geral. 

Bastante interessante o trabalho do Sindmar na questão de treinamento de oficiais mercantes brasileiros.O Centro de Simulação Aquaviária - CSA foi uma dos maiores avanços já conseguidos por um sindicato brasileiro, e vem colocando não apenas o Sindmar como referência no sindicalismo nacional e internacional, mas também o tripulante brasileiro.

Parabéns por essa conquista, que se solidifica ano a ano.

Mas o texto abaixo nos passa também uma mensagem preocupante, afinal de contas, mais de 500 oficiais desempregados, e centenas sendo lançados no mercado todos os anos pelos centros de formação. Há cerca de dois anos previmos esse cenário, já que centros de formação passaram a treinar marítimos em ritmo acelerado, mas o mercado e o setor nem de longe davam mostras de serem capazes de absorver toda a mão de obra que se treinava.

E enquanto a situação não melhora no offshore, temos informação de que uma série de empresas da Cabotagem, que tinham contratados estrangeiros valendo-se dos acordos do Mercosul, vêm iniciando um processo de troca desses tripulantes por tipulantes brasileiros.

Ao menos uma válvula de escape. E para não dizer que a situação foi de todo ruim, serviu para mostrar que nossos tripulantes apresentam qualidade técnica alta e muita produtividade.


Press Guide – Reportagem – 02/06/2015

Brasil aposta em posicionamento dinâmico


Enquanto o cenário da exploração de petróleo toma rumos de denúncias e crise, o país avança tanto na produção de petróleo como em tecnologias paralelas ao esforço nacional para mais eficiência no setor. A Petrobras foi homenageada pela prospecção em água ultra profundas na maior feira do setor no mundo, a Offshore Technology Conference, em Houston, no estado americano do Texas. No Rio, o Sindicato Nacional dos Oficiais de Marinha Mercante (Sindmar) acaba de organizar, pela segunda vez, conferência internacional sobre um tema complexo, o posicionamento dinâmico – DP, na sigla em inglês, usada em todo o mundo. A conferência é a 2ª. DP Brasil.

A Shell foi pioneira em DP, em 1961, com o “Eureka”, navio com dois propulsores que podia girar 360 graus e mantinha a posição junto às plataformas sem intervenção do operador. Nos anos seguintes, a evolução em DP foi enorme. Hoje, instrumentos sensíveis monitoram vento e maré e enviam dados para os propulsores combaterem essas forças e manterem as embarcações paradas ou movê-las dentro de faixa específica. Trata-se de um ramo da tecnologia que evolui a cada dia e que, antes restrito ao Hemisfério Norte, agora se consolida no Brasil, em paralelo com a expansão nas bacias de Campos e Santos e com a ênfase no pré-sal.

Diretor do Centro de Simulação Aquaviária (CSA) do Sindmar, Jaílson Bispo afirma que a 2ª DP Brasil coloca o país entre a elite que estuda e discute o sofisticado tema. Localizado no Rio, o CSA já ofereceu treinamento a 2.000 marítimos, fez análises para capacitar portos e terminais e realizou importante trabalho com os supernavios de 400 mil toneladas da Vale, os Valemax.

– Antes de saírem do estaleiro, o CSA fez modelagem matemática desses navios, treinando práticos e comandantes das embarcações, o que coloca o centro em posição de vanguarda no país – disse Bispo. O CSA está instalado no Rio, mas sua expansão física levará a unidade a ser transferida, até 2018, para Teresópolis (RJ), onde disporá de novos avanços tecnológicos e maior área para treinar pessoal.

Em relação ao cenário interno, Jaílson Bispo comentou que o desemprego, gerado pela crise em torno da Petrobras, preocupa o Sindmar. Revelou que a lista do sindicato já conta com 500 nomes de marítimos desempregados, uma vez que, com a crise, a estatal reduziu a demanda por muitos serviços, especialmente em relação ao setor offshore (barcos de apoio).


(Press Guide 1104, Em Anexo)


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